Destaques

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Veteranos que resolvem

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Muito se fala do Paulistão deste ano como "campeonato de veteranos", com Roberto Carlos (Corinthians), Giovanni (Santos), Marcos (Palmeiras), Rogério Ceni e Marcelinho Paraíba (São Paulo), Roque Júnior e Juninho Paulista (Ituano), Lopes e Christian (Monte Azul) e Marcos Assunção (Barueri), entre outros. Mas hoje, ao ver a lista de artilheiros do Campeonato Carioca, me deparo com outros dois velhos conhecidos dividindo a ponta, com 6 gols cada um: Dodô, do Vasco, 35 anos (à esquerda) , e o interminável Marcelo Ramos, do Madureira, 36 anos (à direita). Ao ver a inoperância dos ataques do São Paulo, com Roger e Marlos, e do Palmeiras, com Robert e Joãozinho, me pergunto se esses dois "vovôs" não teriam um lugarzinho nesses times, nem que fosse no banco de reservas. Ambos, aliás, já jogaram pelo tricolor e pelo alviverde, sem brilho. Mas, diante da atual (e triste) situação, talvez fossem melhor aproveitados.

Primeira derrota para o Corinthians em três anos. Por que não passa jogo no avião?

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O Palmeiras perdeu do Corinthians por 1 a 0 com um jogador a mais. Após três anos e três meses, o alvinegro voltou a sentir o sabor de uma vitória sobre os rivais. E os palestrinos, o amargo que é essa derrota. Jorge Henrique fez o gol e mandou avisar que nem precisava do Ronaldo, o Gordo, mesmo.

Bem desagradável.



Roberto Carlos expulso no começo e nem assim o time de Muricy Ramalho conseguiu manter a freguesia. Lamentável.

Mais lamentável foi não ver o jogo por estar no avião. Com a chuva na tarde de domingo, o aeroporto de Congonhas ficou fechado por uns 30 ou 40 minutos. Atraso. Esperar dentro do avião para decolar, celular sem bateria para ouvir o rádio.

É quase defender um direito humano a possibilidade de garantir ao torcedor a transmissão do jogo em uma situação assim, em que a comunicação com o mundo exterior é vedada. Tudo bem que precisaria pagar para Globo, para o clube dos 13, mas também daria para captar anunciantes. Será que não?

Tipos de cerveja 45 - As Vienna

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Como o próprio nome diz, esse tipo de cerveja tem origem em Viena, capital da Áustria. É uma bebida leve, com sabor e aroma de malte, bastante próxima das Marzen e das Oktoberfest. Apesar da sua origem alemã/austríaca, é, hoje em dia, uma raridade encontrar essa cerveja à venda em grandes quantidades. Curiosamente, alguns dos exemplos mais característicos são oriundos do México: a Dos Equis e a Negra Modelo. Outros exemplos: Schell FireBrick (foto), Svaneke Bryghus Byens e Capital Winter Skal.

sábado, janeiro 30, 2010

FSM: Um pé em Porto Alegre outro em Salvador e rumo a Dacar

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Baianas credenciadas (contratadas) pela Secretaria de Turismo do Estado da Bahia distribuem fitinhas de Nossa Senhora do Bonfim aos participantes do Fórum Social Temático de Salvador. É com esse “axé” que começou a edição temática do FSM no dia 29 de janeiro e que segue até o dia 31. A cena se repete nos principais eventos do FSMT-BA.

Mas no credenciamento, as fitinhas disponíveis tinham gravado, em vez de "Lembrança do Senhor do Bonfim da Bahia", “Fórum Social Mundial”. As baianas a caráter também fizeram uma certa figuração em entrevistas coletivas do governador do estado Jacques Wagner no hotel Pestana, neste sábado, 30. É bom constar que cena parecida aconteceu no FSM de 2009, quando os militantes do outro mundo possível eram recepcionados por um grupo de Carimbó no aeroporto de Belém (PA).


Fotos: Brunna Rosa

Muito Axé para os participantes do FSM.

A edição soteropolitana do evento tem como tema "Da Bahia a Dacar: enfrentar a crise com integração, desenvolvimento e soberania” e conta com seminários em hotéis, que aprofundam o debate sobre a crise do sistema capitalista, além de outros eventos que discutem alternativas ao neoliberalismo.

Em tempo
O Camarão feito com cerveja em Salvador é um bom pedido. Embebecidos durante cinco minutos na cerveja e depois empanados para fritar, a iguaria tem muito mais aceitação quando ingeridos junto a copos do fermentado – o que não foi o caso como comprova a foto.

Mas, voltando ao assunto Porto Alegre.....

Ainda deu tempo de experimentar – mas não de postar – a cerveja artesanal feita de trigo, Schlau. A produção é feita pela cervejaria Schmitt e ostenta acidez com notas cítricas, é também mais leve do que a outra produção degustada, a Big Ale, oriunda da mesma cervejaria. Fica a curiosidade: o nome Schlau significa esperto, inteligente em alemão, que hipoteticamente estaria representado pelo personagem no rótulo.


Schlau e Coruja, duas artesanais gaúcha. Em Salvador ainda sem sinal dos líquidos. Será que em Dacar conseguiremos achar cervejas artesanais?

E para finalizar as degustações, simplesmente por falta de tempo, experimentei o chopp coruja, no bar da própria cervejaria. São duas versões, a premium com 6.5% de álcool e a pilsen, com 5.5%. Melhor a Pilsen, que por sua vez era mais saborosa que a cerveja em garrafa. As curiosidades ficam pelo prazo de validade da cerveja, 20 dias, e pela necessidade de refrigeração a todo momento.

Agora, pela frente, vêm as cachaças baianas.

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Resumão Tricolor (ah, se não fosse o Youtube!)

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Por Moriti Neto

Tenho sido cobrado (com razão!) pela ausência de posts sobre os jogos do Tricolor. Explico: até ontem não tinha assistido ou escutado qualquer transmissão do Campeonato Paulista. Confesso que não tenho muita paciência com as partidas de começo de ano. Times em formação, jogadores “amarrados”, sem ritmo e tal; tudo aquilo que é englobado nos cansativos e repetitivos discursos dos técnicos “de que as equipes precisam de ritmo, sequência e num sei que lá, num sei que lá”.

No frigir dos ovos, optei por fazer uma análise geral das quatro atuações do São Paulo em 2010. Como? Simples. A partir do jogo de ontem, contra o Paulista, acompanhado pelo rádio, e assistindo aos melhores momentos dos outros três via Youtube. É minha nova opção para casos emergenciais. Quando não acompanhar transmissões ao vivo ou ao menos ver reprises pela televisão, serei assumidamente um “comentarista youtubista”.

Na estreia, contra a Portuguesa, que o Marcão já comentou, o São Paulo começou ganhando, perdeu um caminhão de gols, teve domínio no primeiro tempo, mas cedeu espaços à Lusa, que correu mais na segunda etapa e, merecidamente, venceu por 3 a 1.

Já no segundo jogo, com o Mirassol, Ricardo Gomes colocou em campo um time totalmente diferente, com muitos reservas, e o São Paulo só não perdeu graças a um golaço de Richarlysson, no finzinho da peleja. Mas, pelo que vi, a derrota seria resultado justíssimo.

Aí, no sábado passado, veio o "temido" Rio Claro, que segundo comentários maldosos que pululam entre companheiros de redação, não ganha nem do Velo Clube (o que a companheira Carminha teria a dizer sobre isso?). O Tricolor, jogando em casa, fez 3 x 0, com gols de Hernanes, Washington e Rogério Ceni, de penâlti. Essa vitória parece ter servido para Ricardo Gomes perceber uma coisa: para o esquema 4-4-2 funcionar é necessário ter laterais de ofício.

Eis, então, finalmente, o jogo que acompanhei na íntegra O São Paulo atuou numa éspecie de matinê, na tarde desta quinta-feira, na Arena Barueri, e venceu bem o Paulista de Jundiaí.

Dagoberto matou a pau, fazendo dois gols, driblando objetivamente e dando belos passes, sem a normal afobação costumeira. O outro tento foi anotado por André Dias.

Contudo é bom ressaltar que a situação só melhorou para o Time da Fé depois que o Galo da Japi teve um jogador expulso. O volante Rai tomou o vermelho aos 37 do tempo incial, seus companheiros reclamaram, mas a falta em Dagoberto foi mesmo bem forte. A partir dali, os são paulinos tiveram mais espaços e souberam aproveitar. Não faltaram bolas trabalhadas em velocidade pelos lados.

Fora Dagoberto, destaques para Jorge Wagner, na ala esquerda, e para o trio de zagueiros André Dias, Miranda e Xandão (sim, destaque para Xandão, o melhor na defesa!).

Foi a primeira vez no ano que o Tricolor jogou no esquema 3-5-2, clara sinalização para o restante da temporada, já que com a volta de Alex Silva não haverá como fugir da formação. Porém, antes de começar a elocubrar sobre variações táticas, quero ver um pouco mais do time e o que ocorre até o fechamento das janelas de negociação.


