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O título pra lá de irônico é a elaboração de cabeça menos quente sobre o empate entre Palmeiras e Sport no Palestra Itália. O 2 a 2 não agradou a nenhum dos lados, já que o time permanbucano se juntou ao Náutico e está matematicamente rebaixado para a Série B.
Também foi péssimo para o Palmeiras. Com 59 pontos, o time empata com o São Paulo, fica dois na frente do Flamengo, mas aguarda, apreensivo, a conclusão da rodada do fim de semana. A sensação é de uma breve estada na liderança, quase uma despedida.
As chances de o desinteressado Vitória passar pelo time de Ricardo Gomes só não é menor do que a do rebaixadíssimo Náutico surpreender o Flamengo. Se o Atlético-MG vencer o Coritiba, o alviverde termina a rodada em quarto.
O time mostrou que não aguenta a pressão de participar da rodada por antecipação para atender aos interesses da TV. Não sabe lidar com isso. Na próxima semana, contra o Grêmio no Olímpico, a partida também foi antecipada. Contra o Santo André, também foi assim.
No segundo turno, contra Náutico, Santo André e Fluminense, a turma do G-4 dos pesadelos, foram três derrotas. Contra o Sport, que também mora por lá, de modo ainda mais definitivo do que o tricolor carioca, foi um empate. Se incluídos outros dois ameaçados, Botafogo e Coritiba, vale lembrar que o primeiro ainda será enfrentado na última rodada e o paranaense venceu o Palmeiras no jogo do carbono neutro.
Este desempenho digno de um verdadeiro Robin Hood do Brasileirão não é comportamento de time que disputa para ser campeão. Se tinha virado senso comum que é preciso vencer os "jogos de seis pontos", aqueles confrontos diretos com concorrentes ao caneco que trazem três pontos e virtualmente tiram outros três do rival, anote-se aí uma nova lição, ainda mais óbvia: vencer os times fracos é ainda mais importante.
É que a teoria do confronto direto leva em conta que a minha segunda e ululante premissa já era garantida por um escrete que quer a taça.
O futebol apresentado pelo time de Muricy Ramalho no primeiro tempo não é sequer de uma equipe que merece vaga na Sul-Americana. Na segunda etapa, foi futebol de quem, com um pouquinho de sorte, se classifica para a Libertadores.
E ainda teve a lambança de Elmo Alves Resende Cunha apitou por engano um impedimento – de fato inexistente – de Danilo no segundo gol do time da casa. Élder Granja dava plenas condições ao zagueiro. Mas o juizão não tinha nada que apitar. Os jogadores do Sport ficaram revoltados. Ao acertar, o cidadão conseguiu errar.
Neste aspecto, foi muito diferente do Carlos Eugênio Simon. Ah, mas o que o Palmeiras apresentou no primeiro tempo, foi uma continuação trágica do que havia mostrado na segunda etapa no Maracanã.
Resumo da ópera, os gols de Deyvid Sacconi e Danilo dão uma conotação de "empate suado", conquistado. Foi um desastre atenuado. Mas que continua a ser trágico. Wilson e Arce haviam marcado no primeiro tempo em jogadas rápidas e bem articuladas diante de uma defesa perdida.
Mais uma vez a estranha raiva por ocupar a liderança apenas pelo segundo critério de desempate. Será que exorcizando a fase resolve?