Destaques

quarta-feira, novembro 14, 2007

Simpathy for the Fluminense

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Não é provocação ao Palmeiras, que hoje enfrenta o Fluminense no Palestra Itália, em São Paulo. Mas, sim, um dado curioso: passando pelo Blog'n'Roll e pelo site Torcida Tricolor, descobri que pelo menos três dos Rolling Stones têm simpatia pelo Flu: o vocalista Mick Jagger, o baterista Charlie Watts e o guitarrista Mick Taylor (que integrou a banda entre 1969 e 1974, substituindo Brian Jones e dando lugar a Ron Wood). O blog provoca: "It's not rock'n'roll (but they like it)".
Taylor chegou ao Rio em janeiro de 1974 e visitou também Manaus. Neste período, tirou uma foto com a camisa do Fluminense, publicada no ano seguinte na edição especial sobre os Rolling Stones da revista “Rock, A História e a Glória” (ver reprodução acima). Charlie Watts foi o próximo a desembarcar no Rio de Janeiro, no dia 11 de julho de 1976, com a esposa Shirley, a filha Serafina e o cunhado Stephen.
Uma semana depois, no dia 18, um domingo, a família Watts esteve no Maracanã para assistir o clássico Flamengo x Fluminense, que terminou em 1x1, num jogo recheado de confusões e de expulsões. Poucos dias antes, Watts tinha sido flagrado fazendo compras em uma loja de material esportivo, deixando clara sua preferência ao presentear a filha Serafina com uma camisa do Fluminense (na reprodução ao lado, os dois aparecem, na loja, à esquerda).
Já em 1984, Mick Jagger fez sua quarta visita ao Brasil, para as filmagens do longa metragem Running Out Of Luck. Muitas cenas foram gravadas na sede do Fluminense, no bairro Laranjeiras. Ele freqüentou um treino (foto abaixo) e no filme há cenas gravadas no salão nobre do clube e seqüências dentro de um caminhão frigorífico que estava estacionado ao lado do estádio. Em 16 de dezembro daquele ano, o líder dos Rolling Stones marcou presença no Fla x Flu que decidiria o campeonato carioca.
Acomodou-se na tribuna de honra do estádio e, no intervalo da partida, encontrou-se com o então presidente do Fluminense, Manoel Schwartz, que presenteou Jagger com um escudo do clube, grudado na lapela de seu blazer preto. Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, o stone disse estar gostando do jogo, cuja movimentação, segundo suas palavras, se assemelhava muito ao futebol jogado na Itália. No segundo tempo da partida, mesmo estando em companhia de Neusinha Brizola, rubro-negra fanática, Jagger torcia pelo Fluminense. “O Flamengo tem bons valores, como Bebeto e Fillol, mas o Fluminense está melhor”, analisou. Palpite certeiro: Assis fez o gol da vitória para o tricolor.

Portuguesa está de volta à Série A. Junto com Vitória e Ipatinga

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Mesmo perdendo de 2 a 0 para o Coritiba, a Portuguesa de Desportos finalmente volta à primeira divisão do Campeonato Brasileiro, de onde caiu em 2002. A classificação foi confirmada depois da derrota do Fortaleza em casa para o São Caetano, por 1 a 0, jogo que o elenco ficou esperando acabar por cerca de uma hora no vestiário em Curitiba.

Os méritos, como se comenta no Canindé, são do técnico Vagner Benazzi (na foto, em entrevista ainda no estádio), que chegou à Lusa no ano passado, quando o clube estava ameaçado de cair para a Série C e cogitava até mesmo encerrar suas atividades no futebol. Ele acabou sendo o responsável, segundo declarações de seus próprios comandados, como o goleiro Tiago, por manter a tradicional Lusa na Série B e pela ascensão que se seguiu. Neste ano, o time conquistou o título e o acesso à primeira divisão do Paulista. Ainda no vestiário do Couto Pereira, perguntado sobre se continuará no comando da Portuguesa em 2008, Benazzi desconversou e não disse que sim nem que não.

Na campanha ainda incompleta, a Lusa, em 36 jogos, somou 16 vitórias, 11 empates e 9 derrotas, 59 gols pró e 44 contra. Parabéns à Portuguesa e a todos os lusitanos de São Paulo! Incluindo o amigo Roberto. A foto (da Carmem) foi feita no último sábado, 10, no aniversário da amiga Mayra. O manguaça e lusitano roxo (e freqüentador do Futepoca) ignorou as características de uma festa noturna, os figurinos pretos e mais austeros, e não teve dúvida: compareceu já comemorando antecipadamente o acesso da velha Portuguesa.


Vitória e Ipatinga
E também parabéns ao Vitória, que, depois da goleada de 4 a 1 sobre o CRB, igualmente volta à elite. Hoje, a parte rubronegra de Salvador (ai, que saudade) entoa muitos cânticos a Padim Padi Ciço.
Então, os tradicionais Coritiba (que já tinha subido), Vitória e Portuguesa voltam ao lugar onde merecem estar. Ou pelo menos onde suas torcidas merecem vê-los. Junto ao Ipatinga, que também comemora o acesso, formam o G4 da Série B de 2007.

terça-feira, novembro 13, 2007

Inter-RS ou Grêmio decide último rebaixado

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Sinceramente, não creio que Juventude e Paraná escapem da Série B. No frigir dos ovos, o "pega-pra-capar" está entre Vasco, Sport, Náutico, Corinthians e Goiás. O Sport enfrenta o Cruzeiro em casa e encerra o campeonato contra o Juventude, fora. Para mim, consegue uma vitória e um empate, soma 52 e se safa (com dois empates iria a 50 e também escaparia). Já o Corinthians, em minha opinião, perde para o Grêmio no Olímpico. E acho que vai precisar, no mínimo, de um empate.

O Vasco vai entregar no Pacaembu, pois pega o Paraná na última rodada, em São Januário, e tem tudo para vencer, chegar a 51 e ficar na série A. O problema é que, vencendo os cariocas e perdendo no Sul, os corintianos chegariam a apenas 46 pontos. Ou seja: nada garantido. O Náutico, por exemplo, pega o Figueirense fora e o Flamengo no Maracanã. A situação é mais complicada, com perspectiva de um empate e uma derrota (ou duas derrotas). Porém, mesmo encerrando com os mesmos 46 pontos do Corinthians, fica com mais vitórias.

E o Goiás? Pega o Atlético-MG fora e encerra em casa contra o Internacional-RS. Acredito em um empate e uma vitória (o Inter já está fora da Libertadores). Daí também chegaria a 46 pontos - e também com mais vitórias que o Corinthians. Moral da história: ou o time do Parque São Jorge evita derrota contra o Grêmio ou torce para o Internacional-RS, no mínimo, empatar com o Goiás no Serra Dourada. Caso contrário, já era.

Cachaça: o popular "embelezador"

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"Não existe mulher feia. Você é que bebeu pouco." (sabedoria popular)

Site do Paraná alimenta picuinha política

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Espera-se que a página de um governo estadual traga informações a seus munícipes, dados sobre o estado, acessos rápidos a secretarias e outras instâncias do poder público, certo? Pois é. O site do governo do Paraná até que tem isso. Mas, como "complemento", tem uma página que alimenta a forte disputa entre o atual governador, Roberto Requião (PMDB), e seu antecessor, Jaime Lerner (DEM).

Confiram aqui, em Quanto Lerner gastou em propaganda.

Para quem quiser acessar o site principal, é só ver os quadradinhos do lado direito, denominados "Destaques".

No mínimo, estranho.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Lusa x Santos abrem Paulistão 2008

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Portuguesa (campeã da segunda divisão em 2007) e Santos (bicampeão estadual) abrem o Campeonato Paulista de 2008, dia 16 de janeiro, em São Paulo, uma quarta-feira (vai saber por quê). A Lusa, que volta à chamada elite em SP, está virtualmente também na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, como já registrou Thalita.

Aliás, um amigo meu torcedor da Portuguesa, o Roberto, daqueles que vão a festas noturnas vestidos a caráter, de verde e vermelho, o qual encontrei no último sábado, teceu elogios rasgados à mulher do blog (do qual se diz fã), já que ela é um dos raros bastiões a registrar as coisas da Lusa na imprensa paulista.

Eu também tenho minha simpatia pela Portuguesa e que tenha vida longa na primeirona. Mas, como Marcão, só torço para um time e, se der certo, estarei no Canindé dia 16 de janeiro, com a gloriosa camisa branca número 7. No domingo seguinte, 20, o Palmeiras desce a serra para enfrentar o Peixe na Vila.

PS: só pra acrescentar: o estadual repete o regulamento de 2007: todos jogam entre si em turno único e os quatro melhores fazem as semifinais, das quais saem os finalistas.

- atualizado às 19:54

A primeira rodada do Paulistão 2008 (16/01/2008)

Portuguesa x Santos (São Paulo) - 16h
Guaratinguetá x São Paulo (Guaratinguetá) - 16h
Palmeiras x Sertãozinho (São Paulo) - 16h
Corinthians x Guarani (São Paulo) - 16h
Rio Preto x São Caetano (Rio Preto) - 16h
Rio Claro x Paulista (Rio Claro) - 16h
Juventus x Noroeste (São Paulo) - 16h
Ponte Preta x Ituano (Campinas) - 16h
Mirassol x Barueri (Mirassol) - 16h
Bragantino x Marília (Bragança) - 16h

Tropa sem elite

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Damião Ferreira da Cruz (foto), baiano de Lauro de Freitas, tem 72 anos e, segundo ele, fugiu de casa aos 13 para escapar da brutalidade dos pais, que batiam nele com "cipó de cabo". Clandestino, viajou num navio em direção ao Rio de Janeiro. Chegando, foi morar na zona de prostituição. Entrou para a Marinha, mas continuou freqüentando bordéis e explorando mulheres como "cafetão". Nessa vida desregrada, desertou de um navio e foi morar com uma prostituta em uma palafita. Refeito do porre, tentou voltar para o quartel, onde foi condenado a um ano de prisão (um mês na solitária). Ali, aprendeu a "tocar" violão e transformou-se em Damião Experiença.

Fora da cadeia, a Marinha o aposentou depois que caiu do mastro de um navio e bateu a cabeça. Voltou a trabalhar como "cafetão" e, com o dinheiro, começou a bancar seus próprios discos. O primeiro, em 1974, chamou-se "Planeta Lamma". Ele gravou com um violão de uma corda só, um chocalho de tampinhas de garrafa, gaita e letras no "dialeto" do tal planeta. Mais tarde ainda gravaria outros álbuns, como "Damião Experiença Planeta Roça", "Damião Experiença Chupando Cana Verde no Planeta Lamma" e "Damião Experiença Cheirando Alho no Planeta Lamma" - muitas vezes usando uma banda de apoio (tudo está disponível no link http://www.damiaoexperienca.net/downloads.htm).

