Destaques

sexta-feira, abril 23, 2010

Dourado, Cônsul Cultural do Internacional! Assim não dá...

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Que me desculpem os amigos colorados, mas que história é essa de nomear Marcelo Dourado como Cônsul Cultural do Inter?
Eu que assisti a vitória do Inter por 3 a 0 em cima do Deportivo Quito, pela Libertadores na noite desta quinta-feira, fiquei absolutamente indignada...

Além da polêmica se o tal do Dourado é ou não homofóbico, o que o vencededor do BBB 10 fez ou faz para, na beira do gramado do Beira-Rio, receber o título de Cônsul Cultural?
No mínimo, ter propagado a máxima que homens heterossexuais não contraem o vírus HIV.

Coisa de marketeiro mesmo, que papelão!

quinta-feira, abril 22, 2010

Acorda, Dunga!

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Campanha voluntária de 15 amigos, auto-intitulados "Amantes do Futebol Arte", em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul:



São 10 outdoors espalhados pela cidade, ao custo de R$ 7 mil. E tem tudo pra se alastrar por outras capitais. E aí, Dunga?

Copa do Brasil avança para as quartas

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Praticamente definidos confrontos das quartas-de-final da Copa do Brasil. O melhor jogos deve ser entre Santos e Atlético-MG. Mas pode ter também um Grêmio e Fluminense (ou Lusa) e Vasco e Vitória.

Indefinido ainda está o adversário do Palmeiras, entre Atlético-GO e Santa Cruz. Os goianos têm vantagem depois de vencer em Recife por 2 a 1.

O Fluminense tem tudo para garantir a classificação depois de vencer por 1 a 0 no Canindé a Portuguesa paulistana. Se isso ocorrer, enfrenta o Grêmio, que perdeu para o Avaí por 3 a 2 na Ressacada, mas se classificou por ter vencido por 3 a 1 no Olímpico.

O Vasco confirmou a vaga sobre o Corinthians-PR depois de vencer por 1 a 0 no primeiro jogo em Curitiba.Enfrenta o Vitória, que tampouco precisou muito esforço para confirar a vantagem de 4 a 0 sobre o Goiás de Jorginho, Fernandão e companhia.

O Santos sofreu a segunda derrota para times alviverde na temporada. Foi apenas o terceiro revés contra qualquer time, e desta vez sem os meninos da Vila em campo. Tudo bem, mesmo contra os alviverdes, foram três jogos e o saldo de gols continua com ampla margem pró-Peixe (13 marcados contra sete sofridos). Tudo bem, são poucas as possibilidades de fazer troça dos alvinegros da Baixada neste ano, a gente tem que aproveitar.

O melhor futebol jogado no Brasil atualmente vai enfrentar o time comandado por Vanderlei Luxemburgo. Os mineiros venceram por 2 a 0 o Sport na Ilha do Retiro. Tinha vencido no Mineirão por 1 a 0. Será o primeiro confronto entre o Peixe e seu ex-técnico. Diversão à vista.

Para resumir
Com os mandantes da primeira partida – definidos em sorteio – apresentados primeiro, os confrontos ficaram assim:

Chave de um lado:

Vitória x Vasco
Santa Cruz ou Atlético-GO x Palmeiras

Chave do outro lado: 
Grêmio x Fluminense ou Portuguesa
Santos x Atlético-MG

Gol a 2 minutos do fim garante vaga do Palmeiras na Copa do Brasil

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O Atlético-PR cedeu o empate aos 43 minutos do segundo tempo e deixou a vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil para o Palmeiras, na Arena da Baixada. Os visitantes jogaram bem especialmente no segundo tempo, mas por preciosismo, incompetência e raça rubronegra, saiu perdendo.

Alan Bahia abriu o marcador aos 32 do segundo tempo, em pênalti inexistente de Léo sobre Bruno Mineiro. Lincoln empatou em jogada triangulada entre Márcio Araújo e Ewerthon.

Ufa!

Com um jogador a mais e pênalti perdido, o Palmeiras jogou bem e, comportamento questionável à parte, se classificou. Enfrenta o classificado entre o Atlético-GO e o Santa Cruz, sendo que o time goiano venceu a primeira partida.


A torcida do Atlético-PR foi a campo com o rosto pintado de preto em função da denúncia do zagueiro Manoel contra o ex-atleticano Danilo, por ofensa no primeiro jogo, no Palestra Itália. Ambos correm risco de suspensão pela troca de infâmias (cabeçada versus cusparada e xingamento racista).

O pior é que teve episódio de racismo no fim de semana da torcida do Coritiba contra o mesmo Manoel. Bem triste a sequência.



Sobre o jogo, o goleiro Neto do time da casa foi muito bem e evitou pelo menos três gols do Palmeiras. A começar por penalidade máxima cobrada por Robert com paradinha mal-sucedida. Na falta dentro da área, Bruno Costa tomou o segundo amarelo.

Na segunda etapa, o alviverde voltou melhor, dominou as ações, mas não tirou o zero do placar. Por preciosismo e incompetência.

Diego Souza continua ausente. É claro que ele é bom jogador, tem um domínio e visão de jogo diferenciados, mas não tem conseguido fazer isso render. Jogar como meia-meia faz o atleta render menos do que no ataque desde que chegou ao time, em 2008. Nesta quarta-feira, 21, não resolveu. E estar em campo com dois atacantes funciona melhor.

Quando Ewerthon entrou na vaga de Pierre, o time melhorou. Aliás, ele e Márcio Araújo pareciam os jogadores com a cabeça mais no lugar do time, mesmo depois de sair perdendo. O restante oscilava entre falta de fôlego e de recursos técnicos para lidar com o esférico.

Foi dos dois que saiu a jogada, meio atrapalhada, é verdade, que garantiu a igualdade e a classificação.

Um resultado que coroa a evolução do time mais em termos de disposição do que de técnica. Só precisa chutar contra a meta adversária quando a zaga abre para deixar a vida dos torcedores mais feliz. Bom, tem que acertar os chutes também, mas disso eu reclamo quando aumentar a objetividade.

quarta-feira, abril 21, 2010

4h10min

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Esse foi o tempo que gastei para comprar ingressos para o primeiro jogo da final do Campeonato Paulista, Santo André x Santos, que acontece nesse domingo, no Pacaembu. Entrei às 9h30 na fila que se formava nas bilheterias do Estádio Bruno José Daniel, em Santo André, e saí de lá às 13h40.

Pelo que leio na internet, o problema se repetiu em outros lugares. O UOL conta que o Pacaembu também teve gente que esperou mais de três horas. Amigos relataram de espera de mais de duas horas na Vila. E tenho certeza que o pessoal que chegou bem depois de mim ao Bruno Daniel inveja as quatro horas que permaneci lá - arrisco dizer que eles não levaram menos de seis horas para efetuar suas compras. Menos mal que hoje era feriado. Foi esse o motivo, é claro, que levou muita gente às bilheterias nos diferentes pontos de venda.

Dois registros importantes
O primeiro é que nesse tempo todo que permaneci na fila, vi poucas ou praticamente nenhuma ocorrência de "malandrões" furando fila. E nem cambistas. Essas duas pragas, inerentes aos grandes jogos de futebol, felizmente não estavam presentes no Bruno Daniel.

E o segundo é que a fila que levei quatro horas para concluir, diferentemente do que deve estar achando o leitor, não era das maiores. Não mesmo. Sim, era grande, mas jamais imaginei que ficaria ali por quatro horas. Arrisco dizer que estavam na minha frente, quando cheguei à fila, pouco mais de 65 pessoas. Ou seja: não era um contingente de pessoas que justificasse tamanha espera.

O que houve foi uma injustificável e absurda demora das pessoas nos guichês. Não por culpa dos clientes, que fique claro. A questão é que se fazia - PARA CADA COMPRADOR - um cadastro na hora. Medida correta, para evitar as cada vez mais frequentes fraudes no universo da meia-entrada. Mas que precisa ser otimizada, e em caráter de urgência. Não dá, não faz sentido um torcedor demorar tanto tempo em uma fila não das maiores. É preciso evolução.


O post aborda um tema que tenho destacado com relativa frequência aqui no Futepoca, a questão do desconforto a qual é submetido o torcedor que vai ao estádio. Acho importante ressaltar esse ponto porque rotineiramente ele é relegado a segundo plano - e fala-se da violência como sendo o único e maior mal no mundo do futebol. Estive hoje no estádio por quatro horas e não vi uma cenazinha sequer de violência - e olha que muitos torcedores do Santo André estavam lá, com suas camisas, comprando suas entradas. Mesmo quando não há violência, o desconforto impera. E se não podemos mudar a cabeça das pessoas, podemos mudar o que é oferecido a elas - o que pode fazer com que elas mudem suas atitudes. Tenho convicção que violência e desconforto andam juntos. E dá para corrigir um problema com certa facilidade, e aguardar para que o outro passe por uma melhora gradual.

terça-feira, abril 20, 2010

Deixa ver se eu entendi

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Leiam as afirmações do goleiro (chorão) Rogério Ceni à Rede Bandeirantes:

- Com tanto juiz bom que temos por aqui, tirar um árbitro de uma suspensão para colocar para apitar aqui na Vila Belmiro contra um time leve. Era óbvio que iria chegar aqui e distribuir cartão para todo mundo.

