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Dizem que 2010 começa agora, mas vale o gostinho de pós-carnaval, no caso o mais animado dos últimos tempos em Brasília. O motivo não poderia ser outro, com o governador Arruda (ex-DEM) preso o tema das marchinhas era praticamente único. Além dos sambas-enredo de dois blocos carnavalesco de Brasília, constatados pelo Futepoca, a produção etílico-manguaça não ficou para trás. O segredo é o papel de guardanapo, caneta e, claro, o fórum adequado....
Então vamos de "marchinhas arrudianas", enquanto aguardamos a "análise" da Câmara do DF sobre os pedidos de impeachment contra Arruda, a renúncia do vice-governador em exercicio Paulo Octavio (DEM) e se existirá ou não uma intervenção Federal aqui na Panetolândia.
Produção manguaça de marchinhas. Agora só falta o selo "Manguaça Records"
Abaixo segue a produção manguaça, cujo a identidade será preservada.
"Cadê o Governadô ô?"
Alalalaô ô ô ô ô ô/
Governadô ô ô ô ô/
Pagou propina/
Subornou a deputada/
Agora na cadeira/
Já não serve pra nada
"Deu Pane" - Veja o vídeo da marchinha.
Alô Toni o governo deu pane /
Deu Pane Toni / Deu panetone! /
Deu din din / na meia velha / deu bufunfa na cueca /
Deu imagem / e ação / e uma puta oração /
Alô Toni o governo deu pane / Deu pane Toni / Deu panetone!
"Feliz"
"Eu agora to feliz/
Prenderam o Arruda e depois vem o Roriz"
Aproveitando o momento audiovisual, segue outras indicações das melhores marchinhas da panetolândia, postadas no Youtube.
"Arrombaram a caixa de Pandora!""Marchinha da Meia Suada"
"Marchinha Panetone do Arruda""Arrudiô-Arrudiâ"
O Palmeiras tomou uma lavada em casa diante do São Caetano. Foi por 4 a 1, sendo que o Azulão abriu quatro de vantagem ainda no primeiro tempo. Nem o mais pessimista dos torcedores veria no alagamento da rua Turiassu com a avenida Antártica um presságio para isso. E teve até "olé" no fim.
No empate do fim de semana diante do Botafogo em Ribeirão Preto, parecia só mais um resultado longe do ideal. A sova desta quarta-feira de cinzas, 17, é de atordoar.
O gramado encharcado fez o jogo demorar a render. O São Caetano começou com domínio e, quando o time da casa crescia com uma sequência de três chances razoáveis, vieram os dois primeiros, ambos de Eduardo aos 27 e aos 35. Um por cobertura enquanto a defesa pedia impedimento, e outro de fora da área sem ninguém se preocupar com a sobra. Mais sete minutos e sai o terceiro, de Marcelo Batatais.
No intervalo, Muricy Ramalho adotou uma medida à lá Vanderlei Luxemburgo: tirou o lateral Figueroa para colocar Deyvid Sacconi, além de trocar Robert por Lenny, por mais velocidade. Resultado? Não deu tempo, porque aos 4 do segundo tempo já saiu o quarto dos visitantes.
Luciano Mandí fez o que quis na zaga alviverde, driblou pelo menos três para marcar. Parecia que ninguém queria pará-lo. Isso não é bom.
Depois disso, foi pouca a disposição do Palmeiras para transpor a marcação eficiente do São Caetano. Diego Souza como centroavante conseguiu aproveitar uma sobra de bola para marcar o de honra aos 19. E só.
Nem todo dia o Palmeiras vai deixar o adversário abrir tanta vantagem. Mas uma pane dessas durante uma fase bem mais ou menos dá ideia de que tem bem mais coisa errada do que falta de jogadores. Até vem a impressão de um certo corpo mole daqueles de derrubar técnico.
Com 13 pontos, o Palmeiras tem quatro a menos que os primeiros e cinco a mais que os últimos. Muito, muito pouco para a disputa do Paulista. Ainda tem campeonato pela frente, só não tem futebol apresentado. O fim de semana tem jogo contra o São Paulo, em bem melhor fase. Jogando essa bola, é melhor eu esperar sentado no bar.
Se a presença de Robinho desde o início da partida, junto com os prodígios Neymar e Ganso, faziam do torcedor peixeiro um otimista, ainda mais frente a um dos piores times do campeonato, também havia sinais de preocupação. Fora as estrelas, coadjuvantes importantes não puderam entrar em campo hoje. Léo, contundido, deu lugar ao jovem Wesley Silva, que fez sua estreia na equipe profissional. Já o outro Wesley, que vem se destacando e jogou na lateral-direita contra o São Paulo, suspenso, foi substituído pelo temerário Pará, que, como já dito aqui, não tem condições de ser titular. Arouca, um dos melhores em campo no clássico, deu lugar ao claudicante Germano.