No disco "Comando Planeta Lamma", de 1992, há uma música com o sugestivo nome de "Bar", em que Damião denuncia a violência da polícia: "Os bicho da cara preta/ Querendo me prendê/ Me dando tanta pancada/ E me prendendo/ Quando lá cheguei/ Tive que me defendê/ Mas não adiantô/ Fui mesmo pro xadrez". E prossegue: "Os bicho da cara preta/ Tão pegando e tão matando de escopeta/ Não tem medo de careta/ Eles são os bicho mais feroz do planeta". Usualmente vestido como um mendigo, Damião deve saber, na pele, como é tratado um negro pobre (e meio maluco) pelos policiais do Brasil. E particularmente do Rio de Janeiro, onde vive.

Felipe, de novo, salva o Corinthians

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O Corinthians não jogou mal no equilibrado jogo do Serra Dourada, dominou o início do segundo tempo e até poderia ter saído com a vitória. Dois personagens, no entanto, que assombram o Corinthians nos últimos jogos, resolveram dar as caras: a Zica e o Iran.

O gol de Paulo Baier quase me levou ao desespero. Era o monstro da Zica outra vez, uma bola espirrada sobra para o melhor jogador do adversário. Claro que há uma falha de marcação aí, Baier está sozinho, mas aquela bola precisava mesmo ir parar no pé do cabra?

Minutos depois, cabeçada certeira do mesmo Fábio Ferreira, que até aquele momento eu culpava equivocadamente pelo gol do Goiás. O goleiro podia ter pegado, mas não chegou a tempo, dando mostras de que a Zica goiana está mais forte que a alvinegra.

O Corinthians voltou melhor no segundo tempo, pressionou e teve boas chances com Dentinho e Lulinha, mas o gol não saiu. O Goiás se reorganizou lá pela metade da etapa e começou a apertar, mas sem criar grandes oportunidades. Até que apareceu a segunda assombração do calvário corintiano. Iran resolveu dar uma bicicleta no meio da área para tirar uma bola e acertou um chute quase na cara de Harison. Penalti.

O ridículo da jogada só abrilhantou o que veio depois. Felipe, sempre ele, que já tinha feito pelo menos umas quatro defesas importantíssimas, pegou a cobrança de Paulo Baier e saiu comemorando como se tivesse feito um gol. Detalhe: na comemoração, abraçou o infeliz do Iran, dando força para o companheiro. Atitude de gente grande, de líder, de ídolo.

Arce ainda meteu uma bola na trave no final, numa bela jogada que teria aumentado ainda mais a catarse da minha sofrida tarde. O resto, foi o resto.

Felipe está hoje entre os melhores goleiros do Brasil e já é ídolo da Fiel Torcida (que levou 18 mil pessoas ao Serra Dourada, segundo a PM, de um público total de cerca de 40 mil). Tem tudo para fazer história no Corinthians, se decidir ficar mais uns anos. Espero que a diretoria faça sua parte para segurá-lo.

Agora, o Corinthians pode escapar definitivamente do rebaixamento na próxima rodada. Precisa ganhar do Vasco e que Goiás e Paraná percam respectivamente de Atlético MG e Santos (o Peixe pode até empatar). Eu pretendo estar no Pacaembu no jogo conta o Vasco e acho que o Corinthians tem condições de levar essa. Depois da derrota para o Flamengo, o Santos precisa do resultado para se garantir de vez na Libertadores. O Atlético precisa dos pontos se quiser disputar a Copa Sul-americana ano que vem. Pois que façam sua parte e vamos ver se dá pra resolver essa questão antes da última rodada.

Nova campanha

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Depois de ver Corinthians e Goiás, só consigo pensar em uma coisa:

na Campanha Fora Felipe!

A idéia é que torcedores dos adversários do Corinthians façam uma grande vaquinha para comprar o passe do jogador. O que fazer com ele depois eu não sei. Mas já seria um adianto para acabar de vez com as pretensões do time da Marginal sem número.

Lusa quase lá

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A goleada de 6 a 2 pra cima do Barueri deixou a Portuguesa a um pontinho do acesso à série A do Brasileiro de 2008. O placar dilatado foi o melho resultado da Lusa no campeonato, que até então não tinha marcado mais que 3 gols em um jogo. Os destaques foram Diogo, que fez 3 gols, e Souza, que participou da jogada de cinco. A torcida marcou presença no Canindé e deu aquela força para o time. (Não acho o público total em lugar nenhum.)

Nas próximas três rodadas, a Portuguesa pega Coritiba e Brasiliense, fora de casa, e fecha a participação no campeonato no Canindé, contra o Cricíuma.

Agora vai! Em 2008, terei dois times para torcer na Primeira Divisão.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Long neck Nova Schin a 17 reais

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Foi em Londres, em 2004. Eu morava naquelas bandas, uns camaradas músicos iam tocar samba num bar "brasileiro" chamado Guanabara, em Covent Garden, no centro. Lá fomos eu, a patroa da época e um camarada, o George, que estudava inglês e trabalhava de garçom num bufê de festas para os chiques britânicos. O Alemão, outro amigo nosso, fez as pick-ups e tocou samba-roque na entrada e nos intervalos. Até aí, tudo conforme.

Vamos comprar a cerveja. Quem conhece a capital inglesa sabe que isso não é exatamente uma preocupação. Qualquer canto tem o seu Pub, com lager ultragelada ou bitter em temperatura mais ou menos ambiente, a tradicionalíssima irlandesa Guinness e outras tantas variedades. A cerveja é servida em pints, um copo que praticamente corresponde a uma de nossas garrafas, com seus 568 ml, ou em half pints.

Aconteceu, no entanto, que os cabras acharam que a cerveja tinha que ser "a caráter". Só tinha long neck Nova Schin, ao custo de 4 libras. Cada libra na época valia uns R$ 4,40, totalizando R$17,40!!! Ninguém vai deixar de beber, mas o camarada George registrou sua análise, sem contestações: "Os caras acham que bar brasileiro é o que vende cerveja brasileira. Bar brasileiro é o que vende cerveja barata". Opa!

"Estou ameaçado de morte"

Mas isso não foi o mais surpreendente da noite. Conhecemos o produtor da banda, cujo nome nenhum manguaça vai exigir de mim que me lembre, mesmo considerando que o preço e a revolta impediram que eu bebesse o suficiente pra fazer a cabeça. Mas o cara tinha história pra contar.

Era mais um de tantos paulistanos de classe média que vão a Londres viver a liberdade de andar sem documentos, comprar "cogumelos mágicos" (magic mushrooms) no mercado, ganhar uns trocados em subempregos. Ele trabalhava como entregador de pizza, e pra isso comprou uma moto. Na hora de registrar o veículo, não pedem documento, apenas perguntam o seu nome. A dele estava em nome do Silvio Santos, um dos maiores proprietários de motos na Inglaterra. A brasileirada acha então que não precisa cumprir nenhuma lei de trânsito, pois as multas vão pra conta do Silvio. E o cara abusou um pouco.

Mas se o registro é apenas pro forma, o mesmo não se pode dizer do seguro obrigatório, que exige apresentação de passaporte e comprovante de endereço. Pra encurtar a história, pegaram o cara e ele foi convocado a se apresentar aos tribunais ingleses, que estão entre os mais tradicionais do mundo, onde os juízes usam até peruca branca.

Encurralado, o manguaça resolveu arriscar tudo. Diante das Royal Courts of Justice, confessou: "É verdade, eu falsifiquei o registro e tomei as multas todas. Mas vocês não podem me mandar de volta pro Brasil". Pausa entre os magistrados. Eles trocam olhares. Finalmente, perguntam a razão de tal impedimento. O cara, que nunca deve ter saído da Vila Madalena, truca: "Sou do MST, estou ameaçado de morte. Se voltar ao meu país, vou morrer."

Conseguiu asilo político, e deve estar por lá até hoje.



Leão e Pelé unidos na formatura

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Fuçando pela internet, encontrei uma raridade do site oficial do Santos (reproduzida pelo Globo Esporte): Leão e Pelé juntos no dia em que se formaram no curso de Educação Física na Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), em 1974. Mas outros famosos passaram pela instituição. Segundo o site, a pró-reitora Rosinha Viegas lembra que a primeira geração de alunos foi formada por grandes nomes do futebol. "Pelé graduou-se ao lado de Pepe, Chico Formiga, Leivinha, Cabralzinho, Émerson Leão, entre outros. Uma curiosidade é que a cantora Simone também compunha essa turma", arrematou Rosinha.

Programa precursor do Manguaça Cidadão

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Ex-advogado do Sindicato dos Metalúrgicos na década de 1970, Maurício Soares foi o primeiro prefeito - e único, até o momento - eleito pelo PT em São Bernardo, no ABC Paulista, berço da carreira política de Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, pouco depois de se eleger, em 1988, trocou o PT pelo PSDB, passou para o PPS e, finalmente, desaguou no PSB. Mesmo assim, manteve a amizade com o companheiro Lula. Tanto que, recentemente, houve uma reunião entre os dois em Brasília para tratar sobre uma possível reaproximação com o PT. Não houve acerto e Soares disputará a Prefeitura em 2008 contra o petista Luiz Marinho, atual ministro da Previdência.

Buenas: Maurício Soares lançou um livro chamado "A emoção de governar", sobre seus dois primeiros mandatos em São Bernardo (1989-1992 e 1997-2000). Lá pelo final, há um subtítulo "Atenção ao idoso", narrando suas "ações" para esse público específico. O texto é meio poético: "O abandono do idoso, suas horas a fio em frente à tv, jogando dominó, fazendo tricô, acabam abalando sua alma e acelerando a decadência física". Isso é preâmbulo para introduzir o que Soares chamou de "programa do idoso", para "reintegrá-lo ao convívio social" e "alterar o seu cotidiano sem graça".

E como isso foi possível? Simples: com passeio, baile, caminhada, piscina e ... cachaça! Diz o livro, textualmente: "A assistente social entrega: 'O idoso toma sua caipirinha, seu vinho, como qualquer pessoa. Deixa de tomar remédio ... para poder beber'. No grosso, contudo, os profissionais de saúde não têm do que reclamar. Médicos e psiquiatras falam por nós. 'Nossa! Melhorou tanto que diminuí a carga de remédios, outros deixaram de tomar medicamentos para depressão, para uma série de coisas'. O texto foi tirado da revista 'Transformando Sonhos em Realidade', editado pela Sedesc" (in "A emoção de governar", página 162).