Nota da redação (por Frédi). Publiquei por que aqui a gente não é de discriminar as opções das pessoas, mas juro que não entendi as exclamações no título, o que é um "comentarista youtubista" e a preferência pelo craque Xandão (isso deve ser coisa de são-paulino).

'Bebida amarga' não era metáfora em 'Cálice'

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Aliando meus vícios em música e livros, uma das coisas que mais gosto é fuçar o processo de criação das canções e os "causos" por trás disso. Um exemplo: o músico e compositor Leoni (ex-Kid Abelha e Heróis da Resistência) entrevistou certa vez o líder da Legião Urbana, Renato Russo, e este revelou que, quando a banda de Brasília foi gravar seu primeiro disco, a EMI Odeon tentou meter o bedelho e mudar tudo o que eles queriam fazer. Daí, Renato compôs uma canção diretamente para a gravadora: "Tire suas mãos de mim/ Eu não pertenço a você/ Não é me dominando assim/ Que você vai me entender". Quem imaginaria isso?

Pois então, no livro "Gil - Todas as letras", organizado por Carlos Rennó em 1996 (Companhia das Letras), descubro uma história fantástica sobre "Cálice", parceria de Gilberto Gil com Chico Buarque (foto). A polêmica letra, que cutuca a ditadura militar e faz trocadilho com "Cale-se!", fez com que a música fosse censurada e o microfone de Chico cortado no festival Phono 73. Aliás, foi esse show que motivou a criação da música. "A Polygram queria fazer um grande evento com todos os seus artistas no formato de encontros, e foi dada a mim e ao Chico a tarefa de compor e cantar uma música em dupla", conta Gil.

"Era Semana Santa e nós marcamos um encontro no sábado no apartamento dele, na Rodrigo de Freitas (a lagoa referida, aliás, por ele na letra)", prossegue o baiano. E está lá, no final da segunda estrofe: "Na arquibancada pra a qualquer momento/ Ver emergir o monstro da lagoa". Gil observa que, como era Sexta-Feira da Paixão, foi seduzido pela ideia do calvário e do cálice de Cristo, de onde saiu o emblemático refrão: "Pai, afasta de mim esse cálice". E como Páscoa é sinônimo de vinho, tomou umas e completou: "De vinho tinto de sangue". Mas o melhor foi o surgimento da primeira estrofe, outra daquelas inspirações que ninguém conseguiria supor.

"Comecei lembrando de uma bebida amarga chamada Fernet, italiana, de que o Chico gostava e que ele me oferecia sempre que eu ia à sua casa. No sábado não foi diferente: ele me trouxe um pouco da bebida". É plausível imaginar que Gil, ainda ressaqueado pelo vinho da véspera, tenha escrito de uma só canetada as frases da primeira estrofe: "Como beber dessa bebida amarga/ Tragar a dor, engolir a labuta". E essa sensação etílica permeou a terceira estrofe, também escrita pelo baiano, que diz: "Esse pileque homérico no mundo/ De que adianta ter boa vontade/ Mesmo calado o peito, resta a cuca/ Dos bêbados do centro da cidade".

Engraçado é que, desde que foi lançada, "Cálice" ficou marcada pela conotação política dada por Chico Buarque - como a citação da morte de Stuart Angel Jones, filho de sua amiga Zuzu Angel, torturado pelos militares com a boca enfiada no escapamento de um automóvel que acelarava: "Quero cheirar fumaça de óleo diesel/ Me embriagar até que alguém me esqueça". Esse final com "me embriagar" sugere o teor alcoólico inspirador da clássica parceria, que acabou evaporando junto com a ressaca de Gilberto Gil.


quinta-feira, janeiro 28, 2010

Ouvidoria Geral da República

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Pra quem tem problema com bebida, emprego, casamento ou alagamento...

Durante FSM, Força Sindical quase sorteia carro

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O título é uma brincadeira, mas vale o registro da piada.

Durante as atividades do Fórum Mundo do Trabalho, que reuniu as seis principais centrais sindicais do Brasil, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores(UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a perda de uma chave de carro foi anunciada várias vezes. Já perto do encerramento das discussões sindicais, Artur Henrique, presidente da CUT, fez uma brincadeira, reproduzida pelo coordenador da mesa. “Como disse o Artur, é melhor o dono do carro aparecer logo porque a Força Sindical vê carro e logo quer sortear”.

Vale o adendo: Arthur Henrique sinalizou que o estádio do Pacaembu, em São Paulo, pode abrigar a Conferência Nacional da Classe da Trabalhadora, com as seis centrais sindicais. Um dos motivos é a pauta unificada de reivindicações propondo um novo modelo de desenvolvimento, jornada de trabalho para 40 horas, para o próximo (a) presidente e, talvez, o anúncio de apoio unificado à futura candidata Dilma Rousseff (PT). O que não parece tão impossível, uma vez que a Intersindical e Conlutas não estarão presentes. “No dia 1º de junho realizaremos a Conferência Nacional da Classe da Trabalhadora, estaremos todos lá em unidade. Porém, unidade não é estarmos todos juntos no caminhão de som e fazer um discurso bonito, mas prática. É organizar os locais de trabalho, unificar datas-base, porque hoje temos categorias com até 15 datas – caso da construção civil. É pensar na Copa do Mundo, que aumentará o número de postos de trabalho”, discursou Arthur.

Euforia

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Ao longo da tarde, quando me preparava para fazer o "relatório" sobre Santos 5x0 Grêmio Barueri/Prudentino, surgiu a confirmação: Robinho se tornava, novamente, jogador do Santos. Peixe, Manchester City e o próprio Robinho se acertaram na negociação que define o empréstimo do jogador até 4 de agosto desse ano (um dia após a final da Copa do Brasil).

Impossível, então, fazer um texto sobre uma partida do Santos sem citar aquela que é a negociação mais importante do futebol brasileiro no ano.

Mas... acredito que ao pular entre o jogo de ontem e a volta de Robinho, não mudarei de assunto.

Porque o que o Santos mostrou ontem contra o Barueri foi um futebol digno daquele praticado nos tempos de Robinho. Alegre, descontraído - e também produtivo e eficiente. Foram cinco gols e certamente poderia ter havido mais.



Não me recordo de nenhuma defesa do goleiro Felipe. Tampouco consigo dizer se a dupla de zaga composta por Bruno Rodrigo e Durval se saiu bem ou não.

Por outro lado, poderia falar sobre horas a respeito da recuperação de Léo, que fez ontem uma partida como não fazia há tempos e por pouco não marcou um golaço daqueles de merecer placa. É preciso também destacar a eficiência tática e técnica da dupla Wesley e Marquinhos - dois jogadores que sigo sem depositar muita confiança, mas que ontem atuaram bem. Vale também a mesma análise para o futebol do centroavante André.

Mas o que mais merece destaque é a atuação de Neymar. O garoto simplesmente arrebentou ontem. Jogou de maneira encantadora e - o que é mais importante - precisa. Fez firulas vez ou outra, mas mais que isso, jogou para o time. Arrisco dizer que foi a melhor atuação individual no Brasil neste ainda curto 2010.

Ao final do jogo, naquelas entrevistas ainda na saída do gramado, Neymar disse que sua atuação de ontem seria uma homenagem a Robinho, "se ele vier mesmo". Bem, agora Robinho já veio. E certamente se sentirá mais do que homenageado.

Como fica?
A dúvida agora é como será a montagem do time com o retorno do craque. Pensando de maneira simplista e quadrada, para Robinho entrar no time quem deveria sair seria... Neymar. Afinal, ambos são da mesma posição. Mas é impossível tirar o garoto agora.

Dorival Júnior provavelmente armará o time em um 4-3-3 "falso", com Brum, Marquinhos e Paulo Henrique no meio e Neymar, Robinho e André (ou Giovanni, assim que o paraense ficar fisicamente em ordem). Sem André, o time poderia ser montado em um 4-4-2 que teria Robinho e Neymar no ataque e Giovanni no meio. Interessante é ver que o Santos está dispondo de alternativas, coisa que ficou distante de se imaginar no time no último biênio - é só ver que em todas essas suposições nem citei o nome de Madson, o melhor jogador do Santos em 2009.

É, eu tô animado. E todos os santistas também. Pode ser que quebremos a cara, é claro. Mas pelo menos estamos no direito de termos um pouco de esperança...

Gaúchos das Copas no FSM

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Os participantes do Fórum Social Mundial e curiosos de toda ordem podem conferir, na Usina do Gasômetro, a exposição “Os Gaúchos nas Copas”. A mostra narra a história das 18 Copas do Mundo e a participação dos gaúchos. Com a tradicional marca gaudéria, a mostra se apresenta desta forma:
“O Rio Grande do Sul registra uma relação expressa de paixão com o futebol. É uma fartura de glórias: campeonatos brasileiros, continentais, mundiais, Copas do Brasil, interestaduais, além de bons estádios, boa organização, torcidas maravilhosas. Já ganhamos tudo, inclusive vestindo a camiseta canarinho do país”.

