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Depois que o Fanático (o show da vítima) alertou e o jornal inglês The Guardian repercutiu, uma busca internacional acabou localizando o cantor cearense Belchior - veja foto abaixo. Depois sou eu que bebo...
Depois que o Fanático (o show da vítima) alertou e o jornal inglês The Guardian repercutiu, uma busca internacional acabou localizando o cantor cearense Belchior - veja foto abaixo. Depois sou eu que bebo...
Brasileiro é uma raça que, às vezes, faz a gente passar vergonha. Tava todo mundo reunido na casa de uma amiga, depois do almoço, e o cidadão se levantou às pressas, em direção ao banheiro, alertando em alto e bom som: ''Peraí que eu preciso matricular o Pelé na aula de natação''...
Desta vez não teve Bob Dylan, nem Racionais, nem Cat Stevens. O impagável senador Eduardo Suplicy (PT) apelou para o discurso futebolístico, afim de mostrar toda sua insatisfação com os rumos da política brasileira
Ele que já fez gol no Zidane, agora driblou a posição de seu partido, subiu na tribuna do Senado e sacou um enorme cartão vermelho, destinado para senador José Sarney (PMDB), que já não se encontrava mais no plenário. “Se há uma forma de o povo brasileiro compreender bem o que isso significa é nós falarmos a linguagem do esporte mais popular do Brasil. Ali (no Conselho de Ética) eu estava na função de juiz. Era o terceiro suplente e não chegou a minha vez de dizer o meu voto. Então, o que faz um juiz no campo de futebol para que todos entendam? Apresenta um cartão vermelho. Nessa altura, o melhor passo para a saúde do Senado e do próprio presidente Sarney é simbolizado neste cartão vermelho. Que ele deixe a presidência e possa permitir que o Senado volte aos seus trabalhos normais”, explicou Suplicy.
Em seguida, o senador bateu-boca com Heráclito Fortes (DEM), que saiu em defesa de Sarney. Heráclito também recebeu cartão vermelho de Suplicy. Já para Heráclito, o senador deveria mostrar o cartão ao presidente Lula, que por sua vez deu o cartão amarelo para o "irrevogável" líder do PT, Aloizio Mercadante.
A sessão, que era presidida pelo senador Mão Santa (PMDB), acabou ganhando a solicitação do próprio, pelo encerramento do bate-boca, afinal quem estava com o "apito era ele" e até "futebol tem fim".
Confira o vídeo e aproveite para participar do Troféu Cara-de-mamão de xingamentos: Senado.
Para ajudar ainda mais na inspiração, vale conferir o infográfico produzido pelo G1, com os melhores xingamentos no Senado.
A gente não tinha pensado nisso, mas faz muito sentido, por isso vamos incorporar: a reivindicação das centrais sindicais, apoiada pelo ministro Carlos Lupi de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais entra como item do Manguaça Cidadão, programa social-manguaça defendido pelos membros do Futepoca com crescente apoio na sociedade brasileira.
A sugestão (inspiração, talvez) veio, ainda que de maneira torta, do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP), que participou das discussões ocorridas nesta terça-feira no Congresso sobre a Proposta de Emenda Constitucional 231 de 1995, de autoria de Inácio Arruda (PCdoB-SP). A frase que nos iluminou foi citada pelo parceiro Margens: Reflexões Sociológicas, que relata ter ouvido o nobre parlamentar em entrevista à rádio CBN (e bota o áudio para provar). Teria dito Marquezelli:
"Se você reduzir a carga horária, o que vai fazer o trabalhador? Eles dizem, vai para casa, para ter lazer. Eu digo: vai pro buteco, beber álcool. Vai pro jogo. Não vai pra casa. Então veja bem, aí é que está o mal. O mal está nele gastar o tempo no que ele quiser, se [ao contrário] podemos deixá-lo produzindo para a sociedade brasileira..."
Para quem duvida, acesse o Margens que eles têm o áudio para provar. A gente pensou aqui que faz sentido, o cidadão ter mais tempo para beber é algo totalmente dentro dos princípios democrático-etílicos do Manguaça Cidadão. Afinal, além de gerar empregos, como mostra o Dieese, a proposta visa aumentar a qualidade de vida do cidadão. Espero que o Marquezelli não se incomode. Menos tempo no trabalho, mais tempo no bar!
Claramente preocupado com a imagem da Malásia no exterior, o primeiro-ministro daquele país, Najib Razak (à esquerda), incitou hoje a modelo muçulmana Kartika Sari Dewi Shukarno, de 32 anos (abaixo), a recorrer da sentença que a obriga ser vergastada com seis bengaladas por ter sido flagrada bebendo cerveja num hotel, em 2007. As autoridades religiosas da Malásia adiaram ontem a execução da sentença até ao fim do mês sagrado do Ramadan, recém iniciado. Kartika Shukarno também foi multada em 5 mil ringgits malaios (cerca de 1.000 euros). E não só não recorreu como até disse que gostaria que a pena fosse executada em público, para toda a gente ver como é que no seu país se trata uma cidadã muçulmana que se atreve a ingerir álcool. O primeiro-ministro garantiu que não vai interferir nos tribunais religiosos que aplicam a sharia (lei islâmica), paralelos aos tribunais civis, mas observou que há formas para Kartika recorrer da brutal sentença.
"Creio que as autoridades em causa são sensíveis a esta matéria e que compreendem as implicações do caso. Acho que a pessoa em causa deveria recorrer para as autoridades estatais e não estar tão disposta a aceitar o castigo", acrescentou o chefe de Estado. Os críticos desta espécie de castigo dizem que o caso ameaça prejudicar a imagem internacional da Malásia. Segundo a Anistia Internacional, mais de 35 mil pessoas foram vergastadas ou chicoteadas naquele país, desde 2002 (veja exemplo na foto abaixo) - a maioria, frisa a Anistia, imigrantes em situação irregular. Os muçulmanos constituem 60% dos 27 milhões de malaios e estão proibidos de ingerir álcool. Só estão liberadas as comunidades de etnia chinesa e indiana.
Chegou em uma de minhas contas de e-mail um boletim do PSDB com o assunto: "Lula, Collor, Sarney – você viu o que eles disseram?" A mensagem é assinada por Eduardo Graeff, cientista político e ex-assessor da Presidência da República.
A mensagem faz parte de uma sequência que o partido tem enviado aos contatos de seu site pedindo atualização de cadastro e apoio para a eleição de 2010. Quem mandou pedir notícias sobre a legenda?
O objetivo da ação é atrair simpatizantes para "virar o jogo" das eleições de 2010, na busca pela "a melhor equipe de apoiadores", "capaz de combater a máquina do Governo e do PT".
