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Autores de algumas das canções mais executadas no mundo em todos os tempos, os ingleses John Lennon e Paul McCartney sempre procuraram manter o público alheio às suas (muitas) divergências nos tempos dos Beatles. Porém, depois que a banda acabou, em 1970, ninguém se preocupou mais em manter as aparências. Envolvidos numa briga ferrenha por dinheiro, John, Paul, George Harrison e Ringo Starr (ou Richard Starkey) só conseguiriam chegar a um acordo judicial e assinar a dissolução formal do grupo em dezembro de 1974. Nesse intervalo, porém, a guerra foi feia, muitas vezes descambando para a baixaria.
Em maio de 1971, Paul partiu para o ataque em seu álbum Ram. Na capa, aparece segurando um carneiro pelos chifres (no alto, à direita), numa referência velada ao período barbudo/cabeludo de Lennon - e muito menos velada ao fato de ter "conhecido" Yoko Ono, no sentido bíblico, muito antes do parceiro se casar com ela. Mais provocadora ainda é a contracapa, que traz uma pequena foto de dois besouros (beetles, em inglês) transando.
E Lennon entendeu a maldade da canção Too many people, que tem versos como "Too many people preaching practices/ Don't let them tell you what you wanna be" ("Muita gente pregando práticas/ Não deixe eles lhe dizerem o que você quer ser"), em alusão aos discursos engajados de John e Yoko sobre política, paz e comportamento.
Lennon rebateu cinco meses depois, em outubro de 1971, no disco Imagine. A primeira resposta vem no encarte, que contém uma foto dele segurando um porco pelas orelhas (foto à esquerda). Já na letra de How do you sleep?, o soco é no estômago de Paul, sem rodeios: "The only thing you done was Yesterday/ And since you've gone you're just Another day" ("A única coisa que você fez foi Yesterday/ E desde que se foi, você é apenas Another day"), referindo-se a duas músicas, a última, bem bobinha, o primeiro grande sucesso de McCartney pós-Beatles.
A reconciliação aconteceu por acaso. Em março de 1974, Lennon estava separado de Yoko e tomando todas com o cantor Harry Nilsson e o baterista do The Who, Keith Moon, em Los Angeles, Estados Unidos. De passagem por lá, McCartney resolveu falar um oi ao ex-colega - e, óbvio, beber alguma coisa (acima, John, Keith e Paul juntos). Pois a dupla passou a tarde na praia, tomando umas e rindo das velhas histórias. A fase carneiro/porco foi esquecida e o clima ficou tão bom que eles terminaram fazendo uma jam session em um estúdio local, com Moon, Nilsson e Stevie Wonder, entre outros (gravação que virou um disco pirata: A Toot and a Snore in '74 ). Um belo exemplo da capacidade pacificadora da bebida alcoólica...











Até agora, o jogo mais emocionante em esportes coletivos que contaram com a presença do Brasil foi a partida contra a Hungria, no handebol feminino, disputada na madrugada de hoje. Claro que o massacre da seleção feminina de vôlei contra a Rússia, uma das favoritas, foi o resultado mais comemorado, mas o jogo das meninas do hand foi épico. 
Daí pra frente, o Brasil permaneceu sempre atrás no placar, empatando de quando em quando. Mas, a três minutos do final, passou a frente e chegou a abrir vantagem de dois gols. Uma tensão anormal até o fim e, no último segundo, a Hungria conseguiu empatar em 28 a 28. Sabor de vitória para elas, mas o empate mostrou que a seleção tem potencial e pode até surpreender se conseguir manter o alto nível da partida de hoje.

Amigos e amigas, volto a ocupar esse nobre espaço. Ainda pegando carona no Dia dos Pais, lanço aqui um desafio para os meus cinco leitores (seriam tantos assim?): gostaria de saber qual é, na opinião de vocês, a melhor dupla de pilotos pai e filho da história da Fórmula 1. Obviamente, os critérios de avaliação são subjetivos. É geneticamente impossível compará-los utilizando os métodos convencionais, pois correram em épocas diferentes e com carros muito distintos. Filho do melhor piloto brasileiro de todos os tempos, Nelsinho Piquet é o 13º herdeiro a seguir as aceleradas do seu genitor. O primeiro a ter algum sucesso foi o alemão Hans-Joachim Stuck (acima). Nos anos 1970, o filho do lendário Hans Von Stuck, um mito das corridas de montanha e piloto dos primórdios da F-1, até conseguiu alguns pódios. Mas ficou a léguas do seu velho.
Outro que ficou longe do pai foi David Brabham (à esquerda), filho do tricampeão Jack Brabham. Nos anos 1990, David fez duas temporadas, uma pela equipe que leva seu sobrenome (e que foi fundada por seu pai), e outra pela Simtek, que ficou macabramente famosa por ser a equipe de Roland Ratzemberger, o austríaco que foi deste para algum lugar na véspera do acidente fatal de Ayrton Senna, em Ímola, 1994. Melhor sorte tiveram Jacques Villeuneuve (abaixo) e Damon Hill, respectivamente filhos do maluco genial Gilles Villeneuve e do inglês bicampeão mundial Graham Hill.
Villeneuve e Hill Junior foram campeões do mundo ao volante da Willians nos anos 1990. Hill, inclusive, é até hoje o único campeão filho de campeão do mundo da história da F-1. Este colunista torce para que Nelsinho seja o sócio número 2 deste restritíssimo clube e aproveita a ocasião para fazer um brinde aos pais, pilotos ou não, que visitam esse blogue.