Então tá né!



Seeeeeeeguuuuraaa Tafarel! E Dunga, o atual técnico da seleção brasileira e eleito o mais bem vestido da história da República. Dois expoentes da geração 90 de gaúchos na Copa. Fotos Brunna Rosa


Além de relembrar os fatos da memória gaúcha no futebol, como a história de jogadores como Alcindo (1966), Carpegiani (1974) e Falcão (1982), a exposição também relata a participação da cidade de Porto Alegre na Copa de 1950, quando recebeu duas partidas (Iugoslávia 4 x 1 México e Suíça 2 x 1 México).
Bahh, agora é só se preparar para 2014, com o chimarrão na mão, né!


Big Ale Schmitt, mais uma artesanal gaúcha. Foto: Brunna Rosa

Em Tempo

Na noite desta quarta-feira, 27, o Internacional estreou no Gauchão com o time titular. O resultado foi o placar de cinco a zero para o colorado em cima do Juventude. Aliás, segundo o Datamanguaça, o número de gaúchos que e suas camisas de time está em uma proporção de 8 colorados para 2 tricolores gremistas nas ruas de Poá. Parece que a auto-estima dos torcedores do Inter anda mais elevada que a do rival... .
Aproveitando o clima de festa na Cidade Baixa, experimentei mais uma cerveja artesanal gaúcha, a Schimitt. Reza a lenda que Gustavo Dal Ri iniciou a produção de cervejas em sua própria casa, há 20 anos, através de uma receita fornecida pela vizinha, descendente de alemães. Atualmente são seis tipos de cerveja Schmitt, porém provei apenas a Schmitt Big Ale, com quase um litro e 4,5% de teor alcólico. Com dupla fermentação (na própria garrafa), a cerveja tem um sabor encorpado, de cor alaranjada e quase cítrico. Não agradou o paladar nada refinado da minha pessoa..

Nara tinha opinião

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Dando continuidade ao post "Não é de agora que reconhecem o Lula", vi outra declaração interessante no livro "A onda que se ergueu no mar", do Ruy Castro (Companhia das Letras, 2001), espécie de continuação de "Chega de saudade", publicado pelo mesmo autor 11 anos antes. Numa conversa que Ruy teve com Nara Leão (foto) em janeiro de 1989, a cantora disparou:

"Se houvesse um pouco de moralidade, a coisa já melhoraria. Brizola, por exemplo, é charmoso, mas é também o campeão da demagogia. O único diferente desses políticos que andam por aí é o Lula. Ele é muito inteligente, mas teria de se cercar de pessoas preparadas."

Nara morreria seis meses depois, vítima de um tumor no cérebro, às vésperas da primeira eleição direta para a presidência da República em 29 anos, que levariam Lula e Fernando Collor ao segundo turno. E que deu no que deu.

Com um pífio 1 a 0 sobre o Monte Azul, uma liderança

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A segunda vitória do Palmeiras na temporada veio diante do Monte Azul, em partida disputada em Ribeirão Preto nesta quarta-feira, 27. O placar foi um simples, magro, pífio 1 a 0. Com gol de pênalti, conferido por Cleiton Xavier.

Sem Diego Souza, Marcos, o Goleiro, e Léo, contundidos, o time era só dependência do camisa 10, Cleiton Xavier começou a partida como dono do time. Armava, atacava, marcava. Fez o gol em um pênalti daqueles que são falta dentro da área mas poucos árbitros apitam.

Reforço foi a ausência de Armero, lateral-esquerdo colombiano que enfrenta fase ruim e a bronca de Muricy Ramalho, dando lugar a Gabriel, do time da Copinha. A defesa teve Edinho ao lado de Danilo. Nenhuma pressão ameaçou seriamente a retaguarda, então, não foi parâmetro.

Menos pior do que contra o Ituano ou contra o Barueri, em que houve empate.

O Monte Azul perdeu porque é muito limitado e teve pouca vontade de vencer. Com um pouco mais de disposição, teria encontrado portas abertas. Faltou futebol para o Palmeiras correr o risco de ampliar o placar construído no primeiro tempo.

É o jogo que não permite conclusões sobre o time. Faltou mais futebol. A molecada – João Artur, Gabriel, Edinho, Daniel Love e meu xará Anselmo – podem compor o elenco de modo melhor do que eu imaginava. Mas um de cada vez e nunca todos juntos em campo.

Para o clássico do fim de semana contra o Corinthians, está em disputa a liderança do claudicante estadual. Sei lá, parece que o campeonato não começou para valer, com oscilações excessivas. Cleiton Xavier, Diego, Marcos, Léo, Gabriel e eu – não meu xará – são dúvida por contusões musculares.

Do lado do Corinthians, que empatou com o Mirassol e deixou a ponta da tabela para o alviverde, a dúvida vai ser Ronaldo. Eu estava aqui calculando se o Gordo trombaria com algum jogador palmeirense para garantir mais uma lipoaspiração quando a TV anunciou a substituição com suspeita de contusão. Zica de rival?

Antes que alguém insinue motivações etílicas para eu não poder jogar, esclareço: estou fora de São Paulo no domingo.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

FSM: 10 anos discutindo o patrocínio

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Quem paga o Fórum Social Mundial?

A polêmica é eterna e percorre todas as suas edições. Na ocasião do primeiro FSM, em 2001, o fato de a prefeitura e o governo do estado (ambos petistas à época) aplicarem recursos públicos na iniciativa foi o alvo. No entanto, o retorno para o setor hoteleiro foi tanto que a cidade sentiu quando não houve mais fóruns anuais no município, a partir de 2004.

No ano em que o FSM foi para a Índia, financiadores como a Fundação Ford foram proibidos de contribuir, mas ONGs internacionais que recebiam dinheiro dessas entidades estavam liberadas. Críticas parecidas se repetiram em 2005, última vez em que os militantes de "outro mundo possível" pisaram em terras gaúchas.

Na edição de 2009, em Belém (PA), o burburinho foi por conta dos R$ 850 mil em patrocínios de estatais ao FSM.

Sobre o assunto, João Felício, secretário internacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi enfático. “Chego aqui e a primeira pergunta que fazem é: quem está financiando o Fórum Social Mundial? A Petrobras financia o Flamengo, a Caixa Econômica Federal patrocina a seleção de basquete porque não pode com o Fórum? Inclusive as estatais patrocinam e financiam os grandes veículos de comunicação brasileiros.”

Para constar: Os patrocinadores do FSM: 10 anos – Grande Porto Alegre, podem ser conhecidos aqui.

A propósito da declaração de Felício, o contrato da estatal do petróleo com o rubro-negro carioca terminou em 2009, depois de 24 anos, dando lugar à rede de postos de combustível, a Ale. A Liquigas, subsidiária, desde 2004 da BR Distribuidora (da Petrobras), estampa a camisa do Botafogo. A diferença em relação ao FSM, é que a uma estatal financia clubes devedores da Previdência Social, FGTS e que são réus em ações de sonegação de imposto.


Cerveja Coruja, a cerveja viva. Foto: Brunna Rosa
Em tempo
Na terça-feira, 26, após as atividades do FSM, experimentei a cerveja artesanal Coruja. Para abri-la, é preciso uma tesourinha ou um mínimo de habilidade manguaça.

No meu caso, mais por causa do estado etílico do que pela falta de habilidade, utilizei a tesourinha. E pronto, após o barulinho igual ao de quando se abre aquela "champanhe de final de ano", você pode tomar a cerveja que, suave, faz jus ao apelido "cerveja viva". Não sei de todos os bares que vendem, só sei que achei em alguns, na Cidade Baixa.

Baleado, Cabañas causa comoção no Paraguai

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Algoz do Flamengo, vilão da seleção brasileira... As alcunhas que partem de metáforas entre o mundo da bola e conflitos bélicos ou violentos ganham um sentido terrível diante da tragédia que se abateu sobre Salvador Cabañas. O atacante paraguaio foi baleado na segunda-feira, 25, em um bar na Cidade do México, onde atua pelo América.

Se a (falta de) forma física já merecia elogios do Futepoca e o tornava precursor de Ronaldo, o gordo, o fato de o jogador de 29 anos estar em um estabelecimento etílico aumenta os motivos para a simpatia.

O que foi mais impressionante foi a multidão que se deslocou ao Defensores del Chaco para rezar pelo craque, principal nome para a seleção guarani na Copa de 2010, na África do Sul. Foram de 10 mil a 20 mil pessoas rezando pela recuperação.

Foto: Jorge Adorno/Reuters/Reprodução
O grupo La Secreta, que mistura rock com música tradicional paraguaia, cantou pela primeira vez a "No estás solo Salvador" ("Você não está só, Salvador", na minha tradução da promoção). O refrão é:
"No estás solo Salvador, no estás solo. No estás solo campeón, tu hinchada, tu pueblo, tu gente más que nunca están con vos, Salvador"
("Você não está só, Salvador, não está só. Não está só, campeão, sua torcida, seu povo, sua gente, mais que nunca, estão com você, Savaldor")

Ouça:



Ou aqui, ou aqui.