Para isso, usam o vídeo O Brasil não é problema deles, uma montagem de trechos de discursos de José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, Fernando Collor de Mello (PTB-AL), senador e ex-presidente, Lula e Dilma Rousseff (PT-RS). A estratégia é colar os petistas aos ex-mandatários da nação.
Até aí, tudo normal, estratégia de partido de oposição que também já está com os dois pés nas eleições do ano que vem. Pode-se criticar o vídeo ou elogiar a montagem ou dizer o que se quiser. Não fosse por um detalhe.
Quem dá o tom crítico à edição, aquele que manda as estocadas e ironias é ninguém menos que o tucano... Pedro Simon (PMDB-RS)?
Ué!? O senador gaúcho refere-se a seu partido como o "MDB", para lembrar que ele está lá há muito tempo. Não tem oficialmente nada de PSDB, mas está lá no vídeo como o único que não leva pedrada. E nenhum outro tucano está no vídeo. Onde estão Arthur Virgílio (AM), Tasso Jereissati (CE), Álvaro Dias (PR)? São 13 os membros do partido no Senado, e recorreram a um (pra lá de crítico) integrante do partido de José Sarney para fazer o trabalho.
Será que, sob os olhos do diretório nacional do PSDB, os senadores tucanos estão fora do tom?
Confira:
Moradores de rua atearam fogo em exemplares da revista Veja, em São Paulo. Video mostra o protesto contra a reportagem "Profissionais da esmola", publicada na edição 2.126, da semana passada na Veja São Paulo.
Os manifestantes chamam a revista de "fascista" e relembram os ataques proferidos pela revista – e seus colunistas – ao padre Julio Lancelotti, primeiro com acusações desgovernadas e depois acusando-o de pedofilia contra um adolescente antendido pela Pastoral do Menor, coordenada pelo sacerdote. Vítima de extorsão e chantagem, a cobertura da revista se mostrou mentirosa e incorreta, e nem inquérito foi aberto para investigar Lancelotti.
A fogueira foi feita no dia 19 de agosto, Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. O ato marcou ainda os cinco anos do massacre de 15 pessoas que dormiam nas ruas da região central da cidade.
Confira as imagens:
A reportagem da Veja São Paulo parte da revogação do artigo 60 da Lei das Contravenções Penais, que classificava como contraventor quem mendigasse "por ociosidade ou cupidez". São apresentadas sete pessoas que, na visão da reportagem, pedem esmola profissionalmente.
As estimativas "conservadoras" da publicação calculam em R$ 600 os rendimentos mensais dos "profissionais" da categoria – provavalmente todos farsantes, na visão dela.
Ok, daqui a pouco falo da vitória mais que merecida do Grêmio, mas antes vale o registro da seleção feminina de vôlei, que ganhou o Grand Prix, torneio disputado todo ano entre as principais seleções do mundo. E é isso que chama a atenção, o Brasil passou de forma invicta por China, Rússia, Alemanha, Holanda etc. Bela campanha, sem nenhum trocadilho para a beleza do vôlei feminino.
Em campo, dois times com formações que são a cara do futebol brasileiro atual. Muitos jogadores de marcação no meio e mesmo os encarregados da criatividade têm responsabilidade igual de marcar, além de os atacantes terem que “pegar”. No entanto, o Goiás, com três zagueiros, começava com uma postura mais ofensiva que o Santos, não só porque vez ou outra um dos defensores chegava à frente, mas principalmente pelas descidas dos alas.
E foi em uma dessas descidas que o time da casa abriu o placar. Bela jogada de Iarley que deu um passe de calcanhar para o chute certeiro do ala direito Vitor, aos 19. Até ali, o Goiás jogava melhor e o Alvinegro não conseguia encaixar o contra-ataque.
Se é verdade que o esquema com três volantes de Luxemburgo (que só foi possível depois da chegada de Rodrigo Mancha, menos lento que Roberto Brum) deu um pouco mais de consistência ao sistema defensivo, também é fato que sem Neymar como titular o time perdeu poder ofensivo. Assim, fica na dependência de algum lampejo de um jogador da frente para marcar.
E foram dois lampejos de uma vez aos 29. Primeiro, uma assistência de pura habilidade de Paulo Henrique Ganso e depois uma finalização rasteira excelente de Kléber Pereira. Depois do empate, o Peixe começou a encaixar alguns contragolpes, sempre com Madson, mais pelo lado esquerdo. Os visitantes estiveram mais próximos da virada do que os esmeraldinos do segundo gol até o fim da primeira etapa.
Já no segundo tempo, como era de se esperar, o Goiás veio pra cima, E depois de uma grande defesa de Felipe, o seu xará acertou um chute indefensável, aos 6..Com uma movimentação incrível no ataque, principalmente de Iarley, criou mais duas chances até os 12. no minuto seguinte, Luxa viu que a vaca iria pro brejo - chuvoso àquela altura - com a formação defensiva daquele momento. Optou pelo óbvio: Neymar no lugar de Germano. Aliás, o primeiro entrar e o segundo sair tem sido uma constante nas partidas da equipe.
Aos 20, a estreia de Fernandão, no lugar de Léo Lima. No minuto seguinte, Triguinho entra no lugar de Pará (mais uma vez) e Emerson estreia substituindo Mancha. A ideia do técnico santista era provavelmente dar melhor qualidade à saída de bola. Mas o tiro quase saiu pela culatra aos 22, quando o volante perdeu uma bola no meio para o atacante Felipe perder o gol.
A chuva caiu forte e, mesmo assim, o Goiás criou oportunidades. Até os 40, foram 20 finalizações contra o gol do Santos e o bom e jovem goleiro Felipe se destacou, tal qual arqueiro de time pequeno, evitando o pior. Nem mesmo com um jogador a mais o time da Vila pressionou o adversário como deveria.
Ao fim, uma equipe pouco criativa que não lembra em nada o time da reta final do Paulista. E uma derrota previsível, como o modo do time jogar. Uma equipe que não impressiona nem pelos resultados tampouco pelo futebol que mostra. E há quem ache que está tudo bem..
Ainda com o desfalque de muitos titulares – nem sei dizer exatamente quantos, falaram em seis, mas tenho resistência enorme em chamar Morais e Moradei, só pra citar esses dois, de titurales –, o Timão empatou com o Botafogo em casa, por 3 a 3. O destaque ficou para a arbitragem. Dos dois pênaltis marcados por Dentinho, um aparentemente não foi, embora eu ache que cabe a dúvida. Ainda teve confusão porque o goleiro se adiantou, rebateu e Dentinho completou, mas neste caso vale a lei da vantagem. Houve dúvida se a falta sobre Jucilei que rendeu o belo gol de Marcinho teria realmente ocorrido, mas a imagem mostrou claramente que lhe puxaram a camisa. Para o Botafogo, André Lima fez um gol de mão. Houve ainda um pênalti não marcado para o Botafogo e o Noronha insistiu muito que houve também um não marcado para o Corinthians – mas a emissora não mostrou de novo o lance.
