Destaques

segunda-feira, maio 19, 2008

Meninos bem na fita e a arbitragem bêbada

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Rubens Chiri/SPFC

O time reserva do São Paulo foi até a Arena da Baixada para enfrentar o Atlético Paranaense. Eu, a imprensa, a torcida do Flamengo e o Muricy esperávamos uma derrota, mais ou menos fragorosa. O que veio foi um bom empate, que até merecia ser vitória.

O time (Bosco, Bruno, Juninho, Aislan, Éder, Wellington (Rafael), Joílson, Júnior, Alex Cazumba,
Éder Luis (Sérgio Motta), Borges) entrou em campo completamente perdido. Em 10 minutos sofreu umas 5 finalizações e não fez nenhuma. Prenúncio de desastre. A impressão foi parcialmente confirmada aos 15 minutos. O Atlético cobrou um escanteio, a zaga deixou Danilo livre, Bosco saiu para caçar borboletas e o gol saiu. Por mais que o time do Atlético seja ruim, a defesa dava a entender que ia entregar bonito.

Mas não foi isso que aconteceu. O Atlético continuou melhor em todo o primeiro tempo, mas o São Paulo não foi ameaçado de verdade depois do gol. E ainda criou umas chances. No segundo tempo, então, a diferença foi enorme. O Tricolor dominou o jogo e poderia ter vencido, dado o número de boas finalizações (incluindo duas bolas na trave). O gol saiu em uma bela jogada que começou com o júnior Alex Cazumba, passou por Júnior, que cruzou na medida para Éder Luís, que marcou seu primeiro gol pelo time. Até o fim o São Paulo pressionou. Até que um pontinho ficou de bom tamanho pelas circunstâncias.

Além da força inesperada dos reservas do São Paulo, o destaque do jogo foi o árbitro Djalma Beltrami. Errou em tudo. Não olhava os bandeiras, que ficavam uma hora com o braço levantado marcando impedimento, deu um pênalti que não foi em Alex Cazumba, mas voltou atrás uma década depois porque o auxiliar marcou um impedimento que... não existiu! E expulsou o Aislan, direto, por um carrinho até que destrambelhado, mas que não valia um vermelho não. Tem gente que diz que nem falta foi. Enfim, uma lambança. Deve ter rolado uma manguaça antes do jogo, já que o bar do Atlético conseguiu uma liminar para vender cerveja (viva!).

O jogo não serviu de ensaio para a Libertadores, por motivos óbvios. Mas deixou os torcedores mais otimistas em relação ao futuro desse time, que deve ser parcialmente desmontado na janela do meio do ano.

Som na caixa, manguaça! Volume 21

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EXPULSOS DO BAR

MATA-RATOS

Somos mais de 20, todos a abardinar
Queremos beber, não queremos pagar
Vamos para a festa cantar e gritar
Vamos fazer merda, peidar e arrotar!

Expulsos do bar!
Fomos postos a andar!
Expulsos do bar!
Mas haveremos de voltar!

Entupimos a privada, mijamos no balcão
O patrão com tanta agitação
Chama a polícia pra nos por a andar
Vamos dar a fuga, mas haveremos de voltar!


(Do EP "Expulsos do Bar", Drunk Records/ Fast'n'Loud, 1994)

Pesquisa indica que europeus preferem ver futebol a fazer sexo

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Legenda pra forçar a barra: Suecos preferem Christian Wilhelmsson a modelo nativa Helen Swiden

Levantamento divulgado nesta segunda-feira, preparado pelo Centro Europeu de Investigação de Assuntos Sociais, deve deixar as mulheres européias um pouco temerosas. A pesquisa indica que seis de cada dez europeus preferem ver um jogo de futebol a ter relações sexuais.

Feita em 17 países do continente, a sondagem indica que a Suécia, país pioneiro da Educação Sexual e famoso pelo pensamento liberal no que tange à atividade celebrizada por Adão e Eva, é onde os homens tem menos interesse pelo sexo em relação ao esporte bretão: 95% dos entrevistados responderam que nunca ou quase nunca trocariam uma partida de futebol por uma relação sexual.

A pesquisa analisou também como o esporte influi em decisões como planejar o tempo livre ou escolher namoradas. A ampla maioria, 63%, disse que pensa suas folgas em função do calendário de competições esportivas e 40% preferem que a parceira torça pela mesma equipe.

Emoção incontida


Outro dado apurado diz respeito ao comportamento dos torcedores na hora do gol e do resultado final de seu time. Incríveis 88% responderam que já abraçaram ou beijaram a um desconhecido durante a celebração de um evento esportivo, enquanto 66% admitiram chorar habitualmente nas vitórias ou derrotas de seus times ou atletas favoritos.

Os portugueses são líderes do ranking do choro: 80% já verteram lágrimas por culpa do futebol. Ainda assim, os patrícios se orgulham de apenas 17% deles trocarem sexo por um jogo de futebol. Já em relação à superstição, 40% disseram que repetem os mesmos rituais nos dias de finais ou eliminatórias que envolvem seus clubes de coração, sendo que os espanhóis são os que mais acreditam na importância do além: 69%.

Ensaio pra quinta?

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Claro que o título de post é mais torcida do que análise, mas ontem o Santos goleou o Ipatinga por 4 a 0 com o foco - tanto dos jogadores quanto dos torcedores - na partida de volta das quartas-de final da Libertadores. Leão não quis arriscar perder para um candidato ao rebaixamento em plena Vila Belmiro, como aconteceu no ano passado contra o América (RN), e decidiu colocar os titulares para enfrentar o time mineiro.

A equipe alvinegra, claramente desconcentrada, jogou um primeiro tempo sofrível, se rendendo à marcação forte no meio de campo feita pelo Ipatinga. Wesley, com seus passes errados, e Molina, sumido, eram os mais dispersos, mas Rodrigo Souto também errava. Perdiam bolas importantes e sofriam desarmes que davam contra-ataques de bandeja para os mineiros.

Na segunda etapa, a equipe parecia voltar com outra postura. O próprio Rodrigo Souto confessou, após a partida: "a nossa equipe estava com a cabeça no outro jogo, mas conversamos no intervalo e mudamos isso. Conseguimos impor nosso ritmo de jogo no segundo tempo." Logo no início, Leão tirou Molina e Wesley, colocando Tabata e Trípodi. O argentino entrou aceso na partida, enquanto o "samurai" continuou sua sina de más atuações, embora mais participante que o colombiano, o que acabou fazendo um pouco da diferença.

Em 19 minutos, dos 15 aos 34, o Santos fez quatro gols e liqüidou a partida, lembrando o célebre dito popular "porteira que passa um boi, passa uma boiada." Três de Kléber Pereira, artilheiro do Campeonato Brasileiro, que começa a fazer uma dupla interessante com o cada vez mais entrosado Lima. E Leão resumiu assim o jogo, justificando sua atitude de não poupar os titulares: "corremos o risco de colocar todos em campo porque precisávamos da vitória. Quem for ler o jornal vai achar que o jogo foi moleza, mas o Ipatinga foi melhor no primeiro tempo. Imagina se tivéssemos perdido? Não teríamos pontos no Brasileiro, algo 'bonito' para alcançar um triunfo na quinta. Trabalhar com vitória é sorrir melhor, desde que venha do trabalho."

A insurreição começou!

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A Associação de Lojistas da Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR, conseguiu vender bebidas alcoólicas ontem, durante a partida contra o São Paulo, amparada numa liminar da Justiça de Curitiba. Resta saber o que a CBF (Confederação Brasileira de Futilidades) vai fazer, já que proibiu esse tipo de comércio em todos os jogos de futebol no País. O árbitro da partida, Djalma Beltrami, disse que anexará na súmula uma cópia da liminar. Luciana Pombo, assessora de comunicação do clube paranaense, já adiantou os contratos de exploração dos bares poderão ser cancelados caso o clube seja punido. Mas a "desobediência civil", ontem, foi o primeiro passo concreto da resistência manguaça! Agora já temos jurisprudência! Cerveja nos estádios já! Para molhar goelas sedentas - e melhorar tantos jogos sofríveis!

Mais um "separados no nascimento?"

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Com cabelos longos, não se percebia a semelhança. Mas que o chileno Valdívia (à direita) lembra fisicamente Alexandre Nardoni (e vice-versa), lembra...

Com dois a mais e gol de pênalti, Palmeiras vence no Brasileiro

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O comentário é a partir dos melhores momentos. Mas o Palmeiras venceu a primeira no Brasileiro sobre o Internacional de Porto Alegre na primeira partida diante de sua torcida depois da conquista do campeonato Paulista.

Denílson apareceu mais aberto, pela ponta direita, fez o primeiro gol e errou um monte de chutes. Léo Lima voltou depois de se contundir no primeiro jogo contra a Ponte Preta no lugar do afastado Kléber. Dois dos três volantes em campo tinham função de armar e os laterais de construir jogadas pelas pontas. Não parece ter sido ruim o resultado. Mas se Vanderlei Luxemburgo não confia em Lenny para iniciar a partida e se Denilson foi substituído pelo recém contratado volante Sandro Silva, isso pode indicar que o elenco alviverde não é tão amplo e qualificado assim do meio para frente.

Na zaga e no meio, há mais opções. David entrou no lugar de Gustavo para formar, com Henrique, a defesa. Aliás, o ex-cabeludo fez o goleiro Renan, do Inter, trabalhar em uma cobrança de falta aos 11 minutos da segunda etapa. Marcos fez uma saída do gol pra lá de estranha, ao estapear uma bola que, cabeceada no rebote, só não entrou porque Pierre estava em cima da meta verde.

