Compartilhe no Facebook
Publicado originalmente no Conversa Afiada. Basicamente a linha do "não gostei da pergunta, não respondo". Isso é que é democracia...
Publicado originalmente no Conversa Afiada. Basicamente a linha do "não gostei da pergunta, não respondo". Isso é que é democracia...
É um pouco tardia, claro, mas o Futepoca não poderia deixar de fazer sua análise sobre o título da seleção brasileira na Copa das Confederações.
Em primeiro lugar, é preciso destacar uma característica que raramente está presente nos elogios que se faz ao futebol brasileiro: raça. Sim, raça, algo que tradicionalmente é mais aplicado aos vizinhos argentinos e que o torcedor brasileiro tanto sentiu falta na Copa de 2006.
Diz um amigo meu - Júlio Bernardes, conhecido de tantos aqui - que sempre que um jornal define uma vitória de um time como sendo "na raça" é sinal que o time jogou mal. Até faz sentido em muitos casos, mas não sei se se aplicaria à vitória de domingo. Afinal, apesar dos 2x0 que os estadunidenses impuseram no início da partida, o Brasil teve o domínio de bola durante todo o jogo. Se não chegou a ser incisivo como deveria no primeiro tempo, talvez isso se deva até a mérito da seleção dos EUA.
Da cidade de Bananeiras-PB vem a cachaça Rainha. Uma caninha branca, transparente mesmo, boa para abrir o apetite. Naturalmente é forte, 53º GL, e vale para se aventurar nas canjibrinas de fora do estado de Minas Gerais.
Os produtores da Rainha garantem que sua origem é de 1877 no mesmo Engenho Goiamunduba. Bananeiras fica na região do Brejo Paraibano. Não tem características de envelhecimento. Segundo um estudo técnico feito na cidade, a maioria dos engenhos usa freijó revestido de parafina para armazenaro precioso líquido.
Onde tomei
Foi para abrir o apetite que, no domingo, depois de três horas no hospital para tentar me livrar da gripe manguaça – da qual, ao que consta, sou o paciente número zero. Fui ao Sabor do Picuí, um restaurante que abusa do esteriótipo, com garçons de chapéu de couro, cartucheira a tira-colo e sandália no pé. Com o frio que estava, os funcionários estavam obrigados a usar meia com a sandália.
Mas o mais importante do restaurante é que as marvadas são oferecidas por R$ 2, o mesmo preço encontado no Parque do Povo Campina Grande. Ainda volto lá para provar a Marimbondo, do mesmo estado.
O título do post é mais do que óbvio. Tão óbvio quanto escrever que a vitória seria muito melhor. Seria obrigação até.
Mas é só para lembrar que o placar de 1 a 1 no clássico contra o Santos, a primeira partida do Palmeiras na temporada depois da saída do treinador Vanderlei Luxemburgo foi menos pior do que o da segunda partida da semifinal do Campeonato Paulista entre os mesmos times. Na ocasião, o Santos bateu o time de Palestra Itália por 2 a 1, com direito a papelão de Diego Souza. E o Palmeiras não jogou para ameaçar os classificados.
Neste domingo, dois dias depois da conturbada demissão, o resultado foi 1 a 1. O alviverde saiu na frente, com Obina, aos 32, e o Peixe empatou aos 36, com Robson.
Se a equipe comandada por Jorginho, ex-jogador e técnico do Palmeiras B, foi bem no primeiro tempo, deixou a de Vágner Mancini superá-la na segunda etapa. Não foi um início de jogo espetacular nem nada, mas suficiente para garantir mais posse de bola, obrigação de um time que atua em seus domínios.
No segundo tempo, recuou um pouco, não conseguiu explorar contra-ataques e deixou o time visitante crescer. Quem se apequena, é punido.
O certo seria vencer em casa. Mas manter a sequência de seis partidas sem derrota no Brasileirão indica que a saída de Luxemburgo não fez tanto dano assim.
Mas ainda precisa de mais jogos para ter certeza.
Seguindo com a série "Eu e minhas cervejas", experimentei na sexta-feira um exemplar alemão cujo nome pode causar arrepios àqueles que já tiveram o (des)prazer de tomar uma certa marca brasileira: Kaiserdom Premium German Lager Beer. Mas esta cerveja da cidade de Bamberg não tem nada a ver com a quase homônima, que tanto difamamos aí no Brasil. Com 4,5% de teor alcoolico, a Kaiserdom tem cor clara e um sabor amargo de chope, apesar de suave. Porém, o que mais nos chamou a atenção, no supermercado, foi a imponente lata de 1 litro, que rende dois pints - copo padrão que aparece no canto direito da foto abaixo, feita pelo colega Raphael Brito. Aliás, e ele quem observa: "Tem a medida certa de alcool e sabor refinado". A cerveja serviu para brindar minha chegada a república no bairro de Kingswood onde vivem cinco mineiros e dois paulistanos. Até a proxima (cerveja)!
Domingo, às 18 horas, haverá uma homenagem ao Vavá, um culto na Igreja Metodista de Pinheiros, em São Paulo (na rua Lacerda Franco - não sei o número, mas fica em frente à Cultura Inglesa). A dona Lurdes, esposa dele, pediu para que a gente avisasse os amigos e frequentadores do bar, pois está muito emocionada e não teve como ligar pra todo mundo. De antemão, ela agradece a quem puder comparecer e/ou repassar esse convite a todos os amigos que conviveram com o nosso querido e inesquecível Vavá.
Foi pelo blogue de Vanderlei Luxemburgo que a mídia e os torcedores ficaram sabendo que o treinador havia sido demitido por quebra de hierarquia. A diretoria do Palmeiras não gostou do teor da entrevista do técnico em que condenava a transferência de Keirrison com o Barcelona por não ter sido comunicado.
Ele considerou que passaram por cima de sua autoridade e anunciou que o camisa 9 do Palmeiras não jogaria mais sob seu comando.
Sempre se pode dizer que Luxemburgo forçou a mão ao criticar a diretoria pela pesada reprimenda a Keirrison justamente para forçar sua dispensa. Com o fantasma da contratação de Muricy Ramalho, o mais querido de quem não está feliz com seu técnico, a estratégia evitaria uma demissão convencional, daquelas que Luxemburgo não é vítima normalmente. Quando não consegue sair por cima, pelo menos não é dispensado depois de uma derrota.
