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Como bom brasileiro, resolvi não desistir. Depois de acompanhar o jogo do Clube Atlético Taquaritinga (CAT) contra o Juventus, na Mooca, dia 4, gastei a manhã do Domingo de Páscoa em novo compromisso da Série A-2 do Campeonato Paulista. Precisando de apenas três pontos para garantir vaga entre os oito finalistas do torneio, o CAT recebeu no estádio Taquarão o União São João de Araras - adversário que, por já estar classificado, entrou em campo com seis reservas. O primeiro tempo foi medonho, mas o pior estava guardado para a etapa final.
Favorecendo descaradamente o time da casa, o juiz expulsou dois jogadores do União São João. Mas nada disso conseguiu compensar a ruindade dos anfitriões: sem marcação, o time de Araras abriu o placar num contra-ataque e só não não ampliou porque o árbitro camarada deixou de marcar um pênalti. Aos trancos e barrancos, o CAT chegou ao empate, mas tomou um inacreditável gol de falta logo em seguida. No sufoco, o Taquaritinga ainda empatou novamente, dando números finais ao (injusto) placar: 2 a 2. Excluído do G-8 com esse empate, o CAT tentará a sorte contra o Rio Preto, fora de casa. Mau presságio, pois, em campos adversários, perdeu os dois últimos jogos, contra Juventus e São Bernardo.
A torcida cateana, revoltada com o resultado pelo fato de o time ter jogado quase metade da partida com dois a mais, foi ao alambrado xingar os jogadores na entrada dos vestiários. Houve bate-boca e princípio de briga, a polícia precisou intervir. Nisso, meu cunhado, o santista e oftalmologista Beis, que atuou como médico do União São João na partida, também se dirigia aos vestiários. Foi então que seu genro, o sãopaulino Dô (que lhe daria carona), chegou no alambrado e gritou: "Beis, eu te pego lá fora!". Pensando que aquilo era uma ameaça, um policial chegou para o meu cunhado e disse: "Ô, doutor, se quiser, a gente providencia uma escolta!".