Com essa formação, o Peixe teve dificuldades ao fazer a transição para o ataque. O Rio Claro durante boa parte do primeiro tempo marcou justamente a saída de bola alvinegra, não com uma formação preparada para sair no contra-ataque, mas sim com o único objetivo de prejudicar a ligação do meio alvinegro.Durante quase todo o primeiro tempo, a tática interiorana deu certo. O Santos não conseguia chegar, a não ser em lances individuais improdutivos, e o Rio Claro também não ameaçava. Dorival Junior preparava a entrada de André, e uma das opções seria tirar um dos volantes e recuar Marquinhos para fazer a transição. Mas justamente o oito se machucou em um lance na área rival e foi sacado. Depois disso, aos 39, o Santos tomou o gol em uma falha de posicionamento de Pará, que marcava o vento e depois tomou uma finta que resultou no cruzamento fatal.
Na volta, o Rio Claro assustou aos 15 segundos, mas o Santos respondeu na sequência. Teve um pênalti não marcado grotescamente, assinalado como falta fora da área. O Rio Claro já não dava sinais de que iria suportar a pressão quando, aos 16, Dorival resolveu ousar. Aliás, como seria obrigação para qualquer técnico que tinha no banco mais opções ofensivas do que defensivas, dadas circunstâncias. Madson na ala esquerda no lugar do menino Wesley, e Giovanni substituindo Germano. E foi aos 23, depois da “parada para hidratação”, que G10 deu um belo passe para Neymar chutar e André completar, como típico centroavante.
A partir daí, se intensificou o jogo de ataque contra defesa. Ainda mais depois da expulsão de Ernando, aos 35. Chance após chance, Neymar finalmente recebe a bola aos 44, pela esquerda, como no primeiro gol. Dá um drible sensacional e chuta. Defesa do goleiro Sidney, que teve ótima atuação, e a bola procurou a inteligência em campo, a cabeça de Giovanni, o Messias, que escorou para o gol.
E assim, salvou-se o carnaval santista. Um gol de Giovanni, de bico, de canela, de cabeça, como for, vale muito para o apaixonado torcedor alvinegro e faz qualquer um ter vontade de sambar. De resto, Neymar confirmou a fase, Ganso mostrou inteligência tática ao atuar praticamente como segundo volante metade do segundo tempo e Dorival mexeu bem. Quinta tem mais.
A Europa e boa parte do Hemisfério Norte vive uma onda de frio como há muito não se via. Nevascas para todos os lados, incluindo cidades como Roma, que não via o fenômeno desde 2005.
Mas não é uma ondazinha de frio que para o ímpeto futebolístico dos atletas amadores. O parceiro Eu Sou Minhas Historias mostra o que isso representa.
O mais divertido é descobrir que as linhas do campo ficam visíveis em partidas realizadas no alto inverno russo porque tem uns caras que realmente fazem esse trabalho com rodo.
Para quem não quis aproveitar o carnaval:
Aproveitando o clima carnavalesco, alguém fez uma marchinha de "apoio" à Dilma Rousseff. A letra, abaixo, é um primor:
Depois do cara a gente vota é na coroa
A gente quer
É gente boa
Deixa o Lulinha sair
Deixa a Dilminha entrar
Porque assim o Brasil não vai parar...
Fico em dúvida se foi um aliado ou um adversário que fizeram essa música. E, embora imagine que o Olavo vá contestar, "votar na coroa" é de um machismo primário, até porque o Lula ou o provável adversário de Dilma, José Serra, são mais velhos que ela e não são chamados pela mesma alcunha....
Em tempo: como toda marchinha e/ou música ruim, essa fica na cabeça também. Aprecie (sic) com moderação.
Levantamento produzido pelo parceiro Blablagol aponta que a seleção brasileira tende a obter resultados mais felizes em copas do mundo quanto mais baixa é a idade do atleta mais jovem do elenco. Se os dados fizerem algum sentido para além do uso do caçula como mascote, amuleto ou objeto atrator de sorte na competição, a convocação de Neymar, do Santos, de 18 anos, ganharia força.
Copa | Jogador | Idade |
1930 | Carvalho Leite | 18 |
1934 | Lêonidas da Silva | 20 |
1938 | Perácio | 21 |
1950 | Castilho | 22 |
1954 | Humberto | 20 |
1958 | Pelé | 17 |
1962 | Coutinho | 19 |
1966 | Edu | 16 |
1970 | Marco Antonio | 19 |
1974 | Dirceu | 22 |
1978 | Zé Sérgio | 21 |
1982 | Leandro | 23 |
1986 | Müller | 20 |
1990 | Bismarck | 20 |
1994 | Ronaldo | 17 |
1998 | Denilson | 20 |
2002 | Kaká | 20 |
2006 | Robinho | 22 |
2010 | ? | ? |
Sem comentários, ouvi apenas uma vez, mas ficarei no Carnaval torcendo para que o encontro dos dois grandes de Vila Isabel baixe no sambódromo o espírito de liberdade dos verdadeiros carnavais.
O Superior Tribunal de Justiça decretou, por doze votos a dois, nesta tarde, a prisão preventiva do governador de Brasília, José Roberto Arruda, e outros envolvidos no Mensalão do DEM, também conhecido como panetonegate.