Assim, o Corinthians mantém o passo se segurando ali na sexta posição. Poderia ter ganho, mas pra quem tem metade do time no ambulatório até que não foi mal. Dentro de vinte dias o Ronaldo volta, outros jogadores como William, Chicão, Edu e Felipe devem voltar em breve. É aquela coisa, o time completo não é genial, mas é bem mais estruturado e num jogo como o de hoje poderia ter feito uma diferença brutal. Quer dizer, dependendo do andar da carruagem, não é que o Timão ainda tem alguma chance?
Confesso que, mesmo depois de tanto tempo, ainda não aprendi muito bem a torcer em campeonato de pontos corridos. Minha natureza bipolar corintiana prefere os mata-matas, que exigem uma superação após a outra, e não a regularidade – muito embora os sucessos do primeiro semestre o que tenha marcado o Corinthians foi mesmo a regularidade. Reitero, o time não é melhor que Palmeiras, São Paulo, Inter e talvez nem seja melhor que o Atlético Mineiro, mas se engatar uma boa sequência e jogar com a garra que tem tido, errando menos, vai chegar junto.
Os 2 a 1 do Palmeiras diante do Internacional de Porto Alegre, no Palestra Itália foi o reencontro do líder do campeonato brasileiro com a vitória, depois de quatro partidas. Não pode chamar de final a segunda partida do returno. Mas é uma vitória importante.
Para chegar aos 40 pontos, o time lançou mão do uniforme novo, azul com uma faixa branca, que substitui o verde-limão-siciliano que marcou o último ano.
Talvez o time tenha se aproveitado do empenho dos secadores gremistas, comovidos com a semelhança azulada. Talvez a referência à Itália tenha inspirado. Talvez a Cruz de Savóia no peito tenha sido o diferencial.
Ou talvez tenha sido Diego Souza nas jogadas dos dois gols, e os atacantes Obina e Ortigoza marcando gols. Bom, quando o principal jogador do time vai bem e os atacantes comparecem as coisas melhoram... Faz sentido.
A vitória recupera o time do tropeço diante do Coritiba, na quarta, e garante a equipe de Muricy Ramalho na liderança por mais uma rodada. O Inter, depois de mais uma derrota, mesmo se ganhar os dois jogos que tem a menos, não passa de 39 pontos.
O Inter apostou na defesa para tentar surpreender. O Palmeiras contava com a volta de Diego Souza
. Mas foram poucas chances no primeiro tempo. Um pênalti sofrido pelo camisa 7, que representou o nono gol de Obina aos 37 do primeiro tempo, e uma rebarba de chute do mesmo meia aproveitada por Ortigoza aos 2 da etapa final garantiram a vantagem. Juliano diminuiu para o Colorado.
Por um lado, incomoda o fato de o Palmeiras ter recuado na etapa final para evitar o empate. O time fez mais de dois gols num jogo pela primeira vez desde que Muricy assumiu, mas nada de vitória por mais de um gol de diferença.
Valem os mesmos três pontos, mas é o estilo de jogo em que o mínimo basta. A saída de Cleiton Xavier aos 12 prejudicou, mesmo que o time tenha apresentado uma formação das mais ofensivas do ano. Com o Inter mais aberto depois dos 2 a 0, houve chances nos contra-ataques, mas nada de gol. Foi a apresentação mais convincente desde que o técnico assumiu.
Que Jorginho inspire Obina e o resto do time para o desempenho no próximo domingo, contra o ascendente São Paulo.
MOVIDO À ÁLCOOL
(Raul Seixas)
Diga, seu dotô, as novidade
Já faz tempo que eu espero
Uma chamada do senhor
Eu gastei o pouco que eu tinha
Mas plantei aquela cana
Que o senhor me encomendou
Estou confuso e quero ouvir sua palavra
Sobre tanta coisa estranha acontecendo sem parar
Por que que o posto anda comprando tanta cana
Se o estoque do boteco
Já está pra terminar
Derramar cachaça em automóvel
É a coisa mais sem graça
De que eu já ouvi falar
Por que cortar assim nossa alegria
Já sabendo que o álcool também vai acabar?
Veja, um poeta inspirado em Coca-Cola
Que poesia mais sem graça ele iria expressar?
É triste ver que tudo isso é real
Porque assim como os poetas
Todos nós temos que sonhar
(Do LP "Por quem os sinos dobram", WEA, 1979)
Ontem saí para bater perna aqui por Dublin e, com dó de minha abstinência involuntária, Deus deixou uma moeda de 2 euros no meu caminho próximo a Harcourt Street, na esquina onde um café botou um cartaz anunciando uma vaga para atendente. Ato contínuo, marchei para o glorioso Tesco, o supermercado (pra lá de) popular que garante a sobrevivência da maioria dos brasileiros aqui - com produtos como o miojo de 13 cents, a unidade de hamburguer a 11 e a pizza a 75. Mas, numa sexta-feira (e há um bom tempo sem molhar a palavra), fui atrás mesmo da imprescindível loirosa gelada.
Já sabia, de antemão, que meus parcos 2 euros renderiam apenas uma lata de 500 ml. A cerveja genérica vendida por esse mercado, Bière Especiale, estava por 3,99 a caixa com 8 garrafinhas de 250ml, o dobro das minhas finanças. Mas eis que surgiu uma luz no fim da goela, digo, do túnel: um latão de cerveja lager do Tesco (foto), por 1,69 a pack com 4 unidades, ou dois litros. Dava 42 cents por lata, ou pouco mais de 1 real. Haleluia! E ainda sobrou um troco pra comprar uma Tesco Cola de dois litros, por 29 cents, para amenizar a ressaca posterior. Porém, quando cheguei em casa, pude constatar, mais uma vez, que ''quando a esmola é grande, o santo desconfia'': a cerveja que comprei tinha só 2% de teor alcoólico. Buenas, cavalo dado (ou produto comprado com dinheiro achado na rua), não se olha os dentes (ou quantidade de álcool). Fazer o que? Bora beber. Quem não tem Carlsberg, caça com Tesco Lager...
Segundo o site parceiro Cervejas do Mundo, a definição do estilo pilsener ainda provoca debate entre os conhecedores de cerveja, pois engloba, genericamente, todas aquelas marcas que não podem ser consideradas pilseners da Boemia ou pilseners germânicas clássicas. Geralmente, referem-se a lagers pálidas, amarelas e com presença de lúpulo quer no aroma, quer no sabor. O teor alcoólico varia entre 4,0% e 5,5%. Muitas vezes são designadas pela abreviatura Pils. Para experimentar: Wiibroe Pilsner Helsingor, Tuppers Hop Pocket Pils (foto) ou Christoffel Blond.