Criada em 2003, a banda de Mike Cardoso, Sergio Pereira, Alejo Jiménez, Oswal González e Ariel Burgos estiveram em Corumba (MS) em abril de 2009 para o sexto Festival da América do Sul. Também fez parte do projeto Rumos, do Itaú Cultural.

Meneghetti, o ladrão que não roubava pobres nem gostava de futebol. Já de vinho...

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Nesta quinta-feira, 28, o geógrafo, jornalista, saciólogo e cachaceiro (aquele que bebe, não aquele que produz cachaça) Mouzar Benedito lança Meneghetti, o gato dos telhados, biografia do anti-heroi italiano que virou lenda em São Paulo.

Foto: Polícia de São Paulo/"Nosso Século"da Editora Abril - 1910-1930, página 269

Preso, foi fichado com e sem disfarce pela polícia

Parte da coleção “Pauliceia”, a obra conta com o tradicional tom bem-humorado de Mouzar. E inclui um gibi de Luiz Gê, datado de 1976, sobre as desventuras do gatuno, que jurava roubar apenas as joias dos ricos, “bens supérfluos que só servem para alimentar a vaidade”.

Gino Amleto Meneghetti nasceu em Pisa, na Itália, mas fez fama em São Paulo, onde morreu com 97 anos, em 1976. Foi tema de curta-metragem, livro, e muita conversa de bar.

Foto: Polícia de São Paulo/"Nosso Século"
Muitas dessas histórias estão no livro. Mas a pedido do Futepoca, Mouzar separou quatro trechos da obra relacionados aos temas tão bem quistos por aqui: futebol, política e cachaça. Aí vão:

Ele não gostava de futebol:

“Vem um sujeito de calcinha, dá um pontapé numa pelota e fica milionário. Isto é absurdo. O outro fica rico dando murro na cara do outro. São espetáculos que para mim (...) o governo apoia, uma nova política para distrair o povo, como em Roma.”
Mas em compensação...
“Isto [vinho] faz bem para a alma, para a barriga e para o cérebro.”
E política? Bem... Ele tinha um filho chamado Lenine e outro Spartaco. E dizia:
“Tanto na Itália como na Inglaterra, como em todos os países burgueses, a maioria das pessoas é pobre, vive na miséria.”

“Jamais roubei um pobre. Só me interessa tirar dos ricos, e tirar joias, que são bens supérfluos que só servem para alimentar a vaidade.”

“O comerciante é um ladrão que tem paciência.”
Ladrão? Assim lhe disse seu avô:
“Muitos dos homens bem colocados que você vê aqui em Pisa são ladrões refinados, mas roubam dentro da legalidade. São ladrões da pátria, ladrões de salão. Roubam e a lei ainda lhes presta honras, porque depende deles para aumentos, nomeações e outras coisas. Durante sua vida você vai ver muitos destes, vá em que país for, porque o mundo está cheio deles. São vigaristas e ladrões, mas vigaristas e ladrões bem sucedidos. Roubam milhões e nada acontece.”

Meneghetti, o gato dos telhados
de Mouzar Benedito
Com história em quadrinhos de Luiz Gê
Pesquisa: Marcel Gomes e Antonio Biondi
Boitempo Editorial
Lançamento dia 28 de janeiro, 19h, Livraria da Vila, r. Fradique Coutinho, 915,
Vl. Madalena, São Paulo-SP

Sutil diferença

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Ontem fiz um post sobre o José Serra (PSDB) que gerou certa discordância entre leitores nos comentários, mas, pra não perder o costume, volto a cutucar a casca da mesma ferida - as enchentes em São Paulo e a incompetência tucana. Hoje, na página A8 da (aargh!) Folha de S.Paulo, uma foto-legenda de pé de página, com uma imagem do (des)governador paulista sendo entrevistado pelo Jornal Nacional, da TV Globo, diz o seguinte:

José Serra surgiu no "JN" instruindo que "quem estiver numa moradia que vai desabar tem que sair dela, para um abrigo da prefeitura, uma casa de parentes ou aproveitando a bolsa ou o auxílio moradia para alugar uma casa". Na manchete do portal G1, também da Globo, naquele momento, "Lula dá quase R$ 1 bi a atingidos por catástrofes no Brasil e Haiti"

Pois é, José. Sorte sua que deve ter uma "casa de parentes" pra ir...

Desabamento provocado pela chuva no centro de Embu (SP)

terça-feira, janeiro 26, 2010

Para ser pior só se eu fosse botafoguense...

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É dura a vida de torcedor atleticano. O ano começou com o "gênio" Luxemburgo e "Obina melhor que Etô", duas de minha implicâncias ancestrais e motivo de diversas piadas na redação. Aliás, o Glauco e outros "futepoquenses" só estavam esperando eu pisar aqui para ver se havia mudado de opinião. Não mudei, por enquanto... Vou torcer para tudo dar certo, mesmo sem acreditar muito (óbvio).

Mas como a vida não é fácil morando na São Paulo das enchentes, tendo resistido à Ilha Grande na passagem do ano, ao terremoto perto de Natal (estava em Recife), sofri ainda mais no domingo vendo Galo e América (MG).

Sei que é começo de ano, o time está se formando etc., mas empatar com o América apenas porque os atacantes adversários perderam gols inacreditáveis é um pouco demais. Destaque-se que o Coelho está com time bem montado e jogou com dez atrás e saindo no contra-ataque, mas merecia ganhar.

De bom no Galo, a estreia do zagueiro equatoriano Julio Campos e a aparente recuperação do lateral Coelho, mas ficou claro que vamos sofrer muito ainda este ano.

Para não parecer que pego no pé demais, Luxemburgo deu uma arrumada no time no vestiário, já que o Atlético voltou para o segundo tempo perdendo de 1 a 0 e com um homem a menos em campo por causa da expulsão injusta do Jonílson.

É choradeira, mas o árbitro também errou ao expulsar o lateral direito do Coelho no início do segundo tempo apenas para compensar. Se alguém reclama da arbitragem brasileira, precisa assistir aos jogos dos mineiros. Parece piada de mau gosto o nível da arbitragem.

Para acabar a enrolação, no final estou até contente pelo começo do ano. Podia ser bem pior, já pensou se torço para o Botafogo???

Fórum Social Mundial: 10 anos de avanços e muita concentração

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Parece que apenas o calor de Porto Alegre lembra a última edição do Fórum Social Mundial por terras gaúchas, em 2005. "O Fórum com menos cara de Fórum" tem seus grupos de entusiastas e dos saudosistas (entre os quais me incluo).

Com a abertura do FSM 2010, na segunda-feira, 25, na Usina do Gasômentro, o balanço e a conjuntura política ocuparam a manhã dos participantes. João Pedro Stédile, do MST e Via Campesina, um dos participantes da mesa de abertura usou da tática “lulista” ao usar o futebol para explicar a situação do "encontro altermundista".

"Vou comparar a um jogo de futebol. O FSM tem sido o vestiário, a concentração. O jogo se decide no campo, é lá que nós, os movimentos, estamos. Agora o Fórum precisa nos ajudar mais, para não perdermos o jogo", afirmou Stédile. O ativista aproveitou para lembrar da onda direitista no mundo: "A situação está muito grave, com a maioria dos governos do mundo à direita".

Chico Whitaker, um dos articuladores e fundadores do FSM, discordou de Stédile. Na linguagem futebolística, o jogo que o líder do MST propõe, na realidade seria um longo campeonato. "É o velho povo da política velha da esquerda que fica embaixo da mesa o tempo todo. O FSM é mesmo um longo processo de educação política", teorizou.

Na mesa de balanço do FSM, estiveram presentes Lilian Celiberti, Raffaella Bollini, Nandita Shah, Francisco Whitaker, João Antônio Felício, Oded Grajew, Bernard Cassen e Olívio Dutra.

Fórum descentralizado
O Fórum Social 10 anos: Grande Porto Alegre acontece até o dia 29 de janeiro e terá 500 atividades autogestionadas espalhadas nas cidades de Porto Alegre, Gravataí, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Sapiranga. Em seguida, entre os dias 29 e 31, o FSM segue para Salvador.

Serra já tem projeto para enchentes

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O comentário do leitor Marco Antonio em um post do Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, é primoroso (e totalmente verossímil):

"O Serra já está pensando em uma maneira de cobrar pedágio de canoas, barcos e submarinos em São Paulo."

Em tempo: a partir da notícia de que encontraram um peixe num túnel de São Paulo, Amorim pergunta em uma enquete o que será encontrado da próxima vez. Três das sugestões são: "As obras completas, encadernadas, do FHC", "A bicicleta da Soninha" e "A caixa de remédios da Lucia Hippolito".