Eu traduziria assim: "Contra um time leve, rápido e técnico, o adversário está autorizado a descer a botina, sem dó. Por isso, é preciso um juiz condescendente, estilo Libertadores, que deixa o pau quebrar e o jogo correr". É isso?

Parágrafo a parágrafo, a matéria de capa de Veja

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A matéria de capa de Veja traz José Serra com a mão no queixo, exibindo um sorriso de dentes clareados e prontos para a corrida eleitoral. Segundo alguns, uma cópia da Times com Barack Obama. Mas há diferenças sérias na chamada de capa. Um aponta quem vai ganhar, outro sugere quem deve ganhar – ambos os casos na opinião do respectivo veículo, frise-se.

Mas melhor criticar lendo do que sem ler. Então, bora ler e comentar, parágrafo-a-parágrafo, a matéria de capa da semanal da editora Abril. Eu até queria ler o artigo de Dilma Rousseff anunciado sobre o cabeçalho, mas é restrito a assinantes.


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segunda-feira, abril 19, 2010

Orelhadas de bar (3)

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Quatro da tarde. Sábado. Bar da Graça. Cinco elementos jogam baralho.

- Ô, Valdir, para de tomar conhaque! Vai passar mal.

- Vou nada, rapaz. Aqui é só fortaleza.


Alguém surge com um prato de esfihas, não se sabe de onde. Oferecem, mas declino. A dona do bar aparece com mais uma garrafa de Dreher. Eles alternam com cerveja.

- Sabe que uma vez tomei um porre desse negócio? Quase morri.

- Foi numa pescaria, não foi?

- Não, eu tava no sítio do meu tio. Bebi três garrafas desse conhaque e fiquei passando mal. Não conseguia botar pra fora.

- E aí? Foi parar no hospital?

- Não, eu fui tentar subir no cavalo e caí. Ele me deu um coice na barriga e eu despejei toda a bebida pra fora.


Risadas gerais. Passa um cachorro e jogam um resto de esfiha pra ele. Peço a conta.

Mineiro tem só dois times: Galo e Ipatinga

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Como sempre se diz, o campeonato mineiro tem apenas dois times. Neste ano, Atlético e Ipatinga foram os que restaram para fazer a final. Isso depois de o Galo ganhar a primeira partida e empatar a segunda com o Democrata de Governador Valadares e o Cruzeiro ser eliminado com um empate (em Ipatinga) e uma derrota por 3 a 1 (Mineirão).


Em relação às duas partidas decisivas, o Jogo do Galo foi muito chato. Com a vantagem do empate, Luxemburgo entrou com três zagueiros e dois volantes. Como o Democrata não saiu para o jogo, a partida ficou amarrada. As melhores chances foram do Galo, que abusou de perder gols, mas conseguiu se classificar.

Roubou e não levou
Ontem, o Cruzeiro perdeu de 3 a 1 e poderia ter levado de 6, não fosse a arbitragem. No primeiro tempo anulou um gol e deixou de marcar dois pênalties para o time do Vale do Aço. Num deles, o goleiro Fábio saiu no meio do corpo do jogador, sem bola. Um dos penais mais penais que já vi.

O juiz, aquele que já foi denunciado por trabalhar para o presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, nada marcou.

No segundo tempo, mais um impedimento errado com Alessandro sozinho na frente do goleiro. Depois vieram os gols do Ipatinga e a expulsão de um zegueiro do Cruzeiro. Mas, para compensar, o juiz expulsou dois do Ipatinga e marcou um pênalti para o Cruzeiro. Nada adiantou. Quem quiser ver os lances, clique aqui.

Santos 3 X 0 São Paulo - E os meninos engoliram os lobos

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O clássico das semifinais entre Santos e São Paulo começou quente antes mesmo do início da partida. O Tricolor mudou o time, provavelmente por conta da segunda etapa do primeiro jogo no Morumbi, quando a equipe pressionou o Peixe mas não evitou a derrota. Além de Cicinho e Richarlyson nas laterais, Ricardo Gomes sacou Washington e pôs Fernandinho ao lado de Dagoberto no ataque, enquanto Cléber Santana começou como titular.

Dorival Júnior também mexeu para evitar que o São Paulo ganhasse o meio de campo. Colocou Pará na lateral-direita, deslocou Wesley para a meia e tirou André do time. A mudança não só fez com que Wesley jogasse em uma zona do campo onde se sente mais confortável como também sanou a marcação problemática no lado direito da defesa onde Pará, limitado tecnicamente mas eficientíssimo no posicionamento, barrou as investidas tricolores.

Mas nem por isso o Santos abdicou de atacar. As principais chances do primeiro tempo foram alvinegras, sendo uma delas fruto de um primoroso passe de Neymar para Robinho, aos 5 minutos, que desperdiçou por chutar ao invés de passar. Hernanes, principal destaque do adversário no jogo anterior, não conseguia sair da marcação de Arouca e a equipe do Morumbi não chegou a ameaçar o gol peixeiro.



Já no segundo tempo, como a toada seguia a mesma, Ricardo Gomes resolveu mudar e colocou Washington no lugar de Cléber Santana aos 10 minutos. Mas foi o Alvinegro que marcou aos 15, em uma incrível sequência de passes em que a equipe fez a bola rodar pelo campo todo e, pacientemente, achou a oportunidade de gol. Marquinhos viu Neymar livre e cruzou para o atacante que, empurrado por Alex Silva, concluiu quase no chão, com o ombro ou o braço, conforme a interpretação da imagem que nem em slow motion fica clara.

O São Paulo até tentou responder aos 19, quando Washington exigiu pela primeira vez Felipe, que se saiu bem. Contudo, com a partida quase na mão, o Santos mostrou o que já tinha evidenciado na primeira etapa: a equipe tem meninos que parecem moleques peladeiros quando pegam na bola, mas que também são adultos, maduros, apesar dos céticos e dos secadores torcerem para que não fossem. Conseguiram controlar o jogo e quem parecia imaturo era o time do Morumbi, errando jogadas de forma grotesca e fazendo faltas algo desnecessárias, algo violentas.

Foi assim que aos 26 Alex Silva de novo resolveu fazer falta em Neymar dentro da área, pênalti não marcado que renderia a expulsão do defensor. E onze minutos depois, em jogada bem mais duvidosa e cavada, pênalti de Miranda em Neymar. O garoto, que não treme, chamou a responsabilidade e, com nova parada na batida, deslocou Rogério Ceni. O arqueiro desta vez não teve moral para reclamar da cobrança.

Mesmo sem Neymar e Robinho, já no banco, o Peixe conseguiu ampliar com outro jogador que tem sido muito útil quando entra. Madson fintou pela esquerda e cruzou para Paulo Henrique Ganso fazer o dele. Um 3 a 0, a terceira vitória em três clássicos contra o São Paulo, 8 a 3 no total. Será que vão dizer de novo que o adversário era fraco?

*****

Duas personalidades receberam respostas diretas e indiretas de jogadores santistas após o clássico. Primeiro foi o presidente do São Paulo Juvenal Juvêncio, que disse que na primeira partida os meninos estavam “tão apavorados que quase desceram a serra” e depois em entrevista a uma rádio ainda deu seu brilhante parecer de que o Santos era “time médio ou pequeno”, ao comentar a distribuição de cotas de televisão. O cartola demonstrou não apenas despeito e desrespeito como também o desconhecimento de como funciona a distribuição dos recursos obtidos pela venda de direitos televisivos em outros países.

"O São Paulo falou demais. O Santos é grande, muito grande, e merece respeito. Faltou respeito deles. (...) O Santos chegou com méritos, jogando futebol e respeitando o São Paulo", declarou Léo, que teve a companhia de Edu Dracena nas críticas. “Ele [Juvenal] falou muito, só que tirando 20 ou 30 minutos do clássico no Morumbi, o Santos foi superior o tempo todo. Hoje, fomos superiores ao São Paulo durante os 90 minutos. O Juvenal fala o que quer, e a gente não tem que dar resposta a ele.”

Mas outra figura, até pouco tempo recebida com louros e tapete vermelho na Vila Belmiro, também mereceu resposta. Vanderlei Luxemburgo, além de ter falado equivocadamente (pra ser gentil) que lançou Neymar (que ele deixava na reserva ora de Jean, ora de Róbson) e Ganso, durante a semana foi além e resolveu secar deliberadamente o clube que o acolheu quando não conseguiria emprego em lugar nenhum. “Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. (...) Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão (sic), aguenta", disse o “gênio”.

Impressionante não apenas a análise com ares de torcida, mas a total falta de ética de colocar em dúvida os brios de dois ex-atletas seus, do Cruzeiro de 2003 e do Santos de 2004. "Não vou citar nome de ninguém. Mostramos que nosso time não tremeu, se não jogou no ano passado, esse ano jogou com o Dorival", declarou Léo, fazendo a referência ao ex-técnico santista e acertando em cheio ao não citar sequer seu nome. Ele não merece.

Rede Globo entra de vez na campanha. De Serra

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Essa eu vi hoje no Conversa Afiada, do Paulo Henrique Amorim. Aproveitando o mote de que "o Brasil pode mais", do candidato tucano José Serra, e o conveniente aniversário de 45 anos da emissora (número do PSDB), a Globo perdeu totalmente o pudor e lançou uma inacreditável peça de "propaganda eleitoral". Reparem que eles dizem que querem "mais educação e saúde", o que não tem nada a ver com o aniversário ou com a programação televisiva:



Alguém tem dúvida sobre o chumbo grosso que virá sobre Dilma Rousseff?