Há 20 anos, nesse mesmo dia na gloriosa São Vicente, estudava para uma prova de Geografia quando escutei a notícia no rádio: Raul Seixas estava morto. A emissora Transamérica no ato conseguiu uma entrevista com o último parceiro do Maluco Beleza, Marcelo Nova, que fazia turnê com Raul divulgando as músicas do tocante disco-epitáfio Panela do Diabo, álbum auto-biográfico, mordaz e satírico, que retratava bem o fim de uma trajetória.
O Futepoca tem tradição em xingamentos. Apesar de pedirmos a gentileza aos leitores de evitarem o palavreado chulo nos comentários, valorizamos sempre o xingamento-arte, a ofensa-meniiiina, o que esculacha sem perder a elegância. Foi assim com o grande Benedito, mas o alvo era o árbitro.
E por toda a blogosfera, está claro que todo mundo está cansado do Senado, ou da mídia, ou do governo... A Globo e a Record, por exemplo, se ofendem com reportagens e acusações de toda ordem. Os senadores, entre si, se desprestigiam enquanto ajeitam o paletó.
A festa era para ser bonita, pá. A torcida presente, embora em menor número, na estreia de Rentería, na volta de Renan Oliveira. O Galo sai, faz dois a zero no segundo tempo, que lembrou, com sinal invertido, o resultado do primeiro turno, em que o Avaí também fizera 2 a 0, em casa.
O técnico Dunga divulgou a lista de jogadores convocados para os dois próximos jogos das Eliminatórias para a Copa 2010. O primeiro será contra a Argentina, em Buenos Aires, no dia 5 de setembro, e o outro no dia 9, contra o Chile, em Salvador.
Veja a lista:
Goleiros - Júlio César (Inter de Milão) e Victor (Grêmio)
Laterais - Daniel Alves (Barcelona), Maicon (Inter de Milão), André Santos (Fenerbahce) e Filipe Luís (Deportivo)
Zagueiros - Lúcio (Inter de Milão), Juan (Roma), Luisão (Benfica) e Miranda (São Paulo)
Meio-campo - Felipe Melo (Juventus), Gilberto Silva (Panathinaikos), Josué (Wolfsburg), Lucas (Liverpool), Elano (Galatasaray), Ramires (Benfica), Júlio Baptista (Roma) e Kaká (Real Madrid)
Atacantes - Robinho (Manchester City), Nilmar (Villareal), Adriano (Flamengo) e Luís Fabiano (Sevilla)
Segue a lógica das convocações anteriores. Adriano é cachaceiro e tudo mais, mas vem marcando gols pelo Flamengo e me parece mais jogador que os outros reservas de Luiz Fabiano – com exceção de Nilmar, talvez, mas as características do Imperador da Manguaça são mais semelhantes às do titular do posto.
A outra novidade foi a convocação de Lucas para a vaga de Kléberson. Eu gosto do ex-gremista, mas queria que jogasse na dele, de segundo volante, tirando Gilberto Silva do time. Creio que Dunga não vai por aí. Com isso, deverá se manter os problemas da seleção com a saída de bola e a criação de jogadas pelo meio.
Segue também a busca por um lateral-esquerdo. André Santos deve continuar com a vaga por enquanto, mas ainda não está garantido. Veja mais comentários nos parceiros Blog do Carlão e Marcação Cerrada.
Se fosse no Brasil, isso resultaria numa descarada desobediência civil.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Até dia 1º de outubro, todo mundo que quiser ser candidato em 2010 precisa estar devidamente filiado a um partido político. Então, resta pouco tempo para todas as articulações e mudanças de domicílio eleitoral estejam concluídas, do contrário, não tem candidatura.
Marina Silva anunciou que deixaria o PT e negocia com o PV um "saneamento" geral. Não, isso nada tem a ver com José Sarney Filho, ex-ministro do Meio Ambiente, filiado aos verdes e ao presidente do Senado. Nem é um trocadilho. Tem a ver com criar um conteúdo programático para a legenda.
Ações além do discurso foi justamente o que o deputado estadual Major Olímpio apontou como motivo para sair do mesmo PV atirando. Ele tem certeza de que a legenda vai fazer campanha para José Serra (PSDB-SP) ao Planalto em 2010, assim como fizeram em 2006 apesar de ter candidato próprio ao governo do estado. Fernando Gabeira (PV-RJ), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, seria "mais serrista do que a família de Zé Serra", no conceito de Olímpio. Mas são acusações de um dissidente.
Um dos trunfos do PV era uma pesquisa que dava 10% para Marina, mas avançaria para 24% se Ciro Gomes fosse retirado.
O levantamento do Ipespe foi coordenado pelo sociólogo Antonio Lavareda, o mesmo que conduziu o levantamento que sugeria ao PFL mudar de nome para Democratas. Ele já havia trabalhado para a legenda em outros períodos, como a eleição de 2004. A confiança era grande, a ponto de ele ter sido indicado pelos então pefelistas para socorrer (putz, a fonte do link não foi boa) a campanha de Geraldo Alckimin em 2006.
Então a pesquisa é viciada para beneficiar interesses do DEM ou do PSDB? Seria leviano ao extremo insinuar isso. Como os verdes fazem parte da base aliada do governo federal, comandado pelo PT, e do estadual de São Paulo, chefiado pelos tucanos, é mais plausível notar de quem o PV está mais próximo. Afinal, a indicação do profissional para conduzir uma pesquisa que vai definir a estratégia eleitoral precisaria ser obtida junto de parceiros.
De qualquer forma, é uma perda para o PT a saída de Marina Silva. E nem a senadora sabe se vai conseguir o que quer no PV.
O uniforme cor de vinho lembra o da Ferroviária de Araraquara (SP). E o nome, CFR, é composto pelas iniciais de alguma coisa como ''Clube dos Ferroviários'', em romeno. No distintivo do clube, há até uma locomotiva, com a bola de futebol fazendo as vezes de chaminé. Vejam a flâmula:
O CFR é um clube de futebol de Cluj-Napoca, cidade de 300 mil habitantes da Transilvânia, mitológica região que já pertenceu ao Império Austro-Húngaro e que hoje é território da Romênia. Mas o mais bizarro de toda essa história é que encontrei, aqui na Irlanda, um brasileiro fanático pelo CFR. ''Conheci um colega no trabalho há 2 anos, o Janos (pronuncia-se Januchi), que é de Cluj-Napoca e torcedor fanático do CFR (ou tcheferê)'', conta Eduardo Witzel (foto), 30 anos. ''Eu o presenteei com uma camisa do São Paulo e ele disse que só torceria para o meu time se eu torcesse para o CFR. E me deu a camisa. De fato, parece com a da Ferroviária de Araraquara''.