O candidato ao governo do departamento (estado) de La Paz, Félix Patzi, foi condenado a fabricar mil tijolos de adobe por dirigir embriagado. A sentença não foi do Judiciário Boliviano, mas da comunidade indígena aimará a que pertence o ex-ministro da Educação e aliado de Evo Morales. No domingo, Patzi pediu desculpas ao presidente na TV pela presepada.
Foto: Wikipedia
Exemplo de categoria mobilizada para responder publicamente um ataque de tão baixo nível (se a visualização está ruim, por favor, clique na imagem). Eu acho bom e pouco. Velho fascista! Pra quem não se lembra do episódio, o vídeo está aqui. A coisa foi tão feia que mereceu essa ótima resposta aqui.
Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, em Brasília, o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT) disse que o (des)governador José Erra, digo, Serra (PSDB), é o "candidato errado" pela segunda vez. E explicou:
- Em 2002 o Serra foi o candidato da continuidade quando o povo queria mudança. Agora ele vai ser o da mudança quando o povo quer continuidade.
Foi vitória simples; a mais simples. No sentido daquelas em que faltam acontecimentos mais ricos. O futebol apresentado pelo Palmeiras diante do Flamengo-PI pela Copa do Brasil garantiu uma vitória por 1 a 0 que não evita a partida de volta. Não evita tampouco a insegurança do torcedor que espera mais estabilidade nas atuações.
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A vitória do São Paulo por 2 a 0 contra o esforçado Monterrey ontem, no Morumbi, em sua estreia na Copa Libertadores de 2010, não diz muita coisa. Além do time continuar jogando de forma modorrenta, previsível e sem um pingo de ofensividade ou criatividade, o adversário poupou cinco titulares para o clássico do próximo final de semana contra o Tigres, pelo Campeonato Mexicano. Os dois alentos foram Washington, que voltou a marcar jogando onde deve, dentro da área, e a surpreendente reestreia de Cicinho (foto - Miguel Schincariol/SPFC), que havia desembarcado da Europa pela manhã e treinado rapidamente à tarde. Demonstrando muita vontade, foi para o jogo.
Ainda é cedo para falar sobre suas condições e se vai voltar a atuar em grande estilo, como há cinco anos, mas fica nítido que o São Paulo precisava de um jogador com esse perfil. Numa de suas primeiras participações, jogou uma bola para escanteio e vibrou batendo no peito, sendo cumprimentado pelo Rogério Ceni. Faltava esse tipo de vibração no time, que o elenco de 2005 tinha de sobra. Cicinho, Lugano e Amoroso vibravam até quando chutavam a bola para a lateral. Talvez o repatriado consiga contagiar os apáticos zagueiros, volantes, meias e atacantes da equipe atual. Talvez.
De qualquer forma, a vinda de um lateral-direito de ofício, na condição que for, sempre é melhor do que não ter ninguém. Jorge Wagner correu bem pela esquerda ontem. Talvez dê liga. Talvez. Mas que a zaga dá medo, isso dá...
PS: Inspirado por um tweet do Rodrigo Bueno. Edição do vídeo por Camila Ramos.
Observando o Brasão de Armas do Brasil (acima), reparei que ele possui dois ramos de folhas dos produtos que puxavam a economia nacional no final do século 19: café e fumo (não existia o politicamente correto na época). Vai daí que me ocorreu que a iniciativa do (des)governador de São Paulo, José Erra, digo, Serra, de proibir cigarro em bares, restaurante e padarias pode ter um fundo de afronta ao governo federal, do qual, até o momento, é feroz inimigo. Será que a próxima proibição nesses recintos será tomar café?
Buenas, mas falando em brasões (e manguaça), alguns municípios paulistas preferiram substituir o ramo de café pela cana de açúcar, que há séculos move a economia do estado e do país. É o caso de Campinas, Lençóis Paulista, Iguape, Ipeúna, Saltinho e Santa Rosa, entre outras. Não entendo qual foi o pudor dos primeiros governos republicanos ao excluir a matéria-prima da "marvada", preferência nacional, no brasão federal. Tinha que ser coisa de militar!
LENDA DO CARMO
(Composição: Ivan Lins / Vitor Martins)
Ivan Lins
O mestre bandoleiro invade a cidade
Pega da espada e muda o rumo da manhã
E o povo corre pra igreja
Pra se esconder do mal
Os santos milagreiros, mulheres e homens
Bebiam juntos o vinho e repartiam o pão
Era a folia, era o milagre
Do vinagre e sal
O mestre bandoleiro deixando a cidade
Quebra a espada e muda o rumo da manhã
Cinzenta e fatal
Imortal
Os santos e as pessoas invadem a cidade
Tocando sinos, cantando hinos de procissão
Era a folia, era a alegria
Era um Carnaval
Na mesma taça, o sangue e o vinho da igreja
A água benta, a cerveja e o suor
A mesma dança, uma vingança
Um negro ritual
O povo sem cerveja, os santos sem milagres
A igreja só e não muda o rumo da manhã
Virgem Santa! Quanta solidão! Perdição!