O contrário também vale. A diretoria estava cansada do estilo falastrão e tratou de conseguir um motivo. Se vier Muricy, a parte da torcida que queria a saída ou a cabeça de Luxemburgo desde a desclassificação na Libertadores vai adorar.
Pode até ser. Ambas as teorias são mais defensáveis na mesa de bar. Eu tendo mais a considerar a segunda, apesar de que quem apurou sustente que não. Aliás, segundo o Parmerista a relação de Keirrison também estaria desgastada e ser desautorizado pelo técnico seria tudo o que uma diretoria não precisa num momento de desgaste.
Segundo consta, Luiz Gonzaga Belluzo e até a Traffic haviam se comprometido a não dispensar o atleta até 2010. Segundo circula, havia condições no contrato do atacante que previam a dispensa em certas condições. Há gente que diga que eram valores, enquanto outros veículos apontam alguma coisa relacionada ao Barcelona.
Para uma empresa que gerencia um fundo de investimento em jogadores de futebol não tende a haver dois padrões de comportamento quando o cheque bate à porta. Diante da oferta e da iminência do lucro estrondoso.
Vanderlei Luxemburgo parecia achar que mandava mais do que a diretoria achava que ele poderia mandar. Na divergência de visões, a parte que pode se romper se rompe.
Dois desfalques. Um grave, no ataque. Outro, no banco, cuja repercussão depende de quem venha em seu lugar. Pode até virar reforço.
O que é curioso é que é difícil encontrar um palmeirense que esteja chateado pela saída de Luxemburgo. Um lado deste blogueiro teme as consequências para o elenco e para o time no clássico contra o Santos, sob o comando de Jorginho. Outra parte diz: "Já vai tarde!"
Franz Beckenbauer defendeu enfaticamente o treinador da seleção sul-africana da futebol Joel Santana. O alemão se disse impressionado com o desempenho dos Bafana Bafana contra o Brasil, que precisou esperar até os 42 do segundo tempo para assistir ao imponderável atuar.
"Achei que a África do Sul poderia ganhar o jogo", disse Beckenbauer. "Taticamente, a África do Sul, que tem um técnico brasileiro, sabia exatamente o que estava fazendo, como jogar contra o Brasil. Kaká não teve espaço para jogar. Ele ia para direita, para esquerda, para tentar escapar da marcação no meio-campo. Taticamente a África do Sul foi excelente."
É fato.
Beckenbauer criticou apenas a necessidade de melhorar a capacidade de marcar gols. Se encontrar um artilheiro, a anfitriã pode ser considerada favorita para a Copa de 2010. "A única coisa que você pode mencionar é que a África do Sul precisa de chances demais para marcar um gol, eles precisam de um goleador", declarou o Kaiser. "Mas, se até a Copa do Mundo daqui a um ano eles conseguirem um goleador, então acredito que a África do Sul estará entre os favoritos a conquistar a Copa do Mundo", completou.
Acho que não é tão fácil. E parece que o ex-camisa 5 alemão está jogando para a torcida. Se os Estados Unidos endurecer a final da Copa das Confederações contra o Brasil, isso torna a seleção do Tio Sam favorita?
O título é emprestado da Folha online, de reportagem indicada a mim pelo Glauco. A opção do veículo foi por chamar pela piada pronta gerada pela fala do promotor José Carlos Freitas. Ele é o responsável pelo inquérito dos casos de violência na Parada do Orgulho LGBT na capital paulista. A minha opção foi, depois de rir, foi a de tentar ser chato.
Diz Freitas: "Uma alternativa é diluir em outros eventos (menores), para que possa ser utilizado o Sambódromo, o autódromo de Interlagos, até o estádio do Morumbi, que é um local apropriado para manifestações dessa natureza".
Foto: tales.abner/Wikipedia
"Autódromo de interlagos pode receber Parada Gay" ou "Parada Gay cabe no Sambódromo de SP" também seriam possíveis pela fala. Mas a própria formulação do procurador facilita a defesa do jornalista Rogério Pagnan (ou do editor, não se pode saber).
Fiquei pensando por que não foi incluído o Pacaembu na lista ou outro estádio de futebol. Depois lembrei que a sede do São Paulo Futebol Clube é o candidato a receber jogos da Copa do Mundo de 2014. Se é o mais preparado para um evento, também pode ser o mais preparado para o outro.
As sugestões do procurador já valeriam para 2010, segundo o jornal. Enquanto isso, organizadores da Parada protestam, lembrando que também seria o caso de banir o reveillón da avenida da região sudoeste da capital.
O debate sobre fazer a Parada na Paulista ainda continua.
A piada é que está pronta.
O Brasil precisou correr até os 42 minutos do segundo tempo para marcar 1 a 0 na semifinal da Copa das Confederações. Uma falta sofrida por Ramires na entrada da área foi cobrada por Daniel Alves, promovido a campo no lugar do lateral-esquerdo André Santos seis minutos antes. Entrou para fazer o gol.
Para bater a falta, um começo de impulso que lembrava Roberto Carlos. Ele foi para a bola e colocou-a no canto esquerdo de Itumelenq Khune. Quase no ângulo, distante o suficiente da mão esquerda do goleiro sul-africano. Não é todo dia.
A cota de zebra ficou restrita à outra semifinal. Agora o Brasil enfrenta os Estados Unidos na final.
Os Bafana Bafana não conseguiram a classificação e Joel Santana pode ter problemas para se segurar no cargo. Apesar de ter feito mais do que a maior parte da mídia esportiva imaginava – e menos do que os pessimistas que persistem no sempre legítimo Fora, Dunga.
A formação defensiva da África do Sul deu trabalho, porque conseguiu manter uma linha de quatro zagueiros, seguida de outra, de quem sobrasse no meio de campo. Ao mesmo tempo, conseguia avançar com três jogadores nos contra-ataques. Isso tirou o sossego do Brasil até o final da partida.
Na primeira etapa, a África do Sul foi melhor. Na segunda etapa, o Brasil teve mais domínio de jogo, mas criou menos chances claras de gol do que o torcedor esperava. Duas delas depois de tirar o zero do placar. Não deu muito gosto de assistir à partida.