Na época, 2007, o CFR ganhou o seu primeiro Campeonato Romeno, além da Copa do país. ''O Janos ficou maluco, encheu a cara de vodka. E o São Paulo foi campeão brasileiro novamente, daí completou a nossa festa'', conta Eduardo, que, perigosamente, trabalha como responsável pelo abastecimento dos 11 bares do hotel Russell Courts, na Zona Sul de Dublin. ''Eu brinco com o meu amigo romeno que o CFR só passou a ganhar depois que eu comecei a torcer pra ele. No início de 2010 eu vou conhecer Cluj-Napoca. Vamos descer em Budapeste, na Hungria, e pegar 4 horas de trem até lá''. E Eduardo promete ir ao Constantin Rădulescu Stadium, que tem capacidade para 25 mil pessoas, para torcer para a ''Ferroviária'' da terra do Conde Drácula.
Pra não fugir à regra, é claro que o tcheferê tem um brasileiro, o centroavante Didi - que não é aquele ex-corintiano que fez um gol contra o São Paulo na decisão do Paulista de 1998. Trata-se de um rapaz de 26 anos, que veio sei lá de onde. O ídolo do time é um argentino chamado Culio. ''O interessante é que o maior rival, o Universitatea, também da cidade de Cluj-Napoca, despencou para a segunda divisão justo no ano em que o CFR foi campeão. O Janos, que vai pra Romênia mais pra ver jogo do CFR do que pra ver a família, quase morreu de felicidade - e bebedeira'', arremata Eduardo Witzel.
Ps.: É bom reforçar que CFR se pronuncia tcheferê, pois os rivais costumam pronunciar pejorativamente como cuferê (esterco). Ou seja: uma provocação parecida com a que os torcedores do argentino River Plate usam para ofender os do Boca Juniors, bosteros - pelo fato de o estádio La Bombonera ter sido construído sobre o antigo aterro sanitário de Buenos Aires.
Maria Inês Nassif, no Valor, já comparou o caso com o escândalo das tapiocas, aquele em que um ministro foi acusado de cometer o crime de pagar a iguaria com um cartão corporativo.
O torcedor do Inter tem razão de sobra pra estar puto da vida com essa derrota por 2 a 1. Primeiro, porque o Corinthians jogou melhor, em pleno Beira Rio, e cheio de desfalques, entre os quais os titulares incontestáveis Felipe, William e Ronaldo. Pressionou mais, chutou mais a gol e teve agilidade em contra-ataques. Dentinho e Jorge Henrique fizeram boa partida, Elias voltou a encontrar seu futebol, distribuindo bem as bolas no meio-campo e Chicão também comandou bem a defesa, ao lado de reservas ou de jogadores improvisados.
Mas a outra razão que os colorados têm para praguejar é que o jogo foi decidido por três erros de arbitragem que favoreceram o Corinthians. Os dois gols do Timão tinham situação de impedimento e ainda houve uma trombada do Moradei no Andrezinho dentro da área que para mim foi pênalti claro - apesar de o Marsiglia, comentarista de arbitragem da Globo, ter visto ali um choque normal de jogo. No primeiro gol, o Dentinho toca de cabeça e Chicão, impedido, desviou, a bola pega na trave, cria-se um deus-nos-acuda na linha do gol e o próprio Chicão conclui (mas o juiz atribui a Jean, em mais um erro...). No segundo gol, quando Elias dá seu genial passe ao Jadson na ponta direita, Jorge Henrique já estava em posição de impedimento, embora neste momento ainda não participasse do lance. Ele então se recoloca em boa posição, mas no momento do cruzamento do Jadson ele está um pouquinho à frente do zagueiro. Tudo isso acontece muito rápido, o que tornaria compreensível o erro do bandeira.
Se o Corinthians tem um mérito, foi o de jogar pra frente fora de casa, o que bagunçou a marcação do adversário, que provavelmente esperava um time recuado. Mano Menezes desobstruiu o meio-campo, o que fez que Elias voltasse a jogar bem e o ataque voltasse a ter mais velocidade. Apesar de que o Elias tinha que saber que ele não sabe chutar, principalmente de fora da área. O negócio dele é o passe. Já o Jucilei, depois desta segunda partida na lateral, acho que já dá pra ver que a posição dele não é mesmo essa. Mesmo sendo um bom marcador por ali, tem dificuldade de sair verticalmente pelo setor, acaba sempre puxando pro meio, o que atrapalha a funcionalidade do esquema tático. Tenho medo que comecem a achar que ele é o novo Wilson Mano, que tapa buraco em qualquer posição... Pode abafar o talento do garoto.
Com o atual elenco do Corinthians, eu jogaria com três volantes (não que eu seja a favor desse esquema, é a força das circunstâncias...): Edu na cabeça de área, como primeiro volante, Elias pela direita e Jucilei pela esquerda (um 4-3-2-1, tendo Dentinho e Jorge Henrique como meias-atacantes e Ronaldo na área). Esses três volantes tocam bem a bola e marcam bem, mas Elias e Jucilei têm mais velocidade e vontade de avançar, além de conduzirem bem a bola.
Quem ainda não mostrou a que veio é o Morais. Com o time completo, a grande falha do Timão ainda é a meia. Há que observar esse Jadson, que entrou bem no lugar do Morais - na verdade, cruzou para o gol de Jorge Henrique e ainda não dá para dizer muito sobre ele. Mas a meia é uma posição difícil de entregar a um menino. São raros os casos em que isso dá certo. De memória, só lembro do Diego no Santos de 2002.
Há tempo para arrumar a casa até o ano que vem, que é quando a coisa realmente interessa para nós... a não ser que voltemos a disputar as primeiras posições, o que seria muito surpreendente e indicaria mais uma vez que os times estão mesmo nivelados por baixo. Por enquanto, a única coisa que estamos conseguindo é ajudar o São Paulo a subir na tabela: empate com o Avaí e derrota para o Náutico, depois vitória sobre o Atlético Mineiro e o Inter.
A primeira derrota de Muricy Ramalho no comando do Palmeiras foi para o Coritiba por 1 a 0. Os paranaenses saem da zona de rebaixamento enquanto o ainda líder do campeonato cria possibilidades de terminar a rodada fora da ponta da tabela.
Depois de três empates consecutivos e uma derrota, três times podem faturar a liderança. O Goiás joga nesta quinta-feira e pode terminar a rodada na ponta. O próprio Inter que, apesar da derrota para o Corinthians em Porto Alegre, continua com dois jogos a menos a quatro pontos de distância. Até o Atlético-MG pode chegar lá se faturar as partidas que tem a menos. O São Paulo, que dorme na vice-liderança, está apenas um ponto atrás.