Apesar das manchetes favoráveis com referências a "força", "triunfo" e "feras" e da atuação firme no meio de campo (por causa dos três bons volantes do Verdão), o time
sofreu o gol de empate em uma cobrança de falta de Alex para cabeçada de Índio, no fim do primeiro tempo. Terminou a partida com dois a mais em campo. Os cartões vermelhos para o Inter foram para os volantes Edinho, quando estava 0 a 0, e Guiñazu, quando os números finais estavam dados à partida. Aparentemente foram justas.

O pênalti que deu a vitória foi sofrido por Valdívia. Na vista dos melhores momentos, achei o lance estranho. Aliás, o chileno vem driblando cada vez menos, embora continue a sofrer bastantes faltas (11 no total). Seja por recomendação do banco de reservas, seja por senso de preservação das canelas, o chileno permanece como principal jogador do Palmeiras.

Mas parece que faltam umas pecinhas para disputar, como favorito, um campeonato longo como é o brasileiro. Até porque, em plena segunda rodada, o Náutico lidera.

Enquanto isso, antes de falar em hora da arrancada, é melhor pensar na Lusa, no Canindé no próximo domingo.

domingo, maio 18, 2008

Corinthians é o único 100% na Série B

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Douglas, novo camisa 10 do Timão (Agência Lance)


E a segunda rodada da Série B consagrou o Corinthians como o único time 100%. A vitória por 3 a 1 contra o Gama, na Boca do Jacaré, confirmou o favoritismo do time paulista, visivelmente mais forte em relação aos demais e que ainda conta com uma tabela favorável para disparar na ponta, como já comentado aqui. Mas a superioridade alvinegra é inegável. Por outro lado, o fato de nenhuma outra equipe ter obtido duas vitórias pode significar que a briga pelas outras três vaga para a Série A vai ser bem disputada.

Em comparação com o ano passado, nas três primeiras rodadas já não havia nenhuma equipe 100%. As únicas invictas, que lideravam o campeonato, eram o Marília e o tradicional cavalo paraguaio Ponte Preta, ambos com sete pontos. Nenhum dos dois conseguiu o acesso, ficando, respectivamente, em sexto e décimo-primeiro lugares. Mas é bom lembrar que o time de Osmar Santos perdeu seis pontos no STJD, de forma justa, diga-se.

Já a parte de baixo da tabela, hoje ocupada por América (RN), Santo André, Gama e Paraná, se for levado em conta o retrospecto de 2008, deve fazer esses times colocarem as barbas de molho. O clube do ABC, na terceira rodada de 2007, tinha obtido apenas uma vitória e penou quase até o fim para se safar do rebaixamento à Série C. As duas derrotas de 2008 são mais que um sinal amarelo. O Ituano, àquela altura, tinha perdido todas e o Paulista conseguira apenas um empate. Terminaram rebaixados.

Na terceira rodada, dois confrontos com equipes que disputam a ponta. Em Natal, ABC (4) e Corinthians (6) e, em Barueri, a equipe da casa (4) pega o Avaí (4). Empates nesses confrontos podem dar chance de liderança ao Fortaleza, que enfrenta o Gama no temível gramado do Castelão, e também para o Brasiliense (4), do artilheiro Dimba (4 gols), que joga com o América-RN (0) em casa. Quem também pode chegar à ponta é o São Caetano (4), no confronto contra o Criciúma (3), fora, e o Bahia (4), que enfrenta o Santo André (0) no ABC.

E Túlio (sim, ele mesmo) marcou no sábado seu segundo gol pelo Vila Nova, dando a vitória para o seu time por 1 a 0 contra o Ceará. Será que vai disputar a artilharia da Segundona?

Primeira doação ao futuro Acervo Futepoca

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Ganhei ontem de presente, e repassarei ao futuro Acervo Futepoca, uma verdadeira preciosidade: o disco de vinil "Brasil!!! Na Copa do Mundo" (foto), que a Odeon prensou em 1958, com trechos das narrações radiofônicas de todos os jogos do Brasil na Copa da Suécia. O doador da raridade foi Alessandro Mendes dos Reis, dono da livraria/ sebo Leitura & Arte, que fica na rua Fradique Coutinho, 398, em Pinheiros, São Paulo (ao lado do Bar do Vavá), telefone 3081-4365. A ele, nosso mais sincero agradecimento.

O disco traz na capa as fotos colorizadas do time posado, dos 22 jogadores do elenco brasileiro, mais o técnico Vicente Feola e o chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho. Este último era o proprietário da Rádio Panamericana de São Paulo, que, "gentilmente" (como observa o texto da contracapa), cedeu as gravações com locuções de Geraldo José de Almeida e Waldir Amaral e narração adicional de Estevam Sangirardi. O disco também tinha vínculo com o extinto jornal A Gazeta Esportiva. Pretendo, em breve, passar as gravações para MP3 e, se possível, postá-las aqui no Futepoca, nos dias de cada jogo da campanha de 50 anos atrás. Aguardemos.

sábado, maio 17, 2008

Kléber: de pretenso Kaká a futuro Sandro Goiano

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Há exatamente uma semana, eu conversava com três palmeirenses sobre o comportamento do atacante Kléber, emprestado por seis meses pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia, para o Palmeiras. Campeão paulista, com três gols marcados (inclusive o que garantiu a vitória contra a Ponte Preta em Campinas, na primeira partida decisiva), o atleta protagoniza jogadas explicitamente desleais e, calado e sério, parece manter totalmente a calma após as agressões, de forma fria e calculista. Não estou falando apenas da cotovelada em André Dias, do São Paulo (acima), na primeira fase do Paulistão. São muitos lances parecidos, como na decisão contra a Ponte Preta no Parque Antártica, quando, na queda após uma dividida, virou o pé e acertou propositadamente a sola e as travas da chuteira na cara do adversário. Maldade pura.

Pois então, falando sobre isso, todos os palmeirenses concordaram comigo. Dito e feito: hoje, Vanderlei Luxemburgo afastou Kléber do elenco e ele não enfrenta o Internacional de Porto Alegre amanhã, pelo Brasileirão. O motivo? Num simples treino, ontem à tarde, o atacante quase aleijou o zagueiro reserva Maurício, que saiu carregado de campo. É surpreendente esse tipo de comportamento, principalmente para quem, como eu, se lembra do início da carreira do atacante. Revelado pelo São Paulo, Kléber Giacomance de Souza Freitas era um cara franzino (à direita), que se destacava pela rapidez e oportunismo nas categorias de base e na seleção brasileira sub-20. Em 2003, aos 20 anos, assumiu a posição de Kaká, vendido para o Milan, e marcou 10 gols em seis meses de temporada profissional pelo tricolor paulista.

Pelo bom desempenho na Copa Sul-Americana, chamou a atenção e mereceu elogios de José Mourinho, que treinava o Porto - time que levaria para Portugal, no ano seguinte, o artilheiro Luís Fabiano. Com a lebre levantada, o ucraniano Dínamo se adiantou e comprou Kléber por US$ 2,2 milhões. Não sei o que fizeram com ele lá, se foi turbinado em salas de musculação (à esquerda), mas, de franzino, virou um tanque. Porém, o problema nem é esse. Não sei como é o futebol na Ucrânia, mas deve ser de forte marcação e muito contato físico, para não dizer violento, e com arbitragem complacente. Só pode ser, pois, de habilidoso e técnico, Kléber voltou para o Brasil com um estilo bem agressivo e "mau caráter", para ser mais preciso. Como disse, apesar dos gols e do bom futebol, tem até palmeirense que não gosta do cara. Merecidamente.

sexta-feira, maio 16, 2008

Para não esquecer o extermínio de maio de 2006, com indícios de participação da polícia

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Hoje, a partir das 19h, entidades sociais e de direitos humanos, familiares de vítimas da violência e jovens que moram na periferia de São Paulo vão se reunir em frente ao prédio da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, para lembrar as 493 mortes ocorridas no estado entre os dia 12 e 20 de maio de 2006. Na época, a Comissão Especial do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) analisou que, dos mortos, 109 teriam se envolvido em supostas "resistências seguidas de morte". Outras 87 pessoas teriam sido vítimas de grupos de extermínio, com indícios de participação de policiais. "Pela quantidade de tiros, pela localização, fica evidente que houve execução. Não foi uma reação a uma ameaça, não se caracteriza uma legítima defesa. É tamanho o exagero, que só se pode explicar por execução", comentou, na época, o jurista Dalmo Dallari.

Entre as vítimas, 96% eram do sexo masculino e 45% tinham entre 21 e 31 anos. A grande maioria dos casos jamais foi esclarecida pelas investigações da própria polícia e das corregedorias. Durante o ato em defesa da Vida, ocorrerá um velório público no Viaduto do Chá. Será simulado um cemitério com 493 caixões. O ato é organizado pela entidade "Comunidade Cidadã", com apoio do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Governo do Estado, do Movimento Nacional de Direitos Humanos, da seção brasileira da Ação dos Cristãos para a Abolição da Tortura (ACAT), do Grupo Tortura Nunca Mais, da Pastoral Carcerária, do Centro Santo Dias, da Justiça Global, do Conectas Direitos Humanos, do Centro de Direitos Humanos do Sapopemba, entre outras entidades.

Ainda dá, Santos...

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Vendo a partida de ontem entre América (MEX) e Santos, lembrei de um outro jogo que assisti na Vila Belmiro em 2003. Já (mal) acostumado com Diego, Robinho e companhia, minhas atenções naquela peleja contra o Fluminense se voltavam para um atacante baixinho do Tricolor. Romário já não estava no auge da sua forma, mas ainda assim era muito interessante vê-lo jogar.