Atualização às 17h50
Deu no terra: Globo decide suspender comercial acusado de ser pró-Serra

O vídeo original foi retirado, e a versão foi republicada por outros usuários do Youtube.

Caso saia do ar de novo, a transcrição do texto:

Nova idade com muito mais vontade de querer ainda mais qualidade. Emoção? Mais. Alegria a gente traz. E a diversão, vamos atrás. Mais informação, a gente é capaz. Todos queremos mais. Educação, saúde e, claro, amor e paz. Brasil, muito mais. É a sua escolha que nos satisfaz. É por você que a gente faz sempre mais.
São sete vezes a palavra "mais" em 30 segundos, além de incluir "Brasil, muito mais". Isso dá um "mais" a cada quatro segundos.

domingo, abril 18, 2010

Rita Cadillac, futebol, política e cachaça

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Na sexta-feira, 16, chegou a salas de São Paulo e Rio de Janeiro o documentário Rita Cadillac, lady do povo. Em Belo Horizonte e outras praças, foi na semana anterior. O longa de Toni ventura foi produzido em 2007, teve uma versão preliminar exibida no SBT, e agora recebeu um novo corte para ir às telonas.

Foto: Divulgação


A ex-chacrete foi a única que se manteve no universo das celebridades, como cantora e dançarina, além de algumas pontas como atriz. Ela protagonizou situações incríveis, como shows sensuais para garimpeiros de Serra Pelada na década de 1980, e para detentos do Carandiru nos 1990. Uma mulher, ou uma bunda, em meio a mil ou 50 mil homens.

Todas as resenhas a respeito destacaram a tentativa de se desmistificar ou desconstruir a personagem, mostrar Rita de Cássia Coutinho como alguém diferente de Rita Cadillac.

Toni Ventura, o diretor, conseguiu depoimentos surpreendentes e uma empatia enorme com a protagonista. O resultado são muitas histórias divertidas, algumas assustadoras, e umas poucas sobre futebol, política e cachaça.

Do ludopédio, uma envolve Edson Arantes do Nascimento. Incentivada pela travesti Rogéria, ela teve um caso com Pelé na década de 1970. "Duas noites e foi só", ela revela.

Foto: Reprodução Cartaz
Outra diz respeito ao papel de Rita em Asa Branca, um sonho brasileiro, de 1981, um longa-metragem nacional que tem Edson Celulari no papel do personagem que dá nome ao filme. O diretor Djalma Limongi Batista colocou a ex-chacrete como esposa do presidente do clube, que tem um caso com o herói do filme.

Aliás, é Limongi Batista quem define Rita Cadillac como "lady do povo", embora ela deixe claro que é mais povão do que chique.

De cachaça, valem duas menções. A primeira é a opção de Ventura por começar o documentário com cenas de Rita Cadillac preparando um almoço que parece ser uma feijoada ou alguma versão do clássico culinário nacional, em que despeja uma latinha de Bavária Classic (afe!) no cozido, pretensamente para amolecer a carne.

A segunda relaciona-se com a avó da protagonista, que a criou no Rio de Janeiro. A mãe deixou a recém-nascida com a avó paterna, depois que o pai de Rita havia morrido. A senhora Coutinho "bebia uma garrafa de uísque por dia", o que gera uma empatia imediata com qualquer leitor do Futepoca.

Outro dado sobre a avó agrada mais à ala esquerdinha do Futepoca. Rita revela que a avó era uma militante de esquerda que, durante a ditadura militar, escondia "amigos" em casa. A adolescente Rita recebia orientações expressas de não comentar sobre os visitantes barbudos com ninguém. Sem entender nada à época, só descobriu depois do que se tratava.

A outra referência à política não está no documentário. Em 2008, Rita de Cássia Coutinho candidatou-se pelo PPS em Praia Grante (SP). A candidatura não emplacou, foi uma campanha de R$ 6 mil e poucos votos. Em entrevista, ela se sentiu usada pelo PPS.

Curioso é que o ressentimento que ela demonstrou a respeito do universo político, em debate após uma pré-estreia, em São Paulo, assemelha-se à relação que ela mantém com outro evento. Ao descrever a incursão no cinema pornô, com A primeira vez de Rita Cadillac, ela narra uma experiência mais sofrida do que ela achava que seria para ganhar dinheiro suficiente para comprar um apartamento.

Nem na política, nem no cinema pornô ela pretende repetir a experiência.

sexta-feira, abril 16, 2010

Em termos de emprego, Lula e FHC é Santos e Guarani

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O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta quinta-feira, 15. Foi outro recorde de emprego gerado em março. Para abril, Carlos Lupi, titular da pasta, promete novo recorde.

Homem placa no centro de São Paulo anuncia vagas

O detalhe é que a partir da busca do jornalista Vitor Nuzzi pelos arquivos do acumulado de geração de empregos, temos os seguintes dados, a título de comparação entre governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Fernando Henrique Cardoso.

Recuperação econômica à parte, é bem verdade que Lula enfrentou apenas um ano – no máximo dois – de crescimento próximo de zero. Mas também é verdade que parte do cenário para que isso ocorresse tem méritos de políticas adotadas pela gestão – a maioria, políticas não macroeconômicas, registre-se.

Aos dados:

Período Saldo
de empregos
Média
anual
1995-2002 796.967 99.621
2003-2009 8.716.082 1.245.154

Sendo maldoso de um lado, arredonda-se para 8 milhões o resultado de 2003-2009. E, generosamente, facilita-se para o outro lado, inflando para 1 milhão as vagas do período 1995-2002. O resultado é: 8 para 1.

Opa! Oito a um é Santos e Guarani pela Copa do Brasil.

Com o acúmulo de 2010 de 700 mil empregos gerados, a diferença aumenta, porque somam-se 9,4 milhões de empregos. Em abril, a expectativa é de 340 mil contratações a mais do que demissões, de modo que o Brasil ultrapassaria em quatro meses todas as vagas criadas em 2009, o ano em que o país decresceu 0,2%.

E vejam que, nessa toada, mais um ou dois meses e o jogo vai ficar 10 a 1, quase a maior goleada dos Meninos da Vila até o momento, aplicada sobre o Naviraiense, também pela Copa do Brasil. Os santistas ganharam de 10 a 0, o que torna a comparação meio capenga, mas enfim.

Diferentemente de outros períodos, houve algum crescimento do salário médio de admissão. Quando há muita rotatividade, a tendência do ordenado médio é ser rebaixado, já que a pessoa sai de um lugar para ganhar menos em outro. No trimestre, aumentou 4,37% em relação a 2009. Talvez a crise tenha atrapalhado o parâmetro do ano passado.

Mas o ministro Lupi foi indiscreto na coletiva para dar seu parecer de torcedor pleno: "O maior segredo da aprovação do governo Lula é a valorização salarial. Quando a oposição descobrir isso, já terá perdido a eleição".

Por abertura de arquivos, atores interpretam vítimas da ditadura

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Uma campanha da seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) lançou a campanha Campanha Nacional pela Memória e pela Verdade, pela abertura dos arquivos do período de ditadura militar no Brasil. Além de um abaixo-assinado, há uma série de vídeos com atores interpretando desaparecidos políticos do período autoritário.

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700 mil toneladas de aço brasileiro pra Copa de 2014

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Anteontem, participei (a trabalho) da abertura do 21º Congresso Brasileiro do Aço, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Presentes, os diretores de gigantes da siderurgia da China e Europa, além dos todo-poderosos nacionais, Vale, Gerdau, Usiminas, Mittal, Villares, entre outros. O clima geral era de satisfação pela maneira como o Brasil enfrentou a crise econômica e das perspectivas futuras pelos investimentos federais já comprometidos. Em seu discurso, o presidente Lula reforçou que eventos como a Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, ambos no Brasil, vão garantir que a produção e o consumo de aço no país continuarão crescendo.

De fato, circulando pela exposição, recolhi exemplares de duas revistas que, por serem muito específicas, acabam não chegando até nós, leitores comuns: a Arquitetura & Aço (edição de janeiro) e a Metal & Metalurgia (período março/abril). Ao contrário da chamada "grande imprensa", que minimiza, distorce ou desqualifica as ações e investimentos do governo Lula, as duas publicações destacam os eventos inéditos que o Brasil vai abrigar e o desenvolvimento que isso trará ao país - a primeira revista com uma "Edição Especial Copa do Mundo 2014" e a segunda com a manchete "Gol de placa". "Demanda doméstica de aço para as obras da Copa pode atingir 700 mil toneladas", ressalta a Metalurgia & Materiais.

A reportagem da revista prossegue: "Atualmente, há cerca de R$ 2,5 bilhões autorizados para melhorias em aeroportos, segundo informação do Ministério do Esporte. Em relação aos portos, os investimentos são de R$ 677 milhões e para a mobilidade urbana, R$ 11,2 bilhões. (...) O BNDES, por sua vez, criou uma linha de financiamento com R$ 4,8 bilhões destinados aos estádios e R$ 1 bilhão para a hotelaria". Já a Arquitetura & Aço mostra que a capacidade instalada da indústria do aço no Brasil cresceu de 33,3 milhões de toneladas em 2002 para 41,4 milhões em 2008, ano em que a construção civil (setor altamente impulsionado pelo governo Lula) liderou o consumo final, com 33,4% do mercado, seguido pelo setor automotivo, com 25,5%.