O Verdão se atrapalhou. E tem dois jogos decisivos nas próximas duas rodadas, contra o Colorado e o São Paulo.
O gol da vitória do Coritiba saiu aos 45 do segundo tempo, de pênalti. O lance decisivo gerou a expulsão de Marcão, que se enroscou com o ex-palmeirense Thiago Gentil de forma desnecessária, e o árbitro marcou o pênalti. Poderia ter marcado falta do atacante antes, mas só viu o estrago do zagueiro dos visitantes. Nem dá para reclamar.
Foram quatro cartões vermelhos e dez amarelos na partida. Além de Marcão, Pierre foi embora ainda no primeiro tempo. Leandro Donizete e Pereira do Coritiba foram os expulsos. A arbitragem conseguiu se complicar.
Diego Souza foi a principal ausência do Palmeiras. Wendel, Marcos e Edmilson tampouco jogaram, e o time ficou dependente da capacidade de criação de Cleiton Xavier, Souza e Armero. Não foi suficiente para mais do que alguns minutos de domínio da partida no segundo tempo.
Faltaram opções táticas e velocidade nos contra-ataques, movimentação de Obina e gente perto de Cleiton Xavier perto da área para criar jogadas.
É melhor melhorar.
A partir desta quinta-feira, 20, até domingo, 23, a cidade de Paraty (RJ) coloca no centro das atenções a cachaça. Aliás, a pinga. O 27º Festival da Pinga e Produtos Típicos Caiçaras aposta em apresentações musicais, comidas de tropeiro e frutos do mar além, é claro, na marvada. Sete alambiques da cidade de portas abertas à visitação.
Ao que consta, a turma considera que o que eles fazem por lá sempre foi pinga, e não cachaça. Na prática, o destilado da cana (do mosto ou da garapa) é classificado como cachaça até por uma questão de comércio internacional, para se diferenciar do rum e outros tipos de aguardente da cana-de-açúcar. Vale registrar que há outras exigências, como o teor alcoólico compatível (de 38º a 54º G.L.) e níveis de impureza. Mas isso é detalhe.
A chambirra é, segundo os organizadores do festival, o primeiro produto de exportação no Brasil a desbancar os similares europeus. Claro que o açúcar não entra na conta. No final do século XVII, a cidade no litoral sul do Rio de Janeiro contava 160 engenhos da que matou o guarda.
Foto: Divulgação/Prefeitura Paraty
O evento promete esquentar a cidade, mas esquentar por dentro. Os sete alambiques que comercializam a bebida com rótulo próprio participam do evento. São Maria Izabel, Coqueiro, Corisco, Vamos Nessa, Itatinga, Maré Alta, Murycana e Fim de Século. Outros estabelecimentos têm seus produtos sem marca própria (aqui a lista da prefeitura).
Faz tempo que tomei a Coqueiro e a Corisco, de modo que não me lembro de muitos detalhes para um momento do mé como seria de direito.
Quem frequenta estádios brasileiros, como este que vos fala, tem uma rotina irritante de reclamações. Dos preços dos ingressos às acomodações dos torcedores, a constatação que fica é uma só: o torcedor é mal tratado no Brasil.
Mas não fiquemos repetindo o óbvio, não farei um post para dizer o que todo mundo já sabe. Queria dar à discussão um outro prisma.
E, para que cheguemos lá, é preciso partir da seguinte realidade: a situação hoje é feia, mas já foi pior, bem pior. Times como Santos, Cruzeiro e tantos outros têm adotado bem-sucedidos programas de sócio torcedor, em que um cartão magnético dá ao interessado entrada direta no estádio, sem a necessidade de se acotovelar nas filas por ingressos. A venda por internet engatinha, mas já é mais satisfatória do que foi há alguns anos. E dentro dos estádios a acomodação evolui. A Vila Belmiro já tem quase que a totalidade de suas arquibancadas com confortáveis cadeiras, procedimento que se repete em palcos como o Mineirão, cuja foto ilustra o post.
A escola de samba paulistana Vai-Vai aposta na Copa de 2010, na África do Sul para vencer o carnaval do ano que vem. Em entrevista exclusiva ao Futepoca, Thobias da Vai-Vai, presidente da agremiação, promete homenagem a Pelé, além da celebração da chegada do maior evento do futebol mundial ao continente africano.
O tema foi escolhido por "uma feliz coincidência", o fato de tanto a escola quanto a competição concebida por Jules Rimet completarem 80 anos em 2010. De preto e branco, os representantes do Bixiga contam com a "consultoria" de Orlando Duarte, jornalista esportivo autor da enciclopédia das copas.
Alguém pode dizer que para fazer samba-enredo nem precisaria de tanta precisão nas informações, mas nem só de "celebração", aos vivas ao rei do futebol e de recorrer à "africanidade" se faz uma composição.
A escolha do samba-enredo deve acontecer em setembro, com eliminatórias semanais, sempre aos domingos. Até lá, a comissão de carnaval da escola vai escolher a melhor entre seis composição que ainda participam da disputa. Outras 12 já foram descartadas (a lista completa pode ser ouvida aqui).
Em 2009, com uma crítica à situação da saúde pública, a escola não conseguiu o bicampeonato, ficou atrás da Mocidade Alegre. Para 2010, além do jornalista esportivo, a Vai-Vai também conta com Carlinhos de Jesus na comissão de frente.
Confira os principais trechos da entrevista:
Futepoca – Por que a escolha da história das Copas como tema do samba-enredo?
Thobias – O motivo é a feliz coincidência de a Vai-Vai e a Copa do mundo completarem 80 anos juntas. E vamos ressaltar um detalhe: em 2010, a Copa vai ser sediada finalmente num país africano.
Futepoca – Do que o samba-enredo vai falar?
Thobias – Das origens do samba, da nossa cultura que valoriza o samba, do futebol pentacampeão mundial. E do Rei Pelé. Ele vai ser homenageado como o rei do futebol do século XX e do XXI também.
Futepoca – Como a escola vai construir a letra?
Thobias – Temos uma consultoria especial neste ano de Orlando Duarte, que conhece tudo de história das copas. Ele faz parte da comissão de carnaval deste ano. Até o fim de setembro vai a eliminatória dos sambas-enredo. É como um festival, há várias composições concorrendo e uma delas vai ser escolhida pela comissão de carnaval. Além do Orlando Duarte, vale destacar também a presença de Carlinhos de Jesus na comissão de frente, que vai definir a coreografia.
Futepoca – E como o pessoal da escola vê a fase da seleção brasileira? A turma está animada ou tem uns que querem o "fora, Dunga!"?
Thobias – De futebol, o Brasil não perde, deixa de ganhar. O time já entra campeão. Agora, como todo o brasileiro, só acredito vendo. E nunca vi uma seleção sair daqui com 100% de aprovação. Desde 1966 acompanho as copas – nasci em 1958, em 1962 era muito pequeno.