Marcado pelo ótimo zagueiro Alex, quando o Fluminense atacava e o santista olhava pra bola, Romário se deslocava pro lado, sempre tentando se colocar próximo à segunda trave. Volta e meia estava sozinho para receber a pelota.

O que me trouxe essa lembrança ontem foi o atacante Cabañas, do América. Não que ele seja um Romário, longe disso, mas o estilo desse anti-atleta, gordinho e atarracado, lembra um pouco o Baixinho. Precisou de pouco para decidir o jogo. Duas maravilhosas matadas no peito e dois chutes certeiros. Não é à toa que diário El Grafico publicou, na matéria intitulada Santificado seja o seu nome: "Cabañas segue sua sina de ‘Salvador’. Resgatou o orgulho dos torcedores do América e seu nome já é santificado pelos fanáticos".

O América é um time organizado, mas o diferencial é o paraguaio. E o Santos, na Vila Belmiro, pode vencer por dois gols de diferença, como fez com a LDU em 2004. O difícil vai ser não tomar nenhum, enfrentando um furtivo jogador que se desmarca num piscar de olhos. A tarefa poderia ser mais fácil se o bandeira não tivesse anulado um gol legítimo de Kléber Pereira no final do jogo. Curiosamente (ou não), o mesmo auxiliar já havia validado um lance ilegal dos mexicanos em que Fábio Costa foi obrigado a fazer um milagre na primeira etapa.

Por coincidência, nos jogos de volta das quartas-de-final da Libertadores 2008, Santos e São Paulo estão na mesma situação de seus confrontos contra o Grêmio em 2007. Ali, o Tricolor venceu por 1 a 0 a primeira partida e perdeu por 2 a 0 na volta. Já o Alvinegro foi derrotado por 2 a 0 no Olímpico e venceu por 3 a 1 na Vila Belmiro. Maus presságios?

Pais incentivam crianças de até 10 anos a beber

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O ditado "é de pequeno que se torce o pepino" poderia muito bem ter o final mudado para "que se torce o fígado". Uma pesquisa recente sobre consumo de drogas entre adolescentes nas capitais brasileiras confirmou que são os pais que incentivam as crianças a começarem a beber. Em Belém (PA), por exemplo, o estudo ouviu crianças que usavam álcool antes dos 10 anos. O estudo foi elaborado em 2004 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), com estudantes das redes de ensino pública e privada. Na capital paraense, a amostra foi composta por 1.558 alunos, a maioria com idade entre 13 e 15 anos.

De acordo com o Cebrid, mais da metade dos entrevistados (57,5%) já consumiu álcool pelo menos uma vez na vida. Apesar de ser proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, muitas vezes crianças e adolescentes têm acesso a esse tipo de droga dentro da própria casa. Muitos deles vão às festas acompanhados de amigos mais velhos e acabam bebendo. "Os pais bebem na frente dos filhos e ainda mandam os meninos comprarem cerveja. A criança vai crescendo achando que beber é normal", diz Luiz Veiga, coordenador do Centro Nova Vida, entidade filantrópica referência no tratamento de dependentes químicos no Pará.

O psicólogo do Centro Nova Vida, Elton Fonseca, alerta que, na maioria dos casos, quando as famílias decidem procurar ajuda, a dependência dos filhos já está avançada. "Primeiro a família tenta negar que o filho é dependente e que precisa de tratamento. Depois, acha que só a internação resolve. Mas a família tem que ser tratada também, pois precisa saber como lidar com o usuário durante e depois do tratamento", observa Fonseca. Ele reforça que problemas de comunicação, dificuldades financeiras e falta de estrutura familiar são fatores que contribuem para o uso de álcool e outras drogas.

Eu sou um exemplo de consumo de álcool antes dos 10 anos. Meu primeiro porre, de chope, foi aos 6, num churrasco em que os adultos não estavam prestando atenção. Depois, passou a haver incentivo direto: entre os 9 e 11 anos, nos finais de semana, me permitiam beber um copinho de cerveja. Quando fiz 12, consumir bebida alcoólica já era a coisa mais normal do mundo para mim. Aos 14, os porres tornaram-se "profissionais". Mas isso cobrou seu preço: tive problemas com depressão, vontade compulsiva de beber, agressividade e, de uns anos para cá, as ressacas passaram a ser terríveis e não agüento beber dois dias seguidos, nem misturar bebidas. E acho que sou relativamente jovem para ter chegado a esse estágio...

quinta-feira, maio 15, 2008

Victoria Beckham: só atraio homens gays

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Foto: Darkness Blackheart/Wikipedia
A esposa do jogador inglês David Beckham declarou, no Hotel Dorchester de Londres, na terça-feira que ela só chama atenção de um tipo muito particular de admirador. "Todos os homens que gostam de mim são gays", vaticinou. "É verdade! Eu atraio gays, gosto deles."

É importante registrar que a ex-cantora, que atualmente se dedica ao desenho de moda é casada com David Beckham desde 1999, atualmente no futebol dos Estados Unidos, mais precisamente no Los Angeles Galaxy. Juntos, eles têm três filhos. O jogador declarou, em 1999, ter usado, algumas vezes, a calcinha da esposa.


Para não dizerem que o Futepoca é machista...

Mesmo já tendo sido flagrada fazendo topless e de ter feito cirurgia plástica como mostra a foto abaixo, a ex-Spice Girl de 34 anos tem que segurar a onda do marido. Em 2007, ele foi eleito como o "mais masculino do ano" pelo site Askmen.com, na frente do ator Matt Damon, do produtor Timbaland e do tenista Roger Federer.

Foto: reprodução

Depois e antes, pra ser mais preciso

Para a Desenciclopédia, uma fonte nada politicamente correta e "cheia de engodos e boatarias" na própria definição, o atleta sempre foi "David Boyola Beckham". Em 2002, o jogador foi identificado com o perfil de metrossexual, como afirma reportagem da o site britânico Salon. No ano passado, ele foi eleito ícone gay.

Os sites de fã clubes de Victoria Beckham buscados não se manifestaram a respeito.

Mais quatro jogos com Dunga

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A seleção brasileira foi convocada nesta quinta-feita sem muitas novidades, a não ser a volta do imperador-trombador Adriano, o melhor jogador de futebol americano aqui no Brasil (veja a relação abaixo).

Mas o interessante é que a convocação é para quatro jogos, os dois das eliminatórias contra o Paraguai (em Assunção, 15/06) e Argentina (Mineirão, 18/06) e dois amistosos nos Estados Unidos, contra Canadá (31/05, em Seattle) e Venezuela (6/6, em Boston).

Confesso que ainda não entendi porque jogar nos EUA com times tão fortes e que acrescentarão tanto à seleção Brasileira... Como os adversários têm muita tradição e os Estados Unidos são o país do "soccer", minha ingenuidade não permite acreditar que seja só uma questão de dinheiro para alguns...

GOLEIROS
Júlio César (Inter de Milão-ITA)
Diego Alves (Almería-ESP)
Doni (Roma-ITA)

LATERAIS
Maicon (Inter de Milão-ITA)
Gilberto (Tottenham-ING)
Marcelo* (Real Madrid-ESP)
Kléber** (Santos)

ZAGUEIROS
Lúcio (Bayern de Munique-ALE)
Luisão (Benfica-POR)
Alex Costa (Chelsea-ING)
Juan (Roma-ITA)

MEIO-CAMPISTAS
Gilberto Silva (Arsenal-ING)
Mineiro (Hertha Berlim-ALE)
Josué (Wolfsburg-ALE)
Anderson (Man. United-ING)
Diego (Werder Bremen-ALE)
Elano (Manchester City-ING)
Kaká (Milan-ITA)
Júlio Baptista (Real Madrid-ESP)

ATACANTES
Robinho (Real Madrid-ESP)
Luís Fabiano (Sevilla-ESP)
Alexandre Pato (Milan-ITA)
Adriano** (São Paulo)
Rafael Sobis* (Betis-ESP)

*só para os jogos nos EUA
**só para as eliminatórias

Sem latinha no estádio

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O texto abaixo foi enviado pelo Ivan Moraes Filho, do blogue Bodega. O drama relatado já foi debatido aqui e também pelo Marcão no Papo de Homem, mas continua a polêmica. Proibir bebidas alcóolicas no estádio serve pra que mesmo?

Era uma noite de quarta-feira como muitas outras. Mais uma vez, vestia a camisa rubro-negra do Sport. Mais uma vez, chegava à Ilha do Retiro várias horas antes do início da partida. A gente fica sempre por ali, na sede do clube, tomando uns goles de cerveja e fazendo a resenha pré-jogo. Quem vai jogar, quem não vai. Como será o esquema tático, quanto será o jogo. Quem é o juiz?

Ontem, porém, o assunto era outro.

“Vai vender cerveja lá dentro?” era pergunta constante. Afinal de contas, poucos dias antes a Confederação Brasileira de Futebol determinou que em partidas de campeonatos nacionais seria proibida a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios. Mesmo sabendo dessa tragédia, a gente fazia que não acreditava. Que isso devia ser coisa lá de São Paulo, Rio de Janeiro. Enfim, a gente acha que só pode acontecer com os outros.

Dito e feito. Subindo as escadas que dão acesso às cadeiras, o bar vazio denunciava a norma em vigor.

Mas a gente não quer acreditar no que vê.

Para ler o restante do texto, clique aqui.

O sofrimento continua...

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Deu São Paulo. Inquestionavelmente, é verdade. Mas por um mísero golzinho. O time fez uma das suas melhores partidas do ano (mesmo contando o segundo tempo ruim). O único momento em que o time jogou bem assim na temporada foi no primeiro jogo da semi-final do Paulista, contra o Palmeiras. Merecia mais. Agora, o sofrimento continua. Taí. Se o São Paulo tem uma marca nesse ano é o sofrimento. Nenhuma partida foi vencida de forma confortável.