Esse projeto revolucionário para a terceira idade foi, portanto, um precursor do Manguaça Cidadão, programa social idealizado pelo Futepoca para complementar o leque de ações do Bolsa Família (basicamente, uma cota mensal de bebida alcoólica provida pela União, com contrapartida a ser estudada). O melhor da história, no final, é que o próprio Soares é defensor da "causa": na foto abaixo, de seu arquivo pessoal, ele aparece à esquerda segurando uma garrafa de cerveja, tendo ao lado o companheiro Lula (de perfil), Dona Marisa (em pé) e Fidel Castro, na cabeceira da mesa, fardado e com cara de quem já tomou umas e outras. A quantidade de garrafas na mesa nos renova a esperança de que, um dia, o companheiro presidente se sensibilize e aprove nosso projeto. Manguaça Cidadão já!

quinta-feira, novembro 08, 2007

Sem CPI do Corinthians, brecha para o Volta Dualib

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Com assinaturas retiradas pelo PMDB, PCdoB (5 de 13) e outros partidos – mineiros em massa –, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Corinthians foi arquivada nesta quinta-feira, 8. O pedido protocolado pelos tucanos Álvaro Dias e Sílvio Torres no final de outubro. Dr. Rosinha (PT-PR) também encampou a corrida. O pedido chegou a contar com 38 senadores e 209 deputados. Com isso, o campo está mais aberto para a volta de Alberto Dualib ao Corinthians do que a presidência do Senado a Renan Calheiros.

Ou pelo menos para a troça correr solta: Volta Dualib fase 2: sem escalas para a série C!

De olho em ser sede da Copa de 2014, o governador do PSDB Aécio Neves moveu os palitinhos para tirar apoios à comissão. Os 41 deputados que debandaram fizeram faltar três nomes para abrir a investigação. A MSI e o clube alvinegro seriam o alvo.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) disse não ter o que dizer a respeito. Dias acusou a pressão de cartolas. A imprensa lembrou dos governadores de Minas Gerais e do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).

Rosinha denunciou na quarta da semana passada: "É um movimento suprapartidário. Em todos os partidos tem gente pedindo a retirada de assinaturas. Dizem para o deputado: ou você tira a assinatura, ou sua cidade não será sede de jogo."

A lista dos que tiraram o nome está aqui.

Tropa de Elite e a criminalização da favela

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Na sua coluna semanal no Valor Econômico, Maria Inês Nassif escreve hoje sobre a violência policial, tendo como gancho o filme Tropa de Elite. Vale a pena ler (infelizmente, só pra assinantes).

Uns trechos:

– “O filme Tropa de Elite, de José Padilha, é assustador porque sua intenção de retratar uma realidade - o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM do Rio é violento, porém não é corrupto - acabou trazendo à luz do dia uma radicalização que estava latente na chamada opinião pública. Se antes existia um certo recato de defender a violência policial como um ‘mal necessário’ numa sociedade violenta, parece que esse prurido caiu definitivamente por terra”.

– “A visão de que há uma guerra em curso, e que faz parte da guerra a morte de inocentes - foi esse, em última instância, o argumento usado pelo secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, para justificar as ações de sua polícia no Complexo do Alemão e na Favela da Coréia - é empunhada com surpreendente naturalidade por aqueles que gastaram papel e saliva para defender o direito do apresentador Luciano Hulk de ter um Rolex sem ser importunado por ladrões."

– “A favela e a periferia passam a ser, nessa visão autoritária e elitista, a personificação do crime - é o que se chama de criminalização da pobreza. O efeito colateral de uma repressão violenta a esses espaços geográficos de exclusão - a morte de inocentes - é menos condenável do que o roubo de um Rolex de propriedade de uma celebridade.”

Assunto recorrente OU mais do mesmo

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Estive afastado da civilização por uns dias, em Taquaritinga (SP), motivo pelo qual não pude acessar o Futepoca. Além do mais, lá na pacata cidade da Alta Araraquarense, além de acompanhar o Clube Atlético Taquaritinga pelo rádio (último colocado na Copa Energil C!), quase nada me atraiu a atenção no cenário esportivo. Mas, para minha surpresa, descobri que, no domingo (4/11), a polêmica assistente Ana Paula de Oliveira (foto) estaria em Taquaritinga apitando as finais de um tal "Mini-Campo" no Clube Náutico. Depois, pra variar, participaria de um desfile. Não tive paciência de gastar tempo e dinheiro com isso - nem fiquei sabendo o resultado das partidas (decisão do 3º lugar e final). Mas, como a Ana Paula é assunto recorrente no Futepoca e o Nicolau apóia qualquer oportunidade de publicar foto de mulher pelada, deixo aqui o registro.

Contribuição tricolor

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Tentando se redimir da derrota para o Corinthians no segundo turno do Campeonato Brasileiro, o São Paulo resolveu dar uma mão para os adversários diretos do Timão (sic) na luta contra o rebaixamento. Depois do Palmeiras, o Tricolor perdeu por 2x0 para o quase sem esperanças Juventude.
Agora, vejam só, uma equipe que já dava como favas contadas o seu rebaixamento, volta a sonhar com a permanência na Série A. O Juventude tem agora 38 pontos, apenas 3 atrás de Paraná e Goiás e 4 atrás do Corinthians.

Vai Juventude! Vai Paraná! Vai Goiás (principalmente)!
Fica Nelsinho!

Vício!

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Como boa viciada em joguinhos de computador, não sosseguei enquanto não completei o Flash Pops de escudos de times de futebol. Só consegui com uma tarde inteira de pesquisa mais as dicas de pessoas que já tinham completado, é verdade. O negócio é difícil!
Eu recomendo!

O endereço é www2.uol.com.br/flashpops/jogos/escudos.shtml

Reprodução

Entendeu?

terça-feira, novembro 06, 2007

Vavá rompe fronteiras

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Pelo que podemos constatar, a marca Vavá já rompe fronteiras. É impossível saber há quanto tempo. E não sei exatamente quantas fronteiras, mas a reportagem mostra que, pelo menos na Bahia, a grife já se impõe.


Esta foto foi feita do lado de lá da Baía de Todos os Santos, em relação a Salvador. Depois de mais de uma hora de barco, chega-se à Ilha dos Frades, onde moram entre 70 e cem pessoas, segundo dizem tanto os soteropolitanos como os moradores da ilha. E ali está localizada esta barraca do Vavá.

Nesta filial não tomamos nenhuma.

Presidente do Corinthians adere ao Fica, Nelsinho!

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A campanha lançada pelo Futepoca tem cada vez mais adesão. Nesta terça-feira, segundo o UOL Esporte, o presidente do Corinthians André Sanchez garantiu a permanência do técnico em 2008.


"O Nelsinho está fazendo um belo trabalho, mas o futebol é dinâmico. Em 2008 vamos começar um planejamento e quem não for se enquadrando irá saindo, mas o Nelsinho começará o ano como nosso treinador", disse o presidente, em entrevista à rádio Bandeirantes.

Está certo a declaração é para lá de sabonete, mas a manutenção de Nelsinho tem sentido. Afinal ele tem experiência de série B. Estava lá este ano com a Ponte Preta. Os resultados, ora os resultados...

Para conhecer a campanha Fica, Nelsinho! clique aqui

Governo parcela dívidas e cariocas estão aptos para a Timemania

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A loteria que alivia o caixa dos clubes de futebol brasileiro tem oito novos aptos, todos cariocas. Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, América, Americano, Bangu e Olaria assinaram termo de parcelamento de dívidas com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), condição mínima para se beneficiarem da Timemania. A assinatura ocorreu na segunda-feira, 5, e parcelou em até dez anos as dívidas vencidas até 15 de agosto de 2007.

O prazo foi uma concessão do governo, que queria, na Medida Provisória editada em maio de 2005, resolver tudo em cinco anos.



Os 98 times na mira do governo devem a bagatela de R$ 2 bilhões ao fisco, dos quais R$ 155 milhões são do FGTS. Essa lista é a dos que aderiram a nova modalidade de jogatina oficial em setembro, junto à Caixa Econômica Federal. A nova loteria pretende pagar 22% do volume apostado a título de direitos de imagem. De tantos "a pagar", só recebe quem estiver em dia com o governo. Ou quem deixar sua parte para abater o rombo.

Em outras palavras, quando estiver disponível, a loteria vai servir para o governo receber o que é devido pelos clubes e arrecadar um troco para o Ministério dos Esportes, Santas Casas etc. Por isso apenas alivia e não reforça o caixa administrado pela cartolagem nacional.

Com a assinatura dos cariocas, o Flamengo apresenta uma irregularidade a menos no contrato mantido há 23 anos com a Petrobras, patrocinadora das camisas do time, já que os signatários receberam o Certificado de Regularidade do FGTS (CRF), documento obrigatório para quem quer obter dinheiro público por empréstimos ou patrocínio. Em tempo, o Flamengo mantém sua dívida com o INSS em R$ 239 milhões, segundo dados de junho.

Que beleza.

P.S.: Desafio aos comentaristas: citar um terço dos 98 aptos, sem consultar o Google.

Futebol, Política e Cachaça - from Salvador

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Há coisas muito mais interessantes na Bahia (algumas das quais, inclusive, indescritíveis) do que cachaça, até porque a cachaça que vale mesmo é a mineira, como até os baianos sabem.

Mas os rótulos das embalagens (foto) cujo conteúdo eu não provei são de uma banca no Mercado Modelo. Nâo sei se as cachaças são boas, mas os rótulos são.

Em Salvador, a julgar pelo número de camisas de times de futebol não-baianos que vi, são três as maiores torcidas, pela ordem: Flamengo, São Paulo e Fluminense. Claro que tirando Vitória e Bahia, porque na cidade se torce primordialmente ou pra um ou pra outro. Claro. Mas vi muitas camisas do Mengo e do SP, e várias do Fluminense. Do Santos vi duas, uma de um cara que vi passando ao meu lado, e outra a minha própria. De Palmeiras e Corinthians não vi nenhuma camisa.

E em Salvador, segundo a voz do povo (taxistas, motoristas, jogador de tarô, vendedores, garçons etc), o governo de Jaques Wagner ainda não começou, mesmo entre os críticos da dinastia ACM. Não ouvi ninguém falar bem do governador baiano.

Bom, voltarei ainda com Bahia. Saravá.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Sobre o pior da campeão brasileiro da História

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Foram muitos comentários (173 até o momento desse post ter sido escrito) a respeito do pior campeão brasileiro da História. Uns indicando votos, outros questionando o porquê de um time ou outro não ter entrado na lista e outros ainda contestando a inclusão de algumas equipes no rol de votação.

Claro que a lista é subjetiva, mas com critérios que ficaram claros no post, a saber: o clube está lá ou por ter tido ajudas extra-campo ou por ter sido pífio tecnicamente ou por ter participado de campeonatos com fórmulas e viradas de mesa que ferem logo de saída a competição. Todos os listados combinam pelo menos dois desses critérios. Agora, se um campeão é ruim porque o time não joga bem ou se é pior se ele venceu "roubando", a escolha é de quem vota.