Quando um jogo termina 0x0 e os goleiros são eleitos os melhores em campo, a impressão que fica é que a partida teve inúmeras chances de gol e que o placar não foi movimentado por méritos dos camisas 1. Santos e Cruzeiro fizeram domingo, no Mineirão, uma partida que seguiu os requisitos acima - 0x0 no placar e os arqueiros dos dois times como destaques principais. Apesar disso, o jogo esteve longe, bem longe, de ser um primor técnico.
A marcação dos dois times funcionou bem (ou os setores ofensivos que não sabiam criar?), e o primeiro tempo teve duas equipes que pouco pressionaram o adversário. Luxemburgo congestionou o meio-campo com três volantes - Germano e os Rodrigos Souto e Mancha -, o que impediu uma predominância cruzeirense mas também matou as possibilidades de criação peixeira. Os poucos lances de perigo do Santos foram causados pelo futebol aguerrido de Madson.
Veio a segunda metade da partida e Luxemburgo mandou Neymar para o aquecimento. A entrada do menino, ainda mais em jogos em que o Santos não está dominando o placar, já faz parte da rotina. O que surpreendeu foi a plaquinha que anunciava o número 10 para a alteração - saía de campo Madson, logo aquele que era o melhor santista em campo (com exceção do goleiro Felipe). Neymar pouco pôde fazer depois disso. Nas entrevistas após o jogo, Luxemburgo lamentou o empate e disse que o time poderia ter deixado o campo com os três pontos.
Outro dia eu estava conversando com um amigo que já está há três anos aqui em Dublin e, olhando para o imponente prédio do outro lado do rio Liffey, ele comentou que lá funciona a sede mundial da cervejaria Heineken. "-Como assim?!??", me espantei, uma vez que se trata de uma das marcas mais representativas da Holanda. "-Sei lá, bicho, só sei que a sede fica aqui na capital da Irlanda", emendou o conterrâneo. De fato, pesquisando pelos gugous da vida, confirmei que a holding da cervejaria fica no prédio visto na foto abaixo, mesmo. Se não for pra pagar menos imposto, acho que a escolha recaiu mesmo pela extrema popularidade da Heineken entre os irlandeses.
Às vezes dá a impressão de que ela é até mais consumida aqui do que a sagrada Guinness, mas não encontrei nenhuma pesquisa que pudesse corroborar minha suspeita. Nos pubs, as duas marcas são, de longe, as mais pedidas. Para mim, bêbado velho que comecei a beber Heineken há exatos 20 anos, às vesperas da maldita eleição do Collor (meu cunhado trabalhava na capital paulista e costumava levar cervejas estrangeiras que comecavam a aparecer nos supermercados brazucas para o meu pai - e, por tabela, para mim), a preferência irlandesa muito me apetece. Pena que custe tão caro para meus padrões - cerca de 2,50 o latão de 500ml no supermercado, o que dá uns 6 reais e pouco. Nos pubs, a pint (também meio litro) varia entre 4 e 5 euros, ou 11,5 a 14,5 reais. Por isso sinto saudades da garrafa verde de 650ml que eu pagava 5 contos na avenida Paulista. Quem diria, Dona Maria...
O que será que eles quiseram dizer na edição on-line com "PSDB não vai denunciar nova acusação contra Sarney"?
É só pressa?
A torcida do Galo começou a chorar no meio da semana. Mas nem precisava, afinal, a obrigação de vencer em casa era mesmo do Corinthians, e apenas cumpriu seu papel. É verdade que poderia ter sido mais, mas pra respirar um pouco no meio dessa crise do desmanche até que 2 a 0 não está ruim. Um gol de Dentinho, em jogada que começou nos pés de Jucilei, improvisado como lateral direito, e um golaço do Boquita, numa bola roubada no meio-campo. Com isso, encerra o jejum de cinco jogos sem vencer.
Com isso, o Atlético-MG sai da zona de acesso à Libertadores – estará o Galo perdendo o gás, depois de criar tanta esperança na sua torcida? Já o Corinthians galga algumas posições e, principalmente, recupera um pouco da autoconfiança. Afinal, se o time hoje não inspira nenhuma admiração, não é pior que outros tantos neste fraco Brasileirão. Para o Mano Menezes, esse jogo serve pra manter a tranquilidade, para fazer o trabalho mirando mais longe. Este ano, segundo ele, vai servir pra montar o time visando uma campanha decente no ano seguinte. Mais ou menos como no ano passado, disse ele, comparando a série A com a série B, mas ressalvando que isso não era "desprezar o principal campeonato do país". E acho que não é mesmo. O técnico está só sendo sincero, talvez excessivamente sincero, mas não deve ser fácil lidar com a pressão que rola no Corinthians. Na prática, é a garantia de que assistir ao Brasileirão neste ano vai ser mesmo muito chato.
Foi o terceiro empate seguido do Palmeiras no Brasileirão. Mais uma vez por 1 a 1. Desde que Muricy Ramalho chegou, o Palmeiras fez um gol em cada partida, venceu dois empatou três.
Assim, o título do post poderia ser "quando o palmeiras vai deixar de tomar gol em um jogo?". Ou ainda: "Será que Jorginho tem umas dicas?"
Como dois dos empates foram em casa, isso significa que o time encerrou sua participação no primeiro turno com quatro pontos a menos do que deveria, por obrigação, ter alcançado.
O empate contra o Botafogo ainda deixou Wendel e Diego Souza suspensos com o terceiro amarelo.
Tudo bem que a marcação do time do estreante Estevam Soares funcionou e que o camisa 7 do alviverde perdeu um gol feito, mas é melhor o time parar de vacilar no início do segundo turno.
Estavam disputando uma pelada, quando um jogador caiu estatelado no chão.
– O Jão tá morto. Alguém tem que avisar a mulher dele.
Vai você, eu não, vai você. Dois times inteiros desconversando, ninguém queria ir. Olham na beira do campo, tinha um manguaça ali meio distraído, provavelmente esperando acabar o jogo pra beber umas com a comunidade. O capitão vaticina:
– Você aí, vai lá avisar a mulher do Jão que ele morreu.
Tá bom, tá bom, diz o manguaça, e vai.
15 minutos depois volta com um engradado de cerveja no ombro.
– Seu bêbado! Você tinha que avisar a mulher do Jão!!!
– Mas eu fui! Eu toquei a campaínha, apareceu uma mulher e eu perguntei: Você que é a viúva do Jão? Ela respondeu esbaforida, Que viúva que nada! E eu: Quer apostar uma caixa de ceveja?
Na partida contra o Atlético-MG, o Palmeiras iniciou a sequência mais importante do campeonato brasileiro até agora. No próximo mês, o alviverde irá mostrar se quer o título ou se vai ficar para G-4.