(Do LP "Chama acesa", RCA, 1975)
Levantamento do economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, aponta que o preço de custo de uma capirinha aumentou 51,8% nos últimos 12 meses. A alta dos preços dos derivados da cana-de-açúcar explica a variação 11 vezes maior do que a inflação medida no período – 4,6% segundo o Índices de Preços ao Consumidor Ampliaco (IPCA).
A maior parte do aumento ocorreu até setembro, data do levantamento anterior do gênero. À época, a elevação acumulada era de 40%.
"A caipirinha preparada em casa está mais cara", resumiu Braz. "É efeito da alta dos derivados da cana que, como o álcool, também sofreram reajuste", analisa. O fenômeno é o mesmo que faz com que o etanol (ex-álcool combustível, esse absurdo que é queimar o destilado da cana) seja uma opção menos rentável aos motoristas de veículos flex.
Enquanto a cachaça aumentou 18%, o açúcar subiu incríveis 69,8%. O limão, por motivos de safra, aumentou 8,9%. A expectativa é de que, com o início da safra, em abril, os preços recuem. O aumento sazonal é normal, acontece todos os anos. Mas em 2009, foi maior.
A variação de preços do adoçante, adotado em versões heterodoxas da caipirinha, não foi encontrada em minhas buscas. Já a vodca, que corrompe o drinks em "caipirosca", subiu 13,7%. O estudo da FGV não avaliou o preço cobrado nos bares. Mas deu ideia para um monte deles.
Os dados constam de estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, que quis mostrar quanto de imposto se paga sobre os produtos consumidos no carnaval. O objetivo é mostrar que se paga muito imposto sobre tudo, mas isso ficou menos importante diante da variação colossal de preços da matéria-prima da caipirinha. O estudo mostra que o preço da cerveja tem 54% de impostos.
Em tempo
O estudo sobre a variação de preços das bebidas alcóolicas deve estar no Manguaça Cidadão. Uma sugestão de nome seria Medição de Alcóolicos e Mézis Ampliado (Mame).
Olha aí, prefeito Kassab, uma grande solução para as enchentes na cidade de São Paulo: a capital escocesa, Glasgow, está testando um novo ônibus anfíbio (fotos abaixo, da AFP) para atender às comunidades de Renfrew e Yoker, que precisam atravessar o Rio Clyde de balsa. O ônibus, construído na Holanda, pode carregar até 50 passageiros em viagens sem interrupções no asfalto e na água. E se não quiser gastar com os ônibus anfíbios, Kassab, bem que você poderia trazer outra medida paliativa da Escócia: uma caixa de garrafas de uísque legítimo para cada manguaça descontente da Paulicéia Alagada!
Dunga anunciou a convocação da seleção brasileira. Todos os comentaristas esportivos acreditam que quase todo mundo que está aí vai para a África do Sul.
Nada de Ronaldinho Gaúcho e muito menos de Ronaldo, o gordo. Diego tampouco foi convocado. Adriano e Kléberson, do Flamengo, estão na lista. Robinho está lá.
No gol, ou guarda-metas
Julio César (Internazionale); e Doni (Roma).
Lateral
Daniel Alves (Barcelona); Gilberto (Cruzeiro); Maicon (Internazionale); e Michel Bastos (Lyon).
Zaga
Juan (Roma); Lúcio (Internazionale); Luisão (Benfica); e Thiago Silva (Milan).
Meio-campo
Elano (Galatasaray); Felipe Melo (Juventus); Gilberto Silva (Panathinaikos); Josué (Wolfsburg); Júlio Baptista (Roma); Kaká (Real Madrid); Kleberson (Flamengo); e Ramires (Benfica).
Ataque
Adriano (Flamengo); Luís Fabiano (Sevilla); Nilmar (Villarreal); e Robinho (Santos).
Assim como em outubro, para os amistosos contra Inglaterra e Omã, Michel Bastos foi convocado. Atualmente no Lyon, o jogador foi revelado pelo Pelotas, ganhou destaque no Figueirense em 2004, quando foi para o Grêmio. Não deu tão certo, foi ao Atlético Paranaense em 2006 e, deli, para Lile. Desde o ano passado, mudou de clube.
É mais um coringa no escrete de Dunga. Além de Michel, Elano, Daniel Alves e Júlio Baptista jogam em mais de uma posição. Precisa de tanta polivalência?
O Comitê Desportivo LGBT Brasileiro está em busca de jogadores de futebol para baterem bola fora do armário. A ideia é que o time jogue amistosos e paticipe da Copa de futebol gay, promovida anualmente pela Associação Internacional de Futebol de Gays e Lésbicas (IGLFA).
Para incentivar os atletas, o CDG Brasil apelou para a rivalidade com nossos hermanos argentinos. Segundo o comitê, já existiria uma partida marcada para ser realizada em São Paulo no mês de maio contra o Los Dogos, equipe portenha vencedora da última Copa Mundial Gay.