O time começou o jogo contra o Fluminense botando fogo. Mesmo. Do meio da torcida pipocavam comentários do tipo: "que time é esse?", "o que fizeram com o São Paulo?", "de onde eles tiraram esse futebol?". Porque não dava para acreditar. O ataque envolvia com tabelas, toques rápidos e uma ótima atuação de Dagoberto (aleluia!). Adriano fazia a diferença. Sem Jorge Wagner, o chuveirinho na área foi pouco usado. E eu me perguntava onde estava o Fluminense, aquele time que, dizem os cronistas, jogou muito mais que o São Paulo na temporada. No Morumbi, esse futebol não apareceu. (Aliás, como erra fundamento esse time do Fluminense. Dois tiros de meta pra lateral e uma infinidade de cruzamentos errados e passes que morriam fora de campo)

Logo no comecinho do jogo, um gol anulado, de Miranda. Dizem que corretamente, mas não faço idéia, porque estava atrás do gol. Serviu para animar. Cerca de dez minutos depois, o gol de Adriano, numa ótima jogada dele e de Dagoberto. Pelo chão. Não foi de cabeça, não foi por falha da zaga. Naquele momento, eu fui feliz.

Por mais alguns minutos, o São Paulo foi soberano no jogo. O Fluminense até teve algumas chances em contra-ataques, mas nada que assustasse. O goleiro Fernando Henrique ainda fez duas ótimas defesas para impedir que o placar fosse ampliado. No final do primeiro tempo o time caiu um pouco de produção, o jogo ficou chato.

O segundo tempo foi ruim. Virou jogo típico do São Paulo, uma briga sem fim pela bola no meio de campo e poucas chances de gol de parte a parte. Uma delas, no entanto, foi clara, de frente para o gol e Dagoberto desperdiçou. Logo em seguida foi substituído por Aloísio, de volta depois de 9 jogos de afastamento por contusão. Não produziu nada de destaque.

No fim do jogo, o Fluminense nem atacava mais. Parecia conformado com o resultado. Que, no final das contas, não é de todo ruim, mesmo. Um a zero não é um placar assim tão difícil de reverter. E se o time é tão bom assim, não deverá jogar mal duas vezes seguidas.

Só que se o São Paulo jogar como ontem, me desculpem, não tem pra ninguém.

Embriaguês e desordem

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Fotos de arquivos policiais de alguns famosos, na maioria dos casos, detidos por embriaguês, desordem, agressão ou desacato. Vemos aqui o jovem mafioso Frank Sinatra, o beberrão Johnny Cash, o violento Elvis Presley, o porra-louca Jimi Hendrix e o único vivo da lista, Mick Jagger, que tomou todas e embolachou um fotógrafo em 1972. Mas a melhor imagem é a de Jim Morrison, aos 19 anos, em 1963 (dois anos antes de fundar os Doors). De tão bêbado, quase não consegue abrir os olhos.


Frank Sinatra, Johnny Cash e Elvis Presley


Jim Morrison, Jimi Hendrix e Mick Jagger

quarta-feira, maio 14, 2008

Tipos de cerveja 9 - As English Pale Ale

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O termo Pale foi inicialmente usado para distinguir as cervejas deste tipo das Porter de Londres, que eram mais fortes e escuras. De fato, as English Pale Ale clássicas não são muito claras, tendo uma cor que varia entre o dourado e tom de cobre. A grande diferença deste estilo para as American Pale Ale é a maior presença de malte, apesar do teor amargo e seco do lúpulo também estar presente.
"São, por isso, excelentes para acompanhar qualquer tipo de prato de carne, desde bifes a pato, frango ou cabrito", sugere Bruno Aquino, do Cervejas do Mundo. Curiosamente, esse tipo de cerveja é, para os ingleses, praticamente inexistente. Para eles, uma English Pale Ale não passa de uma Bitter engarrafada. A origem remete aos Estados Unidos, onde esse tipo tem muita procura e, de certa forma, presta homenagem às Bitter britânicas. Exemplos de English Pale Ale: Jamtlands Pilgrim (à direita), Smuttynose Shoals Pale Ale e Herslev Bryghus Pale Ale.

Preconceito racial encontra a intolerância religiosa na final da Copa da Uefa

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A partida que define o campeão da Copa da Uefa entre o russo Zenit e o escocês Rangers hoje à tarde, em Manchester, será também um duelo entre dois clubes que têm episódios nada gloriosos em sua história. Ambos alcançaram manchetes muitas vezes menos pelo futebol praticado do que por atos de intolerância e preconceito.

Chamou a atençã
o recentemente a declaração do treinador holandês Dick Advocaat, do Zenit, à imprensa russa. Ele teria dito, fato que negou ontem, que não pedia contratação de jogadores negros porque os torcedores do time são racistas. Essa é a justificativa para não contratar, por exemplo, atletas brasileiros, já que a primeira pergunta feita pelos fãs do Zenit quando se está na iminência de contratar alguém seria: "Ele é negro?". "Eu ficaria feliz em contratar qualquer um, mas os torcedores não gostam de jogadores negros", disse Advocaat segundo o diário britânico Daily Telegraph. "Francamente, os únicos jogadores que poderiam fazer o Zenit mais forte são negros. Mas para nós seria impossível".

O clube de São
Petesburgo é hoje o mais rico do país, graças ao suporte financeiro da Gazprom, empresa de gás do presidente russo Dmitriy Medvedev. Ameaçada de eliminação da Copa da Uefa por ofensas racistas de seus torcedores contra atletas negros do Olimpique de Marselha, a equipe já recebeu o alerta do ministro dos esportes britânico Gerry Sutcliffe, que advertiu os dez mil torcedores russos que devem assistir à final. "Se o torcedor vier para cá e ofender jogadores negros, ele terá que sentir o poder da lei", ameaçou.

Em face da d
eclaração do ministro britânico, Advocaat voltou a negar sua fala sobre os torcedores do Zenit e disse que Sutcliffe “devia ter problemas mais importantes que esse”. Embora o treinador agora faça vista grossa, em novembro de 2007, o meia camaronês Serge Branco, que jogou na Liga Russa pelo Krylia Sovetov Samara, confirmou os atos criminosos da torcida. "Toda vez que joguei em São Petersburgo tive que ouvir insultos racistas da arquibancada”, acusou. "Os diretores do Zenit não fazem nada a respeito, o que me faz pensar que são racistas também.”

Os anti-católicos


Talvez a maior rivalidade futebolística do mundo esteja na Escócia. O protestante Ran
gers e o católico Celtic por muitas vezes protagonizaram nas arquibancadas e em campo episódios que refletem uma intolerância religiosa que marca parte da sociedade escocesa. Uma história que foi reforçada com a entrada no país de católicos irlandeses, que migraram para lá nos séculos 19 e 20 em busca de empregos nas indústrias locais. Em Glasgow, cidade-sede dos dois clubes, o preconceito se intensifica.

Ambos são clubes fundados no século XIX. O
Celtic surgiu em 1888 para dar assistência aos católicos pobres e rapidamente se tornou motivo de orgulho dos irlandeses, enquanto o Rangers, fundado em 1873, desenvolveu uma forte cultura protestante e anti-católica. Somente em 1989 passaram a aceitar em suas fileiras jogadores católicos, com a contratação do ex-Celtic Mo Johnston. Isso provocou a fúria de parte da torcida, que queimou
ingressos e artefatos do time em sinal de protesto. O Celtic, mesmo com a rivalidade, nunca proibiu atletas de outras religiões.

Além da restrição a católicos no clube e de diversos episódios de violência entre as torcidas, os fãs do Rangers gostam de entoar cantos que lembram o massacre promovido contra os seguidores do Papa durante a Reforma Protestante do século XVI, com hinos de bom gosto que dizem coisas como "estamos mergulhados até o joelho em seu sangue".


Embora
várias medidas tenham sido tomadas no país para diminuir a intolerância, um episódio no mínimo curioso ocorreu em agosto de 2006, quando o goleiro polonês do Celtic, Artur Boruc (foto), foi advertido pelas autoridades do país por "atentar contra a ordem pública". Tudo porque, durante o clássico contra o Ranges no estádio de Ibrox, em Glasgow, em fevereiro daquele ano, o goleiro fez o sinal da cruz. A promotoria da Coroa considerou o gesto "provocativo", mas preferiu advertir o jogador, sem abrir um processo contra ele.

Só faltou o Botafogo. Será?

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Em sua carreira, Pelé disputou algumas partidas por times cariocas. A primeira vez ocorreu em junho de 1957, no chamado Torneio Internacional do Morumbi, uma competição amistosa para celebrar a construção do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, com jogos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Vasco e Santos decidiram atuar como um combinado, jogando com a camisa dos cariocas no Rio e dos alvinegros praianos na capital paulista (na foto acima, em treino com o uniforme vascaíno, Álvaro, Pelé e Jair Rosa Pinto). Pelé fez três jogos com a camisa do Vasco (dois deles, os primeiros confrontos internacionais de sua carreira), nos dias 19, 22 e 26, contra o português Belenenses, o iuguslavo Dínamo Zagreb e o Flamengo. Marcou simplesmente cinco gols. E ainda faria mais um, com a camisa do Santos, contra o São Paulo.