Assim como a partida no Mineirão, dois dos próximos quatro adversários são concorrentes diretos ao título do nacional. Depois do Botafogo, neste sábado, 15, a equipe de Palestra Itália vai à capital paranaense enfrentar o Coritiba. Depois é que o bicho pega: contra o Internacional, no dia 22 em casa, e contra o São Paulo, no dia 30 no Morumbi.
Quem me chamou a atenção foi o palmeirense Paulo Donizetti.
São confrontos em que, mais importante do que os três pontos que leva o ganhador, conta muito os pontos tirados do rival.
Dos cinco primeiro colocados na tabela, o Palmeiras perdeu no primeiro turno para o Goiás, em Goiânia, e para o Internacional, em Porto Alegre.
Claro que também é necessário ir bem nos outros jogos durante todo o segundo turno, o que significa manter a tal média de dois pontos por jogo (o ideal de vencer em casa e empatar fora, ou compensar tropeços eventuais com vitórias como visitante). A questão é que, como a segunda dose de Goiás e Atlético-MG acontecem mais para o final do campeonato, o momento é chave.
O Ministério Público do Distrito Federal entrou com ação de improbidade administrativa contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e o secretário de esportes Agnaldo de Jesus. O motivo é o pagamento de R$ 9 milhões para a empresa Ailanto Marketing, responsável pela organização do amistoso entre Brasil e Portugal no estádio Bezerrão, no final do ano passado. O jogo marcou a inauguração do estádio, no Gama (DF).
Foto: Divulgação/CBF
O governador
José Roberto
Arruda (DEM)
recebeu do
presidente
Ricardo Teixeira
uma camisa da
Seleção
Brasileira
autografada
Segundo o promotor Albertino Neto, os R$ 9 milhões utilizados na contratação da empresa devem ser devolvidos aos cofres públicos, devido a supostas irregularidades no contrato. A sede estaria localizada em um apartamento no Rio de Janeiro, com um patrimônio de R$ 800 e sem telefone fixo.
No site da empresa, consta um número de telefone e informações sobre o tipo de serviços prestados pela empresa.
Ainda segundo o promotor, a empresa também não teria realizado nenhum trabalho até a organização do amistoso, uma vez que, na contratação das duas seleções, foram emitidas duas notas fiscais, a de número 001 e 002. Ou seja, era o primeiro serviço prestado pela empresa, o que sinaliza irregularidades.
Outro fator curioso é que foi proprietário da empresa Eduardo Duarte, empresário ligado ao Daniel Dantas, citado em escutas da Operação Satiagraha. Após as denúncias de ligação com o banqueiro, a propriedade da Ailanto Marketing foi transferida para Vanessa Almeida Preste e Alexandre Rosell, ligado a Ise – que detém os direitos exclusivos sobre a Seleção Brasileira – com sede nas Ilhas Cayman.
Ainda durante o processo de contratação da empresa, o MP-DF chegou a apontar 11 falhas no contrato e ainda recomendou que fossem alteradas várias cláusulas. Mas o documento acabou assinado pela responsável da empresa Ailanto, pelo secretário de Esportes Agnaldo de Jesus e pelo governador Arruda. Não encontrei informações sobre o prazo que o governador e o secretário terão para se pronunciar, mas segundo informações da rádio CBN este prazo seria de 15 dias.
Se na terceira divisão as coisas já estão mais encaminhadas, na inédita Série D ainda falta muito para sabermos quem jogará em um nível acima em 2010. A partir de amanhã, tem início a segunda-fase da competição. São vinte times se enfrentando em mata-matas simples, de onde avançam dez clubes. Esses dez fazem mais um "playoff" na terceira fase, da qual sobrevivem, naturalmente, cinco equipes, certo? Errado! Três "melhores perdedores" também se classificarão para a quarta fase do certame. Assim teremos oito times, que farão mais um mata-mata, para a definição dos semifinalistas - que já estarão garantidos na Série C de 2010.
Bizarrices regulamentais à parte, façamos um panorama do que foi a Série D até aqui.
A principal surpresa do torneio foi a eliminação precoce do Santa Cruz. O - com sobras - clube mais tradicional na disputa conseguiu a proeza de ficar na lanterna numa chave em que teve como adversários as potências Central-PE, Sergipe e CSA. Além do Santa, os alagoanos também foram eliminados (chupa!).
Outros que continuarão na Série D em 2010 (isso se forem bem nos estaduais, registre-se) são os relativamente tradicionais Moto Club-MA, Madureira, Ituano, CRAC-GO e Pelotas, entre outros.
Falando agora de quem ainda está vivo: há clubes ressurgindo no cenário nacional, como Paulista de Jundiaí, Londrina e Nacional de Manaus, e também os sempre atacados emergentes - dos quais o principal destaque é o Corinthians Paranaense.
Os jogos de ida acontecem neste final de semana e os de volta no seguinte. Aos confrontos:
Brasília x Uberaba
Corinthians-PR x Chapecoense
Sergipe x Ferroviário
Paulista x Macaé
Londrina x São José-RS
Alecrim-RN x Central
Cristal-AP x Nacional
Genus-RR x São Raimundo-PA
Fluminense-BA x Tupi
Uberlândia x Araguaia
Pode parecer desculpa antecipada, e talvez seja mesmo, mas domingo o Galo terá desfalque de nove jogadores contra o Corinthians.
Candidato a vereador por Goiânia (GO), nas eleições de 2008, e portador de uma conta bancária com apenas R$1,00, segundo a declaração de bens na divulgação de registro de candidaturas do TSE, Tulio Humberto Pereira Costa, o Túlio Maravilha se elegeu pelo PMDB com 10.401 votos, mas não largou os campos. Entre o gabinete, plenário e os treinos, Túlio foi o artilheiro com 24 gols, na série B do Brasileirão de 2008 pelo Vila Nova (GO), jogava até algumas semanas atrás pelo Goiânia e acaba de acertar seu novo contrato com o Botafogo – DF, para disputar a segunda divisão do campeonato Candango.
Túlio, o vereador – atacante conta com 881 gols e já anunciou sua meta de atingir o gol de número 900 com a camisa alvinegra. E para alcançar a marca, sua estreia já está marcada para este domingo, contra o Brazsat, no Estádio Mané Garrincha. Porém como a segunda divisão do Candango resta apenas dez jogos, a solução está além da competição estadual. Mais dez amistosos, com a camisa do Botafogo de Brasília, já foram confirmados com a participação de Túlio.
Mas com a maturidade "política-esportiva", aos 40 anos, a pergunta que não quer calar é se com a troca de time, Túlio saíra candidato nas próximas eleições pela base eleitoral do Distrito Federal ou continuará almejando o governo de Goiás?