E a competição não é única direcionada para o público LGBT, existe ao menos mais duas. O Gay Games, que contará com 34 modalidades esportivas em competição na edição deste ano, em Colônia, na Alemanha, e o Word Out Games, que na edição de 2009, em Copenhague, reuniu seis mil atletas.
Pela cerveja anunciada na placa, o tal barulho deve ser ser feito pelos clientes que gritam de desespero antes de beber. Ou de dor de barriga, depois...
Vou com relativa frequência a estádios - arrisco dizer que sou o futepoquense que mais se faz presente nos campos. Naturalmente, a Vila Belmiro é o destino mais comum, mas outros templos como Pacaembu, Morumbi, Mineirão e Bruno Daniel volta e meia recebem minha presença.
E comumente, ao conversar com gente que não vai aos campos, sou chamado de "corajoso", "louco" ou adjetivos quetais. "Como você consegue ir a estádios, com essa violência cada vez maior?". Respondo que não é como falam, que em 19 anos (caramba, quanto tempo) de presença constante em estádios tive pouquíssimos problemas, que as coisas na imprensa acabam tendo uma repercussão maior do que a realidade e por aí vai...
Na quarta-feira, 3, passada quatro policiais civis de Goiás foram detidos em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), acusados de estarem espionando deputados distritais da oposição. Em depoimento a policiais da Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil brasiliense, o grupo afirmou que estava monitorando os passos dos deputados a mando de Fábio Simão, ex-chefe de gabinete do governador do DF, José Roberto Arruda (ex-DEM). A notícia foi dada com exclusividade pelo Congresso em Foco, na última sexta-feira e a repercurssão na terra da Panetolândia - e pelo jeito fora dela - foi quase nula.
Mas, para não ser injusta, o Correio Braziliense soltou a seguinte nota, na mesma sexta-feira à noite. "Arruda troca o comando da Polícia Civil do DF". Precisa dizer algo mais?
No sábado, 6, pela manhã, o DFTV soltou uma matéria sobre os grampos na Câmara Lesgislativa, entrevistando distritais da oposição. Mais nenhuma vírgula sobre o assunto. Hoje a Folha de S. Paulo chama a atenção para o caso em "Governador do DF é acusado de arapongagem". Já a capa do Correio Braziliense é "Brasília só recicla 8% do lixo coletado" e traz na última página do caderno Cidades duas matérias sobre a política da panetolândia. Uma sobre as imagens da negociação para a tentativa de suborno do jornalista Edson Sombra, a lambança do sobrinha e, óbvio, a defesa de Arruda. A outra matéria diz respeito ao protesto "Fora Arruda", que aconteceu neste domingo.
Mas, Correio, nenhuma linha sobre os grampos??? Será que o Watergate brasiliense, que nos EUA derrubou um presidente, aqui não vale nada?
Escutava a partida pela rádio CBN no primeiro tempo enquanto me dirigia a um evento familiar em que seria absoluta minoria como torcedor peixeiro. Durante o caminho, só escutava jogadores do Santos mencionados na transmissão quando o comentarista Vitor Birner disse que o São Paulo era mais ofensivo que o Santos àquela altura, perto dos 30 minutos. Então, o locutor Deva Pascovitch deu um dado surpreendente para um clássico. Até aquele momento o Alvinegro tinha 64% da posse de bola, enquanto o Tricolor tinha 36%.
O comentarista se espantou com o dado, mas tentou justificar dizendo que a postura ofensiva são-paulina era porque ele tentava marcar o Santos no campo adversário. Contudo, o escrete litorâneo conseguia fazer a transição para o ataque tranquilamente. Curiosa a noção de ofensividade aplicada no caso mas, vendo depois os melhores momentos, foi possível ver que a formação de Dorival Junior fazia com que o time tivesse de fato mais facilidade na transição.
Para isso, o técnico sacou Pará e deslocou Wesley para a lateral-direita, o que foi uma bela sacada. Não fragilizou mais um setor que já era fragilizado e deu velocidade nos contra-ataques por aquele lado. Fora isso, Marquinhos na meia também deu um mais técnica para que a equipe chegasse à frente e soubesse tocar a bola quando necessário, sendo incisiva no momento oportuno.
Cheguei ao reduto são-paulino na hora da cobrança do pênalti de Neymar. Feito o tento, um tricolor não conteve a raiva e exclamou: "Humilhou o Rogério Ceni!". O segundo tempo prometia e eu teria que me conter.
A segunda etapa começava equilibrada, mas Ricardo Gomes sacou Washington e colocou Cléber Santana, tentando ganhar a disputa no meio de campo. E conseguiu por algum tempo. O São Paulo passou a buscar o resultado e jogar mais no campo alvinegro, embora não tenha tido, até fazer o gol, chances claras de marcar, exceção feita a um chute de Jean aos 17.