Mais de duas décadas depois, em abril de 1978, o Fluminense fazia uma excursão pela Nigéria. Por coincidência, Pelé também estava naquele país, trabalhando na promoção de uma marca de eletrodomésticos. No dia 26, o tricolor carioca enfrentaria o Racca Rovers, em Kaduna. As autoridades nigerianas convidaram e Pelé aceitou dar o chute inicial da partida. Seria apenas isso, mas as rádios nigerianas, por confusão, ou tentando forçar uma situação, passaram a divulgar que o Rei jogaria. Sem saída, Pelé jogou (à direita, perfilado com o time carioca) . O Fluminense venceu por 2 a 1, com gols de Marinho Chagas e Gilson Gênio.

Um ano mais tarde, em 6 de abril de 1979, Pelé vestiu a camisa do Flamengo no Maracanã (abaixo, nos vestiários, o Rei com Nelson e Cláudio Adão). O Flamengo enfrentou o Atlético Mineiro, em jogo beneficente às vitimas das enchentes de Minas Gerais. Compareceram 139.953 pagantes. Os cariocas golearam por 5 a 1, com três gols de Zico e outros de Luizinho e Cláudio Adão (Marcelo diminuiu). Um dos gols do Galinho de Quintino foi de pênalti. A torcida pediu para que Pelé batesse, mas ele declinou.

Portanto, dos grandes clubes do Rio, Pelé só não jogou pelo Botafogo. Porém, no período entre as Copas de 1958 e 1962, o santista jogou diversas vezes com vários botafoguenses na seleção brasileira. Um exemplo é a linha de ataque da foto abaixo: Garrincha, Pelé, Paulo Valentim, Didi e Zagallo. Só o Rei não jogava pelo time da estrela solitária.

Churrasco, cerveja e vitória do Corinthians

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Noite de terça, Timão e São Caetano jogando, eu fui numa churrascaria rodízio com minha namorada. Por sorte, o local tinha TV sintonizada na partida.

Chegamos com o pessoal perfilado, o hino tocando. Sentamos na mesa, peço uma cerveja e pegamos as saladinhas de praxe. Começa o jogo e o São Caetano, precisando da vitória, tenta ir pra cima. Percebo o Corinthians tranqüilo e me dedico a jogar conversa fora e decidir pelos variados tipos de carne que vão passando. Entre uma picanha e um pedaço de alcatra, o Corinthians vai tomando conta do jogo. Não deixa o São Caetano chegar e ataca com rapidez. Diogo Rincón perde boa chance em bola roubada por Herrera, que deve tido alguma experiência mística (será o efeito da torcida do Corinthians?) para ter melhorado tanto seu futebol.

Então, aos 27 minutos do primeiro tempo, logo após a primeira e extasiante mordida em um pedaço de maminha na manteiga, Chicão aproveita escanteio e abre o placar. Corinthians 1 a 0 (3 a 1 no agregado), e comemoro com um belo gole de Cerpa.

A peleja prossegue, o Corinthians com menos ímpeto mas sem sustos, até o intervalo. Fazemos também a primeira pausa na chegada de carnes para diminuir o estoque já acumulado.

O segundo tempo chega junto com um interessante javali, que fica uma beleza com um molhinho de salsinha e alho que achamos por lá. E André Santos, aos cinco minutos, em bela cobrança de falta, praticamente elimina as chances do Azulão. Comemoro com nova cerveja e mais um pedaço do tal parente do porco, adequado.

O jogo segue sem sustos, o São Caetano pressionando mas sem conseguir ameaçar. O Corinthians recua de modo perigoso, mas consegue aguentar a pressão e encaixa uns bons contrataques. Num deles, Herrera arranca pela direita e cruza para Acosta, que havia acabado de entrar, empurrar para as redes. Ele comemora com raiva, chutando a zica na placa de publicidade, enquanto eu, já satisfeito, saboreio pedaços de lingüiça apimentada com goles de cerveja.

Pedimos ao garçom um carneiro, que chega, mas decepciona. Enquanto tento mastigar o bicho, Tuta faz o gol de honra do São Caetano, em bola que passa no meio das pernas de Felipe. O goleirão tem tomado alguns gols defensáveis e precisa ficar mais esperto.

Faltam poucos minutos, mas ainda há tempo para um último pedaço da bela maminha na manteiga, ponto alto da noite, com um gole final de cerveja fechando a refeição. Sobremesa, cafezinho e rumo às semifinais, contra Atlético Mineiro ou Botafogo, que tem leve vantagem pelo empate fora de casa. Na próxima, vou tentar um rodízio de pizza.

terça-feira, maio 13, 2008

Mal na foto

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No início do mês, quando o Santo André empatou com o União São João de Araras por 1 a 1, e assegurou seu retorno à série A-1 do Campeonato Paulista, um tradicional periódico do ABC Paulista decidiu publicar um pôster do clube. Acontece que, na hora da foto, o goleiro Neneca (à esquerda) estava ausente, disputando o cara-ou-coroa com o capitão do time adversário. Por isso, quando viu o "pôster do acesso" sem a sua presença, o atleta do Ramalhão ficou possesso. Com medo do goleiro, que tem 1,90m, o repórter que cobre o Santo André tenta agora corrigir a gafe, ilustrando seguidas matérias com fotos de Neneca e frisando com freqüência, nos textos, que "o experiente goleiro é essencial para a equipe". Porém, como o Santo André ainda disputará as finais da série A-2 contra o Oeste de Itápolis, Neneca terá mais uma chance de aparecer em um pôster.

Bar: a solução que o Brasil precisa!

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O São Paulo apresentou ontem o projeto para a construção de um bar temático dentro do Morumbi, em parceria com a multinacional britânica Compass Group PLC, que detém as ações do GRSA (Grupo de Soluções em Alimentação). O estabelecimento, batizado de "Santo Paulo", seguirá a linha da loja de artigos esportivos da Reebok, que já funciona no chamado Morumbi Concept Hall (impossível frescura mais fresca!), com promoção do clube e de sua marca. Orçado em R$ 1,9 milhão, o bar terá 900 metros quadrados e capacidade para 350 pessoas. Com inauguração prevista para a segunda quinzena de julho, o São Paulo espera atrair torcedores para o estádio em dias sem jogos. Isso porque, como nem tudo é perfeito neste mundo, o bar obedecerá a (ridícula, odiosa, inútil e estapafúrdia) proibição da venda de bebida alcoólica durante as partidas. Mas bar sempre é bar. Tomara que a iniciativa se prolifere pelos estádios do País.

Cristiano Ronaldo ganha prêmios no Manchester

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Aconteceu domingo a festa de melhores do ano do Manchester United, com direito a premiação aos jogadores. Quer dizer, a Cristiano Ronaldo, que levou os três principais prêmios da festa: o troféu "Sir Matt Busby Player of the Year", de jogador do ano escolhido pelos torcedores, o "Players' Player of the Year", escolhido pelos próprios jogadores e o "Goal of the Season", de gol mais bonito da temporada.

Uma curiosidade é o tento escolhido como o mais bonito: um gol de falta. Realmente foi um golaço, falta na medida. Mas será que o portugês não fez nenhum gol mais impressionante que uma cobrança de falta, ainda que perfeita? Eu não acompanhei o campeonato, por isso peço colaboração dos leitores. O vídeo (que, como as informações do post, veio do blog Thank God for Football, do IG, especializado no campeonato inglês), está aqui.

Agora vai...

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Ike/Gazeta do Sul
Essa eu soube pela Tribuna de Taquaritinga: Letícia Galvão Bueno (foto), da W1 Stock Car, e filha do locutor Galvão Bueno, pode assumir o CAT (Clube Atlético Taquaritinga) a partir de setembro. Ela integra o grupo liderado por Reinaldo Campelo, dono da FC 1 Eventos Esportivos (ex-presidente do Guaratinguetá, ex-diretor de esportes da TV Bandeirantes e ex-piloto de Stock Car), e o piloto de Stock Car Carlos Alves. A direção esportiva seria de Jarbas, irmão do ex-zagueiro palmeirense Luís Pereira. Nivaldo, ex-goleiro do CAT em 1980, seria o intermediário entre empresários e o clube do interior paulista. O grupo está negociando com o presidente do CAT, Bentinho Previdelli.

A proposta apresentada pelos empresários é de um contrato de cinco anos de parceria. Nessa história, o CAT entraria com o nome e a Prefeitura cederia o Estádio Taquarão (aquele que foi construído com 3 mil litros de pinga) para jogos do clube e possíveis eventos. A empresa parceira seria a responsável pelos gastos de contratação, alojamento, alimentação e viagens dos departamentos profissional e amador do clube. Na venda de um atleta, o clube ficaria com 30%, cabendo aos empresários os outros 70% da negociação. A proposta dos empresários foi apresentada no dia 7. A diretoria do CAT deve elaborar agora uma minuta de contrato para ser analisada pelo departamento jurídico dos empresários. Agora vai?

segunda-feira, maio 12, 2008

As exigências de um treinador

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Muito se discute sobre o verdadeiro papel dos técnicos na formação de um time. A mim, parece que a importância deles é superestimada, muito por conta da falta de ídolos que tratem bem a pelota nos gramados, o que desvia o foco para o banco. Vídeos circulam por aí com preleções que parecem verdadeiras palestras de neurolingüística de segundo nível, que fariam muita gente segurar o riso pra não deixar o “comandante” chateado. No entanto, às vezes não dá pra deixar de rir com nossos treinadores.

Uma situação dessas é contada por José Macia, o lendário ponta-esquerda santista Pepe. Em 1998, o atacante Luís Muller, revelado pelo São Paulo em 1977 e campeão paulista pelo Tricolor em 1980 e pelo Bragantino em 1990, estava na Ponte Preta, que disputava o acesso para a primeira divisão de São Paulo. No banco, o artilheiro via sua equipe tomar um vareio da União Barbarense no quadrangular final. A Macaca perdia por 3 a 0 e, aos 30 minutos do segundo tempo, o técnico Celso Teixeira, hoje no Sampaio Côrrea, chamou o veterano.