Público-alvo - Ou seja: nossa indústria tem total condições de suprir as demandas desses dois megaeventos, sem sustos. As publicações estampam ainda que o governo federal prevê orçamento de R$ 48,8 bilhões para a Copa e a Olimpíada. O mais interessante, para mim, é observar que essas revistas têm como público-alvo pequenos e grandes empresários da cadeia produtiva do aço, o que comprova que a satisfação com o governo Lula não é só dos "pobres e nordestinos que vivem do Bolsa Família", como a "grande imprensa" tenta inventar. E me lembra um post do Glauco da época em que o Brasil foi definido como sede da Copa, criticando a ladainha de que sediar esse evento seria "ruim" para nós, principalmente porque "obriga o Estado a cumprir sua função, sendo que o dinheiro retorna em impostos e ganhos de outra ordem". É isso o que, felizmente, vemos agora.

E termino com as palavras do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, em entrevista para a revista Linha Direta, do diretório do PT de São Paulo: "O importante é o legado que [a Copa] vai deixar para o Brasil. Vamos ter que reformar e melhorar aeroportos, metrôs, vias de acesso. A Copa é um detalhe. O importante é todo o investimento que vai ser feito em apenas quatro anos no país que talvez demorasse mais de oito anos". Mas é claro que o PSDB, que prometeu entregar a primeira estação da Linha Amarela do metrô paulista em janeiro de 2008 (alguém lembra ou comenta isso?), vai falar que o Brasil vai se endividar com a Copa, que não vai cumprir metas e prazos, que vai ser um desastre e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá. Deixa eles. Estamos muito, muito bem!

Vitória simples do Palmeiras sobre o Atlético-PR

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O Palmeiras venceu o Atlético-PR por 1 a 0. Vitória simples. Sem charme, sem luxo, sem goleada. Nada além de um golzinho que fez o placar. Nenhuma jogada brilhante, mas tampouco nenhuma trapalhada gigante. Pelo menos taticamente falando.

No Palestra Itália, o time da casa saiu na frente nas oitavas de final. Não é a vantagem de que o Brasil precisa, mas um empate na partida de volta garante a vaga. Conseguir a igualdade no Paraná é que vai ser dureza.

O comportamento do zagueiro Danilo do Palmeiras, acusado de ter chamado de "macaco" o também zagueiro do rubro-negro Manoel, esquenta o clima para a partida de volta.



O Palmeiras veio a campo precisando ganhar. Ganhou. Precisava ainda garantir uma vantagem considerável. Nem carecia ser algo similar ao que o Santos fez ao Guarani. Nem precisava ser um quarto do que o alvinegro da baixada impôs ao alviverde campineiro. Só precisava de uma vitória com uma atuação mediana.

Isso o time de Antônio Carlos Zago entregou. Um a zero, com gol de Robert aos 14 do primeiro tempo, foi o mínimo dos mínimos.

Não teve apagão, desconcetração, papelão. Por isso ganhou. Pela falta de vontade dos visitantes de atacar, fica difícil saber se o comportamento representa uma evolução.

O Palmeiras mostrou raça. Mostrou disposição. Mas também deixou claro que sem vontade do meio para a frente, fica difícil sonhar ir mais longe na competição.

O episódio lamentável foi a troca de infâmias entre Danilo, ex-Atlético, e Manoel. O atacante paranaense deu uma cabeçada no zagueiro palmeirense, que devolveu uma nada nobra cusparada. Junto, teria chamado Manoel de "macaco".

Se usou o termo, que pague pelo inafiançável crime de racismo. Se manifestou racismo com um colega de profissão, carece punição. E parece-me positiva apenas a consequência desse tipo de episódio se envolver discutir o racismo no Brasil.

O mais triste é surgir o episódio sob o comando de um treinador que já teve uma experiência lamentável do mesmo jeitinho. O resultado é que um triste episódio como esse vai ter mais projeção do que as parcas melhorias que o elenco exibiu.


Atualizado às 9h35

quinta-feira, abril 15, 2010

Terceira invasão do site do PT bota fogo em campanha virtual

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Pela terceira vez o site do PT foi invadido por hackers que, desta vez, postaram mensagens de apoio ao pré-candidato a presidência pelo PSDB, José Serra. A ação dá uma dimensão da guerra virtual que está instalada e o futuro, nada amistoso, das relações entre militantes do PT e do PSDB. Além disso, o fato também mostra até onde podem ir as práticas obscuras no desenrolar destas eleições.

Futepoca eleições 2010O ataque ocorreu no final da tarde de ontem, quando no portal petista foi postada uma imagem de Serra, com os dizeres “Vote 45”. A mensagem também trazia o slogan da campanha tucana “O Brasil Pode Mais” seguido de “PSDB Hackers". Depois disso, os usuários que acessavam o site eram redirecionados para a página oficial do partido tucano.

A primeira invasão ocorreu em novembro de 2009, quando o portal foi atacado por defacers (especialistas em invadir sites e alterar suas páginas principais com mensagens de protesto) que trocaram a página principal por uma mensagem ao presidente Lula que dizia "Lula você é o cara, mas apenas um no país não vai resolver milhões de problemas. Armas não fazem o destino de um homem, mas pode por em risco toda a humanidade". A invasão foi filmada e pode ser vista aqui. Na última segunda-feira, 12 o site ficou fora do ar por mais de 24 horas após uma nova invasão.

Mídia e guerra virtual

A invasão virou notícia nos jornalões do país. A Folha de S.Paulo publicou matéria nada tendenciosa com o seguinte titulo “Site do PT é invadido, e partido insinua que a culpa é da oposição”. Se o site tucano fosse invadido por pessoas se intitulando petistas, certamente o tratamento seria o mesmo... Já O Globo deu a nota “Pirataria Virtual invade site do PT”, enquanto O Estado de S.Paulo publicou a melhor matéria sobre o assunto, intitulada “Partidário de petista e de tucano se digladiam na web”, a matéria dá dimenssão da guerra virtual que está acontecendo e chama atenção para ação de hackers que andam realizando o “google bombing”, para associar o termo de busca “mentiroso” a Lula. Fora isso, existe o tal dossiê virtual que circula por e-mails contra a petista Dilma Rousseff, atribuindo a ela crimes como formação de quadrinha na época da ditadura.

Por fim, o Correio Braziliense não deu uma linha sobre o assunto, mas antecipou que a página virtual da ex-ministra do governo Lula, será lançada na próxima segunda-feira. Segundo a matéria “Mais uma frente virtual”, o site tem como proposta “tornar o endereço uma fonte direta de interação entre militantes e simpatizantes de sua figura”. O lançamento acontecerá uma semana após Dilma ter aderido ao microblogue Twitter e chegar, após cinco dias do lançamento, a quase 25 mil seguidores.A candidata Dilma Rousseff em sua sua estréia no twitter. O uso do navegador "Internet Explorer" para a tuitagem foi alvo de polêmica e criticas da comunidade Software Livre. Foto: Roberto Stuckert Filho/Flick

Já do lado dos tucanos, nem só de ataques apócrifos está se estruturando a campanha. José Serra, que tem mais de 200 mil seguidores no Twitter, lançou sua candidatura no último sabado em Brasília e além da “militancia cheirosa” se utilizou da web para fazer barulho. Foram mais de 20 computadores conectados à internet, para apresentação de espaços da militância tucana em mídias sociais como Twitter, Orkut, Facebook e YouTube e a utilização de um telão de LED, que exibia a página no ex-governador no Twitter, com as postagens mais recentes, e a transmissão ao vivo da cerimônia. A mesma tática foi usada pelo PT, em seu Congresso de 25 anos, onde postagens com a tag #congressopt eram selecionadas e projetadas em um telão, além da transmissão do lançamento da candidatura de Dilma.

Butecos nada aprazíveis

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Se o presidente Lula bebe ou não, isso não me diz respeito e não influencia em absolutamente nada em seu excelente governo e em sua ótima avaliação, minha e de 76% da população brasileira. Mas penso que o companheiro poderia prestar mais atenção nos butecos que costuma frequentar...

Ora, bolas!

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Leio hoje sobre a entrega do polêmico troféu Copa Brasil (foto), ou "taça das bolinhas", para o São Paulo. Já escrevi sobre o que penso aqui e aqui, não vou me estender mais sobre o mérito da questão. Mas a decisão da CBF acabou causando ainda mais confusão. Afinal, o São Paulo conquistou seu quinto título brasileiro há quase dois anos e meio e, na época, a entidade até ameaçou entregar a taça ao clube, mas voltou atrás e calou-se. E a entrega para o time paulista só acontece agora, como possível represália de seu presidente, Ricardo Teixeira, contra o Flamengo, que votou a favor de Fábio Koff na eleição do presidente do Clube dos 13, há três dias. Kléber Leite, o candidato de Teixeira, foi derrotado por 4 votos. Curioso é que o São Paulo também votou contra o candidato da CBF, o que levanta a hipótese de picuinha de foro carioca ou, como preferem outros teóricos da conspiração, mais um episódio da novela "Morumbi na Copa", pois a Fifa insinuou novamente que a participação do estádio não está garantida. Disposta a apoiar a construção de um novo estádio na capital paulista, a CBF estaria dando a "taça das bolinhas" como "prêmio de consolação". Não creio. Acho que foi pancada no Flamengo, mesmo.