Não é de agora que reconhecem Lula

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No dia seguinte ao anúncio de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o primeiro prêmio de Estadista Global concedido pelo Fórum Econômico Mundial, eu li uma informação bem interessante em "Vinicius de Moraes - O poeta da paixão", de José Castello (Companhia das Letras, 1994). Em 1979, logo após a primeira grande greve dos metalúrgicos na região do ABC paulista, Vinicius fazia sua última turnê musical (foto ao lado), em comemoração aos dez anos de parceria com o violonista Toquinho. E já falava sobre Lula. Vamos ao trecho do livro:

Um show para comemorar os dez anos de carreira começa com a projeção de slides que, no estilo de um telejornal retrospectivo, rememoram alguns dos melhores momentos da década: a escolha de Vera Fischer como Miss Brasil, o milésimo gol de Pelé, e John Lennon abraçado a Yoko Ono na cama. Na segunda parte, batizada de "hora do sarro", Vinicius - tomado pelos ventos de liberalização política que finalmente afrouxam o cotidiano do país - chama Lula de "herói" e o brinda com um copo de uísque importado.

Em São Bernardo do Campo, Lula e Vinicius em uma mobilização sindical

segunda-feira, janeiro 25, 2010

No Pacaembu

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Hoje tomei vergonha e fui, pela primeira vez, ao estádio do Pacaembu. A decisão da Copinha entre Santos e São Paulo prometia e, de fato, foi um bom jogo. Acordei às 9 da matina e, ainda com sono, peguei a primeira camiseta que achei na mala e saí de casa. Foi só no caminho que percebi que tinha uma enorme estampa de um tubarão. Como entrar na torcida do São Paulo com um "peixe" no peito? Solução improvisada: comprar uma camisa do meu time no camelô - o que confirmou ser um bom augúrio, pois, nas três vezes que fiz isso, contando com essa, o Tricolor venceu. Mas o vendedor avisou: "-Esconde isso, que tá saindo briga lá nas entradas do estádio". Fui descendo a ladeira e tive que passar na porta do Tobogã, território peixeiro. Pensei que ia apanhar, o clima era tenso. E só achei ingresso para as numeradas descobertas, onde a torcida é mista, sãopaulinos e santistas lado a lado.

Fazia um sol ardido, um calor inacreditável. Peguei um bronze. Nas numeradas, muitas famílias e crianças se provocando, mas com civilidade. Rola a bola. O Santos abafa o adversário com dribles e mais dribles, em contraposição aos "brucutus" do São Paulo. Wesley, o lateral esquerdo, é magrinho e de pernas finas, mas assusta o time do Morumbi toda vez que parte driblando para o ataque. O camisa 10 do alvinegro, Alan, também entorta zagueiros, e dá o passe para Renan abrir o placar. Os santistas se fecham e saem em contra-golpes mortais. Num deles, o goleiro Richard, do São Paulo, sai da área e faz falta feia. Ficam duas dúvidas: se o santista estava impedido e se o goleiro era, mesmo, o último homem. Como o juiz marca falta, fica a expectativa de expulsão. Mas Richard só toma amarelo. Um lance capital, pois o goleiro definiria o resultado da Copinha na disputa de pênaltis.

No segundo tempo, o Santos tem a oportunidade de liquidar a fatura duas ou três vezes, mas falha. Nos 15 minutos finais, com preparo físico visivelmente melhor, os sãopaulinos partem para o "abafa". Perdem chances incríveis, mas o gol salvador acaba saindo aos 41 minutos, num chute espetacular, de virada, de Ronielli. Grito até ficar rouco. Nos segundos finais, em dois escanteios, o São Paulo quase faz o gol do título. Mas vem o fatídico apito final. Nisso, o goleiro santista, Rafael, despenca no chão. Não vi o que aconteceu, se foi lance de jogo ou outra coisa, mas ele fica lá deitado um tempão. Eu presto atenção no presidente tricolor, Juvenal Juvêncio, que está uns oito degraus pra baixo de mim, e no dirigente do Santos, Luís Alvaro, que conheci no dia 20, na Vila Belmiro, e que naquele momento sobe ao gramado.

É aí que o técnico do Santos, o ex-jogador Narciso, parte pra cima do juiz reclamando sobre a não expulsão do goleiro do São Paulo no primeiro tempo. Briga com policiais e é expulso de campo. Isso mexe com o time santista. Batem três pênaltis e o arqueiro Richard defende todos eles, o segundo de forma inacreditável, levantando o braço em pleno vôo rasante. Festa sãopaulina, grito até sumir a voz. Depois faço o - perigoso - trajeto de volta até onde estou hospedado, sem camisa, a conselho dos policiais. Meia dúzia de cervejas Estrella Galicia (foto) me esperavam pra brindar o título. A tempo de escapar da chuva que continua assolando a capital, e que me desencoraja de ir até o Ipiranga ver Milton Nascimento e Lô Borges. Não é a toa que a popularidade do prefeito Gilberto Kassab (DEM) virou água...

Novidades no mercado da cachaça marcam a Feira Mundial de Economia Solidária

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Quatro ou cinco produtores de vinhos, cachaças e licores marcaram presença na I Feira Mundial de Economia Solidária, que aconteceu junto ao Fórum de Economia Solidária, em Santa Maria (RS). O Futepoca esteve presente no encontro e listou os três produtores que mais agradaram ao paladar manguaça.

Vamos começar pela cachaça envelhecida em quatro tipos de madeira, produzida pela cachaçaria familiar “Harmonie Schnaps”, localizada em Harmonia (RS), como já sugere o nome. Segundo um dos produtores, o diferencial é a mistura na hora do engarrafamento, composto de 25% de cada cachaça armazenada em quatro diferentes madeiras. Misturando tudo rende um suave sabor de mézis. Se Mouzar Benedito, emérito saciólogo e eterno jurado de cachaça, tivesse provado, teria proferido uma de suas célebres sentenças: “Boa, mas é cachaça de mulher”. Provérbio que, para constar, já me posto contra.

A outra iguaria fruto do destilado de cana chama mais atenção pelo engarrafamento do que pela qualidade. Trata-se da cachaça de alambique do Tchó, e que na versão envelhecida por 7 anos ganhou uma simpática mini-embalagem em spray. Produzida pelo cooperativa “Cocamil” de Cacique Doble (RS), a manguaça portátil garante aos seus portadores um jato de 42% de teor alcoólico direto na garganta, como se tivesse apenas com uma dor, usando aqueles sprays para irritação na laringe!

Por fim, chegamos à agroindústria de Santa Tereza (RS), que incorpora duas famílias e cinco pessoas no total na produção de 25 mil litros por ano em uma área de 18 hectares, mas que apenas 7 são aproveitáveis para o plantio. O resultado de tanto esforço são duas cachaças, a Velho Alambique, que tem o selo da Secretaria da Receita Federal (?!), e a Locomotiva, novidade no mercado da cachaça e ainda sem o selo. Segundo seu produtor, Ivandro, a região do vale do Taquari tem um histórico de boa produção há mais de cem anos.

Fotos Brunna Rosa : Novidade do mercado do Mézis!
Cerpa durante o Fórum? Nem pensar... é Polar mesmo!


Em Tempo:

Fernando, o motorista colorado que ajudou a cidadã a sair do Fórum Mundial de Economia Solidária, pegar suas malas no hotel e chegar na rodoviária a tempo, ainda mostrou o hotel em que o Inter estava hospedado, o Glória. Inter encarava pelo Gauchão o também Inter, só que de Santa Maria. Só que o “motora”, apesar de ser colorado porto-alegrense, confessou que ontem iria torcer para o time de sua cidade, o Inter de Santa Maria.

Não adiantou, o Inter de Porto Alegre acabou empatando com o Inter de Santa Maria. Deve ter sido influência do valor do ingresso: cinquenta reias, surreal!

Já chegando na rodoviária, e eu reclamando da ponte que caiu e que aumentou a viagem entre as cidades de Santa Maria e Porto Alegre, Fernando comentou que era para ele ter caído junto. Em suas palavras, morrido, não o foi porque parou para um café. Segundo ele, “foi coisa de dez minutos”. Bastou para eu parar de reclamar e encarar uma Polar (aí que saudades da Cerpa!).

Mogi Mirim 2 X 1 Santos. Que venha Robinho. Mas só ele basta?

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Aos 40 minutos do segundo tempo, o Santos ainda se recuperava do baque de ter tomado o segundo gol do Mogi Mirim e o comentarista da Sportv, Maurício Noriega, dava um dado espantoso. Até ali, o Santos tinha feito 25 finalizações contra nove da equipe da casa, sendo doze oportunidades de gol. Foram bolas na trave e defesas simplesmente inacreditáveis que davam a impressão de que não era de fato o dia do Alvinegro.

Mas não se pode também atribuir a derrota santista à falta de sorte, a erros de quem foi à frente ou a uma atuação esplendorosa do goleiro Alex Alves. De novo, os limites do elenco peixeiro ficaram à mostra. Se na partida contra a Ponte a saída de apenas um jogador, o lateral-direito George Lucas, foi o suficiente para desarrumar o time, principalmente no setor defensivo, a saída de Roberto Brum no primeiro tempo novamente obrigou Dorival Junior a mexer na estrutura tática alvinegra.