Pensamento
Nas duas vezes em que o Brasil venceu a Copa das Confederações, em 1997 e 2005, foi eliminado pela França na copa do ano seguinte. Curiosamente o escrete de Zinedine Zidane é o único que também possui dois canecos da competição jogada atualmente no ano anterior ao mundial. Nas eliminatórias, os franceses têm 10 pontos em cinco partidas e está em segundo lugar, atrás da Sérvia, quer dizer, Provavelmente le bleus estarão na África do Sul em 2010. Será que o Brasil vai ganhar a Copa das Confederações para desafiar a breve escrita?
Jogo de Libertadores, quente, um jogador argentino chama um negro de "macaco". Não, essa não é a partida entre São Paulo e Quilmes, em que Grafite foi ofendido por Desábato. Aconteceu novamente ontem, na partidaça entre Cruzeiro e Grêmio, cujo alto nível técnico foi ofuscado pela ofensa racista de Máxi Lopez contra Elicarlos.
O pior de tudo foi a reação por parte do Grêmio. Um verdadeiro escarcéu para evitar que o atacante tricolor fosse depor na delegacia e, em meio a isso, um festival de besteiras ditas por diretores e pelo técnico Paulo Autuori. Falou o comandante: "Nós já vimos esse filme. Já vimos esse filme em São Paulo e não deu em nada. Muita gente apareceu, acabou tudo como acaba no Brasil, porque não é nada, é apenas um jogo de futebol. Acho que nós temos que preocupar com coisas muito mais sérias, nosso país precisa ser mais sério nas coisas".
Mas a afirmação de que "temos que nos preocupar com coisas muito mais sérias" e algo intrigante. Racismo não é sério, Autuori? Então o que é? Uma partida de futebol? A desfaçatez chegou ao nivel extremo com o diretor André Krieger, que afirmou: "Ele (Máxi Lopez) disse que não fez nada e que nem sabe o que significa 'macaco'". Quando ouvi isso lembrei na hora da torcida do Boca "saudando" Pelé na final da Libertadores de 1963, aos gritos de "Pelé hijo de puta, macaquito de Brasil". Claro que ele não sabe o que significa o termo...
Curioso que um diretor gremista (nao peguei o nome dele, a declaração foi dada à Rádio Gaúcha) foi na mesma linha, dizendo, inclusive, que o "garoto" (Elicarlos) deveria estar preocupado com a repercussão disso entre os "colegas" já que ninguém gosta de ter fama de dedo-duro. Ou seja, ele deve ficar quietinho e não denunciar, mesmo que seja vitima de um crime. Bela lição a do dirigente...
Além disso, agora há a tática de intimidaçao, ao se afirmar que se criou um "clima hostil" para o jogo de volta. Além de passar a mão na cabeça do atacante, que poderia se desculpar pelo que falou, os dirigentes dão a entender que nada farão para evitar qualquer reação da torcida contra Elicarlos. Perdem a oportunidade de exercer um papel educativo, raro no futebol mundial e principalmente no brasileiro, e marcar posição contra o racismo, fingindo que ele não existe e que é "coisa do jogo".
Outro argumento contestável é o de que a provocação faz parte do futebol, por isso ele pode chamar o adversário de "macaco". Misturam-se as coisas. Claro que provocação faz parte de qualquer esporte e acontece até na mesa de bilhar ou no jogo de truco. Mas existe um limite e o racismo extrapola isso. Tratar esse tipo de ofensa como algo normal ou que sempre aconteceu é um tipo de raciocínio similar ao dos senhores de escravo de tempos idos. "Eles sempre foram escravos, porque tem que mudar?". Ainda bem que os tempos mudam, e resta ao futebol reconhecer isso e colaborar para que a praga racista seja extinta.
Em tempo: a reação de Vágner quando escuta a ofensa, tomando as dores de Elicarlos, é mais que nobre. Há alguns motivos que levam alguém a ficar indignado e estes, certamente, são mais importantes que o futebol.
Reproduzido do Blog da Bia, com a devida autorização. Um adversário de Pelé em 1966 conta como foi enfrentar o Rei naquele dia. Dá pra imaginar que o moço era diferenciado...
Quem já teve a oportunidade de jogar com Pelé ou enfrenta-lo, sempre tem na memória a lembrança de algum lance genial do atleta.
Outro dia, conversando com Dirceu Krüger, um dos principais jogadores da história do Coritiba, perguntei se ele já havia enfrentado Pelé.
A resposta veio com o desenho (abaixo) de um lance do jogador, no jogo que ele acredita ter acontecido em 66 e ter terminado em 3 a 1 para o Santos, em pleno Couto Pereira.
Na época, lembrou Krüger, o tiro de meta ainda era batido por um zagueiro e o atleta do Coxa preparava-se para a cobrança.
Enquanto isso, Krüger observava Pelé no meio-campo e notou que o camisa 10 já havia percebido seu companheiro, Manoel Maria, posicionado na ponta direita e um espaço aberto na zaga do Coritiba por aquele lado. Mesmo assim, Pelé deu as costas para a cobrança, distraindo os adversários.
Quando ela foi executada, Negreiros, que estava no meio-campo, apenas gritou “Negão” e Pelé girou para a direita, chutando a bola de primeira para Manoel Maria, que cortou o zagueiro e o goleiro do Coritiba para marcar o gol do Santos.
“Foi genial. Sem ter visto a bola, ele virou para o lado certo, já que se girasse para a esquerda seria mais difícil fazer o cruzamento para a ponta direita. Não deu tempo de ninguém fazer nada. Ele já havia feito a leitura da jogada e, com apenas um toque na bola, decidiu”, recordou Krüger.
Nereida Gallardo volta a atrair flashs na Espanha. A ex-namorada de Cristiano Ronaldo posou seminua para fotos na revista Intervu. Em 2008, ela foi vista por diversas vezes com o astro, então no Manchester United de férias e com amigas na balada em sua cidade natal. No ensaio, ela aparece com a camisa do Real Madrid e de topless.
Nereida declarou que conquistou o português em janeiro de 2008. "Estivemos oito meses juntos", calcula. "Eu passava cinco dias da semana em Manchester e dois em Palma (de Mallorca) com minha família. Deixei meu trabalho porque ele me pediu", garante.