Buenas, confusões à parte e apesar de ser sãopaulino, fico chateado com o desfecho desta saga. Sim, porque dou valor à história do futebol brasileiro e objetos como esse troféu deveriam servir como chancela de tradição e continuidade, como acontece com a taça da Copa Libertadores. Acho que o grande erro foi a determinação de que a Copa Brasil fosse entregue ao clube que primeiro conquistasse cinco títulos, ao contrário da Libertadores, cuja posse é transitória e nunca será de ninguém. Porque a Copa Brasil tem sua história, estava lá no Maracanã quando o Atlético-MG derrotou o Botafogo, em 1971, passou pelas mãos dos gloriosos bicampeões do Palmeiras e do Inter-RS, nos anos seguintes, presenciou a batalha do Mineirão, em 1977, premiou o Flamengo de Zico, o Grêmio de Baltazar, o Fluminense de Washington e Assis. O mesmo objeto, em todas essas decisões. Deveria estar em disputa até hoje. E agora leva a pecha jocosa de "taça das bolinhas" e vai empoeirar numa sala qualquer do Morumbi, como pivô de intrigas das quais não tem absolutamente nada a ver.

Triste isso, mas puro reflexo da bagunça que era o futebol brasileiro antes da era dos pontos corridos. Ainda temos inúmeros problemas no torneio nacional, privilégios de certos clubes, manobras de bastidores, arbitragens polêmicas, prioridade do poder econômico, injustiças etc etc. Mas antes era muito pior. A lambança de 1987, centro das discussões sobre a "taça das bolinhas", é um exemplo. O torneio foi organizado pelo Clube dos 13, excluindo times como o Guarani, vice-campeão de 1986. Daí, entregraram o comando para a CBF, que mudou o regulamento no meio do campeonato. Ridículo, absurdo, estapafúrdio. Os times deveriam ter paralisado a competição. Mas se calaram e, no ano seguinte, voltaram alegres e contentes para os braços da CBF. É por isso que eu comemoro a era dos pontos corridos, apesar de tantos problemas. E é sintomático que essa democracia (quem faz mais pontos é campeão e quem faz menos é rebaixado, ponto final) tenha sido estabelecida a partir do primeiro ano de mandato do presidente Lula. Quer saber? Deem a taça para ele!

Classificação garantida

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O Corinthians está oficialmente classificado para as oitavas de final da Libertadores. Com 13 pontos conquistados em 15 disputados, invicto, o Timão não pode mais ser ultrapassado por nenhum de seus fracos concorrentes.

Cair num grupo que se mostrou fraco pode dar ainda ao Timão a vantagem de sair com a melhor campanha da primeira fase, o que dá certos privilégios no resto da competição. Nada que decida, mas dizem que era importante.

Muito bem, mas e o futebol? Bom, esse aparece de vez em quando. No jogo desta quarta, contra o Racing, no Uruguai, tivemos um primeiro tempo muito seguro, com toque de bola tranquilo, algumas chances nossas (numa delas o gol de Dentinho) e poucas do adversário.



O segundo começou melhor ainda, com marcação na saída de bola dos caras, boas tabelas e pressão total. Mas, depois de uns 10 minutos, o time recuou inteiro e levou calor do fraco Racing – que naõ chegou a ter nenhuma chance clara de gol, que eu me lembre, mas ficou aquela bendita bola rodando a área, esperando a zica bater. Mas dessa vez um contra-ataque bem encaixado levou ao gol de Elias, de cabeça, fazendo 2 a 0 e batendo o prego no caixão.

Dentinho jogou muito, fez um gol e algumas jogadas bem legais. Devia ir mais pra cima dos adversários, tentar mais o drible. Mas foi o destaque alvinegro. Cresceu bastante sem as obrigações de marcar o lateral, fechar o meio e outras que o esquema do ano passado reservava ao camarada.

Nessas eu entendo e apóio o 4-4-2 que o Mano está tentando botar pra funcionar. Mas ainda acho que o time precisa de um meia de verdade na direita, pra aproximar mais do ataque. Elias rende alguns bons passes na meia, faz gols e tal, mas vai melhor vindo de trás como volante. Quem na meia? Se o multi-homem Jorge Henrique encarar, é dele. Mas eu apostaria em Defederico – se ele não for para o River, como diz nessa notícia do Lance...


Mas o fato é que, quando decide pressionar, parece que o time funciona. Talvez o que falte mesmo seja Ronaldo voltar a jogar bola. Ou o treinador parar com essa mania de recuar tanto quando em vantagem. Vamos ver contra adversários mais fortes como a coisa anda - o que ainda não vai ser o caso contra o Independiente de Medellin, dia 22, no Pacaembu, último jogo da primeira fase.

Oito

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Há coisas que podem acontecer exatamente do jeitinho que esperávamos, sem que nos surpreendam em nenhum instante. E, mesmo assim, sejam mágicas, encantadoras, inesquecíveis.


Foi o que aconteceu nesse Santos 8x1 Guarani recém-terminado pela Copa do Brasil.



De um lado, um Santos que vem arrasando, é semifinalista do Campeonato Paulista e tem enfiado implacáveis goleadas ao longo da temporada. Do outro, um pífio Guarani que sequer conseguiu ficar entre os oito melhores da segunda divisão estadual. Por mais que houvesse o discurso politicamente correto de que "cada jogo é um jogo", "se o time chegou até aqui é porque tem mérito", e por aí vai, esperar uma goleada santista era algo completamente viável. E foi o que aconteceu.

O Santos sufocou o Bugre desde o início. O time, idêntico ao que entrou em campo contra o São Paulo, conseguia preencher todos os espaços do campo e praticamente não deixou o adversário pegar na bola. Wesley, pela direita, e Léo, pela esquerda, foram laterais que souberam dosar com precisão subidas ao ataque e a cobertura da defesa. Paulo Henrique Ganso e Marquinhos, os dois meias avançados, também pressionaram a saída de bola alviverde e colaboraram para que o Santos tivesse a iniciativa do jogo em todos os momentos. E o trio ofensivo Neymar, Robinho e André (substituído no intervalo por Marcel) também soube colaborar para o combate no campo de ataque - além de apresentar seguidos lances marcados pela genialidade.

Deixo Arouca para um capítulo à parte. É impressionante o que o ex-são-paulino vem apresentando. Num Santos marcado pela ofensividade e pela genialidade de garotos formados na própria base, acaba sendo difícil falar de um volante. Mas o que Arouca vem apresentando merece mais respeito. Ele marca, inibe o adversário, sai jogando e volta e meia arrisca alguma jogada de maior ofensividade - assim, inclusive, sofreu o pênalti que acabou originando o primeiro gol do Santos. Tá cedo para falar, o ano está em seu início, mas Arouca dá significativos passos para se tornar o principal jogador de sua posição atuando no futebol brasileiro.

quarta-feira, abril 14, 2010

Santos, 98 anos. Em três links

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Já comemoramos aqui aniversários do Santos, literalmente minha razão de existir. Agora, três links que valem a pena ser lidos para celebrar mais um hoje. Parabéns ao Alvinegro!

- Fatos Etc - E assim começava, há 98 anos, a gloriosa história do time de Araken Patusca (campeão paulista em 1935); de Zito, Ramiro e Formiga Vasconcelos (idem, 1955); de Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe, entre outros (como o goleiro Gilmar, os zagueiros Mauro Ramos de Oliveira, Ramos Delgado...); do grande goleiro argentino Agustín Mario Cejas (meu ídolo na infância) nos anos 70 - (mais aqui)

-Mauro Beting - “O time que ficou 45 minutos sem tocar os pés no chão”, na célebre definição da imprensa portuguesa para o esquadrão que goleou o Benfica, em 1962, no Estádio da Luz. A melhor imagem do maior time do mundo então. Quem sabe o melhor de todos os tempos e campos… Mas, se não for, e daí? Comparar tamanhos é questão menor. Se achar o tal é se perder como tal. - (mais aqui)

- Santista Roxo - uma palavra é suficiente para o ex-jogador definir o atual time santista. "Brilhante", elogia Pepe, que no entanto teve problemas para acompanhar a equipe do jeito que ela merece. "Comprei até uma TV de 42 polegadas para ver um Santos maior, pois com este futebol que está jogando, não dá pra assistir em qualquer TV", brincou o ídolo. (mais aqui)

Tempos idos

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Foto com dedicatória para o atual técnico da seleção sul-africana, de 18 de julho de 1971, data em que Pelé se despediu definitivamente da seleção brasileira, no empate de 2 a 2 com a Iugoslávia, no Maracanã. Será que o (jovem) Emerson Leão, à direita, estava achando alguma coisa "desagradável"? Talvez os paletós nos cabides pendurados pelas janelinhas do avião...

terça-feira, abril 13, 2010

A Tragédia no Rio de Janeiro e o jornalismo aquático

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O fato me lembrou o bordão de Glauber Rocha, "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça", mas não à toa. Afinal o “grupo de praticantes de esportes radicais e circenses que usam suas habilidades para desafiar o cotidiano e distorcer a realidade da urbana”, o Rizoma, botou a câmera na mão e um guarda-chuva na cabeça, para desbravar as ruas alagadas do Rio de Janeiro. Só que sobre um bote inflável.