Não que o cabeça-de-área seja um craque, mas tem noção de cobertura e sabe cumprir a função tática de proteger a zaga quase como um terceiro zagueiro. Nem Rodrigo Mancha nem Germano têm essa característica. Por conta disso, três minutos após a saída de Brum, o Santos tomava o gol de empate, com o rápido Geovane avançando em um espaço vazio onde ninguém parecia saber marcar.

No segundo tempo, as chances prosseguiam e o Mogi aproveitava os contra-ataques. Dorival resolveu mudar e colocou Madson e Marquinhos no lugar de Léo (que parece não ter aguentado o ritmo) e André. Nova mudança, Pará na direita e Germano protegendo o lado esquerdo da defesa. Por aquele lado, o volante foi um desastre, envolvido a maior parte do tempo e justamente por ali que o artilheiro do Paulistão Geovane brilhou, em lance individual, e fez o segundo do Mogi.



Pode-se culpar o treinador por ter alterado o time de forma equivocada. Talvez o apagado Ganso pudesse ser sacado ao invés de André, que tem sido substituído costumeiramente. Mas há que se lembrar as limitações e faltas de opções, que se agravam com atletas no departamento médico ou fora do condicionamento físico ideal.

Ou seja, como já observado no texto sobre a vitória contra o Rio Branco, o clube precisa de reforços. Claro que o Santos ganha com a chegada de Arouca, que pode jogar tanto como volante como lateral-direito, sendo superior ao esforçado mas limitado Pará, que desde o ano passado é o símbolo da improvisação no clube. Mas vai ser preciso ir além e contratar mais.

*****

A chegada de Robinho, que pode se concretizar em breve, é uma oportunidade de ouro para o Peixe negociar um (ou mais de um) novo patrocinador e fazer ações de marketing para valorizar a imagem do clube. E isso, não tenho dúvida que o clube fará. No entanto, por mais que a chegada do campeão de 2002 seja uma boa notícia, é importante que todos tenham em mente que, hoje, Robinho precisa muito mais do Santos do que o Santos dele. Espero que o sete também tenha consciência disso e que sua postura seja distinta de quando ele saiu do Alvinegro. E, se vier, seja mais que bem-vindo, craque!

*****

Agora, o que foi o Botafogo, hein?

domingo, janeiro 24, 2010

Palmeiras e Ituano empatem em 3 a 3: o drama de uma zaga

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Na segunda partida em seus domínios no campeonato Paulista, o Palmeiras ficou em um empate gordo em 3 a 3 com o Ituano. Foi a segunda igualdade em três jogos. Mas muito mais marcante do que no resultado em Presidente Prudente contra o Barueri, a defesa alviverde mostrou fraqueza diante das investidas do ataque adversário.

O Verdão fez um a zero, mas sofreu o empate. Depois, abriu 3 a 1, cedendo novamente a igualdade. Se os contra-ataques do Ituano mostravam, no primeito tempo, que poderiam assustar, na etapa final foram eficientes, evitando a derrota depois dos 35 minutos. E em uma rebatida entre zagueiros (gol contra) e em outra trombada entre a turma da retaguarda palestrina.

Juninho Paulista, cartola e camisa 10 de 36 anos, era o motor do time de Itu. Um futebol proporcional ao avantajado tamanho dos objetos da cidade. Cleiton Xavier vem fazendo um início de temporada parecido com o de 2009, mas com menos gols e mais passes. De seus pés saíram os três gols palmeirenses. O certo era um elogio aos camisas 10, maestros dos times e responsáveis por tantas redes balançadas.






Diego Souza também voltou a atuar bem. O camisa 7 fez o primeiro. Robert marcou e Deyvid Sacconi esteve bem na partida, por ser titular, mas não parece ser o jogador que Muricy Ramalho quer para a posição. Figueroa é bem mais eficiente do que Armero, e não basta para garantir todos os chuveirinhos que o treinador costuma pedir e a que o gramado encharcado quase obrigava.

O problema maior do Palmeiras é a defesa. Mas talvez o setor sofra justamente porque já sofre com o que provavelmente será a principal dor de cabeça da temporada, a falta de jogadores no elenco. Se Maurício Ramos estava contundido, neste domingo, Léo também não atuou, com dores na coxa. Gualberto, de 19 anos, foi a campo de sopetão. Bobeou no primeiro gol, e deixou o time da casa com 10 quando foi expulso, aos 17 do segundo tempo. Nem deu para saber se o jogador é só teve uma tarde ruim ou se não segura mesmo as pontas...

O cartão vermelho acertado é raro nas minhas lembranças de campeonato estadual de São Paulo, o mais comum é o time do interior terminar com um jogador a menos. Mas isso é um detalhe.

Os 10 gols marcados em três jogos são um início tão promissor para o ataque quanto a temporada de 2009. Mas os seis sofridos pela defesa não animam. Ano passado, na terceira rodada, somavam-se 7 gols pró e nenhum contra. A próxima partida é contra o Mirassol, fora de casa.

6 a 0
O que foi o placar elástico do Vasco em cima do Botafogo?

sábado, janeiro 23, 2010

Shampoo de cerveja integra a linha de produtos da higiene e beleza manguaça

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A cidadania manguaça avança enquanto o projeto Manguaça Cidadão não se institucionaliza.

Imagem: Reprodução
Uma empresa japonesa lançou um shampoo de cerveja. Nem só de robôs e luzes coloridas vivem os nipônicos. O frasco, como pode ser visto na foto, é idêntico a uma garrafa e o principal componente de fato é a cevada, que promete deixar os fios de cabelo com maciez e brilho.

Outro atrativo é que o "Beer Shampoo" não é líquido, mas um pó (o que pode ser especialmente útil em viagens, afinal sempre é um risco o dito-cujo abrir na mala). É preciso adicionar água morna (a 40ºC) e agitar para obter a solução. Por enquanto, a mercadoria só está disponível na Ásia. Mas pesquisando descobri que há produtos para os cabelos comercializados no Brasil a base de levedo de cerveja, o que não é exatamente a mesma coisa.

Como bem apontou o Fredi em um post sobre xampus a base de vinho, em breve teremos toda uma linha de produtos de higiene manguaça!

Mas, não é só isso...

A linha de produtos de higiene e beleza manguaça vai além. Inclui o perfume de cerveja, garantindo que "aquele cheiro sedutor" estará disponível a qualquer hora, e 142 tipos de sabão de cerveja. Até Spa de Cerveja está disponível para realmente eliminar o estresse do dia a dia com, banhos e massagens regados ao fermentado de cevada maltada (para usar e beber).

Para aqueles que são contrários a adquirir produtos de multinacionais – e para os calvos leitores do Futepoca, é possível aprender a fazer o seu próprio xampu. A promessa, segundo a receita, é que a fórmula traz "volume e corpo ao seu cabelo", praticamente "um caminho natural para ajudar os seus cabelos a crescerem mais grossos e mais cheios". Alguém se arrisca?

Fotos: Reprodução

Manguaça que é cidadão deveria ter direito aos spas de cerveja e cota de sabão a base do pão liquido

Alguém tem mais alguma indicação? Poderíamos propor uma linha de produtos de higiene -manguaça orgânicos (e advindos da agricultura familiar) com a marca Futepoca... Aí precisaria de uma linha de pesquisa para comprovar os poderes de rejuvenescimento dos hábitos etílicos... Fica a sugestão.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Corintiano Lula ganha o dia em cima do palmeirense Serra

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Enquanto o clima esquenta na pré-campanha eleitoral entre petistas e tucanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo e pré-candidato José Serra (PSDB-SP) trocaram provocações de torcedor nesta sexta-feira (22).

Foto: Ricardo Stuckert/PR

"Corintiano não vota em palmeirense, Serra", teria dito Lula,
segundo fontes não confiáveis


Na cerimônia de inauguração das novas instalações da fábrica Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Itapira (SP), o governador que acha que futebol e política não se misturam foi quem começou. Ele reclamou da informação de que o município teria apenas corintianos e são-paulinos, quase nenhum palmeirense, seu time do coração.

Serra pediu para a plateia confirmar sua informação. Não deu outra: pouca gente levantou a mão. “Vocês vejam que o governador não pode ser perfeito”, desconversou o pré-candidato.

Foi o que bastou.

Lula não teve compaixão do minoritário palestrino. "Foi Deus que botou na cabeça do [ministro da Saúde José Gomes] Temporão a ideia de me convidar para vir aqui hoje. Não tem nada mais importante para um corintiano do que ver um palmeirense perceber que tem tão pouco palmeirense aqui e maioria corintiana. Serra, já ganhei o dia hoje aqui”, afirmou.