Mas se os anti-corintianos são fundamentais para dar ao Timão a liderança da votação até agora, os anti-flamenguistas babam por não ver seu rival ali, acusando até mesmo o escriba de ser rubro-negro. Alguns esclarecimentos: muitos estão confundindo a semifinal da Libertadores de 1981, em que José Roberto Wright fez um show de expulsões que prejudicou o Galo, com a final de 1980. Nesta, o lance polêmico foi a expulsão de Reinaldo por reclamação, obra de José Assis de Aragão. Muitos atleticanos contestam o lance mas, dado o histórico do atacante, useiro e vezeiro em tomar vermelhos (vide expulsão antes da final de 1977), não seria um erro do tipo escandaloso como o da final de 1995, o pisão de Chicão em Ângelo em 1977 ou o pênalti não dado para o Inter com a expulsão de Tinga no ano de 2005. Isso se considerarmos erro a dita expulsão. Claro que os atleticanos consideram, os flamenguistas não.

Se isso fosse considerado, a lista não pararia. O atacante santista Viola foi expulso em um lance em que reclamou de falta (real) em uma semifinal do campeonato brasileiro de 1998 contra o Corinthians. O mesmo Santos foi prejudicado contra o Flamengo na final de 1983, quando Arnaldo César Coelho marcou falta fora da área em um pênalti claro em Pita. Erros do gênero serão encontrados aos montes, na lista foram considerados os clamorosos e tidos por uma grande maioria como incontestes.

E por que não entrou o título de 1987? Simples. Alguns comentários pediram a inclusão do Sport como pior campeão, outros, que o Flamengo estivesse na lista. Simplesmente por isso que nenhum dos dois foi incluído. O Clube dos Treze, que organizou o campeonato, considera o Flamengo campeão, a CBF considera o Sport. Se o São Paulo tivesse sido o clube vitorioso da Copa União, a polêmica seria a mesma, pois não disputaria contra Sport e Guarani. E isso vale para todos os outros do Clube dos Treze. Esse é um campeonato que foge a qualquer parâmetro mesmo em meio à barafunda da história do futebol brasileiro. Por isso não entrou nem o time do Rio, nem o pernambucano.

Enfim, óbvio que o assunto é polêmico. Mas a lista é essa aí.

Segunda-feira...

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Hoje de manhã, ainda meio dormindo, vejo na mesa da sala a Folha de hoje com entrevista com o cientista político Charles Murray que defende que testes de QI apontam para uma diferença do nível de inteligência entre as raças, com vantagem para os brancos (que surpresa!).

Murray, hoje membro do American Enterprise Institute, chamado pela Folha de “conservador”, publicou em 1994 o livro “The Bell Curve” (A Curva do Sino, editora Free Press), escrito com o psicólogo e professor de Harvard Richard Herristein, falecido no memso ano. No livro, afirmam que testes de QI apontavam diferenças entre raças, com brancos se saindo em média melhor do que negros.

Segundo ele afirma, “existem dados vindos de muitos países africanos e de diversos testes”, com resultados “muito confiáveis: ao longo dos países da África Sub-Sahariana, são extremamente baixos”. Ele considera a demissão de Watson do Laboratório Cold Spring Harbor e o cancelamento de uma palestra sua no Museu de Ciências de Londres “uma desgraça”: “Afinal, o homem está discutindo uma questão intelectual polêmica. É isso que a ciência deve fazer”.

O cara tem a pachorra de dizer que o aumento da desigualdade no econômica é fruto da desigualdade de inteligência, o que equivale a dizer que os estúpidos negros nasceram para servir os inteligentes brancos: “são os cérebros! Não só a educação, mas cérebros estão se tornando cada vezes maia valiosos no mercado de trabalho”.

Na televisão, sou avisado que um trio de cretinos universitários foi preso no Rio por agredir uma prostituta. Os caras pararam o carro, chamaram a moça e jogaram espuma do extintor do carro nela. Foram soltos após algumas horas.

Minutos depois, vejo do ônibus publicidade de um produto para cabelos que diz (a citação é de memória): “Todos têm direito a cabelos lisos e naturais. Alcance a beleza da vida”.

E ainda é só segunda-feira...

PS.: A Folha, no abre da entrevista com o tal Murray, diz que a polêmica criada pelas declarações do geneticista James Watson continua. Pergunto: que polêmica? O cara falou uma bobagem racista e, segundo o resumo da história feito pelo próprio jornal, centenas de cientistas se manifestaram, a maioria contrários, e Watson foi demitido e se retratou em artigos posteriores. Fim. De que polêmica o jornal está falando? Polêmico é desenterrar um cara que lançou um livro em 1994 em que defende essa tese da superioridade intelectual dos brancos. Qual o interesse em dar destaque para esse cara? Será que as declarações dele contrárias ao sistema de cotas adotado nos EUA tem algo a ver com isso?

Corinthians fora da zona de rebaixamento

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O Corinthians saiu da zona de rebaixamento depois de uma porrada de rodadas. Saiu por um pontinho, sofrido, chorado, com gol aos 47 do segundo tempo, mas saiu. De resto, sem ter visto o jogo, rezo para que a zica do Goiás seja de fato maior que a alvinegra e dê pra arrancar uma vitória lá em Goiânia, o que é difícil de acontecer.

Mais uma vez, o gol salvador foi de Finazzi, que subiu e muito de produção. Tem agora 12 gols no campeonato. Os primeiros sãopaulinos na lista de artilheiros são Dagoberto e Borges, com 7 gols cada. O centroavante do time Aloísio tem 5, menos da metade de Finazzi e um a menos que Rogério Ceni.

Com esses números, respondo tardiamente ao Marcão, que disse, em comentário a minha defesa do centroavante, esperar que Finazzi fique no Timão ano que vem. Pois eu também espero que ele fique.

Palmeiras se esforça para entregar de graça a vaga da Libertadores

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Duas derrotas seguidas contra times na ponta de baixo da tabela. Enquanto o Juventude está rebaixado e ganhou um jogo de presente do Palmeiras no Palestra Itália, O Sport do Recife venceu por 3 a 1 na Ilha do Retiro. Jogos diferentes, um sem Valdívia, outro de trapalhadas de Carlos Simon para todo lado. O ruim é achar que mesmo sem esses fatores não melhoraria muito. Duas derrotas.

Tentei lançar a sarcástica teoria de que as derrotas tinham por objetivo sórdido atrapalhar o Corinthians, mas fui o primeiro a lamentar a troça, porque não faz sentido.

Pior do que sair do G4 é o impacto que isso tem para os próximos jogos. Em geral, quando um time se dá mal assim, ou é jogador querendo derrubar técnico, ou querendo quebrar a diretoria. Diante do episódio do pré-contrato de R$ 400 mil assinado com o Thiago Neves, que depois renovou com o Fluminense, provocou protestos de jogadores como o zagueiro Dininho. Ele alegava luvas atrasadas.

Ainda que seja precipitado fazer a afirmação sobre as causas, continua a haver uma necessidade de o ataque do Verdão tomar juízo e de a defesa não dormir tanto. E isso já na próxima partida, contra o Fluminense, em casa, daqui uma semana e meia. Fácil, né?

Senão, a vaga fica de bandeja pra Cruzeiro e Flamengo.

E o Coxa subiu

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Os resultados da última rodada garantiram, matematicamente, o acesso do Coritiba. O Coxa é a primeira equipe a garantir vaga na elite nacional em 2008.

O torcedor do Coritiba não pode reclamar da falta de emoções nesses últimos anos. Em 2003, primeiro ano dos pontos corridos, o alviverde ficou entre os melhores do Brasileirão e garantiu vana na Libertadores. Teve fraca campanha no continental, é verdade, mas também em 2004 faturou o bi-paranaense. Caiu em 2005, por pouco não subiu em 2006 e agora garante matematicamente a vaga na primeira divisão. O que pode ter ainda um gostinho maior, já que o rebaixamento do rival Paraná é uma hipótese bem plausível.

Quem comanda o Coritiba é Renê Simões (foto). É um técnico de certo nome, famoso, mas mais célebre por trabalhos "exóticos" do que realmente por desempenhos históricos no futebol de elite. Ele que levou a Jamaica à Copa de 1998 e que comandou a seleção feminina brasileira na prata de Atenas em 2004. E em 2005, passou vexame sendo rebaixado, com o Vitória, para a Série C do Campeonato Brasileiro.

Uma dupla de garotos é o principal destaque do Coritiba: o atacante Kenrisson e o meia Pedro Ken, ambos com passagens pelas seleções brasileiras de base. Há ainda dois veteranos que somam muito à equipe, o goleiro Edson Bastos, ex-Figueirense, e o lateral Ânderson Lima, ex-Santos, São Caetano, São Paulo e Grêmio.

Parabéns ao Coxa, que agora corre para ficar também com o título. Será que, se confirmar a conquista, o Coritiba colocará uma estrelinha prateada em seu escudo, para provocar o rival Atlético, que mantém uma referente ao título da Série B de 1995 ganho sobre o próprio Coxa?

quinta-feira, novembro 01, 2007

Qual o pior campeão brasileiro da História?

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E o São Paulo é campeão. Os tricolores estão eufóricos com uma campanha irretocável, uma conquista obtida com antecedência e tranqüilidade incomuns. Alguns times ensaiaram jogar bonito, como o Botafogo e o Cruzeiro, mas não tiveram uma seqüência digna de nota. Sobrou para o pragmático clube do Morumbi que, se não deu show, deu um banho de competência nos adversários.

A dita "ausência de show" é justamente o argumento utilizado por boa parte dos rivais para desmerecer o título sendo que alguns chegaram a dizer – como o comentarista Fernando Calazans – que o São Paulo seria o "pior campeão brasileiro da História". Discordo da tese e acho que quem pensa assim oscila entre a mais pura dor de cotovelo e o desencanto dos que têm saudades de um tempo não tão remoto em que o futebol era mais bem jogado.

Mas a discussão pode gerar celeumas interessantes (ou não). Qual seria o "pior campeão brasileiro da história"? Com uma diversidade de fórmulas que faria corar qualquer literato adepto do realismo fantástico, o Brasileirão teve diversos campeões contestados. Ou por desobedecer um suposto critério de "justiça" ("ah, o campeão deveria ter sido o outro que jogou melhor o tempo todo...") ou porque chegou lá com ajudas extra-campo, ou até mesmo porque não deixaram sequer um atleta na memória do torcedor no ano seguinte. Aqui, uma lista dos campeões mais contestados da história dos 500 anos deste país. Escolha o seu "pior campeão" e dê seu voto na nossa enquete.

O São Paulo de 1977

A equipe não era brilhante e a fórmula do campeonato era esdrúxula. Tanto que o vice, Atlético (MG), perdeu o título sem ter perdido uma partida sequer, assim como o Botafogo, quinto colocado. A decisão foi em partida única, no Mineirão. No tempo normal, Chicão pisa em cima do mineiro Ângelo, já caído, e não é expulso. O São Paulo levou na decisão por pênaltis, com Valdir Peres se adiantando nas cobranças. O árbitro era Arnaldo Cézar Coelho. A regra não parecia muito clara.