O resultado está no vídeo de quase dez minutos, gravado na madrugada do dia 6 de abril, onde somos telespectadores de pessoas ilhadas e capazes de reunir uma quantidade de xingamentos impensáveis em tão poucos minutos. Já as cenas de carros e mais carros submersos ou boiando, não perde em nada para aquelas mega produções cinematográficas que falam sobre o fim do mundo ou de enormes catástrofes naturais, ou as duas coisas juntas.

A produção do coletivo Rizoma é tão completa que mostra até a épica intervenção sonora de um policial tentando coagir o grupo a parar de filmar, além, obviamente, do momento heróico do grupo, resgatando sete pessoas.

Quanto às cenas que seguem abaixo, apenas uma ressalva.... Atenção manguaças de plantão, não tentem realizar nada parecido. Se beber, nada de dirigir ou navegar!



Brincadeira à parte, para debatermos as crises nas cidades, a responsabilização das vítimas em tragédias como a do Rio de Janeiro e o modelo de desenvolvimento, vale uma passadinha pelo blogue da Raquel Rolnik, urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e relatora especial da Organização das Nações Unidas para o direito à moradia adequada e ler a entrevista concedida à revista Fórum do mês de janeiro deste ano.

Você decide

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Perdendo a chance de ficar quieto

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Essa eu decidi postar só para o deleite e as considerações do Glauco:

- "Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. O São Paulo levou dois gols, e na volta para o segundo tempo eu vi o Hernanes cobrando um colega. Foi uma atitude de quem tem experiência e eu não sei se o Santos, caso leve um gol do São Paulo [na partida de volta], vai conseguir segurar a bronca", disse Vanderlei Luxemburgo, técnico do Atlético-MG.

- "Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão, aguenta", reforçou o treinador, confundindo o capitão santista [na verdade é Robinho].

segunda-feira, abril 12, 2010

José Serra copiou slogan da diretoria do Santos

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Muito bem observado pelo Diego Sartorato que o slogan de campanha sugerido por José Serra (PSDB) na semana passada, "o Brasil pode mais", foi chupinhado da campanha que levou Luis Alvaro Ribeiro à presidência do Santos:


No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia lamentado a "falta de inteligência" da oposição ao copiar, com ligeira alteração, a frase de Barack Obama, "We can" ("Nós podemos"). Daí aproveito o título de um filme brasileiro para elocubrar que talvez, no futuro, o PSDB será conhecido como "o partido que copiava".

Atualizado dia 16 de abril: O Cloaca News viu a semelhança antes.

Ganhar jogando mal (visão peixeira do clássico)

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O futebol que o Santos vem mostrando neste 2010 tem despertado muitas paixões - no sentido mais amplo da palavra, aquele que define paixão não somente pelo "gostar muito", mas sim pelo "ter um sentimento forte". Ou se admira muito o que o Santos faz, ou se ataca o time com rótulos que começam com "firuleiro" e terminam em palavras impublicáveis.

Já escrevi, aqui mesmo no Futepoca, que o que o Santos mostra não é fruto de uma "opção pela arte", e sim resultado de uma maneira de jogar criada pelo técnico Dorival Júnior. Nada de muito complexo. Ele tem em suas mãos Robinho, Neymar, André, Ganso e cia., e acha que com eles é melhor montar o time dessa maneira. Com outros jogadores, sua estratégia seria outra. Ele faz nada mais do que identificar como pode extrair o melhor dos seus atletas.

Aí vem o jogo desse domingo. Um jogo em que o Santos faz 3x2 sobre o São Paulo em pleno Morumbi, e assim dá um baita passo para chegar à final do Paulistão - pode até mesmo perder por um gol de diferença domingo que vem, na Vila, que ainda assim fica com a vaga. E a gente fica sem saber como analisar o que fez o Peixe.


Por que o Santos de hoje foi tudo, menos "encantador". Mesmo no primeiro tempo, quando fez 2x0 e sugeriu que teria condições de fazer mais, o time não jogou o futebol mostrado em tantas ocasiões nesse primeiro semestre. No segundo, então, quando viu um Tricolor com um jogador a menos dar uma baita canseira, o time nem de longe lembrou a máquina de jogar bola sugerida em outras ocasiões.

Mas fez o 3x2. Ganhou. Ou seja: atuou de maneira diametralmente inversa à que se espera que esse time faça. Ao invés de "dar show e ainda assim perder", não deu show e ganhou.

Acredito que isso sugere uma maturidade no grupo. E dá confiança para que o Santos continua desenvolvendo e aprimorando seu jogo nas próximas ocasiões. Time que quer ser campeão precisa deixar o campo com os três pontos ainda que não dê show. E foi o que o Santos fez hoje.



A montagem do time para hoje era um desafio para Dorival Júnior. O 4-3-3 com Neymar, Robinho e André na frente parecia incompatível com um meio-campo ofensivo como o que vinha sendo escalado nas partidas anteriores. E, individualmente, os atletas da região central estavam gastado a bola: Wesley, Marquinhos, Arouca e Ganso. Dá pra tirar alguém desse para que os três da frente joguem?

Não, não dá. Tanto que Dorival não tirou. Mandou Wesley para a lateral-direita, se beneficiando de uma carência que o Santos tem naquele setor do campo - Maranhão aparentemente não deu certo e George Lucas tem um físico incrivelmente frágil.

Esperava-se que Wesley na lateral seria uma saída para que o meio-campo santista tivesse mais liberdade para criar - já que os laterais não desceriam tanto ao ataque quanto fazem habitualmente. Mas não foi o que ocorreu. O Santos acabou por recuar sua marcação, com os atacantes dando combate só quando os atletas tricolores já dominavam a bola próximos ao meio-campo. Assim, a posse de bola acabou ficando mais são-paulina do que o desejado pela torcida do Santos.

Com isso, o meio ofensivo e a linha de ataque mágica acabaram não se sentindo tão à vontade para trabalhar - e Arouca, o mais recuado dos seis da frente, acabou sendo o principal destaque alvinegro na partida (assina o cheque, Luiz Álvaro, compra o cara!).

No segundo tempo, quando o São Paulo foi incrivelmente melhor, o Santos acabou dando certo apenas quando Dorival Júnior mexeu o time e deu mais força ao meio-campo. Com a posse de bola, foi mais fácil diminuir a supremacia que o São Paulo impunha e, consequentemente, armar jogadas.

A vantagem não pode desmotivar Dorival Júnior a arrumar de vez essa equipe. Hoje, os problemas se fizeram presentes. O Santos deixou o campo com a vitória e muito próximo da classificação, mas mais uma vez deixou mostras que não é um time perfeito.

domingo, abril 11, 2010

Para jornalista, encontro do PSDB tem massa cheirosa

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Quando vi o vídeo da jornalista Eliane Cantanhêde, falando sobre o encontro do PSDB, que oficializou a candidatura do ex-governador de São Paulo, José Serra ao Planalto, desacreditei. Fui até o portal da “empresa jornalistica” para checar se era ou não uma montagem. E para surpresa, não era...

Cantanhêde, toda eufórica e serelepe, realmente anunciava que o Congresso do PSDB estava “diferente”, com muita “gente", "muita bagunça", "muita confusão" e, citando um off qualquer, disse que até parecia que o PSDB "estava virando um partido popular, de massa". Só que com aquela diferença... “Partido de massa, mas uma massa cheirosa".
Taí, depois o pessoal reclama que a “patrulha da lama” tá perseguindo...

Vale a pena assistir!

sábado, abril 10, 2010

Argentina garante Copa do Mundo na sala de aula

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Deu na Reuters. As escolas públicas argentinas vão garantir o direito humano de assitir aos jogos da Copa do Mundo de futebol de 2010. Os estudantes da rede vão acompanhar a participação da seleção comandada por Diego Armando Maradona, com direito a material didático preparado especialmente para o restante do dia.

Foto: Presidencia de la Nación Arg,
Segundo o ministro da Educação, Alberto Sileoni, os conteúdos para discussão de aspectos sociológicos, históricos e geográficos a partir do mundial foram discutidos com a Associação de Futebol Argentino (AFA).

"Tem um grande efeito pedagógico vê-lo (o jogo) na escola", declarou em entrevista à rádio Continental. "É uma festa que é preciso compartilhar com os amigos... Ver a partida na escola significa investir duas horas de aula, não ir (à escola) significa perder seis horas", calculou. Ele afirmou considerar que seria "contracultural" tratar o futebol como algo velado, escondido.

Então, para los pibes que esperavam matar o dia todo de aula, a má notícia é que, antes e depois, não vão poder ficar para casa. Para os professores, a notícia é que não vão poder ir ao bar – ou, se for em Buenos Aires e se você for turista, a um café. A boa notícia é que o dia vai se converter numa verdadeira mesa redonda de futebol.

Detalhe, a estreia argetina é sábado (os outros jogos são quinta e terça-feira). O que ele tem de esclarecer é se em pleno final de semana alguém espera reunir os maradoninhas no estabelecimento de ensino?