Após o empate aos 22, a partida seguiu equilibrada, e Zé Eduardo entrou no lugar de Marquinhos. Robinho já estava em campo no lugar de André e o Santos voltou a se movimentar com velocidade no ataque. Aos 30, depois de uma bela tabela com Neymar, Robinho finalizou (entendi que ele errou o chute) e Ceni salvou. Mas aos 41 não houve como evitar o gol alvinegro. Zé Eduardo dominou a bola na meia, passou para Wesley que descia na direita e o cruzamento veio para Robinho, de letra, completar diante de um ajoelhado goleiro tricolor.
De novo, o Santos exibiu lampejos de futebol-arte o que, para o futebol que se joga aqui hoje, não é pouca coisa. E Robinho mostrou o que pode fazer pela equipe e também pela seleção. Ainda que muitos torçam o nariz, ele será imprescindível para a equipe de Dunga.
O dia foi dos santistas e de Robinho, mas o Palmeiras voltou, depois de duas rodadas, a encontrar o caminho da vitória. Contra o Bragantino, na terra da calabresa, a partida terminou 3 a 2 para o alviverde, com gol decisivo de Lenny, depois de longa contusão.
O Palmeiras segue em sexto, a dois pontos da Ponte Preta e do Corinthians e a quatro dos líderes Santos e Botafogo de Ribeirão. O problema é que é contra o time que revelou Sócrates e Raí o próximo desafio verde, e na casa da sensação do campeonato.
O Bragantino teve dois gols anulados, um por impedimento e outro por uma falta de ataque, bem mais polêmica. Teve ainda uma reclamação de pênalti em uma rebatida em que a bola bateu nas mãos de Edinho e Danilo. Pelo efeito, parecia de vôlei, mas Cleber Wellington Abade achou que não foi.
Aos 7 do primeiro e aos 5 do segundo tempo, o Palmeiras abriu 2 a 0. Cleiton Xavier recebeu de Diego Souza como atacante e Robert pegou a sobra do goleiro Givan.
Depois de cada gol, veio um crescimento do Bragantino e um recuo sem noção do Palmeiras. Não foi à toa que o time da casa empatou, com Diego Macedo e Juninho Quixadá – que mais ou menos fez o que quis na zaga.
No ritmo que ia, o gol da vitória estava mais maduro para o time que reagia do que para os visitantes. Mas Lenny, em sua segunda partida depois da recuperação, marcou. Ele tinha participado do empate com a Portuguesa.
Recuar tanto depois de fazer gols é um problema que o técnico precisa evitar. Não colocar o Armero como Muricy fez neste domingo – pelo menos até que ele apresente atestado de despacho com pai-de-santo com reconhecida ficha de serviços prestados –, é uma boa ideia.
Curiosa a opção de Muricy de evitar Robert ao lado de Lenny. Diego continuou como atacante, sem um centroavante trombador. Apesar de isso funcionar, o time fica deficitário no meio, já que Deyvid Sacconi tem sido titular, mas substituído com frequência.
É um elenco cheio de deficiências. Mas que ganhou hoje.
Como era de se esperar, o Fantástico saiu em defesa do Zé Alagão, quer dizer, do governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
São 72 mortes devido as chuvas em SP, em 43 dias, e nenhuma delas é citada na matéria deste domingo. Aliás, nenhuma responsabilização governamental, nenhuma menção aos nomes de Serra e do prefeito Kassab (DEM), ao relatório do Inpe, alertado sobre o alto nível das represas de São Paulo. Enfim nada que seja realmente plausível.
Então a culpa é de quem? Como já sabemos, para o Serra é da natureza; já para o Fantástico, é do lixo que as pessoas jogam nas ruas. São cinco minutos e 12 segundos de cenas dos amontoados de lixos, flagrados pelas lentes globais, assim como também aparecem os verdadeiros "culpados pelas enchentes": os trabalhadores, como a vendedora Maria de Fátima Moura, filmada ao colocar o lixo fora da loja em horário inapropriado. Ou o catador de material reciclável que surge nas telas remexendo no lixo enquanto a equipe de jornalismo da Globo informa:“olha a sujeira que este catador de lixo faz”. E sobrou até para os garis, que também foram “flagrados”, recolhendo o lixo, mas colocando de volta nas ruas, dentro do saco plástico, à espera do caminhão.
De fato, "isso é fantastico".
Pouco tenho aparecido aqui no Futepoca, pois o mestrado aqui exige muito e futebol, só sei de ler as notícias depois de jogo, mesmo dos meus times São Paulo e Arsenal - piorado pelo fato de que a Premier Ligue não passa na TV aberta. (Se vocês quiserem encarar isso como desculpinha para eu não escrever sobre a derrota do São Paulo para o Santos tudo bem, estou preparada).
Em compensação, não paro de caçar notícias sobre São Paulo - a cidade. Tentar relacionar o conteúdo do curso, as experiências in loco e o que acontece aí desse lado do Atlântico é muito interessante, mas infelizmente tem sido desalentador. Não, pior. Desesperador.
A temporada de enchentes é, por óbvio, o que mais tem chamado a atenção. E uma série de informações que me chegaram nessa última semana fez com que eu ficasse com vontade de bater a cabeça na parede de raiva. Como não ia adiantar nada, resolvi escrever esse post.