O Coritiba de 1985

A gloriosa final do Coxa foi contra o Bangu. Que duelo! Os 20 clubes mais bem colocados num tal ranking da CBF foram reunidos em dois grupos A e B, e o campeão e o vice da Taça de Prata (similar à segunda divisão), mais 22 clubes de 22 estados estavam em outros dois. Todos tratados de forma igual. É como se hoje classificassem times da segunda e terceira divisão para uma fase final. Um espetáculo ímpar.

O Botafogo de 1995

Uma final que relembrava os anos 1960, Santos e Botafogo. Na primeira partida da final, três impedimentos mal marcados impediram que o craque do campeonato, Giovanni, saísse na cara do gol de Wagner. No segundo jogo, um assalto que repercutiu até no exterior, com um gol irregular de Túlio e outro mal anulado de Camanducaia. O ábitro, Márcio Rezende de Freitas, daria uma mão para outro campeão contestado dez anos mais tarde.

O Vasco de 2000

A CBF não podia organizar o campeonato brasileiro e sobrou para o Clube dos 13, outra organização impoluta, tal tarefa. Surgiu a Copa João Havelange, a maior competição das terras tupiniquins, com 116 clubes em uma única divisão. A fórmula era assustadora e não me arriscaria a descrevê-la. São Caetano, vindo direto do que seria a “segunda divisão” chega à final com o Vasco, que nas oitavas desclassificou o Bahia (rebaixado no ano anterior e guindado de volta com o Fluminense), e nas quartas superou o Paraná (outro da “segunda divisão”). A segunda partida da final, disputada em São Januário (como?), teve como coroação um estádio com mais gente do que pdoeria suportar. Grade de arquibanda desabando, gente pisoteada... Punição para o Vasco? Não, o castigo foi ter sido campeão.

O Atlético (PR) de 2001

No ano seguinte à famigerada Copa João Havelange, a decisão foi um confronto com ares épicos entre o campeão e o convidado São Caetano – aliás, o de melhor campanha na primeira fase.. No mata-mata, as quartas e semifinais foram em partida única. A final, ida e volta. Junto do time do ABC, o Paraná e o Botafogo de Ribeirão Preto foram vips. Detalhe: o time que revelou doutor Sócrates e Raí havia sido rebaixado em 1999.

O Corinthians de 2005

Na manhã de domingo, o Internacional, líder do certame, acordava vice. Onze jogos anulados que renderam quatro pontos a mais para o Corinthians. Na partida decisiva contra o Inter, Fábio Costa faz pênalti em Tinga. Márcio Rezende de Freitas (aquele de 1995), não marca e dá o segundo cartão amarelo para o melhor atleta em campo. O título, então sob judice, foi conquistado com uma derrota em que os atletas, perdidos, não sabiam se podiam ou não comemorar de fato.

O São Paulo de 2007

Por mim, não entraria na lista. Mas, pra satisfazer os birrentos e justificar o post, está aqui também. Aparentemente, só se justificaria pela baixa qualidade do nível técnico da competição. Até aí, mais culpa dos outros times do que dele.




VOTE:

Palavra de quem entende do assunto

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Na linha do post acima, sobre o "pior campeão brasileiro", o ex-centroavante Careca (foto) estava ontem no Morumbi e deu entrevista à TV Bandeirantes. Questionado por Nivaldo Prieto sobre qual geração era melhor, a do bi-campeonato 2006/2007 ou a que conquistou o Brasileirão de 1986, Careca ficou meio sem jeito, tentou fugir da sinuca com a velha desculpa de que "o futebol da época era diferente", "hoje a marcação é mais forte" etc. Porém, no final, cravou: "Nosso time era muito mais forte". De fato, cheguei a assistir jogos daquela campanha no estádio e a linha de ataque Müller-Silas-Careca-Pita-Sidney foi a melhor que já vi no São Paulo.

Provocação manguaça

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O meia Souza, do campeão São Paulo, respondeu à frase do seu amigo e volante corintiano Vampeta, que havia dito que a equipe do Morumbi só poderia vencer o Corinthians no ano que vem. Porém, atrapalhou-se nas datas:

“Infelizmente só vamos conseguir dar o troco em 2008, porque em 2007 eles estarão na segunda divisão”, disse. Efeito do título ou expectativa da manguaça de comemoração?

Incoerências da provocação futebolística

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Uma das mais constantes "armas" que os são-paulinos têm na hora da brincadeira com os corintianos é ironizar o Mundial de Clubes que foi realizado no Brasil em 2000. O Corinthians foi campeão, de forma justa e indiscutível, mas o que se ataca é se esse torneio pode ser realmente considerado um campeonato mundial. Os alvinegros dizem que o campeonato teve a incontestável chancela da FIFA, a entidade maior do futebol, e se a FIFA falou, tá falado. Já os tricolores alegam que o Corinthians foi campeão sem vencer a Libertadores, assim contrariando o Mundial (ou Intercontinental, ou Copa Toyota) que já se jogava desde 1960.

E assim a discussão segue, de maneira repetitiva e até mesmo chata.

Por que estou falando desse assunto? Pelo seguinte: já vi muitos são-paulinos se vangloriarem dizendo que a conquista de ontem faz do São Paulo o "primeiro penta". Desprezam solenemente a conquista do Flamengo de 1987. Naquele ano, lembram os são-paulinos, a CBF reconheceu como campeão brasileiro o Sport. Mas na prática todos viram o Flamengo de Zico como campeão brasileiro.

Ora, precisamos de critério. Se o São Paulo é o "primeiro penta", se o título do Fla de 1987 não vale, se o que importa é a chancela da CBF, então o Corinthians é o incontestável campeão do Mundo de 2000. É a mesma lógica. De acordo?

É penta!

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Tenho a difícil tarefa de escrever o post mais óbvio dos últimos dois meses.

O São Paulo confirmou o enorme favoritismo e conquistou o Campeonato Brasileiro com quatro rodadas de antecedência, ao bater o América-RN (obrigada Victor) por 3 x 0, com gols de Hernanes, Miranda e Dagoberto. O jogo marcou o recorde de público pagante, quase 70 mil pessoas. As arquibancadas tremeram.

É campeão. Penta!

Se o futebol não foi lá grande coisa durante o ano, os números mostram que só o São Paulo poderia vencer a disputa, dada a superioridade estatística. O time tem o terceiro melhor ataque do campeonato, com 51 gols, atrás apenas de Cruzeiro e, surpreendemente, do Náutico. Foram apenas 5 derrotas. E 22 vitórias. O time foi regular. Não tem nenhum artilheiro, nenhum grande destaque individual, mas em compensação todos os jogadores marcam gols.

E tem a defesa. Esse é, disparado, o setor mais importante do time. Foram incríveis 13 gols tomados em 34 jogos, média de 0,38 gol por jogo. A segunda melhor defesa até agora, do Fluminense, tomou 33 gol, quase três vezes mais.

Essa é a diferença do São Paulo, o resto é bobagem. Breno, Miranda, Alex Silva e André Dias se revezam para compor uma defesa quase intransponível. Os dois primeiros poderiam fácil estar na seleção. Juntos. E o assustador é saber que o Breno tem idade para jogar duas Olimpíadas.

Além dos zagueiros em si, todo o esquema tático é voltado para a marcação. O Muricy conseguiu fazer com que todos os jogadores marquem com consciência e competência. Ver a aplicação do time no estádio, não pela TV, impressiona. Podem xingar de retranquiro à vontade. É isso que todo o técnico tenta fazer e não consegue.

E, apesar da obviedade, não dá para não citar Rogério Ceni, definido pelo Glauco como O Cara. E é mesmo. Se não fosse Ceni, o São Paulo não teria conseguido todos os títulos dos últimos anos. Talvez nenhum. É quem decide. Craque.

Título merecidíssimo. Falem o que quiser. Não tem um time que chegue perto da eficiência tricolor. Quem reclamar receberá a pecha de mau perdedor, ok?

Ah, sim. Ir ao estádio e presenciar a conquista de um título é sensacional. O Morumbi estava lindo. E acho que a proibição de bandeiras foi uma das coisas mais tristes para os estádios. Aquelas pequinininhas plástico já fizeram uma baita diferença.

Mas... era tão óbvio, tão óbvio, que até perdeu um pouco da graça. (Juntando isso ao comportamento um tanto apagado da torcida, em todos os jogos, dá pra entender a minha pequena frustração). Tomara que daqui pra frente os títulos sejam definidos na última rodada.

quarta-feira, outubro 31, 2007

Corinthians: zica de rebaixado

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O Goiás perdeu para o Vasco por 3 a 2, com direito a gol evitado em cima da linha. Tudo conspirava a favor de um certo alvi-negro paulistano.

Já eram os acréscimos do "clássico das multidões". Para ser preciso, 46 minutos do segundo tempo. Bate-rebate na pequena área do Flamengo, e o Corinthians tentava o empate, depois de tomar a virada do desafeto Roger. Gustavo Nery chuta cruzado, Finazzi tenta. Faria o gol, mas Héverton joga de zagueiro e salva o rubro-negro. No rebote, Bruno Octávio chuta para fora quase sem goleiro. Placar final, 2 a 1 para a equipe carioca.

Sinto muito, isso é zica de rebaixado.

P.S.: O post do campeão fica para a Thalita, que foi no estádio, e tem autoridade moral para isso.

Começou a Copa do Brasil de Futebol Feminino

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Sem qualquer estardalhaço ou divulgação, começou ontem o tão prometido campeonato nacional de futebol feminino, organizado pela CBF.

Pelo menos 11 das 21 jogadoras que disputaram o Mundial da Alemanha pelo Brasil estarão no torneio. No Botucatu, jogam Renata Costa, Monica, Grazielle, Daiane e Michelle. No Mato Grosso do Sul estão Tania, Daniela Alves, Formiga e Maycon. O Sport tem Bárbara. O Benfica conta com Ester. O Santos tentou trazer Marta, mas não conseguiu por conta do calendário europeu. (informações da Folha).

Participam do torneio 32 clubes, escolhidos por indicação das federações estaduais. São Paulo, estado que lidera o ranking do futebol feminino (?), tem três representantes. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná têm dois times e os outros estados, um cada.

O regulamento é um tanto complexo. No começo, o esquema é mata-mata, em jogos de ida e volta, com os clubes divididos em função de proximidade geográfica. Na segunda fase, o mata-mata continua. Mas não continua assim até o final, porque seria muito comum.

Na terceira fase, formam-se dois grupos de quatro times. Metade dos times vêm direto da segunda fase. A outra metade disputa a segunda fase e meia (!). São mais dois confrontos, mata-mata, para decidir dois classificados para a terceira. Os outros dois times que faltam serão decididos por índice técnico. Os times se enfrentam dentro dos grupos. Os dois primeiros de cada grupo classificam-se para as semifinais.

Entendeu? Ok, ok. Quem quiser se aprofundar encontra o regulamento aqui.