Na quinta-feira, 21, os presidentes do PSDB e do PT trocaram farpas por meio de notas em seus sites. O senador Sérgio Guerra repetiu, qual um mantra, que a pré-candidata petista Dilma Rousseff é mentirosa. Ricardo Berzoini e José Eduardo Dutra, presidentes atual e eleito do PT responderam acusando o tucano de ser "jagunço" de Serra. A tréplica pode vir na Justiça.

Antes que alguém pergunte, Dilma Rousseff é torcedora do Internacional de Porto Alegre-RS.

O que é isso, 'companheiro'?

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No banheiro de uma rádio FM em Peruíbe, litoral paulista:

Em dia de 2 a 2, Palmeiras empata com Barueri de Prudente

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Na primeira partida contra o futuro Grêmio Prudentino – embora o nome oficialmente não tenha sido definido – o Palmeiras empatou em 2 a 2. A quinta-feira foi um dia favorável às igualdades em dois gols, porque nas duas outras partidas realizadas o placar foi o mesmo.

No "clássico" do ABC, Santo André e São Caetano ficaram no 2 a 2 no Ramalhão. Idem para Mogi Mirim e Rio Branco.




Enquanto o Palmeiras saiu de Presidente Prudente reclamando do segundo gol do ainda Barueri, marcado por Tadeu aos 14 do segundo tempo, impedido, o fato é que a atuação do Palmeiras foi pior do que na estreia contra o Mogi Mirim. Cansa reclamar tanto da arbitragem. Por mais que a comissão de arbitragem não descarte punição a Paulo César de Oliveira, a hora e a relevância da partida colocam a atuação do trio de homens em segundo plano.

Mais relevante é olhar a atuação do time.

Como Flavinho fez o que quis na zaga palmeirense no primeiro gol, há um sinal de que a retaguarda ainda deve lembrar a torcida de momentos trágicos de anos anteriores. Apesar de Deyvid Sacconi ter feito o primeiro gol alviverde, sua escalação no lugar de William não representou mais criatividade nem melhor toque de bola. E o Barueri ainda perdeu um pênalti.

Robert perdeu chances de gol, mas quem evitou a derrota foi mesmo Diego Souza, ainda no ataque, de cabeça, em bola alçada à área por Cleiton Xavier. Os camisas 10 e 7 foram responsáveis pelos melhores momentos palmeirenses de 2009, e fizeram sua parte nas duas partidas deste ano. Falta mais gente na frente para decidir.

Dependente dos dois jogadores, o Palmeiras corre o risco de se expor a riscos muito parecidos aos enfrentados ano passado, quando não aguentou o ritmo de disputa do campeonato brasileiro e nem para a Libertadores se classificou. Como a atuação deles oscila de jogo para jogo, driblar isso é o desafio para Muricy Ramalho.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Sebastian Piñera dança "Thriller"

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O presidente eleito do Chile, Sebastian Piñera, talvez inspirado em outro já falecido mandatário, o russo Boris Ieltsin, resolveu mostrar seus dotes artísticos no encerramento de sua campanha. Inacreditável é o fato de ter vencido as eleições mesmo depois do papelão... Conheçam o cover chileno de Michael Jackson:



Isto posto, ficam duas perguntas: e se fosse o Lula? E será que o povo chileno, ao eleger Piñera, vai dançar também?

Exclusivas do Santos e o jogo de ontem

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A apuração jornalística do Futepoca conseguiu duas informações importantes sobre o futuro do Santos. A primeira, e já esperada, é que evoluíram bem as negociações para o retorno de Pelé à Vila Belmiro, com sua imagem utilizada principalmente para a promoção de ações de marketing. O Rei estava afastado do clube que o revelou por conta das estremecidas relações com a gestão anterior. A volta, no entanto, será pautada pelo profissionalismo. Pelé não vai ser um mero patrono e a negociação também pode envolver uma parceria com o Litoral F.C. nas categorias de base.

A outra informação diz respeito ao futebol feminino. A diretoria santista conversa com dois grandes patrocinadores que podem viabilizar uma ação espetacular: a participação do Santos no mais importante campeonato profissional do planeta, a Liga dos EUA. A partir de 2011, o clube contaria com Marta e Cristiane, concretizando o projeto Santos Mermaids (sereias, em inglês) e passaria a jogar na meca do futebol feminino. 

Sobre o jogo 


 

Se a goleada do Santos, mesmo com seus contornos simbólicos, não era para fazer com que o santista acreditasse que o time já estava formado e engrenado, o empate com a Ponte na Vila também não é nenhum sinal para se desesperar. Se o torcedor não tiver em mente que esse é um time em formação (com alguns jogadores também em formação), corre o risco de cobrar em excesso os atletas e queimar jovens promissores, como já aconteceu em épocas recentes.

Analisando o contexto do resultado, o time conseguiu fazer uma movimentação ofensiva semelhante à da partida de domingo. A diferença é que a Ponte fechou a entrada da área e dificultou as finalizações peixeiras. Ainda que tenha tido mais volume de jogo, com mais oportunidades de gol, a equipe foi castigada também por não ter achado o ritmo certo no decorrer da partida. Os garotos ainda não sabem a hora certa de cadenciar ou acelerar o jogo e isso pode ser crucial em algumas ocasiões, como foi ontem.

Outra característica da falta de entrosamento foi o incrível “gol de costas” tomado pelo time. A falha de comunicação entre o goleiro Felipe e a zaga evidencia a necessidade de se treinar mais as jogadas de bola parada, lembrando que essa é somente a segunda partida em que essa defesa joga junto. Aliás, não apenas defensivamente o Santos precisa treinar o posicionamento em faltas e escanteios. Como o ataque santista se movimenta com muita velocidade e troca de posições, as faltas próximas à área foram uma constante ontem e também contra o Rio Branco e as oportunidades acabaram desperdiçadas. Nada que não se corrija com treinamento, mas erros assim ainda podem acontecer nas próximas rodadas. Paciência, torcedor, paciência...

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Souto e Arouca: bom negócio para todos?

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Enquanto este post está sendo escrito, Santos e São Paulo finalizam os detalhes da troca envolvendo Rodrigo Souto e Arouca. A pergunta é: quem ganha e quem perde com o negócio?

Analisando quase friamente - na medida do possível para um torcedor - a permuta pode ser interessante para os quatro lados, a saber, os dois clubes e os dois atletas. Rodrigo Souto não tem um desempenho regular desde a malfadada negociação com a Rússia, situação que só se agravou com o tal caso do doping. De jogador promissor e fundamental para a equipe, passou a oscilar boas e más atuações, falhando muito na marcação e parecendo aéreo em certos momentos durante o jogo.

Já Arouca não conseguiu se firmar em uma equipe coalhada de volantes e jogadores de marcação. Ora era titular, ora reserva. Teve até mais visibilidade que seu companheiro de Fluminense Júnior César, mas brilhou menos que o seu também colega de time e de ex-time Washington.

Para os dois atletas, a permuta é uma boa, e para os clubes? O Santos tem como segundo volante Rodrigo Mancha, jogador combativo mas com passe deficiente e excessivamente faltoso. Arouca é muito superior. Já o São Paulo pode voltar à formação onde Hernanes joga mais adiantado, com Souto fazendo as vezes de primeiro ou segundo homem da marcação - caso Ricardo Gomes insista com Jean na lateral-direita - ou mesmo como terceiro homem do meio. Acertando os termos - e tempos - de contrato, pode ser vantajoso para os dois técnicos.

*****
Ainda que a imprensa tenha repercutido que Dorival Junior "lamenta" a perda de Souto, o fato é que o treinador entendeu a situação embora, obviamente, preferisse que Arouca chegasse sem perder nenhum jogador. Mas, conforme apurou o Futepoca, dados os valores salariais em jogo, o Santos vai economizar pouco mais de R$ 1,2 milhão por ano.

O quase ex-volante santista estava no rol dos atletas que a diretoria discutia a redução salarial para se enquadrar no novo teto peixeiro. Comenta-se inclusive que a remuneração de Souto atravancou a negociação do Santos com Fábio Costa, já que o goleiro soube dos valores que recebia o volante e quis aguardar para não ficar atrás ds companheiro de time.

terça-feira, janeiro 19, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 48

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SAI DESSA
(Natan Marques / Ana Terra)

Elis Regina
(* 17/03/1945 . + 19/01/1982)

Sonhei que existia uma avenida
Sem entrada e sem saída pra gente comemorar
Toda hora, todo dia, toda vida

Na tristeza e na alegria, sem platéia e sem patrão
Hoje eu sonhei que cerveja sai da bica
No banheiro não tem fila nem existe contramão
Que o trabalho é ali na nossa esquina
E depois do meio dia, nem polícia e nem ladrão

Sonhei, como faço todo dia
Como você não sabia, meu senhor não levo a mal
A beleza, o amor, a fantasia
O que tece e o que desfia não se aprende no jornal

Hoje eu sonhei, mas não vou pedir desculpas
E nem vou levar a culpa de ser povo e ser artista
Sem essa, moço, por favor não crie clima
Seu buraco é mais embaixo nosso astral é mais em cima

(Do LP "Vento de Maio", EMI, 1980)

Contra brigas por causa da cervejinha: simulador de ambientes

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Reza a lenda que em recente pesquisa de mercado, e também em consideradas conversas etílicas, a cerveja e as saídas noturnas são as principais causas de brigas e até mesmo divórcio dos casais argentinos. Pois bem, para combater a cizânia (vai no dicionário) e a discórdia por conta das "escapadinhas", a cerveja Andes arranjou uma solução: um simulador de ambientes, que começou a ser instalado em outubro de 2009 em bares de Mendoza, na Argentina.