Em primeiro lugar, vieram as declarações de gente do governo do estado de São Paulo dizendo mais besterias do que eu supunha ser possível. Elas foram sintetizadas nessa matéria da Isto É. Primeiro, em resposta a um relatório do Inpe alertando sobre o alto nível das represas de São Paulo, a Sabesp responde que, como não era possível prever o dia e a hora da chuva, não havia nada que pudesse ser feito. O companheiro Frédi já destacou essa bobagem.
Depois, imagino que em resposta à autora da matéria, o responsável direto pelo gerenciamento das barragens na região metropolitana da cidade de São Paulo, Hélio Castro, afirmou que “as chuvas foram excepcionais, mas não há garantias de que isso volte a ocorrer. Eu duvido que alguém sustente a afirmação de que essas chuvas excepcionais continuarão existindo”. Eu não sou especialista em mudanças climáticas, mas posso assegurar que todas as cidades grandes aqui da Europa estão se preparando para eventos climáticos mais extremos. Eu tenho a impressão de que elas não gastariam os milhões que vão gastar sem que o risco de fato exista. A resposta de Castro parece argumento de negacionista das mudanças ambientais. Feio!
A essas imbecilidades junta-se um seminário muito apropriado, organizado pelo meu curso, chamado "A Cidade Vulnerável". Três especialistas foram convidados para falar sobre a vulnerabilidade das cidades diante das... mudanças climáticas! E uma série de informações só confirmaram o que eu já intuía: com boa governança, as cidades sofrem consideravelmente menos com eventos extremos.
O caso de Londres é exemplar para nós, paulistanos. A cidade é bastante populosa - 7 milhões de pessoas - e também é inteirinha permeada por rios e córregos. Alex Nickson, gerente para adaptação às mudanças climáticas da prefeitura de Londres (na tradução da promoção), informou que por aqui nada menos do que 600 mil propriedades estão nas áreas alagáveis do Tâmisa e de seus afluentes. Tem enchente aqui? Tem, em média uma vez a cada dois anos. É grave? Bom, para os londrinos é o fim do mundo, mas para qualquer paulistano isso seria o paraíso para São Paulo. Morre gente? Acho que eu não preciso responder essa pergunta.
Mas o participante que mais chamou a minha atenção foi David Satterthwaite, pesquisador do International Institute for Environment and Development. Sua apresentação teve como título "Como se adaptar às mudanças climáticas com governos ineficazes". Ele faz parte de um time que estuda 16 cidades em países pobres, no que tange à adaptação - ou não - às mudanças climáticas. O Brasil não entra na lista, e inclusive Porto Alegre foi citada como um ótimo exemplo de cidade que consegue garantir acesso a àgua para todos.
Satterthwaite enfatizou que um sinal para saber se a cidade tem boa governança (conceito mais amplo que o de governo, é bom dizer) é ver quem são mais afetados por eventos extremos como secas inundações. Se todas as classes sociais são afetadas igualmente, a governança tende a ser boa. Afinal, porque diabos uma seca deixaria apenas os pobres sem água? E porque enchentes afetariam apenas as casas pobres localizadas em áreas de várzea?
O pesquisador disse, ainda, por que é tão difícil fazer com que os governos ajam em relação às catastrofes. Algumas das razões: falta de capacidade técnica; recusa de agir em bairros irregulares; dificuldade em convencer os governantes de que o quadro é sério; o fato de que a prevenção de uma tragédia não traz votos, já a recuperação depois de uma, sim.
Eu poderia discorrer por mais alguns parágrafos por questões interessantíssimas colocados nessa palestra, mas acho que eu já consegui ilustrar meu ponto. São Paulo sofre do todos os problemas citados acima. Mas esses problemas foram encontrados e listados em cidades pobres. E se tem uma coisa que São Paulo não é, é pobre. Tanto a cidade como o estado. Por que então a cada assunto abordado na palestra eu me contorcia na cadeira querendo gritar para o mundo que não, o problema não é falta de dinheiro?
Depois da palestra, tive a oportunidade de conversar com Satterthwaite durante um jantar. E quando eu lhe disse que São Paulo estava passando pelos mesmos problemas que ele havia apontado na palestra, sua primeira reação foi de desdém. Algo do tipo "é que você nunca viu ao vivo o que é uma enchente dessas numa cidade pobre". Quando eu disse que mais de 70 pessoas morreram por conta das chuvas, ele até se assustou. Nunca esperava que isso pudesse ocorrer no Brasil. Não por chute, mas porque ele trabalhou no Brasil já, conhece São Paulo, tinha contato direto com Paulo Teixeira durante a prefeitura da Marta. Cito uma frase. "Isso não deveria acontecer em São Paulo. A cidade tem especialistas, tem estrutura para evitar isso". E tem dinheiro.