- Muller, vai lá bem na frente, explora a descida dos laterais dele, entra pelo meio com velocidade e em diagonal, ajuda na marcação e arremata sempre de qualquer distância.

Após ouvir as orientações do chefe, Muller, que jogaria 15 minutos, sorriu ironicamente e perguntou:

- Professor, o senhor quer que eu só empate ou tenho autorização para virar esse jogo?

A Ponte ainda tomaria mais um gol, perdendo por 4 a 0. Jogadores com personalidade e senso de humor fazem falta...

domingo, maio 11, 2008

Paulistas começam mal o Brasileirão

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A primeira rodada da Série A não foi boa para as equipes paulistas. O melhor dos representantes do estado foi a Portuguesa, que empatou em casa com o Figueirense no resultado mais “recheado” do fim de semana: 5 a 5. A equipe lusa chegou a estar vencendo a partida por 5 a 2, mas tomou um gol aos 24 e mais dois após os 43 do segundo tempo (confira os gols acima).

No sábado, o mistão do São Paulo acabou perdendo para o Grêmio por 1 a 0 no Morumbi. Uma falta absolutamente desnecessária de Alex Silva originou o gol do zagueiro Pereira, que decretou a derrota do time paulistano. Já o Santos foi ao Maracanã, onde enfrentou o “ressacado” Flamengo, que dessa vez não pecou pela soberba e aplicou um 3 a 1 em uma equipe quase totalmente reserva do Alvinegro Praiano.

Além de São Paulo e Santos, outros cinco times pouparam titulares em menor ou maior grau, focando a Libertadores e a Copa do Brasil. Quatro deles duelaram entre si: o misto do Botafogo derrotou em casa o Sport e o Atlético (MG), sem Danilinho e Marques, empatou sem gols com a equipe reserva do Fluminense no Mineirão. Já o “bem bolado” do Inter derrotou o Vasco com um gol aos 2 minutos de jogo em casa.

O time paulista que poderia se aproveitar da situação dos outros menos focados no Brasileiro não o fez. O Palmeiras foi à Curitiba e saiu com uma derrota de 2 a 0, com destaque – negativo – para mais uma expulsão de Diego Souza, repetindo o feito da final do Paulistão. Luxemburgo, que assim como a seita são-paulina tem fama de “recuperar” jogadores, ainda não conseguiu encaixar a contratação mais cara da Traffic/Palmeiras em sua equipe.

Além do Grêmio, os dois visitantes indesejados da rodada foram o Cruzeiro, que derrotou o Vitória em um movimentado 2 a 0; e o Atlético (PR) que venceu o Ipatinga pela contagem mínima. Já o Goiás, sem Caio Júnior mas com Vadão, segue sua rotina de derrotas, e o algoz da vez foi o Náutico, em Recife: 2 a 1.

sábado, maio 10, 2008

Mandantes dão as cartas na estréia da Série B

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Jef Silva comemora seu gol pelo Avaí (Globoesporte.com)

Ainda com uma partida a ser jogada às 20h30 de hoje - o confronto entre ABC(RN) e Vila Nova(GO) -, a Série B começou mal para os visitantes. Das nove partidas disputadas, apenas em uma ocasião o mandante saiu derrotado. E foi o Paraná, vaiado pela torcida, que perdeu por 1 a 0 para o Avaí. O time paranaense de Paulo Bonamigo ficou com a bola mais tempo sob seu domínio, mas foi a equipe de Santa Catarina que teve as melhores chances e poderia inclusive ter marcado mais gols. O Tricolor, rebaixado em 2007, parece ainda não ter encontrado a fórmula para voltar à elite e a estréia na Vila Capanema acende um baita sinal amarelo para o clube.

Nas demais oito partidas, dois empates e seis vitórias de quem jogou em casa. O convidado de luxo da Segundona, o Corinthians, teve uma estréia relativamente tranqüila diante dos 35 mil torcedores que o prestigiaram no Pacaembu. Embora tenha levado um susto a um minuto com o gol do clube alagoano, empatou em seguida e dominou na maior parte do tempo. Mostrou deficiências, como a marcação na bola parada, mas o 3 a 2 acena para uma possível evolução no setor ofensivo, o mais carente, com Eduardo Ramos e Douglas, ainda desentrosados. No mais, os corintianos do blogue podem comentar mais detalhadamente a peleja.

O adversário do Timão na Copa do Brasil, o São Caetano, sapecou um 3 a 0 na vice-campeã paulista Ponte Preta. Os gols foram marcados na segunda etapa e a partida foi em Santo André, já que o Anacleto Campanella continua em reformas. A vitória garantiu a liderança da Série B ao Azulão, não que isso valha muito na primeira rodada. Outro que teve o mando mas não jogou em sua casa foi o Bahia. Sem torcida, por conta da punição recebida em função da tragédia ocorrida na interditada Fonte Nova em 2007, o Tricolor de Paulo Comelli não passou de um empate contra o Fortaleza na Jóia da Princesa, em Feira de Santana.

Dimba (aquele mesmo, ex-Goiás Botafogo e Flamengo) do Brasiliense, Glaydson (São Caetano) e Herrera (Corinthians) lideram a artilharia com dois gols. Outros resultados: Criciúma 1 X 0 América (RN), Ceará 2 X 1 Juventude, Brasiliense 2 X 2 Marília, Bragantino 1 X 0 Santo André, Barueri 2 X 0 Gama.

sexta-feira, maio 09, 2008

Começa, enfim, a Série B do Brasileirão

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O "enfim" do título se aplica basicamente aos corintianos que, se forem como eu, querem que o negócio comece e termine logo, com o acesso garantido para o lugar de onde o Timão foi derrubado pelas palhaçadas de diretorias escrotas. Desabafo feito, aos fatos.

Quatro jogo marcam o início da competição, nesta sexta-feira, todos iniciados às 20h30 (veja tabela de todo o campeonato). Não conheço a situação da esmagadora maioria dos times. Vi jogar Ponte Preta, São Caetano, Barueri e Bragantino, além do Corinthians. As análises e chutes que eu vi por aí colocam Corinthians, Ponte e Bahia como times mais fortes. Eu diria, baseado meio no resultado do estadual (fora o segundo jogo da final...) que o Juventude deve brigar pela quarta vaga, bem como São Caetano.

Ao que interessa

O Corinthians pega o CRB de Alagoas (já apresentado aos leitores futepoquenses) na reestréia do Pacaembu após longa reforma. Eu falei que ia no campo ver o jogo, mas furei: em dois dias os ingressos de arquibancada estavam esgotados (27 mil dos 37 mil à venda), e fiquei na vontade.

O técnico Mano Menezes treinou com um time diferente hoje, mas não deu certeza se vai ou não utilizá-lo na estréia. Diogo Rincón (que sentiu uma contusão e só correu pelo gramado) e Perdigão saem para a entrada de Douglas (estreante) e Eduardo Ramos, respectivamente. Em tese, o time é mais ofensivo, com apenas Fabinho de volante de ofício. Eduardo Ramos, que eu saiba, é meia, mas vai de segundo volante, ajudando na marcação e chegando de trás. Vamos ver no que dá.

Estou curioso para ver Douglas jogar. Era bom meia no São Caetano e deve ajudar bem a dar mobilidade pro time. Isso se agüentar a camisa, que o Acosta sabe que pesa. Uma análise mais completa do Timão na Série B foi feita pelo Ricardo, do parceiro Retrospecto Corintiano.

Provocações à carioca

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A eliminação do Flamengo na Libertadores continua dando o que falar. Não bastasse o tamanho do futebol mostrado pelo time na última quarta-feira, o baixo nível atingiu as provocações entre os dirigentes cariocas.

Carlos Augusto Montenegro, colaborador (?) de futebol do Botafogo, disse que abriu uma garrafa de vinho e comemorou a valer a eliminação rubro-negra. Irritadinho, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite, respondeu que "Montenegro ejacula com o pênis alheio. Aqui, nós fazemos com o nosso mesmo." Ainda disse que o Flamengo não humilhou o Botafogo na final do estadual, porque "quem se auto-humilhou foi o Botafogo." Gente, altíssimo nível!

Eurico Miranda também tirou uma casquinha e disse que gostaria de contratar "Mansões" (o atacante Cabañas), o algoz do Flamengo, e que isso seria um upgrade na carreira do atleta (mas einh?). Nesse caso, Kléber foi mais contido. "Sobre o Eurico, quem fala aqui no Flamengo é o Babão (roupeiro)."

Depois dessa, as discussões entre cartolas palmeirenses e sampaulinos durante as semi-finais do Paulista parecem prosa de comadre.

O engraçado é comparar as versões para o bate-boca. Aqui, o Globo, e aqui, o GloboEsporte.com. Olha a tucanagem aí, pessoal!

Som na caixa, manguaça! - Volume 20

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FÃ DE ELIANE
(Chico Lopes)

Alô, Eliane, ô me atenda pelo telefone
Quem tá falando é Chico Lopes
O novo astro lá do Mossoró

Sou louco pra te conhecer
Sou apaixonado pela sua voz
Será no seu coração
A vontade que eu tenho pra poder te ver

Se eu chegar num bar pra beber
E não tiver seu LP
Ah, nesse bar eu não beberei

Pois eu sou seu fã
Eu sou seu admirador

(Do CD "Fã de Eliane", gravadora Som Zoom, 1996)

Os sete pecados do Flamengo

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globo.com
O jornal Extra, do Rio de Janeiro, fez uma compilação hilária (para os não-rubro-negros) dos erros do time do Flamengo antes do jogo contra o América-MEX. Parece que a soberba e o salto alto realmente baixaram na Gávea. Se não, vale pela piada.