Enquanto namoravam, por pouco a distância não foi encurtada. É que havia perspectiva de Cristiano Ronaldo se transferir para o Real Madrid ainda julho do ano passado, mas ele teve de esperar até este ano para se tornar objeto da maior transação da história do futebol – 80 milhões de Libras (€ 94 milhões ou US$ 131 milhões com financiamento do banco Santander.
Depois da moça, o gajo dividiu os lençóis com outras celebridades, das quais a mais comentada foi Paris Hilton, com quem foi visto conversando. Apenas "mais uma em sua cama". Ela considerou a comparação entre o português a a estadunidense com David e Victoria Beckham como inadequadas. "Quando ao lado de Beckham, Cristiano não tem classe nenhuma", alfinetou. Nereida também salientou que o ex e a herdeira dos hotéis Hilton são "completos opostos".
"Não o reconheço, é outra pessoa", disse. "Comigo levava uma vida tranquila em todos os sentidos. Não saíamos, nem ele bebia, e agora vemo-lo gastando milhares de euros em champanhe", acusou. Se é verdade ou não, ninguém sabe.
Alguém pode achar que ela tem é inveja por perder um partidão desses, com rendimentos mensais de € 750 mil. Só que antes, na Inglaterra, Cristiano Ronaldo ganhava até € 600 mil, segundo a mídia.
Mas as especulações do noticiário de celebridades dão conta de que a mãe de Nereida, dona Dolores Galardo, teria sugerido à filha que agisse para retomar o noivo.
Não sou dos mais cinéfilos. Comédia romântica, então, tá longe de ser dos meus gêneros favoritos. Por causa disso, jamais havia ouvido falar de Armações do amor, filme estrelado por Mattew McConaughey e Sarah Jessica Parker. Segundo a sinopse, a película conta a história de um homem de 35 anos que não quer sair da casa dos pais, e estes contratam uma moça que luta para convencê-lo do contrário. Certo, certo.
Por que falo sobre isso? Porque esse filme será exibido pela TV Globo para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro às 21h30 dessa quarta-feira. No horário tradicional do futebol. Quando Grêmio e Cruzeiro jogarão pelas semifinais da Libertadores.
Não quero aqui iniciar aqueles intermináveis debates sobre se a Globo (ou outras emissoras de grande porte) dão menos bola para o futebol dos outros estados e só valorizam o que venha do "eixo do mal". Quero, agora, discutir outra coisa: será mesmo que os públicos paulista e carioca não gostariam de ver um importante jogo como esse unicamente porque não há uma equipe desses estados em campo? Será que os telespectadores, tão habituados com o futebol naquele horário do dia, receberão bem o tal Armações do Amor amanhã?
Curioso é pensar que a Globo é uma empresa de ponta e, portanto, não costuma dar pontos sem nó. Se está optando por isso, acredito eu que tenha recebido algum retorno de pesquisas prévias.
Sempre vem o velho acacianismo que diz que é muito cedo analisar um campeonato na sétima rodada, mas o torcedor do Bugre tem motivos de sobra pra se animar com a campanha do time na Série B. Invicto e líder com 19 pontos, o reformulado Guarani de Osvaldo Alvarez, rebaixado no Paulista, tem o mesmo aproveitamento do Corinthians na mesma altura da competição em 2008.
A diferença entre ambos é que o Timão perdeu os 100% de aproveitamento contra a Ponte Preta justamente na sétima rodada. Curiosamente, o mesmo time batido pelo Guarani no fim de semana. O Alviverde perdeu tal condição no sábado retrasado, contra o Vasco, um dos favoritos da Segundona neste ano.
Quem me enviou foi o camarada Iatã Lessa. Absolutamente impagável, impressionante como está bem feito. Até os são-paulinos vão rir, tenho certeza.
Eu precisava escrever sobre o empate do Palmeiras com o Atlético-PR em 2 a 2 na Arena da Baixada no sábado, 20. A linha era dizer que, se o empate aos 48 do segundo tempo era alívio pra crise, crise não havia, pois. Os dias passaram, a gripe (não-suína, segundo o atendimento médico) me pegou de jeito, e ficou claro que não era bem assim.
Foi por isso que fiquei tentando buscar um motivo para entender porque o treinador do Palmeiras Vanderlei Luxemburgo anda tão agitado.
Ele teme perder o emprego. Qualquer técnico temeria depois de eliminado da principal competição do ano disputada pelo clube que comanda. Mesmo acostumado à pressão, sua intensidade e a aparente proximidade da degola no meio da temporada são novidade para o engravatado técnico em times nacionais. Ele declarou, em solidariedade ao rival Muricy Ramalho, ter ficado escandalizado pela dispensa sofrida pelo atual tricampeão brasileiro. Apesar das farpas trocadas por mais de uma vez entre eles, a pressão maior com menos canais de proteção na mídia criou um inusitado sentimento de classe.
Se outros técnicos preferem se calar, se isolar, jurar que vão trabalhar duro para mudar as coisas,
Eita, semana boa pro Timão! Depois de conqusitar boa vantagem na final da Copa do Brasil, com os 2 a 0 contra o Inter, e assistir Palmeiras e São Paulo caírem na Libertadores, o Corinthians confirmou a má fase do Tricolor com uma vitória no clássico válido pelo Brasileirão. Com isso, chegou à quinta posição na classificação, evitando se afastar demais dos líderes.
É possível dizer que cada time dominou um tempo de jogo. O primeiro coube ao São Paulo, que acuou o alvinegro e levou algum perigo em chutes de fora. No entanto, quem abriu o placar foi o Timão, numa bela jogada de Christian, que arrancou do campo de defesa, fez uma bela tabela a distância com Douglas e tocou na saída de Denis.
O gol no final da primeira etapa desorganizou os nervos do Tricolor e animou os corintianos, que voltaram pressionando. Chicão fez 2 a0 ao cobrar falta sofrida pelo garoto Marcelinho. E Jucilei fez e cabeça, num escanteio.
Feito o resultado, o Corinthians pareceu acreditar na Fiel, que se divida entre gritar "olé" e cantar que "o freguês voltou", e tirou o pé do acelerador. Com isso, o São Paulo conseguiu diminuir com Richarlyson, após passe brilhante de Oscar, de calcanhar.