Futebol como direito humano
Em 2009, a presidente argentina Cristina Kirchner encampou uma briga boa com os grandes meios de comunicação do país. Mudou a lei de rádiodifusão e retomou o controle público sobre os direitos de transmissão de partidas do ludopédio. Antes, tudo ficava com as TVs a cabo e nada nas redes abertas. Para promover a felicidade geral do povo, caso a detentora dos direitos de transmissão se recusar a pôr o jogo no ar de graça, outras emissoras podem fazê-lo, desde que arquem com os custos estabelecidos pelas entidades esportivas.


Torcida canarinho
No Brasil, o Portal do Professor do Ministério da Educação traz um plano de aula para aproveitar o gancho, mas recomenda a leitura da revista Placar em vez de lincar, por exemplo, o Futepoca. E para por aí.

Em 2009, sem explicar bem por que, o site do MEC sugere que as trasmissões da Copa deste ano terão obrigatoriamente de contar com legendas para pessoas surdas – closed caption. Um decreto (5.296) de 2004 estabelece normas de acessibilidade e, por algum motivo que não é explicado na nota, isso vai valer para a Copa. Pelo menos a acessibilidade para esse público está garantida.

sexta-feira, abril 09, 2010

Uma greve mais do que justa

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Quando morei na Irlanda, uma das cervejas que eu mais apreciava era a dinamarquesa Carlsberg. Pois hoje leio que centenas de funcionários de sua fábrica, em Copenhague (na foto, a fachada), entraram em greve por causa da proibição de beber cerveja na hora do trabalho. Nada mais justo! A direção da empresa restringiu a cerveja apenas para a hora do almoço (a piada pronta é que as novas regras entraram em vigor no dia 1º de abril). Antes dessa medida arbitrária, existiam várias geladeiras com garrafas de cerveja espalhadas pela fábrica e os manguaças podiam se fartar à vontade - com a única condição de que não ficassem bêbados.

"Cabia a cada um ser responsável", observou Jens Bekke, porta-voz da Carlsberg. Novamente, nada mais justo! De acordo com o porta-voz, 800 funcionários não trabalharam na quarta-feira e 250 na quinta-feira. Os motoristas da Carlsberg aderiram à greve em apoio aos funcionários da fábrica, ainda que, pelas novas regras, continuem a ter direito a retirar diariamente três garrafas de cerveja da cantina (segundo o porta-voz, há um cadeado na ignição dos caminhões que impede que os motoristas dirijam embriagados). Quero dizer duas coisas: 1) os grevistas estão corretíssimos, pois, se aceitarem beber cerveja só na hora do almoço, daqui a pouco, nem isso; 2) alguém sabe onde dão aulas de dinamarquês aqui em São Paulo e se, por algum acaso, a Carlsberg está precisando de assessor de imprensa?

Melhor ficar em casa

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Já há algum tempo venho destacando aqui o movimento silencioso que, aos poucos, vai cercando, vigiando, policiando, proibindo e destruindo o nosso fórum mais adequado: o bar. Aqui em São Paulo, além de não poder mais fumar em paz nas mesas dos butecos, estamos ameaçados de ter que pagar 20% de caixinha para o garçom e de ir embora pra casa à meia noite. É incongruente. A gente sai de casa exatamente para beber, fumar e voltar bem tarde - e, de preferência, gastando pouco. E agora vem outra ação anti-manguaça: acabar com o bate papo. Isso mesmo, querem extinguir qualquer som ambiente nos butecos. Já tem lugar onde, se você quer dançar ou curtir uma música, tem que ouvir num fone. Imagine um monte de gente dançando, cada um num ritmo, e o bar em completo silêncio. "É meio ridículo, olhando de fora", resumiu Vinicius Ferreira à Folha de S.Paulo. E o pior é que, com os ouvidos ocupados, fica impossível conversar. Pois é, já não podemos fumar, conversar ou esticar além da meia noite. Repito: só falta proibir a venda de bebida alcoólica no bar. Ou, como diria o De Massad, "não dá ideia".

quinta-feira, abril 08, 2010

Por candidatura, Ciro Gomes apela ao futebol e às metáforas

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Preocupado com a movimentação de lideranças do PSB para por freio sua pré-candidatura à Presidência da República, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) lançou mão do futebol para convencer seus pares. Em artigo publicado em seu site, na quarta-feira, 7, ele defende seu plano de concorrer ao Planalto, contrariando as intenções do PT e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Lula, aliás, Ciro é só elogios. Tanto que aderiu às metáforas com a vida e com o ludopédio. "É o grande momento também para o PSB pensar grande e disputar um lugar entre os quatro principais partidos do país", avisa.

Ciro Gomes/Flickr
 Ciro nos bastidores do programa "Falando Francamente", produzido
pela representação do governador do Paraná em Brasília

Às comparações.

Com as fases da vida:
Como um adolescente que está se tornando adulto, é a hora de decidir se quer ser gente grande ou continuar pequeno, dependente de outros partidos, que, por mais aliados que sejam, não são o PSB.

É a hora em que se separam os homens dos meninos, as mocinhas das moças feitas. E o melhor é essa percepção de que o diferente não é igual.

Com uma multidão:
[É hora de] decidir se nos mostramos ao Brasil como uma força nova, coesa, com discurso afinado e gente decente disposta a melhorar o Brasil, ou se seremos apenas mais um dos partidos que se acotovelam em alianças pautadas pela mera distribuição de cargos e favores.

A afirmação vai ao encontro das críticas à aliança com "frouxidão moral" entre PT e PMDB e a estratégia de dois candidatos da base governista. Nada de novo no conteúdo, só na forma.

Com futebol:
A tese que defendo é que time que não joga não forma torcida. Mesmo que tome de goleada. Está aí o exemplo no futebol. Equipes hoje grandes tiveram inícios medonhos. Times hoje consagrados tiveram fases terríveis, como Corinthians e Botafogo, que levaram 21 anos sem títulos, mas vendo a torcida crescer apaixonadamente. Já pensaram se o Corinthians em vez de insistir tivesse resolvido virar o time B do Palmeiras?
Já pensou? Nem pensar. Em tempo: o jejum de títulos do Corinthians durou de 1954 a 1977, 23 anos, portanto. O do Botafogo foi de 1968 a 1989, de Zagallo a Zagallo. E o Palmeiras B só foi criado em 2000. Sobre os inícios medonhos de times hoje grandes, é curioso que não haja exemplo. Ciro correria sérios riscos de danos eleitorais se apontasse os casos. O país assistiria ao surgimento de uma corrente de torcedores contra Ciro.

Com o PSDB:
Para quem acha isso [o crescimento do PSB] impossível, basta comparar o que era o PSDB quando elegeu Fernando Henrique Cardoso, em 1994, o que era o PT quando elegeu Lula em 2002 e o que é o PSB hoje. Vocês podem não acreditar, mas a experiência administrativa do PSB hoje é maior ou equivalente do que era a do PSDB em 1994 e do que a do PT em 2002. Hoje, o PSB tem quatro governadores de estado, 333 prefeitos - sendo dois de capitais importantes como Belo Horizonte e Curitiba, e dois ministros de Estado. O PT, em 2002, tinha quatro governadores, 187 prefeitos e nenhum ministro. O PSDB em 1994 tinha apenas um governador de estado, que por coincidência era eu, e 998 prefeitos.

Detalhe: Ciro Gomes renunciou ao cargo de governador em 1994 para substituir Rubes Ricupero, depois do episódio do "que é bom a gente mostra". Então, nem isso os tucanos tinham.

Com Lula:
Não acho que seja correto com o povo brasileiro reduzir o debate eleitoral a uma disputa entre a turma do Lula - na qual me incluo - e a turma do FHC. Os problemas do Brasil são muito maiores e mais profundos do que um simples duelo entre PT e PSDB. Se eles não quiserem debater o Brasil, o PSB o fará, apresentando um projeto de desenvolvimento para o pais. Acredito nos que insistem e isso me aproxima muito do Presidente Lula, um exemplo vivo e atual de que a persistência no final vence.

Ah, os exemplos vivos.

Com o Lula de novo:
Na minha opinião, mesmo que o Presidente Lula apoie abertamente essa grande brasileira que é a Dilma Rousseff, ninguém, nem mesmo ele do alto de sua justa popularidade, pode substituir o poder de escolha, que pertence ao povo brasileiro. E para que nosso povo possa escolher bem, é preciso que haja opções. Até porque, assim, o eleitor poderá até descobrir que existe alguém mais parecido com o próprio Lula do que a candidata que o Lula diz que é.

A referência é, modestamente, estendida também a Marina Silva (PV-AC), além do próprio Ciro. No caso da neoverde, é com a história de vida. Na do socialista, à persistência e a felicidade trazida "a meus conterrâneos" quando foi prefeito de Fortaleza e governador do Ceará.

O Paulista além do G-4

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Definidas as semifinais do Paulista. O Santos, que venceu com seu time B o Sertãozinho por 4 a 2, pega o São Paulo, que derrotou o Santo André por 3 a 1. Já o Ramalhão vai pegar o Grêmio Prudente, invicto há nove jogos.