A primeira rodada teve 8 partidas. Os resultados foram:

Baré (RR) 0 x 0 Rio Negro (AM)
Gênus (RO) 3 x 0 Andirá (AC)
Rio Norte (AP) 1 x 2 Independente (PA)
Gurupi (TO) 0 x 2 Internacional (MA)
CEPE (SE) 0 x 1 São Francisco (BA)
CESMAC (AL) 0 x 5 Sport (PE)
River Plate (PB) 0 x 1 ABC (RN)
Tiradentes (PI) 2 x 0 Horizonte (CE)

No dia 2, acontecem os 8 jogos de volta e mais 8 partidas de ida. A primeira fase acaba dia 8/11.

Procurei e não encontrei informações aprofundadas sobre os times. Se alguém quiser bancar, faço o frila.

Recado aos hermanitos

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Passou batido, por isso recupero. Em seu discurso na sede da Fifa, ontem, na confirmação da Copa de 2014 no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não perdeu a oportunidade de tirar uma casquinha dos hermanitos:

" - Quero dizer a vocês que o Brasil fará a sua lição de casa e realizará uma Copa do Mundo para argentino nenhum colocar defeito."

O Lula deve ser o único curintiano que não gosta de argentinos.

Mundial Brasileiro

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É uma alegria poder ter a Copa em casa, sem dúvida é o sonho de qualquer amante do futebol. Vejam no vídeo os projetos dos estadios. Que maravilha! Vou começar a juntar grana para os ingressos..... Mas falta tanto, vão ter eleições em 2010... Quem será o presidente da Copa?... Ixi, vai ter muito assunto atá lá, né?!... E a final, em que estádio seria?....Maracanã!?... Sem dúvida que será bonito e bem feito!

Em defesa de Finazzi

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Esse post é direcionado para os corintianos. O Anselmo comentou, jocosamente, sobre o Finazzi em post anterior. É um dos jogadores do atual (e péssimo) elenco que a Fiel mais gosta de detonar. Fui (depois de anos e anos longe de estádios) assistir Corinthians e Internacional e só o que se ouvia eram ofensas ao centroavante.

Pois eu discordo da torcida: Finazzi é um bom centroavante. Não é craque, muito longe disso, mas se posiciona bem na área, finaliza bem e tem frieza. Enfim, sabe marcar gols. É o artilheiro do time na temporada, com a não desprezível marca de 10 gols, a mesma do festejado santista Kléber Pereira (que é sim melhor jogador que o corintiano).

Na lista de artilheiros, que mostra jogadores com pelo menos 5 gols no certame, naõ aparece mais nenhum corintiano, o que aumenta a importâncai do matador. Finazzi, aliás, disse, ao chegar no Corinthians que esperava fazer uns dez gols no Brasileirão, mostra de rara noção das próprias possibilidades.

O esquema tático (sic) do Corinthians em geral tem sido uma retrancona, com trocentos volantes, três zagueiros e dois alas inúteis (Iran não é jogador de bola, Ailton, que foi improvisado na esquerda, também não, Gustavo Nery, o menos pior,não é confiável, e Carlão, que também já atuou ali na canhota, é um bom marcador e só). As possibilidades de ataque se resumem a um meia (Heverton, Lulinha, Ailton) e um centroavante (Finazzi ou Clodoaldo). A saída de bola se torna uma piada e o time funciona a base de chutões.

E quem é o cara que vai receber esses chutões na intermediária? Os meias anões? Pois é Finazzi, deslocado do local que conhece em campo, que vai lá brigar com os volantes adversários. Vi o cara ganhar algumas dessas, fazer aquela parede de pivô para segurar a bola e dar um toque de lado. Se fosse na área, ele virava e chutava. Mas ali, o que pode fazer é dar a bola pra alguém e correr de volta para a sua querida área. Bola essa que raramente voltava a seus pés lá na zona do agrião.

Não peçam a Finazzi que arme jogadas, dê bons passes e faça cruzamentos milimétricos. Ele é o cara que recebe essas bolas e bota pra dentro. Pode ser de grande ajuda dentro da grande área e atrapalhar bastante fora dela. Se o time tiver alguém pra levar a menina até lá, o resto é com ele.

Alento para o América-RN

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OK, todo mundo concorda que o São Paulo vai estraçalhar o América nessa quarta no Morumbi. Até mesmo o empate - que já seria uma zebra danada digna de uma carreata da torcida vermelha em Natal - dá o título ao Tricolor. Mas mesmo com todo esse cenário, é bom o São Paulo ficar esperto com a partida contra os potiguares. Porque ela lembra um episódio recente da história do time de Rogério Ceni.

Foi em 2005. O Paulistão foi disputado na esdrúxula fórmula dos pontos corridos em turno único (pontos corridos é chato mas é lógico; em turno único, vira um absurdo). O Tricolor fazia melhor campanha, superava Santos e Corinthians na classificação e, quatro rodadas do final, poderia ser o campeão estadual com uma bela antecedência, quebrando assim um jejum de cinco anos. Bastava vencer a Portuguesa no Pacaembu.

A Lusa, coitada, não tinha a menor condição de oferecer resistência. O time fazia um fraco Paulistão e o fantasma do rebaixamento rondava o Canindé. Justamente por isso, os lusitanos não queriam ser apenas convidados para a festa do São Paulo. Precisavam vencer. E, de maneira surpreendente, foram pra cima.


E conseguiram um histórico 2x1 sobre o São Paulo. Com dois gols de Washington - que, findo o Paulistão, se transferiria para o Palmeiras, onde não deixaria muitas saudades. O tento tricolor foi marcado por Júnior.

Na continuidade do Paulistão, o São Paulo acabou ficando com o título. Curiosamente em cima do Santos, num 0x0 em que o melhor jogador da partida foi Henao (e falo sério). O São Paulo perderia ainda mais um jogo no campeonato, para a Ponte Preta. E a Lusa escaparia do rebaixamento.

E em 2006, ano seguinte a este relatado, a Portuguesa poderia ter entrado para a história do mesmo jeito. Foi enfrentar o Santos na Vila pela última rodada em jogo marcado para ser a festa do título peixeiro. Mas dessa vez não deu: Santos 2x0, e a Portuguesa foi rebaixada para a Série A2 do Paulistão.

Será que o América se empolga e consegue repetir a façanha da Lusa?

Ficha técnica
Portuguesa 2x1 São Paulo
Pacaembu, São Paulo, 31/03/2005
Campeonato Paulista

PORTUGUESA
Gléguer; Pereira, Altair e Sílvio Criciúma; Wilton Goiano, Alexandre, Rai, Silas (Oliveira) Leonardo; Cléber (Almir) e Washington
Técnico: Giba

SÃO PAULO
Rogério Ceni; Cicinho, Fabão, Edcarlos e Júnior; Mineiro (Josué), Renan, Marco Antônio (Souza) e Danilo; Grafite e Diego Tardelli
Técnico: Emerson Leão

terça-feira, outubro 30, 2007

Ainda 2014...

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Impressionante o que não é a birra. A Radioagência Notícias do Planalto, um bom veículo de comunicação independente, escorregou quando noticiou a escolha do Brasil como sede da Copa de 2014. Ser contra faz parte, mas a fonte principal, para um veículo de esquerda, é de se estranhar.

O Financial Times é o principal crítico que funda a matéria. O periódico inglês, de inspiração neoliberal, esculacha o país em vários níveis, e não à toa. A Inglaterra é candidata à sede de 2018 e, caso o Brasil não fosse indicado como sede, poderia adiantar em quatro anos seu intento. O único brasileiro ouvido pela matéria é o jornalista Juca Kfouri, desafeto de Ricardo Teixeira, e suas críticas à realização da Copa ganham corpo maior na edição.

Era melhor ter pedido um artigo ou feito uma entrevista com o Juca Kfouri.

Jornal proíbe happy hour

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É isso: por mais absurdo que pareça, um tradicional e antigo periódico da região do ABC paulista proibiu seus jornalistas, diagramadores e fotógrafos de se juntarem na mesa do bar após o expediente. O dono do jornal teria dito pessoalmente a cada editor que, se alguém quiser manguaçar, que fique à vontade, mas sem a companhia de outro colega de redação. O estopim de tal medida ditatorial teria sido a troca de carícias (sutilmente falando) de um casal de jornalistas durante um dos últimos happy hour dos funcionários do citado periódico. Como uma das partes é casada, a exposição pública do romance, no evento em questão, motivou a saída de ambos do jornal. E, "preventivamente", segundo a direção da empresa, a proibição da cerveja coletiva pós-expediente. Sei que é difícil, mas podem acreditar: é verdade.

Queda de braço

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No caderno especial que o Lance! publicou hoje, comemorando seus dez anos de existência, há um texto de Muricy Ramalho sobre Rogério Ceni que revela um dado até então desconhecido na ascenção do goleiro-artilheiro no São Paulo. Diz o treinador: "A transição do Zetti para o Rogério foi a coisa mais difícil da minha carreira. O Zetti era o Rogério de ontem, um baita ídolo. Mas o Rogério tinha dado um ultimato: queria jogar. Era hora dele. Precisou do seu Júlio Brisola, diretor de futebol, com toda sua bondade, fazer a troca. O São Paulo decidiu da forma correta, deu um prêmio ao Zetti e o transferiu".
Curiosa essa história. Não cabe, aqui, comparar um e outro goleiro ou mesmo discutir méritos e defeitos de Rogério Ceni. O que chama a atenção é o fato de um goleiro reserva, com 23 anos, ter peitado o treinador e a diretoria de um clube grande, pedindo o lugar do Zetti, goleiro que, na época, era simplesmente bicampeão mundial, bi da Libertadores, campeão brasileiro, bi-paulista, campeão da Supercopa, duas vezes da Recopa e, na reserva, tinha participado da conquista da Copa do Mundo pela seleção brasileira, em 1994.
Mais impressionante ainda: o treinador concordou, a diretoria também e, ao que parece, o Zetti não pôs obstáculos. Tanto que ele tem amizade com Rogério ainda hoje, como comprova a foto que ilustra o post. Por isso, o fato é o seguinte: digam o que disserem, mas um goleiro de vinte e poucos anos, sem conquistas relevantes, impor um "dá ou desce" a um clube grande, e o clube aceitar (em detrimento de um ídolo), é coisa muito rara. Rogério Ceni pode ser o que for - de ruim a pior. Mas que é um cara que se impõe, não resta dúvida.

Se o Brasil não faz um bom negócio com a Copa, fecha esse país!

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Sim, o Brasil foi escolhido por unanimidade como sede da Copa de 2014, como já adiantava no post debaixo o Nicolau. A escolha, sem dúvida, beneficia a perpetuação no poder (como se precisasse disso) de um grupo que comanda o futebol brasileiro há anos. E é claro que esse grupo, tendo o poder de organizar o Mundial, vai lucrar politicamente e de outros modos idem. Ninguém gosta de ver os vilões que fizeram do futebol brasileiro essa nau dos insensatos sorrindo, mas, nem por isso, deve se condenar de forma tão veemente o fato do Brasil ter sido indicado.