Foto: Reprodução
A situação é cômica: ao tocar o telefone celular e ser identificada aquela chamada... hã... de casa... você iria para o simulador e escolheria o som do ambiente: reunião, cinema, supermecado, consolando amigos, dentista e até motor fundido! Assim, você seria "teletransportado" para um ambiente menos comprometedor do que o bar. A imagem do simulador, à moda do teletransporte utilizado no filme A Mosca, é mais cômica ainda (ver foto).

Só que não são só os argentinos que têm suas alternativas para as tais escapadinhas. Em São Paulo, um bar da região dos Jardins instalou uma cabine telefônica, apelidada de cabine cornofônica, em 2008, e que também simula sons para despistar o real paradeiro dos clientes. Então, será que los hermanos andaram nos imitando?

Independentemente do plágio ou não, o site da campanha conta com simulador do tal "Teletransporter", e os comerciais de TV foram reproduzidos na internet e no site de relacionamentos Facebook – mas ninguém quis comprar a opinião de nenhum blogueiro.

As peças, diga-se de passagem, são bem machistas. Mas lembrem-se quantas vezes nós, mulheres, não levantamos da mesa do bar e saímos correndo com o celular na mão proporcionando cenas sempre ridículas, para atender aquele telefonema do chefe, dar aquela desculpa pelo atraso no encontro com outros amigos, aquele jantar em família que você esqueceu e, por que não, aquele perdido no namorado.

Importante ressaltar também que, na campanha da cerveja argentina, o conceito de bar se aproxima muito do lugar de balada, e não do tradicional boteco. Compreensível, até porque ninguém imagina um trambolho desses no meio de um bar como era o saudoso Bar do Vavá.
Em tempo: O Futepoca reafirma sua preferência pelos botecões.

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Festa portuguesa no sábado e no domingo

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Bom, como o camarada Moriti está demorando muito pra analisar mais uma derrota do São Paulo e a Thalita nem deve estar muito chateada, pois também torce pra Lusa, vou cumprir aqui o sacrificante papel de sãopaulino de plantão. Não vi o jogo, só o golaço do Marcelinho Paraíba (que aparece com a bola na foto). Reestreou com gol, chegou a 47 com a camisa tricolor. Mas, voltando à partida, fiquei sabendo que o Rogério Ceni perdeu um pênalti e o Washington um gol mais do que feito (pra variar...), depois de uma linha burra bem burra dos defensores lusitanos. E o castigo veio a galope: no segundo tempo, o estabanado Richarlyson fez um pênalti bobo e a Lusa empatou. Logo em seguida, o ex-sãopaulino Marco Antônio virou o placar. Também pra variar, Dagoberto arrumou mais uma expulsão (e a gente ainda fala mal do Domingos, que riu por último). Tranquila, a Portuguesa teve tempo de fechar em 3 a 1 a derrota do Tricolor em pleno Morumbi. Curioso é que no sábado eu fui a uma festa de casamento na Vila Leopoldina em que o noivo era sãopaulino e a família da noiva, toda de portugueses. Foi uma festa "portuguesa com certeza", com banda típica, música, dança, vestes, comida e muito vinho. Devia ter desconfiado de que era prenúncio de alguma coisa: o São Paulo bailou o vira na estreia do Paulistão. Ora pois pois, Ricardo Gomes!

Rio Branco 0 X Santos 4 - uma goleada mais que simbólica

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Se a vitória do Santos por 4 a 0 contra o Rio Branco é para ser vista com algumas reservas, dada a fragilidade do adversário, é sempre bom estrear com goleada. Ainda mais analisando o contexto, um time com uma dupla de zaga nova, com dois atletas retornando de empréstimo e, acima de tudo, um grupo tentando apagar a péssima imagem do ano passado quando, das dez últimas partidas, venceu apenas duas no Brasileirão. No entanto, a partida de ontem no Pacaembu foi carregada de simbolismos, com algumas cenas que permitem ao santista vislumbrar um futuro melhor e esquecer os últimos trágicos dois anos.

Se o Rio Branco poderia oferecer alguma dificuldade com sua forte marcação, Paulo Henrique Ganso, em uma finalização pra lá de feliz, facilitou tudo logo aos 2 minutos de jogo. Aos 19, André passou para Ganso, que cruzou para Neymar fazer. Um trio de garotos que, junto com Wesley, se movimentou o tempo todo sem a bola, abrindo espaços importantes na defesa adversária.

Ali, a toalha já estava jogada e o Rio Branco pouco assustava. Após o intervalo, o torcedor se agitava, menos por conta da partida e mais para ver o retorno de Giovanni, impaciente no banco. Quando Dorival Júnior pediu para os reservas se aqueceram, a agitação tomou o Pacaembu. Que lembrou, aliás, outra partida, contra o Oeste de Itápolis. Na ocasião, todos que estavam no estádio olhavam para o banco, esperando a hora que Mancini fosse colocar o garoto Neymar para fazer sua estreia como profissional. Agora, não era a vez do aluno, mas sim do professor.



Aos 13, o técnico o chama. Ele entra aos 15 e precisa de cinco minutos para mostrar a que veio. Domina a bola, dá dois toques nela no ar e vê a chegada de Ganso na área. Aliás, o garoto que ele mesmo indicou para o Santos. Toca na medida e sai o terceiro gol.

O jovem artilheiro se vira e aponta para o eterno dez, agradecido pelo presente. O veterano, emocionado, é abraçado por todos os jogadores. Dentre eles, um feliz Roberto Brum que, assim como Giovanni, também havia sido expurgado por um técnico vaidoso e autoritário que acredita no velho lema do “dividir para reinar”, expulsando do elenco qualquer um que tenha ascendência sobre os jogadores.

E é a cena da comemoração do terceiro gol, mais do que o gol em si, que fica na memória. Retrata um grupo unido, comprometido, e feliz. Ao contrário do cenário de desolação que se arrastou durante muito tempo na Vila Belmiro, culminando com a derrota para o Cruzeiro na Vila. É cedo para falar, mas hoje ao menos o torcedor do Santos pode ter esperança. Algo importante porque, há pouco tempo, até isso lhe era negado.

*****

Embora o jogo tenha sido fácil, mais ainda com a expulsão do zagueiro Kléber, aos 11 do segundo tempo, é possível avaliar algumas deficiências e virtudes do time na estreia. Se Brum fez bem o papel de volante à frente da zaga, Rodrigo Mancha, na função de segundo homem de marcação no meio, foi lento em alguns lances e faltoso de forma desnecessária em outros. Pará também não tem condições de ser titular do time, algo que já havia ficado patente em 2009. Se Léo não tiver condições físicas para suportar toda a temporada, a lateral-esquerda precisará de mais um reforço.

domingo, janeiro 17, 2010

Palmeiras 5 a 1 sobre o Mogi. Importante goleada na estreia

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Foi por 5 a 1 a goleada de estreia do Palmeiras no Campeonato Paulista 2010. Diante do Mogi Mirim, o alviverde demorou trinta minutos para abrir o placar, mas garantiu um marcador elástico com bom toque de bola e disposição.

Ótimo.



A rigor, a importância do resultado é mais para registrar que o time pode ser bom, apesar do final reticente do ano passado, do que de projetar os feitos para 2010. Por isso acho que o futebol mostrado e o placar alcançado eram obrigações, resposta a muita crítica engatilhada da torcida e da mídia.

Diego Souza, como jogador de frente, foi o autor de dois gols, mas Cleiton Xavier também se destacou, marcando um de pênalti e cruzando ou chutando ao gol em outros dois (o de Léo e de Robert).

Apenas três estreias foram promovidas. Léo na zaga e Márcio Araújo, no meio, não chegaram a ser testados pelo ataque do Sapo, mas fizeram boas partidas. O zagueiro fez seu gol, mas falhou no tento mogiano, conferido por Geovane. William, como meia, rendeu menos e deu lugar a Deyvid Sacconi, mas não se pode avaliar nenhum dos jogadores por uma partida.

O mesmo vale para o time. Muricy Ramalho segue reclamando mais reforços, mesmo sem ter a Libertadores da América pela frente, apenas a Copa do Brasil e o estadual no primeiro semestre. Ainda prefiro Diego Souza no ataque do que no meio, porque ele e o time rendem mais. Mas faltam ainda uns reservas, gente no ataque e opção para se variar taticamente.

O ano vai ser longo, isso todo palmeirense sabia. Espero que seja, também, bom como a estreia.