O "pecado" mais representativo é o da preguiça. Fazia 10 dias que o time não fazia um treino técnico e a delegação chegou ao Maracanã entre cerca de 15 minutos antes do jogo. Impressionante.

Mais aqui.

Organizações Tabajara

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Outro dia postei aqui uma reprodução de tela de TV do programa "Salles Entrevista", comandado pelo secretário de Comunicação de São Bernardo (SP), Raimundo Salles, com a legenda "Os Bastidores da Imprenssa" (isso mesmo, com dois S). Agora vejam, ao lado, um destaque do folder das Organizações Madureira, ligadas ao Instituto Vanderlei Luxemburgo, enviado pelo colega jornalista Roberto Iizuka. Que bela assessoria...

O camarão do Xinef e as alcaparras

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Minha mãe conseguiu com uns pescadores lá de São Sebastião uns camarões baratos, e eles estavam congelados, à espera. Eu tinha um uísque comprado numa viagem que fiz um ano atrás (imagine se fosse cachaça? não durava um mês, mas o uísque ainda estava na caixa, nem o plástico tinha tirado...). Faltava a ocasião para preparar e degustar o espaguete ao molho de camarão e creme de uísque, cuja receita o chef-colaborador do Futepoca Marcos Xinef postou umas duas semanas atrás. Ontem, fui descongelar um peixe e, acho que por falta de manguaça, tremi, a vista nublou e tirei o saco de camarão do congelador. Quando me dei conta, era tarde demais. Estava criada a ocasião.

O preparo, como o leitor pode conferir na receita linkada, é muito simples. Limpei os camarões (tamanho bigode-de-stalin) e piquei a cebola. Aí, água do macarrão no fogo, refoguei tudo bonitinho no azeite, acrescentando também alho e bastante sal. Dividi em duas panelas pra ampliar a área de fritura, mas ainda era pouco, então peguei mais uma frigideira, onde joguei azeite, alho e mais um tanto de sal. O aroma começou a tomar conta da cozinha, enquanto o camarão, antes cor-da-pele-do-josé-lewgoy, começou a ficar branco-róseo, com um brilho ligeiramente dourado. Juntei um copo de uísque (do bão) e deixei ferver, acrescentei o creme de leite e, em seguida, doses generosas de catupiry.

Nessa hora, em meio a uma nuvem de camarão com uísque, numa panela borbulhante, o mundo é a pura alegria. As pessoas riem, as piadas são fáceis e boas. Parecia os amigos reunidos antes de um jogo importante, mas fácil, tem expectativa mas a certeza da vitória dá outro sabor à cerveja. Me fez lembrar o Timão de uns anos atrás. O espaguete já estava quase no ponto, e provei do molho. Puts! Estava salgado! Estava bem salgado, na verdade, e vi que tudo estava a ponto de se perder... a empolgação brocharia num insosso "está supergostoso" e restaria mesmo o consolo do uísque que restara na garrafa.

Então vem à mente a imagem de minha mãe ao lado da panela, provando um molho: "Salgou! Maurício, pega as alcaparras!". Tinha um resto de alcaparras na geladeira. Tasquei lá e orei. (Pausa.) Quando servi, já estava no ponto, delicioso. As alcaparras chupam o sal! Como Plínio Correia de Oliveira, ergui minhas mãos aos céus e bradei: santa mamãe!

Santos garante vaga nas quartas-de-final

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O Santos, que para muitos cronistas boleiros não era favorito para superar o Cúcuta, repetiu o resultado que havia conseguido na Vila Belmiro. Com gols de Kléber Pereira e Lima, a equipe não encontrou dificuldades para superar o clube colombiano em sua casa.

Já havia sido escrito aqui que o Cúcuta teria que sair de suas características defensivas, de quem joga com duas linhas de quatro atrás, para tentar vencer o jogo por dois gols de diferença. Tentou e deu espaços para o Santos, que foi novamente aplicado na marcação, com Adriano anulando o camisa dez Macnelly Torres e Betão pegando o atacante Urbano.

Além de marcar firme no meio, o Peixe chegava com rapidez ao ataque, com Molina armando o jogo, mais solto. Aos 12 minutos, já tinha criado três oportunidades de gol e dominou todo o primeiro tempo até abrir o placar com Kléber Pereira aos 40.

Com a vantagem de poder tomar três gols, o Peixe deu o tiro de misericórdia
aos 7 do segundo tempo, com o recém-contratado Lima (ex-Paraná em 2007 e destaque do Juventus no primeiro semestre), que já havia marcado em sua estréia na partida de ida. A partir dali, o jogo ficou nos pés peixeiros que, mesmo assim, manteve a concentração e a pegada. Após os 30 minutos da segunda etapa, a partida praticamente acabou, com um Cúcuta entregue e o Alvinegro perdendo inúmeras chances de gols seguidas.

Uma classificação inesperadamente tranqüila. A opinião de Kléber Pereira ao fim do jogo explica: "Foi fácil porque fizemos ficar fácil. O Cúcuta tentou jogar, mas nossa equipe correu muito mais e mereceu o resultado". É assim esse Santos nada brilhante mas que, junto do São Paulo, parece ser o time brasileiro com mais cara de Libertadores em 2008.

As quartas

E assim ficaram as quartas-de-final do torneio continental, após a outra partida de ontem em que o San Lorenzo, com dois jogadores a menos, empatou em 2 a 2 com o River Plate em pleno Monumental de Nuñez e assegurou um lugar nas quartas. Como em 2007, cinco segundos colocados avançaram contra três primeiros na fase de grupos. A tabela dos confrontos:

Boca Juniors (ARG) X Atlas (MEX)
São Paulo X Fluminense
San Lorenzo (ARG) X LDU (EQU)
América (MEX) X Santos

O cruzamento normal das semis seria entre o vitorioso do clássico triolocor contra o vencedor de Boca e Atlas. Mas, caso o Santos se classifique, os brasileiros terão que jogar contra si já na semifinal, como no ano passado, para evitar uma final com equipes do mesmo país.

Depois de Flamengo e River Plate, alguém tem coragem de arriscar palpites para as quartas?

quinta-feira, maio 08, 2008

A lição que vem da periferia

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O texto é do companheiro Airton Góes, jornalista e integrante do Fórum Social da Cidade Ademar e Pedreira, sobre um bonito momento de mobilização popular na Zona Sul da capital paulista.

Por Aitrton Goes

No último 1º de maio presenciei uma das maiores demonstrações de cidadania e de afirmação de auto-estima dos moradores da periferia que São Paulo já viu. O fato se deu no Hospital do M’ Boi Mirim, lá nas quebradas do Jardim Ângela, nos confins da Zona Sul.

Na verdade, não fui lá para escrever essa matéria. Era apenas um dos convidados para a inauguração (organizada pelo povo) do equipamento de saúde, que o prefeito e o governador tinham “entregue” à população 23 dias antes (em 8 de abril).

Mas para azar do prefeito, que “nunca sabe” o que quer e o que pensa a periferia, o povão não gostou de ser convidado apenas para bater palmas para políticos que não tinham nenhuma ligação com a luta de 20 anos pela construção do hospital. E resolveu fazer uma nova inauguração no Dia do Trabalhador, onde os moradores da região, os verdadeiros responsáveis pela conquista, fossem protagonistas e não figurantes, como ocorreu no evento oficial.

Logo na entrada vi o padre Jaime – como é conhecido o irlandês de coração brasileiro James Crowe – cumprimentando as pessoas que chegavam para a cerimônia... e eram muitas. Um abraço no amigo e fui para o pátio, que fica nos fundos, onde centenas de pessoas estavam reunidas para reverência sua própria história, sua luta que redundou em uma conquista. Ali percebi que aquele fato não poderia deixar de ser registrado. Era um exemplo para toda a periferia.

A grande imprensa, tal qual um rebanho, já tinha feito o marketing do prefeito na inauguração oficial e, agora, não estava lá para cobrir a verdadeira, a do povo. Decidi que tinha que contar essa lição de cidadania para outras pessoas que não tiveram o privilégio de estar presentes.

Braços levantados – No início da cerimônia, foi relembrada a história da luta pelo hospital: os abaixo-assinados, as mobilizações, os abraços ao terreno vazio... Em determinado momento o padre Jaime provocou: “Quem abraçou o terreno levanta a mão”. Centenas de braços se ergueram em direção ao céu.

Na seqüência houve um ato ecumênico, mas, propositalmente, não anotei os nomes dos representantes das igrejas presentes. A personalidade mais importante ali era o povo, o coletivo indivisível.

Os moradores abençoaram o Hospital e cantaram diversas músicas. Uma delas dizia assim: “O hospital é uma conquista nossa/ Ele é de todos nós/ E o hospital-escola é um sonho nosso/ Ele é de todos nós.../ E a diferença principal quem faz?/ Somos todos nós.”

O hospital-escola, da letra da música, é o próximo desafio do movimento. Como a prefeitura diz ter dificuldade para contratar médicos e enfermeiros para trabalhar na periferia, a reivindicação é que seja construído o novo equipamento, no terreno ao lado do Hospital do M’Boi Mirim, para formar os profissionais que cuidarão da saúde dos habitantes da região.

Após presenciar o que ocorreu no dia 1º de maio, não tenho dúvida: é melhor o poder público começar a construir logo o hospital-escola, pois aquele povo não vai desistir.