Tirando o argumento acima, sinceramente, não vejo muito sentido na ladainha repetida pela tal "mídia esportiva séria". O mais banal é o de que "não temos capacidade para organizar o evento". Ora, a CBF não vai ser a responsável por isso sozinha. A FIFA, que tem alguma experiência na área já que organiza todos os Mundiais desde que os animais são animais, vai estar junto exigindo um relatório minucioso a cada três meses. E também deve desembolsar US$ 400 milhões em 2008, podendo contribuir com mais nos anos seguintes. Além disso, dada a magnitude do evento, grandes parceiros da iniciativa privada também estarão junto não só injetando investimentos como também auxiliando na logística. E, obviamente, o Poder Público, representado em seus três níveis, vai colaborar com a Copa.

Outro ponto é que o "governo vai investir em futebol enquanto deveria investir em saúde e educação". Falácia. O montante de fato significativo de recursos do Poder Público vai ser voltado para obras de infra-estrutura - algumas, de responsabilidade do governo federal, que já estão previstas no Programa de Aceleração do Crescimento, PAC -, em transporte, saúde e tudo que for necessário para viabilizar o conforto de quem vier assistir a Copa no país. Investimento no sentido lato, porque o legado fica, não some. Quanto aos estádios, provavelmente a maioria será transformada em arenas multi-uso e compartilhadas com empresas privadas que irão bancar os projetos para depois explorar comercialmente os mesmos.

O papel desempenhado pelos governos é a grande vantagem de um evento como este. Obriga o Estado a cumprir sua função, sendo que o dinheiro retorna em impostos e ganhos de outra ordem. E quem duvida do potencial de marketing do país do futebol sediando uma Copa do Mundo? A Alemanha não só mudou sua imagem para o resto do mundo, afastando o estigma de xenofobia, como a Associação de Comerciantes Alemães estimou que o torneio gerou diretamente 2 bilhões de euros. Foram contabilizados 50 mil novos postos de trabalho e o ministério das Finanças arrecadou com impostos 7,2 milhões de euros só da FIFA, referente às premiações pagas pela entidade, mais 57 milhões de euros provenientes do comitê organizador, além de 40 milhões de euros sobre a venda de ingressos.

Se isso não for bom negócio, não sei o que é. E se o Brasil, uma das doze maiores economias do mundo, não consegue gerir isso, é melhor fechar a lojinha.

Paúra

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Aloísio Chulapa (foto), mais uma vez, demonstra sua desconcertante sinceridade. Em 2006, depois de recuperar-se de - mais uma - contusão, disse que "se o professor precisar, estou aí pra trombar" (demonstrando absoluta consciência de sua função tática). Agora, o camisa 14 do São Paulo não esconde o receio, ou melhor, medo, de jogar contra seu ex-clube, o Atlético-PR, em Curitiba, na última rodada do Brasileirão deste ano. "Nem eu nem o Dagoberto queremos ir ao jogo contra o Altético na Kyocera Arena. Não dá para ir lá. Se a gente jogar, teremos que correr mais do que os 90 minutos para sair. Pelo que aconteceu, vai ter confusão", confessou Aloísio na edição de hoje do Lance!, referindo-se ao fato de que tanto ele quanto Dagoberto saíram do clube paranaense para o tricolor paulista em turbulentas disputas judiciais. É o tal ditado: quem tem c., tem medo.

A Copa e os vira-latas

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Daqui a pouco (agora são 11h20, o anúncio está previsto para 12h30), vão anunciar o escolhido para sediar a Copa de 2014, e deve ser o Brasil. Essa história tem me incomodado nos últimos tempos. Não necessariamente o fato, que muito me agrada, mas pela repercussão que tem acontecido na mídia. O tom geral do discurso (salvo viagens de minha parte) é que nós não temos condições de organizar o evento.

Ora, o que a África do Sul tem que nós não temos? Nós temos estádios em estado questionável, gestores bandidos, organizadas violentas e outros bichos, é tudo verdade, mas será que, depois desse tempo todo jogando bola por aí, não dá pra organizar um torneio que "nem tem segundo turno", citando Garrincha? Há 57 anos, ainda que por falta de opção, o Brasil fez sua Copa e, salvo engano, não foi nenhum desastre. Em 70 e, mais recentemente, 86, foi a vez do México, essa potência do futebol e da economia. Em 2002, Japão e Coréia do Sul, com toda sua tradição futebolística, seguraram o rojão.

Na Inglaterra não tem torcida violenta? O mesmo na Itália, que ainda teve recentemente um baita escândalo de manipulação de resultados, além, é claro, do governo Berlusconi (dono do Milan), que enfrenta dúzias de acusações de corrupção e favorecimento. Aposto que ninguém questionaria uma Copa nesses países.

Nada contra nenhum dos supracitados, ao contrário. Mas se eles têm condições, por que não nós? Menos complexo de vira-latas, por favor.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Da série acredite na CBF se quiser

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O Brasil ganhou do Peru no jogo de estréia do sul-americano sub-15, mas não levou porque o técnico Jorge Silveira fez quatro substituições em lugar das três permitidas.

Daí a Confederação Sul-Americana mudou o resultado para 3 a 0 para o Peru.

Juro que não conhecia essa regra, mas o pior é o técnico brasileiro não saber que há década são permitidas três substituições em competições oficiais.

Para ajudar, o site oficial da CBF publicou as quatro alterações sem perceber o erro.

Alguém sabe onde é possível arrumar uma vaguinha para ser tão incompetente assim, de preferência com um salário parecido com o do Ricardo Teixeira?

Tô começando a ficar com medo da Copa 2014.

Momento do mé: produtores de cachaça orgânica querem exportar mais

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A produção da danada pode ter mais ou menos cuidados, o que é determinante na qualidade. Para saber se uma cachaça é boa, o único modo é provar. Uma das receitas para garantir uma bebida de qualidade, adotada por alguns engenhos, é o uso exclusivo de moitas de cana-de-açúcar orgânicas. Isso já é uma opção nas prateleiras há alguns anos, mas elas buscam mais espaço no mercado por meio do projeto Organics Brasil.

Trata-se de uma iniciativa para divulgar a produção de alimentos sem agrotóxicos. Aí está incluída aquela que matou o padre. A idéia é que em países europeus, nos Estados Unidos e no Japão, por exemplo, o consumo consciente e o poder aquisitivo da população é maior, o que torna a aceitação desse tipo de produto um prato cheio para os agricultores.

Participam do projeto as paranaenses Terra Vermelha e Porto Morretes, cada qual com suas certificações ambientais e comercializadas em versões branca e envelhecida.

A primeira, eu já tomei, mas vou ter que provar de novo para poder detalhar a análise. A orgânica sobre a qual posso falar é a baiana Serra das Almas.

E a editoria de cachaça promete se esforçar mais.

Globo derrotada pelo Pica-pau

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Acho que não é política, nem futebol, nem cachaça, mas a Globo conseguiu perder a liderança por mais de uma hora, no domingo, para algo inédito e exclusivo: o desenho A Turma do Pica-Pau.

O placar, segundo a Folha Ilustrada, foi 9 para a Record contra 8 da Globo, das 11h24 às 12h44.

Os Marinho que se cuidem quando começarem as reprises do Bipe-bipe, o Papaléguas com o Coiote, e a Corrida Maluca, com direito a Penélope Charmosa.

O nível da TV está parecendo o do futebol brasileiro.

Perdoem-me os são-paulinos, não é nenhum pedido para que passem a reprise de Bambi.

Não fui eu que falei

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Um palmeirense e um sãopaulino entram na minha sala do trampo e começam a falar de futebol (eu fico quieto, por algum motivo não ando muito pra esse assunto). O palmeirense provoca:
- E aí, vão ser campeões quarta ou vão amarelar?
E o tricolor, sem brincadeira e sem pressão, responde:
- Vamos ganhar. Não é contra o Corinthians...

Respirando

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O Corinthians ganhou um jogo, o que é muito bom. Não vi a contenda, acompanhei meio a distância no rádio do meu pai. Pelos melhores momentos, o time teve umas boas chances de gol no primeiro tempo e tinha tudo para sofrer menos. Mas o árbitro não deixou que fosse fácil.

Outra vez o time adversário marca num penalti. O do Ailton foi, mas é daqueles que o juiz só marca quando a zica tá braba. Já esse não era mesmo e ponto. O Iran pulou que nem um idiota e caiu que nem um idiota, mas não fez penalti.

A penalidade marcada pró-Timão eu não consegui achar uma imagem que dissesse se foi ou não. O companheiro Ricardo, do Retrospecto Corintiano, diz que os dois foram inventados, o que deve estar mais perto da verdade.

O Corinthians agora pega o embalado Flamengo, no Maracanã, que deverá estar lotado, e acho pouco provável que consiga sua segunda vitória consecutiva. Se conseguir, A definição do rebaixamento deverá se arrastar até as últimas rodadas.

De resto, agradeço a São Jorge, ao Santos, por ter derrotado o Goiás, e ao São Paulo, por ter batido o Sport.

domingo, outubro 28, 2007

Lateral Léo descarta retorno ao Brasil

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O lateral-esquerdo Léo, campeão brasileiro pelo Santos em 2002 e 2004, disse ao sítio português A Bola que pretende renovar seu contrato com o Benfica. O atleta vinha sido cogitado pelos lados da Vila Belmiro como possível reforço e substituto de Kléber, que pelo jeito não vai comer panettone nas praias da Baixada. O Flamengo também tentou contato com o ex-peixeiro.

Segundo o sítio lusitano, o advogado de Léo, Breno Tanuri, viajará para Lisboa na próxima semana para acertar os termos da renovação do jogador, que declarou à imprensa: "Fico feliz pelo interesse do Santos e do Flamengo, mas estou muito bem no Benfica e está tudo encaminhado para renovar por dois anos."

A notícia vem ao encontro do que Léo já havia dito ao Lancepress no meio da semana . "O carinho que consegui em cinco anos no Santos, adquiri em dois aqui. Já conversei com o presidente do Benfica e a coisa está encaminhada para eu renovar por mais dois anos", afirmou, em uma declaração que deveria fazer torcedores daqui refletirem. "Santos e Flamengo seduzem a gente. Pelo carinho com o Santos, pelo carinho pelo futebol carioca, pelo Flamengo, que todos sabem que é meu clube do coração. No momento, posso falar que não pretendo voltar para o futebol brasileiro, mas o futebol oscila muito."

sexta-feira, outubro 26, 2007

Americanos preparam protesto inusitado

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Torcedores do já matematicamente rebaixado América-RN, que ainda não ultrapassou o União São João de 1995 como o pior time da história recente do Brasileirão (o aproveitamento hoje é de 16,67%), farão um protesto diferente no próximo jogo do clube, que é nesse domingo, contra o Flamengo, em Natal.