Perspectivas
Como lembra o companheiro Ricardo, do Retrospecto Corintiano, "o resultado amplia a oito jogos a invencibilidade alvinegra no confronto direto com o rival". A vitória mantém a tranqüilidade no Timão que se prepara para pegar o Inter, no jogo de volta da final da Copa do Brasil. Como as contusões de Christian e Marcelo Oliveira não foram tão complicadas, os dois devem jogar na próxima quarta. No meio do caminho ainda tem o Atlético-PR, na Arena da Baixada. Mano disse que deverá poupar titulares.
Ainda custo a acreditar no email que recebi do camarada Glauco informando sobre a morte do nosso querido Vavá (foto), amigo de tantos anos e tantas conversas regadas a cerveja no seu extinto bar (saiba mais em nosso Post 1000). A tristeza bateu forte e ainda estou muito deprimido, apesar de saber que seu estado de saúde vinha se agravando nos últimos meses. Vítima de câncer de prostata, Vavá foi internado às pressas em marco de 2008 e passou por uma cirurgia muito delicada, ficando no hospital por meses a fio. Nesse período, o bar fechou e a família ficou sem sua única fonte de renda. Vavá nunca mais pode andar, passando os últimos 15 meses de vida, infelizmente, preso a uma cama. No dia 7 de agosto, ele completaria 63 anos. Que tenha encontrado, finalmente, sua merecida paz. O Futepoca agradece cada minuto de sua atenção, hospitalidade e amizade. Até um dia!
Se tem um assunto que merece discussão ampla e adequada é o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. O tema torna-se ainda mais pertinente, urgente e também delicado, num momento como o atual, em que a internet abriu a possibilidade para qualquer pessoa criar seu próprio “veículo de comunicação”, por meio dos blogs. Todos nós blogueiros nos sentimos um pouco jornalistas... Mas entre esse “um pouco jornalista” e o exercício de fato do jornalismo vai uma boa diferença. Acontece que essa diferença nem sempre é visível por aqueles que não conhecem, por formação ou proximidade, os meandros da profissão do jornalismo. Nem sempre é fácil perceber tudo o que está em jogo na elaboração de uma reportagem, que de modo algum se confunde com “escrever bem”, saber opinar ou estar “plugado” com o que está acontecendo. Bem, a Brunna já mostrou a que níveis de escrotidão pode-se chegar em tema tão importante.
Outro fator, que reforça a sensação de que qualquer um que escreve sobre as coisas que acontecem já é jornalista, é a crise de qualidade e credibilidade que assola o jornalismo tido como “grande”, que muitas vezes se confunde com assessoria de imprensa escamoteada de certas figuras políticas ou grupos econômicos, para não entrar em detalhes aqui. Muitas vezes por se ver obrigado a submeter seu texto a um editor comprometido com interesses que se mostram maiores que a qualidade jornalística, outras vezes por alinhamento com a “concepção de jornalismo” desse mesmo editor, jornalistas veem-se exercendo papéis que se distanciam dos princípios básicos da profissão.
Embora ainda não tenha avaliado todas as consequências dessa “liberação do diploma” promovida pelo STF, de minha parte, por princípio, vejo com bons olhos a desregulamentação. Afinal, o jornalismo é muito mais um ofício que uma profissão. Não dá para comparar com a química, a enfermagem, a medicina, a engenharia ou a arquitetura, só para citar algumas. Grandes jornalistas nunca cursaram jornalismo; me lembro de cabeça do Aloysio Biondi, que até onde eu sei nunca se formou em nada, e foi um jornalista de peso.
Eu mesmo, que tenho formação em música e letras, já fui jornalista algumas vezes, quando realizei algumas reportagens. Além de mim, no Futepoca, blog escrito basicamente por jornalistas, tem ainda a Brunna Rosa, que é socióloga de diploma, mas que teve sua formação na lida diária como jornalista na revista Fórum. Tanto ela quanto eu, estou certo, aprendemos muito com o convívio com jornalistas de ofício. E foi assim que pude começar a entender o que significa elaborar uma reportagem, reunir diferentes depoimentos para construir a versão de uma história, entender como lidar com uma fonte e dar conta de que as várias partes envolvidas sejam ouvidas, a diferença entre fatos, dados e opiniões, a clareza nas referências... Nada disso é óbvio para quem não é do ramo. E é aí que se percebe a diferença entre saber escrever e ser jornalista.
A questão para mim, agora, não é tanto ser a favor ou contra a obrigatoriedade do diploma, mas como fazer para divulgar o máximo possível os princípios da atividade jornalística e, com isso, ampliar a capacidade de julgamento do público leitor em relação à qualidade da comunicação. É sem dúvida assunto para os educadores, mas não só. Os próprios comunicadores têm a sua responsabilidade na formação dos leitores, para que a desregulamentação não redunde em desrespeito. E para que ela se torne uma real oportunidade de democratização da comunicação, e não motivo para precarização do ofício do jornalista.
Prometo que, daqui pra frente, não encherei mais o saco falando sobre o escritor irlandês James Joyce, como já fiz em outros posts. Acontece que, como não poderia deixar de ser, o homem é onipresente aqui em Dublin. Muitas de suas estorias se desenrolam pela cidade e os personagens citam as ruas e os lugares por onde passam. Por esse motivo, esses locais foram marcados com placas de bronze no chão, como a da foto abaixo, feita em frente ao prédio Ballast House.
Um dos locais mais visitados em Dublin é o parque Saint Stephen's Green, na região central, próximo ao tradicional Trinity College e a famosa Grafton Street. Em Dublineses, Joyce menciona um pub dessa região. Estou lendo uma edição argentina que ganhei de presente e, por isso, a tradução de um trechinho do conto ¨Dois galantes¨ é aproximada:
Quando chegou a esquina da Rutland Square, dobrou a esquerda e se sentiu mais cômodo na obscura e silenciosa rua cujo aspecto sombrio se adaptava a seu estado de ânimo. Por fim se deteve diante da janela de um negócio sobre o qual se viam as palavras Refreshment Bar, escritas em letras brancas. Havia dois cartazes oscilantes por trás do vidro das janelas: Ginger Beer e Ginger Ale.
Pois bem, chega de falar em Joyce, figura que trombei perto da Henry Street (foto abaixo). No próximo post volto a falar só de cerveja. See you!
