Compartilhe no Facebook
A 100ª pesquisa do Instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) foi divulgada nesta segunda-feira (1º) e todos os veículos optaram por manchetes corretas, mas surpreendentemente favoráveis à pré-candidata petista Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil. Realmente a vantagem de intenção de votos de José Serra (PSDB), governador de São Paulo, caiu para 5,4 pontos percentuais, menor do que a soma de margem de erro – de três pontos para mais ou para menos. É o limte da margem, mas é a margem.
Outras possibilidades seriam dizer que Dilma subiu 6 pontos ou que a diferença caiu quase pela metade. Ou ainda que Ciro Gomes despencou, pela primeira vez aparece atrás de Dilma numa simulação de improvável segundo turno.
Mas nenhuma dessas é a manchete alarmante.
O Marcão já havia alertado, em 2008, que Lula já era mais popular do que futebol e cerveja.
Agora, o dado assustador é que 67,4% dos 2 mil entrevistados são contrários ao uso de bebidas alcoólicas. A parcela é apenas sete pontos menor do que a rejeição ao cigarro.
O detalhe é que o Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado em 2007, apontava que 52% das pessoas bebiam. Segundo a Veja, "quase 70 milhões de brasileiros bebem" (36,6% de 191 milhões, segundo estimativa do IBGE de agosto).
Seja de acordo com os dados do Levantamento, produzido pelo Ministério da Saúde, seja na estima tiva sem menção a fontes da revista da Abril, há uma sobreposição de pelo menos 4% e no máximo 20% da população que bebe mesmo sendo contra o hábito.
No caso dos fumantes, 17% (24,6 milhões) têm o cigarro como hábito. É compatível com o nível de rejeição do tabagismo.
Independentemente da sobreposição, que realmente preocupa, o que impressiona é pensar que dois terços da população são contra bebidas alcoólicas.