Então por que isso não acontece? Por que as pessoas morrem? Evidente que a resposta mais geral é que nossos governantes paulistas não focam no que deveriam. Mas na prática isso se dá, por exemplo, em colocar em cargos importantes gente que não está preparada (para ser bem tucana em relação ao pessoal de gerenciamento das represas). Em privilegiar obras nas Marginais e tirar espaço das margens. Em concretar o rio. Em dizer que a culpa é de São Pedro. Em dizer que já combinou com Papai Noel que não vai chover mais. Em não ter um mapa atualizado de áreas de risco. Em negligenciar os casos de leptospirose depois das enchentes, provavelmente para mascarar as estatísticas.
Mais uma vez, eu poderia continuar por muitas linhas, mas não tenho nem vontade. O que acontece aí é tão triste que eu gostaria de poder simplesmente esquecer, para não entrar em crise. Por que eu estou aqui estudando para melhor entender São Paulo, mas cada pedacinho a mais que eu entendo, eu ganho mais um motivo para achar que temos cada vez menos saídas. Que as urnas nos ajudem, no final desse ano e depois em 2012.
(esse post ficou uma coisa meio terapia. Perdão pelo excesso de letrinhas)
ps: leio hoje, segunda 08/02, que os moradores do Jd. Romano foram reprimidos com gas pimenta durante manifestacao em frente a Prefeitura. Parece que as coisas ficam cada vez piores. A cada dia uma fronteira e ultrapassada, ate que todo mundo ache que todas as violencias que essas pessoas estao passando sao normais.
Diante do crescimento espantoso dos índices de violência em todo o Estado de São Paulo, segundo os últimos dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o (des)governador tucano José Erra, digo, Serra, teve a cara dura de dizer que a culpa foi da crise econômica mundial. No que uma amiga jornalista concordou:
- Tá certo. Afinal, os bandidos investem nas bolsas...
Tá legal, foi contra o Sertãozinho, mas 4 a 0 sempre é um placar a ser comemorado. Especialmente se considerarmos os autores de dois dos gols do Corinthians na partida deste sábado, no Pacaembu.
Falo especialmente de Marcelo Mattos e Edno, duas contratações que não vinham mostrando muito do futebol que se espera deles. Eles marcaram respectivamente o terceiro e o quarto tento da goleada, que havia sido aberta por Chicão e Jorge Henrique ainda no primeiro tempo.
O time foi a campo com a formação que me parece mais próxima da titular, já que Mano Menezes ainda mantém uma política de rodízio nessa fase de preparação: Felipe, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Marcelo Mattos, Elias, Tcheco (Jucilei) e Jorge Henrique; Dentinho (Morais) e Iarley (Edno). Troque Dentinho ou Iarley por Ronaldo, veja quem está melhor entre Marcelo e Ralph de primeiro volante, e deve ser mais ou menos isso.
Com a proximidade da estréia na Libertadores, que será dia 24, frente ao Racing (URU), no Pacaembu, Mano promete acabar com o mistério já na próxima partida, contra a Portuguesa, dia 13, no Canindé. Deve levar todos os titulares, fora o Gordo, que ainda recupera forma física depois de lesão muscular na coxa.
Potencial
Como faz tempo, muito tempo que eu não escrevo, cabe falar mais do time em geral doque desse jogo especificamente. O foco, sem dúvida, é a preparação e a montagem do time. Por isso o tal do rodízio.
A partida mais importante até aqui, contra o Palmeiras, teve avaliação prejudicada pela expulsão precoce de Roberto Carlos. Mesmo assim, destacou-se a qualidade da defesa, que segurou a pressão (bastante carente de criatividade, é fato) do Porco até o final. Contra a Ponte, o meio campo com Jucilei (mais preso), Edu, Danilo e Boquita, num 4-4-2, ficou bastante lento. Eu teria trocado Boquita ou Danilo por Defederico.
Dos jogadores novos e dos nem tanto, Ralph me surpreendeu positivamente pela velocidade, marcação e noção de cobertura. Roberto Carlos está bem e melhorando, fez sua melhor partida contra o Sertãozinho. Iarley é bom, mas não sei se resolve jogando de centroavante. Talvez Mano precise inventar um jeito de jogar sem atacante de referência na ausência de Ronaldo. Um cara que eu queria ver no time titular é Edu. Sou fã do estilo dele, de bons passes, cabeça erguida, porte elegante. Achei que ele foi bem contra a Ponte, mas ainda não merece a vaga.
Dos velhos, Jorge Henrique segue muito bem, assim como Elias. A zaga, que no segundo semestre do ano passado parecia perdida, se acertou de novo e vem bem com Chicão e William.
Mesmo assim, ainda desconjuntado e mudando meio campo e ataque a toda partida, o Timão ronda a liderança do Paulista. Isso mostra a qualidade individual do time – e a fraqueza dos adversários. Com a tranquilidade e consciência que lhe são próprias, Mano avalia positivamente os avanços do time, mas não o bastante para a Libertadores: “Estamos disputando a fase de classificação do Campeonato Paulista e temos um desempenho bom para a fase de classificação do Campeonato Paulista.” A partir do sábado de Carnaval, deve dar pra ter uma idéia melhor do que virá.