Com a queda de Muricy Ramalho, nasce e imediatamente ganha força a campanha “Volta Nelsinho!”, aproveitando a vacância do estrategista. Nelsinho, este é o seu lugar. Vai que é tua!
Deu hoje no Herald.am., o jornalzinho gratuito distribuíido nas ruas centrais de Dublin: 80% dos entrevistados em uma pesquisa bebem vinho em casa. O uísque (spirits) é consumido por 70% deles e 65% também enxugam cerveja, lager e cidra no aconchego do lar (interessante diferenciarem lager de cerveja).
O estudo foi encomendado pelo Aislinn Centre, de Co Kilkenny, um local de reabilitação gratuita para jovens alcoólatras de 15 a 21 anos. O jornal decidiu pegar outro gancho para abrir a noticia, chamando a atenção para o fato de 76% dos adultos entrevistados concordarem que adolescentes entre 15 e 18 anos que bebem estão mais propensos a experimentarem outros tipos de droga.
O grande problema, segundo o Aislinn Centre, é o fato de 90% dos adultos consultados terem admitido que estocam bebidas alcoólicas em casa. "Agindo assim, os pais estão oferecendo às criancas um caminho para as drogas", opina Declan Jones, do centro de recuperação. "Manter garrafas de vinho ou spirits ou cerveja em casa é deixar essas bebidas nas mãos dos adolescentes", acrescentou.
Eram 23h29 no relógio do micro-ondas. Mais ou menos 30 vozes foram ouvidas, vindas de apartamentos diferentes de prédios vizinhos, gritando impropérios dirigidos aos são-paulinos. Como de praxe, os secadores sugeriam todo tipo de escatologia como prática dos torcedores derrotados. Era a terceira vez que aquele mar de berros ocorria, em um coro meio tosco, cuja única manifestação publicável foi:
– Chora Bambi, eliminado! – leia-se "eliminadô".
O São Paulo está fora da Taça Libertadores da América, assim como o Palmeiras. O Cruzeiro venceu o Tricolor paulista por 2 a 0 em pleno Morumbi, resultando em vaias da torcida e pressão por vir sobre a comissão técnica. Como não assisti a partida nem sou são-paulino, deixo as análises da partida para quem é de direito. Vi os gols, o primeiro um chute no ângulo – exu forquilha? – e outro de pênalti.
Tombo das empáfias
A quinta-feira também marcou a derrota da Itália sobre o Egito na Copa das Confederações. Em comum entre os times nos campos de São Paulo e de Joanesburgo, na África do Sul, há muito pouco em comum.
Qualquer comparação entre as forças dos times e mesmo estilos de jogo seria um exercício delirante da minha parte. Mesmo o peso das derrotas também é distinto. No torneio de clubes continental, o segundo revés nas quartas-de-final é sinônimo de eliminação, ao passo que os italianos ainda estão na fase de classificação.
A única semelhança é o efeito que isso produz nos secadores – ou pelo menos em parte deles. É que os campeões do mundo na Alemanha tomaram um toco em grande atuação do goleiro egípcio El Hadary.
E mesmo anunciada, a eliminação do São Paulo também é um certo tombo na empáfia dos torcedores tricolores. Parte deles tende a vir com o tom blasé, fingindo indiferença. Outra parte reage como torcedor normal.
Aqui, a contragosto, eu apontaria outra queda que me é dolorosa, mas também derrubou uma figura arrogante. Vanderlei Luxemburgo é apontado por parte dos torcedores como o vilão da eliminação alviverde. Agora, só com o Brasileiro pela frente, o treinador diz que tinha avisado que a equipe era jovem e que o certo era o planejamento ser voltado à Libertadores de 2010. Ele reconheceu o amadurecimento dos atletas, mas manteve que o motivo de o Palmeiras não estar nas semifinais é aquele.
É ruim a eliminação do meu time, o Palmeiras. É bom ver o triunfo de importância ainda incerta do Egito. Melhor ver o São Paulo eliminado. Mas os tombos em um intervalo curto são interessantes.
Viajei?
Estou hospedado por uns dias no apartamento de uns amigos que, acreditem ou nao, fica em frente a fabrica da cerveja Guinness. A foto abaixo mostra a visao que temos do corredor: centenas de barris de 50 litros a espera do transporte para os pubs - ah, se eu pudesse pegar pelo menos um....Alem da tortura de olhar esse tanto de cerveja sem poder fazer nada, o cheiro que sai das chamines da fabrica (a direita) é absolutamente podre e empesteia toda a redondeza - uma mistura de pao embolorado, fermento azedo e cerveja estragada. O odor é tao porco e forte que, por vezes, minha amiga Agnes olha para mim e para o amigo Artur e pergunta, indignada: "-Qual dos dois foi o mal educado?". Sempre respondemos que é a Guinness e que nao temos nada com isso (muitas vezes temos, mas a cervejaria funciona como desculpa). Quando estamos de ressaca, o cheiro ruim da fabrica embrulha ainda mais nossos calejados estomagos.
Ontem resolvi fazer essas fotos aqui para o blogue. Consegui entrar no patio e clicar os barris (a esquerda). O vaivem de caminhoes é intenso, o dia todo. A Guinness esta comemorando 250 anos e, no muro do patio de deposito, a beira do rio Liffey (que corta Dublin), ha uma placa falando sobre os navios que embarcaram barris de cerveja naquele local por quase um seculo (foto maior, abaixo). O complexo industrial tem uma area mais ou menos do tamanho de quatro ou seis quarteiroes ai do Brasil. Proximo a fabrica ha uma construcao bem antiga que, ha quase 300 anos, demarcava o final da cidade, como uma especie de posto de vigilancia.
A rua onde estou hospedado, Watling Street, tambem tem suas historias e, como quase tudo nessa cidade, é citada na obra "Ulisses", de James Joyce. Ha uma placa indicando o trecho do livro, que tambem fotografei:
No mais, sigo em busca de novas cervejas e, recentemente, experimentei num pub a holandesa Heineken (tirada na torneira é bem diferente da de lata ou garrafa), a dinamarquesa Carlsberg (idem) e a melhor delas, a irlandesa Smithwick's. Mas isso é assunto pra outra hora - ou rodada. Slantcha!
