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Como faz diferença quando se entra em campo com a melhor escalação possível... Ao contrário de domingo, Vágner Mancini colocou Madson e o jovem Paulo Henrique como titulares, deixando fora Roni e Lúcio Flávio. Assim, o Santos foi ao mesmo tempo consistente no meio de campo – ora Neymar, ora Madson recuavam para buscar a bola – e leve, com triangulações e passes rápidos.
E foi a segunda vez na Era Mancini que o time jogou bem no primeiro tempo. Em que pese o Santo André ter tido a primeira chance de gol - e única dele na etapa inicial -, o Alvinegro dominou e foi em uma jogada de Neymar, pela esquerda, que o placar foi aberto. Madson conseguiu um chute improvável, pela pequena distância entre o pé de apoio e a bola.
O segundo saiu de quem menos se esperava. Triguinho, que vem atuando mal, estava posicionado para atuar quase como um terceiro zagueiro, função que exerceu em outras partidas muito por conta do pífio desempenho à frente. Mas Kléber Pereira fez o trabalho de pivô e deu de bandeja o tento para o lateral.
É claro que o Santo André tentou pressionar na segunda etapa. O treinador Sérgio Guedes pedia para seus laterais avançarem. Mas como, se Neymar estava nas costas de um ou de outro? E um drible da vaca aplicado em Elvis dentro da área, que resultou depois em uma chance de gol de Rodrigo Souto, mostrou aos andreenses que com aquele moleque em campo, chamando jogo, o empate era impossível. De novo, apanhou, foi intimidado, mas de nada adiantou.
Por justiça, o terceiro seria dele. Bela jogada de Madson pela direita e o garoto recebeu na área. Três jogadores na frente, mas Neymar não se enervou. Olhou, chutou de forma sutil, fora do alcance do zagueiro e do goleiro. O jogo acabava ali. E daí que ainda tinham mais dois terços do segundo tempo? O rival desmoronou, sem moral, sem esperança. E logo depois, quando o meniono saiu, sentindo dores no pé esquerdo por conta de uma pancada ocorrida na partida contra o Rio Branco, o interesse da peleja caía a quase zero. E depois da substituição de Paulo Henrique, que ainda dava à partida algo de imponderado, era mais importante secar a Portuguesa, que ontem só conseguiu permanecer no G-4 graças a um erro de arbitragem. Quem diria, hein...
Com o empate luso em casa, contra o Mirassol, o Santos fica a um ponto da zona de classificação. Tem mais duas “finais” contra Barueri, no sábado, e Lusa, no meio de semana. E é nesse clima de decisão, uma atrás da outra, que o santista poderá saber o que esperar da equipe no Brasileirão. Que mais andorinhas façam companhia a Neymar.
Luisinho na direita e Triguinho na esquerda ainda causam arrepios ao torcedor. Roberto Brum, pelo jeito, perdeu mesmo a posição para Germano, que não atuou em função de ter tomado o terceiro cartão amarelo. Parece óbvio que o Santos vai precisar de reforços. Se e quando eles virão é que angustia...