Eles querem reunir a maior quantidade possível de camisas dos times do "Sul" - Flamengo, Corinthians, São Paulo, etc. - para queimar ou rasgar os referidos uniformes no estádio.

O alvo dos americanos não são exatamente os times "sulistas". E sim os chamados "torcedores mistos", aqueles que torcem para um time do estado onde moram mas também são devotos de outra agremiação maior e de outro canto no Brasil.

O fenômeno, como se sabe, é muito comum no Nordeste. Com exceção de Bahia, Pernambuco e talvez o Ceará (Marcão Palhares que morou por lá me corrija), os habitantes desses estados torcem maciçamente para os times do Sudeste - Rio, principalmente - e deixam os clubes locais em segundo plano. O que já vem de anos, bem de antes da Rede Globo estender seu monopólio: o pai desse que vos escreve, piauiense de nascimento, torcia para o América do Rio quando morava em Teresina.

Não tenho opinião formada sobre o protesto dos americanos. A primeira reação é dizer algo como "eles têm que se preocupar com o time ridículo que colocaram no campeonato e não inventar desculpas!". Mas às vezes penso que a falta de cobrança típica dos torcedores não-fanáticos - aqueles para os quais "futebol é festa", e não coisa séria - pode mesmo prejudicar e até mesmo desmotivar os jogadores.

Vejam sobre a idéia do protesto na comunidade do América no Orkut.

E vocês, que acham?



Kassab impede circulação de jornais gratuitos no formato atual

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O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab determinou, em lei, que os jornais gratuitos – febre nos sinais de trânsito e nas saídas de estações de Metrô da maior cidade do país –, devem ter pelo menos 80% de conteúdo editorial e apenas 20% de anúncios. A iniciativa faz parte da onda "Cidade Limpa" que o prefeito tenta emplacar como sua grande bandeira. Levantamento do Futepoca mostra que essas publicações terão problemas para se manter em circulação.

Assim como panfletos de propaganda estão proibidos, os jornais gratuitos, tendência em grandes cidades de todo o mundo, só tem a publicidade como receita. Os veículos tradicionais arrecadam cada vez menos por meio da venda de exemplares e assinaturas. Mas não há nenhum tipo de restrição prevista para os jornais pagos.

Se os distribuídos em semáforo terão problemas, os jornais de bairro, tradicionais aliados de vereadores e dos mais diversos grupos políticos presentes nas cidades, estão livres para emporcalhar a cidade.

Muito anúncio
Levantamento exclusivo do Futepoca com as edições dos três principais jornais gratuitos da cidade mostra que o espaço ocupado por anúncios varia de 35% a mais de 66%.

O Destak, franqueado português na cidade, é o que tem menos resultados de venda de espaço para anunciantes. Das 24 páginas desta sexta-feira, 26, 9 eram de publicidade (7 inteiras, 4 meias páginas, e uma página generosamente grande no acumulado de calhaus, sem incluir os classificados). Isso representa 35%.

O Publi Metro, do Grupo Bandeirantes, franquia de marca internacional presente em outras cidades européias, tem 11 de publicidade num total de 20, (9 inteiras e duas meias). Fazendo as contas: 55%.

No Metronews, o mais antigo e tradicional da modalidade – cuja editora produz o Jornal do Trem – a contagem se complexifica. Apenas uma página é totalmente de texto, e todas as outras tem pelo menos meia página vendida – quando não três quartos – entre anúncios e calhaus. São 11 inteiras e 15 páginas com mais da metade dedicada ao comercial (pelo menos mais 7,5 de publicidade), em um universo de 28. Resultado, o editorial não chega à terça parte do total.

Os três jornais citados têm tiragem superior a 400 mil exemplares por dia, superando os dois mais tradicionais impressos da cidade.

Se a moda pegasse, os jornalões teriam de se cuidar. O Estado de S.Paulo desta sexta-feira tem, em seu primeiro caderno, o mais nobre e caro em termos de tabela publicitária, tem 10,5 páginas de comercializadas, num conjunto de 20. Ou 55%. Historicamente, há um terço de anúncios na revista Veja. Estes veículos não poderiam ser distribuídos gratuitamente.

Interesses
Os blogues já levantam hipóteses mis sobre os interesses na lei. Alguns apontam o dedo dos jornalões, como Paulo Henrique Amorim, em seu Conversa-Afiada.

Os comentaristas que acusem o Serra e o Kassab.

(Colaboraram Nicolau e Glauco)


O campeonato que ninguém quer ganhar

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A julgar por outubro, ninguém quer ganhar o campeonato brasileiro deste ano.

O.k, não é questão de vontade, mas é a falta de competência dos concorrentes que vai entregar o título para um time mediano, como o do São Paulo.

Vejamos o que fizeram aqueles que disputam diretamente o título.

O São Paulo perdeu pro Flamengo e pro Corinthians, empatou com o Fluminense e só ganhou do Cruzeiro. 4 pontos em 12.

O time dos Perrela, que tinha alguma chance, fez pior ainda. Perdeu pro Santos, empatou com o Goiás, empatou com o Náutico em casa e perdeu do São Paulo. 2 pontos em 12.

O Santos parecia que ia, mas não foi. Ganhou do Cruzeiro e Botafogo fora, mas depois empatou com o Palmeiras e perdeu do Figueirense. Fez mais do que os outros, sete pontos, mas nada que desse para ameaçar o São Paulo.

O Palmeiras foi quem mais aproveitou. Ganhou do Náutico, do Grêmio, empatou com o Santos e ganhou do Paraná. Dez em doze pontos. Se não tivesse bobeado antes, até poderia chegar. Mas não dá para pensar o time do Caio Júnior campeão.

O Grêmio, então... Empatou com o Galo, perdeu para o Palmeiras, ganhou do Goiás e perdeu do Flamengo. 4 em 12.

Quem parece atropelar é o Flamengo. Ganhou do São Paulo, do Paraná, do Vasco e do Grêmio. Perdeu apenas do Fluminense. 12 pontos em 15... Se não tivesse tão mal no primeiro turno, até chegaria.

Ou seja, pode até melhorar, mas o campeonato termina melancolicamente medíocre.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Liga dos Campeões começa a se definir

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A primeira fase da Liga dos Campeões chegou à metade nessa semana. Já é possível tirar algumas conclusões sobre o torneio europeu. Por grupos:

Grupo A
Aqui está a maior decepção do campeonato. O Liverpool, considerado um dos candidatos ao título antes do início dos jogos, está em último lugar num grupo que tem ainda Olympique de Marseille, Porto e Besiktas. O time inglês somou apenas um ponto e tem chances remotas de classificação. Olympique lidera com 7 pontos. Porto tem 5 e Besiktas tem 3. Os dois primeiros devem se classificar.

Grupo B
Grupo equilibrado. Chelsea lidera, como era esperado, com 7 pontos. Rosenborg (4), Schalke 04 (3) e Valencia (3) estão embolados na luta pela segunda vaga na fase final. Valencia, que tem dois jogos em casa, leva alguma vantagem.

Grupo C
Real Madrid, graças a Robinho pós-balada, lidera com 7 pontos. Olympiacos tem 4 e Werder Bremen tem 3. Briga boa pela segunda vaga. A Lazio tem 2 pontos e poucas chances.

Grupo D
Milan e Shakthar Donetsk lideram com 6 pontos. Benfica e Celtic têm 3 pontos cada. Praticamente definido.

Grupo E
Aqui está a segunda maior decepção do torneio. O Lyon, que sempre ameaçou 'fazer história' na Champions, mas sempre parou no meio do caminho dessa vez não deu nem para o começo. Juninho Pernambucano já declarou que o time luta para ficar em terceiro do grupo, para disputar a Copa da UEFA. Barcelona e Rangers lideram com 7 pontos cada. Devem passar. Stuttgart, sem pontos, deve estar pedindo para o campeonato acabar logo.

Grupo F
Maior barbada até aqui. O Manchester ganhou todos os jogos e já está com a classificação na mão. A Roma tem 6. Sporting tem 3 e Dynamo Kiev não pontuou. Aliás, é o grupo dos sem empate. Como o Sporting ainda tem 2 jogos em casa, pode tentar tirar a Roma da segunda fase.

Grupo G
Embolado nos primeiros lugares. Internazionale tem 6, Fenerbahce tem 5 e PSV tem 4. Só arrisco que CSKA já está fora, com apenas 1 ponto.

Grupo H
Cópia do Grupo F. Arsenal tem 9, Sevilla, 6 e Slavia Praga tem 3. Steua Butareste não pontuou. Não acredito que o Slavia tire o Sevilla da fase final. Destaque para a goleada de 7 x 0 do Arsenal pra cima do Slavia. Isso faz do ataque do time inglês o mais positivo da competição. Real vem depois, com 8 gols.

A média de gols até aqui está em 2,6 por jogo.

A próxima rodada acontece nos dias 6 e 7 de novembro. Assista numa TV a cabo perto de você.

São Paulo perdeu chance de, de novo, fazer história

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Em 1992, o São Paulo, mesmo colocando um time reserva nas primeiras rodadas, foi campeão da Libertadores da América. Era a primeira conquista brasileira no torneio após nove anos de jejum. Analisando hoje, não é exagero dizer que aquela disputa de pênaltis que deu o título ao Tricolor mudou a história do futebol brasileiro, principalmente para os clubes.

O São Paulo campeão da Libertadores ganharia ainda o Mundial de clubes em dezembro, contra o Barcelona. No ano seguinte, repetiria a dose. E os demais clubes seguiriam seus passos: somente na década de 1990, o Brasil ganharia mais Libertadores do que em todos os trinta anos anteriores (seis contra cinco).

Lembro tudo isso para afirmar que o São Paulo fez besteira ao dar tão pouco valor à Sul-Americana. Sim, futebol é imprevisível, mas é absurdo conceber que esse time que será campeão brasileiro com larga vantagem e quebrou a "invencibilidade" do Boca Juniors contra os times tupiniquins perderia dois jogos para o modesto Millionarios de Ciciliano (foto) se jogasse com toda a sua força. A eliminação do São Paulo lembrou muito às que os bons times do Brasil sofriam para elencos bem mais modestos nos tempos em que a Libertadores não era prioridade.

O São Paulo, pelo bom elenco - e principalmente pela boa folga no Brasileiro -, teria totais condições de entrar na Sul-Americana com tudo e ainda assim assegurar o caneco nacional. Mas resolveu manter a ojeriza despropositada que os times brasileiros têm pela Sul-Americana e deixou de ganhar um título que ainda não possui. E de embolsar uma boa quantia em dólares.

Claro que não acho que um eventual título do São Paulo faria da Sul-Americana a nova menina dos olhos dos clubes do Brasil. Mas, justamente pelo referencial de competição, motivaria mais nossos clubes a ter mais vontade de ganhar essa taça. E por isso que a eliminação Tricolor ontem teve também seu componente histórico.