"Serra, a culpa é sua! Hoje a aula é na rua!"
(canto proferido pelos manifestantes)
Na quinta-feira, 18, cerca de 5.000 manifestantes, dentre eles estudantes, professores e funcionários da USP, Unesp e Unicamp foram às ruas protestar contra as medidas políticas do governo Serra e da reitoria da USP, que nos últimos meses têm intensificado a violência e cortado qualquer diálogo com as classes da universidade.
A manifestação começou em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), às 12h. Dezenas de ônibus de várias partes do Estado trouxeram os manifestantes, alguns de outras universidades, para darem apoio aos grevistas. Membros de Centros Acadêmicos da UFRJ, UFMG e Ufscar (universidades federais do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Carlos, respectivamente), além de representantes da Apeoesp e do Sindicato dos Previdenciários também compareceram para demonstrar apoio. No começo do percurso, flores e placas foram distribuídas aos manifestantes, que desceram a avenida Brigadeiro Luis Antonio até chegarem ao largo São Francisco.
O objetivo era mostrar à população externa à universidade os motivos pelos quais a greve começou e se estende. Para resumir, existem pautas relacionadas a reajustes salariais, congelados há muito tempo pela reitoria, perseguições políticas a líderes sindicais (a demissão de Claudionor Brandão, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP, Sintusp), o repúdio à Univesp (a universidade que oferecerá cursos á distância com o intuito principal de formar professores para a rede estadual de ensino), e, claro, a saída da Polícia Militar.
Desde o dia 1º de junho, a força policial ocupa o campus da USP para “proteger” o patrimônio público de piquetes, aapesar de piquetes serem uma forma legítima de manifestação de greve em todo o mundo democrático. No dia 9, os policiais atacaram os estudantes durante uma passeata feita dentro do campus, com bombas de gás pimenta e tiros de borracha, causando ainda mais repúdio e aumentando o movimento da greve. O movimento, por conta destes argumentos, exige eleição direta para reitor e mudanças estruturais na hierarquia das universidades públicas, para que situações antidemocráticas como essas não se repitam.
Uma vez concentrados na Faculdade de Direito, que se encontrava fechada desde às 22h30 de quarta-feira 17, por ordem do diretor Grandino Rodas, os manifestantes ouviram os discursos dos diversos representantes dos grupos que lá se encontravam, aplaudidos calorosamente. Entre estes discursos, houve três proferidos por professores e representantes do Centro Acadêmico XI de Agosto, do largo São Francisco. Estes se declararam envergonhados pela ação de Rodas, tanto de fechar a faculdade no dia anterior, como de ter apoiado publicamente as ações da Reitoria nos últimos dias. Vale ressaltar que Rodas é um dos candidatos a futuro reitor da USP.
O que impressionou, além da enorme quantidade de participantes, foi a organização e a calma com que tudo se procedeu. O único relato de violência foi quando um morador de um dos prédios da avenida atirou uma garrafa e feriu uma estudante. Após o último discurso do dia – proferido por Claudionor Brandão, representante do Sintusp – a manifestação se dispersou e os estudantes voltaram para os ônibus que os aguardavam.
Sem nenhum incidente negativo, o movimento sai se sentindo fortalecido, apostando numa possibilidade de mudanças e já com nova manifestação marcada para segunda-feira, em frente à reitoria da USP. No dia da manifestação mesmo já houve uma vitória: durante os discursos foi anunciado que o projeto da Univesp será adiado para 2010. Até mesmo a pessoa que atirou a garrafa foi encontrada e encaminhada a uma delegacia, para pagar pelos seus atos.
Talvez a reitora Suely Vilela precise, após o dia de hoje, repensar o que foi dito na Folha de São Paulo, ao afirmar que “minorias radicais pretendem manter a universidade refém de suas idéias e métodos de ação política, fazendo uso sistemático da violência para alcançar seus fins". Afinal, a única violência veio de uma pessoa – ou seja, uma minoria – e 5.000 pessoas andando juntas e cantando pacificamente num só coro “Fora Suely!” mostram que deve haver algo de muito errado na administração da universidade.
Ainda me acostumando com a rigidez burocratica da Irlanda, recordei esses dias, com amigos, alguns absurdos do servico publico brasileiro. Claro que nao e o caso de detonar, dizer que tudo o que e publico na terrinha nao presta, como um seriado da TV Globo tentou fazer um tempo atras, mostrando uma reparticao onde todos faziam questao de nao trabalhar. Mas e inegavel que muita coisa funciona mal e, as vezes, beira as raias do surreal. Me lembrei, por exemplo, do amigo jornalista Joao Paulo, que uma vez foi ao Rio de Janeiro fazer uma reportagem e abordou um policial civil para pedir informacoes. Enquanto ele falava, o guarda, brincanco com um palito de dente na boca e ostentando correntes de ouro e prata no pescoco, observava alguma coisa. De repente, gritou para um rapaz que passava pela outra calcada: "- Ae, vasshhhcainooo, si fudeu, hein!!!". O Joao desistiu da reportagem.
Outro colega, o Artur, que tambem esta aqui em Dublin, conta outra historia estapafurdia. Ele foi tirar um novo passaporte em Juiz de Fora, Minas Gerais, e antes checou o horario de funcionamento do servico: das 9h as 17h. Munido de seus documentos, chegou ao local as 14h. "- Olha, nao vai ser possivel. A gente so faz isso pela manha", observou a atendente. Sem conseguir uma explicacao convincente, ele se resignou e disse que voltaria na manha seguinte. No que a mulher atalhou: "Ah, mas amanha a gente so trabalha a tarde". Artur desistiu de entender. Mas a minha historia e ainda mais inacreditavel.
Em Sobral, no Ceara, me dirigi a uma especie de saude que funcionava como unico local para tirar uma nova carteira de identidade. E o servico funcionava das 7 as 7h30 da manha - tambem nem quis tentar entender. La chegando, um velhinho me informou: "Ah, hoje nao tem. O rapaz nao vai vir". Perguntei, entao, quando seria possivel. "Meu filho, acho que so daqui uns dois meses". Perplexo, perguntei por que raio de motivo. "O rapaz teve que fazer uma operacao, vai ficar de licenca", explicou, candidamente, o velho. E acrescentou, sem a menor necessidade: "Ele operou da hemorroida. E aproveitou pra operar tambem da fimose". Nisso, outra pessoa que passava por ali arrematou: "Eita! Esse ai ta lascado! Nao entra e nao sai nem pela frente e nem por tras!". Nem preciso dizer que nunca mais voltei la...