Dilma deita e rola com adversário fraco

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E a oposição conseguiu. Deu uma visibilidade à Dilma Rousseff que nem o presidente Lula havia feito, mesmo tendo definido a ministra-chefe da casa Civil como "mãe do PAC". A presença de Dilma, no senado, em resposta à convocação da chamada "CPI da Tapioca" foi uma oportunidade dela aparecer - e bem - para uma parte do público que não a conhecia. E mais, a colocação infeliz do senador José Agripino (DEM-RN) foi um levantamento de bola tão grande que a ministra aproveitou e colocou a bola no ângulo.

O brilhante senador (cada vez que vejo discussões na casa mais me seduz a proposta do parlamento unicameral) afirmou que a ministra mentiu durante a ditadura e disse que o caso do suposto "dossiê" sobre gastos no cartão corporativo do ex-presidente FHC poderia representar uma "violta ao regime de exceção". Literalmente, a fala dele: "Me tocou muito uma entrevista que a senhora disse que mentia muito para sobreviver no regime de exceção. O que quero dizer com isso tudo é que tenho medo de voltarmos ao regime de exceção. O dossiê é a volta do estado de exceção. É o uso do estado para encostar pessoas na parede (...) Queremos saber se o dossiê existe, quem mandou fazer, e para que foi feito", disse o senador democrata.

Explicando com laranjas ao senador: tortura serve justamente pro torturado delatar, dar informações confidenciais, ou seja, falar a "verdade". Mentir sob tais condições é ato heróico e não o contrário. A expressão de perplexidade dos senadores colegas de Agripino mostra o quão tosca foi sua comparação.

Dilma deitou e rolou, como mostra o vídeo acima, uma edição do programa do Jô Soares (até ele teve que elogiar a postura da ministra, vejam só...). Para se defender, o "democrata" falou que a ministra foi “esperta e astuta” e “usou a emoção”. Ou seja, teria sido isso uma confissão de que ele agiu com pouca esperteza e não foi nada astuto?

Pintou a candidata do presidente...

Mais sobre o desempenho da ministra aqui.

Trash 80's na política?

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Orestes Quércia tem estrelado as campanhas do PMDB no estado de São Paulo. Em um dos anúncios, ele inicia sua fala recitando os versos "o sol nasceu pra todos / e também para você", trecho de seu jingle na campanha eleitoral de 1986. Nas eleições de 2006, Guilherme Afif, candidato ao Senado, citava - e até fazia a respectiva linguagem de sinais - o slogan de sua candidatura à Presidência em 1989, o "juntos chegaremos lá". E a bem-sucedida campanha de Paulo Maluf à Câmara dos Deputados era embalada pela canção que dizia
"São Paulo é Paulo porque paulo é trabalhador", jingle principal de sua candidatura ao governo paulista em 1990.

Curioso esse movimento de "saudosismo" dos candidatos e marketeiros eleitorais. É interessante ver que eles pegam a febre do revival dos anos 80/90, instalada em São Paulo já há algum tempo, e que teve início nas festas Trash 80's, que hoje já viraram um verdadeiro império do entretenimento.

Pena que Brizola não está mais vivo. Senão, fatalmente sua campanha à prefeitura do Rio esse ano teria como trilha sonora o épico "lá lá lá lá lá, Brizola" de 1989...

O que houve, Flamengo?

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Os rivais do Flamengo foram rápidos na troça...

A expressão do título acima não exprime todo o espanto com o desastre construído ontem no Maracanã. Acompanhava o jogo do São Paulo e, de forma involuntária e muito a contra-gosto, as inserções globais do desfile alegórico dos pais da menina indo pra prisão (aliás, um gol do América e outro do Tricolor saíram durante os primeiros cinco minutos do casal entrando no abre-alas).

Era algo inacreditável. Enquanto no Morumbi desenrolava-se um roteiro já visto pelos torcedores há uns três anos, com o São Paulo não jogando bonito mas vencendo seu adversário de forma eficiente e até mesmo categórica, no Rio de Janeiro ocorria um filme-catástrofe. Nem mesmo o mais otimista rival carioca do Mengão imaginaria o Rubro-negro tomando três gols e, pior, não fazendo nenhum no lanterna do campeonato mexicano.

Na partida de ida, no México, os dois times protagonizaram os melhores 30 minutos que vi na Libertadores, no segundo tempo. A vitória do Flamengo poderia até mesmo ser mais elástica, se não fosse a "tosquidão" do xodó Obina, desperdiçando chances de contra-ataque e gols. Ontem, aquelas oportunidades perdidas fizeram falta.

Ainda assim, a vantagem era ótima, a melhor de um brasileiro no torneio continental. O que aconteceu? Vendo os melhores momentos, vê-se que o Flamengo pressionou, chegou a criar, mas não da forma que poderia/deveria. No desespero por ver a iminência do desastre, foi pra cima e deixou espaços para o América, mesmo com a vantagem. Poderia ter cozinhado o galo, mas precisava justificar o apoio de 51 mil torcedores no estádio. Não conseguiu.

Mas dá pra explicar o que aconteceu ontem? Questionado a respeito na coletiva, o treinador sãopaulino Muricy Ramalho foi sintético e preciso. "O Flamengo estava comemorando o título estadual até hoje. Por isso que eu sou estressado. A bola pune." E a redonda foi impiedosa com o Flamengo, que não treinou na segunda e na terça.

Os palmeirenses mais críticos dirão que a culpa é do Caio Júnior, e que ele nem precisou sentar no banco pra fazer valer seu pé-frio... De fato, deve ser algo sobrenatural pra justificar a derrota mais surpreendente do ano.

Confronto pó-de-arroz na Libertadores

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O duelo que quase aconteceu nas oitavas - caso o tricolor paulista tivesse terminado a fase anterior em segundo lugar em seu grupo - se confirma agora: São Paulo e Fluminense farão o confronto brasileiro nas quartas-de-final da Copa Libertadores da América. Pela melhor campanha até aqui, os cariocas têm a vantagem de fazer a segunda partida no Maracanã. É a primeira vez que o clube chega tão longe na competição. Nunca, antes, havia chegado sequer às oitavas-de-final. A prioridade para a Libertadores ficou clara no (sofrível) Campeonato Carioca, em que o Fluminense não disputou o título e nem mesmo as finais do primeiro turno (Taça Guanabara) e do segundo (Taça Rio).

Nem ao Brasileirão o time está dando pelota: para a estréia neste final de semana, contra o Atlético-MG, no Mineirão, foram escalados apenas reservas. O técnico Renato Gaúcho vai poupar Conca, Thiago Neves, Dodô e Washington para tentar superar o São Paulo já na primeira partida das quartas-de-final da Libertadores, na próxima quarta-feira. Pelos lados do Morumbi, o maior trunfo vem sendo o artilheiro Adriano. Ele participou de 42% de todos os gols do tricolor paulista no ano, com assistências e marcando 15 vezes. Como ressalta Paulo Vinicius Coelho em sua coluna de hoje no Lance!, as estatísticas provam que, apesar da importância de Jorge Wagner, quem pode desequilibrar é mesmo o camisa 10. Porém, a instabilidade nas laterais e no meio-campo pode ser fatal para as pretensões são-paulinas. O time vence (às vezes), mas nunca convence.

De qualquer forma, São Paulo e Fluminense prometem boas partidas. Admiro Renato Gaúcho como técnico tanto quanto Muricy. Vai ser um duelo tático interessante, mas, como todo jogo eliminatório de Libertadores, com forte marcação, catimba, tensão, faltas duras etc. E quem passar ainda poderá encarar o Santos, nas semifinais, e o Boca Juniors na decisão. Só pedreira...

Maracanazo

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globo.com

E o Flamengo me fez queimar a língua. Depois da vitória fora de casa sobre o América do México por 4 a 2, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, eu escrevi (perdão pelo personalismo) que a possibilidade do rubro-negro perder a vaga era a mesma do Atlético-MG ganhar do Cruzeiro na final do estadual. Afinal, o clima era perfeito: Maracanã lotado, jogo de despedida do idolatrado Papai Joel, possibilidade de perder por 2 a 0 e ainda assim classificar.

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Mas não é que o time conseguiu a façanha de ser eliminado? (Só faltou ser contra um time uruguaio para completar o clima de Maracanazo). Não vi o jogo, óbvio, mas não dá para pensar em outra possibilidade que não uma afinada geral. Que time faz 4 fora de casa e nem umzinho na volta? Ou seria a presença do Caio Jr. que inspirou o pessoal a fazer como o Goiás na Copa do Brasil? Ou foi salto alto? Os torcedores não quiseram saber e apedrejaram o ônibus da delegação na saída do estádio.

O fato é que o time, favorito, caiu, e o pessoal do Rio deve estar se perguntando até agora o que foi que aconteceu. (Para isso, leia o pessoal do parceiro BláBláGol)
globo.com
Nos outros jogos, aconteceu o previsto. Apesar de ter uma esperançazinha no Cruzeiro, o Boca era favorito e mostrou isso no Mineirão. Venceu por 2 a 1, mesmo placar do jogo de ida, e eliminou a Raposa. Foi justo, fazer o que?
Rubens Chiri/SPFC
Já o São Paulo sofreu um pouco, mas jogou o suficiente para passar do Nacional do Uruguai, por 2 a 0. Adriano marcou o primeiro e Dagoberto, já no final do segundo tempo, desencantou e fechou o jogo. O que me deixou feliz é ver que a defesa está cada vez mais parecida com a do Campeonato Brasileiro do ano passado. Assim, o Tricolor tem alguma chance contra o Fluminense, que já havia despachado o Atlético Nacional na terça. Vai ser um baita confronto!