Infelizmente, bêbados nao costumam respeitar advertencias...
...e também não gostam muito de concordar - nem com as estátuas!
Corinthians e Internacional fizeram um dos melhores jogos do ano no Pacaembu. Um jogaço mesmo, digno de final (para não fugir do chavão). Claro que ficou bem melhor da minha perspectiva pela vitória alvinegra por 2 a 0, que deu uma bela vantagem para o jogo de volta, no Beira Rio.
Foi um jogo bastante pegado no meio campo, como se poderia imaginar pelas escalações dos dois times. De um lado, Guiñazu, Magrão, Sandro e Andrezinho. Do outro, Christian, Elias e Jorge Henrique, contando com ajuda de Douglas, que correu muito, mas não foi o destaque. Mas a marcação não conseguiu evitar que os dois times tivessem boas chances de gol desde o início do jogo. Quem roubava a bola tentava imediatamente uma jogada de ataque – às vezes até com certa afobação.
O Corinthians começou melhor, o Inter equilibrou, mas quem abriu o placar foi o Timão. Jorge Henrique fez um bom giro na frente da área e viu Marcelo Oliveira chegando na esquerda. O lateral passou pelo zagueiro Danilo e teve tranquilidade para levantar a cabeça e dar um passe certeiro para o mesmo atacante botar pra dentro de primeira. Jogada bem tramada e belo gol.
O Inter pressionou bastante no fim da primeira etapa. Na segunda, o equilíbrio voltou, mas foi o Corinthians que ampliou. Douglas sofre uma falta no meio campo, pela direita. Elias cobrou rápido – e com o bola rolando, é fato – e acertou um belo passe para Ronaldo. Ele recebeu, entrou na área, olhou para o meio pra ver se vinha alguém chegando, cortou o zagueiro Indio com a direita e arrematou no canto de Lauro de canhota. Belo gol, ainda que irregular. José Roberto Wright argumentou que o juiz Heber Roberto Lopez não havia marcado a falta, porque o árbitro não sinaliza com os braços a infração. Mas dá pra ouvir o apito.
A partir de uns 20 minutos, o Inter aplicou um sufoco monstruoso no Timão que durou até a expulsão de Leandrão. Aí, foi a vez de Felipe salvar a pátria. Ele fez pelo menos três defesas brilhantes e mais algumas menos difíceis, mas cruciais. Foi o maior responsável pela vitória, ao lado de Jorge Henrique, que foi muito bem em sua função múltipla de armador, atacante e marcador. Ronaldo melhorou muito em relação aos últimos jogos – o que não chega a ser vantagem – e deixou o seu. De resto, as habituais boas atuações de Christian, Elias e Alessandro, o último mais preso na marcação pela descida constante de Taison e Marcelo Cordeiro por seu lado - e como joga o camisa 7 colorado.
Mas meu destaque especial vai para o garoto Marcelo Oliveira. Ficar dois anos parado, quase perder a perna, voltar ao time titular fora de posição e dar passe para gol não é para qualquer um. Em 2007, aos 20 anos, ele já mostrava personalidade, inteligência, noção de posicionamento e bom passe. Hoje, aos 22, depois de tudo que passou, espero grandes coisas do rapaz.
Outro fato muito positivo foram as entrevistas de Dentinho e Felipe na saída de campo. Os dois foram muito sóbrios ao lembrar a final contra o Sport no ano passado, quando a vitória em São Paulo fez o time jogar recuado e displicente em Pernambuco, levando ao final que todos conhecem. Que todos – e principalmente Mano Menezes – não se esqueçam e façam lá o que fizeram cá: jogar com vontade, concentração e buscando sempre o gol.
O Inter tem um belo time – ainda mais com o retorno de Nilmar e D’Alessandro – e vai vir com tudo em casa. Mas precisa ganhar por três gols de diferença para levar direto e o Corinthians de Mano Menezes nunca perdeu por essa diferença de gols. Se o Timão marcar um, o Colorado passa a precisar de quatro. E o pior é que eles têm condições de fazer. Vai ser outro jogaço e o resultado fica aberto até o fim dele, homenageando o Conselheiro Acácio.
No topo do Futepoca deveria estar a vitória do Corinthians na primeira partida da Copa do Brasil por 2 a 0 no Pacaembu. Mas esse não foi o único fato lamentável do meu ponto de vista da noite de quarta-feira, 17. Muito mais trágica foi a desclassificação do Palmeiras da Libertadores.
Faltaram gols no estádio Centenário de Montevidéu na partida entre Palmeiras e Nacional. Faltaram para o time brasileiro, que precisava tirar o zero do placar para avançar na Taça Libertadores. O empate em 1 a 1 conquistado pelos uruguaios no Palestra Itália dava vantagem no critério de desempate de gols marcados como visitante.
Se há um motivo para a desclassificação do Palmeiras não foi o pênalti não marcado a seu favor no fim do primeiro tempo. Obviamente, o problema foi o gol sofrido em casa. A vantagem de não precisar marcar desde que não sofresse gols foi bem administrada pelos uruguaios.
Mesmo com esse cenário, esfriar a cabeça é dureza.
Poderia ter baixado o exu forquilha em algum jogador do Verdão aos 45 do segundo tempo para achar um gol milagroso. O fato de ter mandado bolas no travessão e conseguido criar suas chances não resolve.
Para o Parmerista Conrado, Vanderlei Luxemburgo errou duas vezes. Primeiro, ao manter o esquema com três zagueiros por tempo demais precisando vencer. Depois, por tirar Willians para pôr Armero. Tendo que remar no Brasileiro, ele pede a saída do treinador.
Eu tenho trauma da última vez que o treinador esteve no time. Ou melhor, da última vez em que ele deixou o clube, em 2002. Há todo tipo de diferença entre os cenários, mas tendo a considerar que Luxemburgo provocaria mais dano ao deixar o emprego do que permanecendo nele. Talvez se inventasse (errasse) menos na escalação fosse um começo.
É triste.