Agora seguirão as seções de prognósticos, falações e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá até chegarem os jogos, programados para o fim de semana. Bom, pelo menos agora não teremos que ouvir o presidente do São Paulo Juvenal Juvêncio reclamar de "conspiração" para que sua equipe não chegasse ao G-4 (e olha que tem jornal que dá isso no alto da página de edição de domingo...). Ainda mais depois de o Tricolor ter tido um gol em impedimento validado e o Santo André ter tido outro legal anulado na partida de ontem.

Com apenas dois times grandes que se enfrentarão nas semifinais, a atenção também se voltou para quem ficou de fora. O Corinthians, mesmo goleando o Rio Claro por 5 a 1, não contou com a ajuda do São Caetano, que foi derrotado pela equipe prudentina. Além da pressão óbvia que aumenta para a disputa da Libertadores, o time perde espaço importante de exposição e, depois da bacia de contratações feita no início do ano, complicado dizer que não era uma meta estar no G-4.

Se é consolo para os corintianos, o Palmeiras, como já dito aqui, teve um fim ainda mais melancólico. E se existia alguma coisa a ser decidida na partida contra o Paulista era a tabela de 2010. Como cada clube joga 19 partidas no campeonato, o fato de não ter ficado entre os dez primeiros faz com que o time jogue mais fora de casa do que dentro do Palestra em 2011. Não é nada, não é nada... é quase nada.

Mas a rodada terminou com um fato histórico. Pela primeira vez, todos os quatro clubes que subiram para a primeira divisão caíram no ano seguinte à sua promoção. Monte Azul, Rio Claro, Rio Branco e Sertãozinho mal tiveram o gostinho de jogar a Série A-1 e já retornam para a segunda. Já o campeonato de consolação, também chamado Torneio do Interior, terá Botafogo e Ponte Preta em uma semifinal, e São Caetano e Oeste na outra. A propósito, Botafogo e Oeste também conquistaram vaga na Série D do Brasileiro.

Outro fato curioso da noite foi a vitória do Ituano sobre a Lusa no Canindé (foto acima, do site da Portuguesa). Vencendo por 2 a 0, os resultados da rodada certamente desmotivaram a equipe da casa, que tomou a virada com dois gols de pentacampeões. Juninho Paulista, presidente e jogador, marcou o primeiro na sua despedida oficial da pelota, e Roque Júnior, tal qual um atacante, fez o terceiro e salvou a equipe de Itu do rebaixamento.  

quarta-feira, abril 07, 2010

Fim melancólico para o Palmeiras

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Contra o Paulista de Jundiaí, o Palmeiras se despediu de forma melancólica do campeonato estadual. Foi uma derrota por 3 a 1, em uma atuação fraca, em que a defesa continua a mostrar fragilidade. O Galo do Japi escapou do rebaixamento com dois gols de Felipe Azevedo e um de Samuel. Lincoln fez o de honra.

Depois de empatar com Mirassol e com Oeste por 1 a 1 e 0 a 0, foi hora de perder para se despedir e ficar lá na décima-primeira posição. Lá no meião, atrás do Oeste, da Ponte Preta, do São Caetano...

Não tem mais nada pra escrever, só reclamar. Então, deixa pra lá.

Mais um acidente nas obras da Linha 4 do Metrô

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Mais um acidente nas obras da bendita Linha 4 do metrô de São Paulo. Um guindaste de cerca de trinta metros de altura tombou na tarde de terça-feira, 6, e atingiu a calçada da Avenida Francisco Morato, na altura do nº 2.600, zona oeste da capital paulista. O acidente ocorreu no canteiro de obras da futura estação Morumbi do Metrô. Dessa vez, pelo menos, ninguém ficou ferido.

De acordo com matéria do Estadão, o guindaste, montado sobre um caminhão, içava materiais do fundo de um dos poços da estação quando adernou, segundo a assessoria do Metrô. “A força da queda foi suficiente para elevar o caminhão, que ficou perpendicular ao solo. A ponta do guindaste destruiu o muro da obra e avançou três metros sobre a calçada. O operador do guindaste quebrou o vidro traseiro da cabine e escapou sem nenhum ferimento.”

Esse é um dos vários acidentes ocorridos nas obras da Linha 4. O mais grave deles sem dúvida foi "o desabamento em um dos canteiros da futura Via Amarela do metrô, na Marginal Pinheiros, que matou sete pessoas e resultou na interdição de 55 imóveis nas imediações da cratera e na demolição de cinco deles", como relembrou este Futepoca aqui.

Antes dele, outras duas ocorrências vitimaram operários em obras da linha amarela, além de um vazamento de gás nas imediações da futura estação Pinheiros. E mais recentemente, em dezembro de 2009, outro trabalhador morreu em obras da estação Vila Prudente, na linha 2-Verde. Não é pouca coisa.

O caso atual é infinitamente menos grave que todos os outros. Mas produziu uma imagem interessante (crédito para Matheus de Oliveira Trigo/VC no G1). Não é todo dia que se vê um caminhão no ar. Curiosa também a pressa da matéria do Estadão em informar que “o acidente não atrasa o cronograma de obras da futura estação Morumbi, segundo o Metrô”. Bom, atrasado já está, apesar de o governador e candidato a presidente José Serra dizer que “meta não é promessa”. Aliás, alguém já ouviu o que o digníssimo mandatário tem a dizer sobre algum destes acidentes? Pois é, nem eu.

Esse mundo é uma piada pronta

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Entre uma caipirinha e outra antes da tradicional feijoada de quarta-feira, o amigo João comentava que um conhecido dele respondeu a uma provocação dizendo "- No cu alofa!". Antes que conseguisse rebater, mandando-o alofar o da mãe ou coisa do gênero, o conhecido tratou de explicar que havia dito, simplesmente, o nome da capital de Tonga (foto), uma das Ilhas Amigáveis da Polinésia. Pior é que é verdade. Daí, espírito de porco que sou, procurei o significado de Nuku'alofa. Em português nada encontrei, mas, no Tonga Faqs, em inglês, descobri que, em tonganês, o exótico nome quer dizer algo como Abode of love. Tradução aproximada: Residência do amor...

Por que eles não descansam?

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Que o Santos mandaria um time reserva para o duelo contra o Sertãozinho, na última rodada da primeira fase do Paulistão, isso todo mundo sabia. Aí começaram a aparecer as notícias com a confirmação do fato, e um aspecto me chamou a atenção: "Dorival define Santos com apenas um titular contra Sertãozinho". Só de bater o olho no título da matéria já dava para saber quem era esse "um titular". Quem é? O goleiro Felipe, obviamente.

Não é "privilégio" nem característica única de Dorival Júnior, muito menos do Santos. O fato é que, invariavelmente, quando um clube escala sua equipe reserva (ou "mista") em uma partida, o goleiro titular permanece para o jogo. Costuma ser o único.


Pergunto: por que goleiro não descansa?

Volta e meia se fala coisas como "goleiro tem que jogar". De acordo. E o coitado do reserva, não merece jogar? Goleiro é a posição com menor rotatividade no futebol. Diferentemente do que ocorre com os atacantes, ninguém troca um goleiro por outro aos 30 do segundo tempo para "dar um novo gás na partida". Também é raro ver um goleiro sendo substituído para receber os aplausos da galera, como convencionalmente acontece com os jogadores de linha.

Até mesmo a troca de um goleiro em má fase é algo delicado, complexo, feito com muito mais melindres do que a alteração de um jogador de linha.

Os coitados dos goleiros reservas só entram em campo quando os titulares são expulsos ou sofrem contusões daquelas inapeláveis. Pelo que se vê, nem oportunidade de jogar eles têm quando o time titular inteiro vai para a folga.

Mais uma vez, questiono: goleiro titular não merece descanso? E goleiro reserva não merece "ritmo de jogo"?

A mesa de bar ideal

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Sexta-feira da Paixão, 11 e meia da noite, lua cheia e céu estrelado na praia de Canoa Quebrada, em Aracati, litoral cearense. Além da porção caprichada de camarões (dos grandes) no alho e óleo e da cerveja gelada por R$ 3 a unidade, ainda tinha de graça o ir e vir do mar morno banhando meus pés sob a mesa. E tem como pedir a saideira?

(Foto: Maria do Socorro Nogueira de Paula)

terça-feira, abril 06, 2010

Messi c#$%#$#@ fdp pqp!!!

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Cheguei no pub para ver Barcelona x Arsenal. O jogo tinha acabado de começar, eu estava encostada no balcão comprando cerveja e uma amiga catalã me acha. Trabalhamos juntas e ela não sabia que eu era Arsenal. Ela ensaia uma reclamação, mas eu logo digo: eu sou Arsenal, mas hoje não tenho esperança, dá Barça.
É claro que eu sabia. Antes disso, logo depois do empate em 2 a 2 em Londres eu disse pro companheiro: Tô com medo de levarmos uma goleada histórica na volta.
Mas não vou negar. O gol do Bendtner aos 18 do primeiro tempo deu aquela esperança. Há tempos não gritava tão loucamente por um gol (mais que os ingleses do pub. Torcida safada...). Eu não sou maluca pelo Arsenal, mas sair ganhando do Barcelona, fora de casa, numa situação dessas... eu não esperava mesmo, nem nos meus melhores prognósticos.
Foi por pouco tempo, porém.

Em torcendo contra - o que não é normal, pois tenho simpatia pelo Barcelona - não é mole admitir que o Messi destruiu. É mais fácil pensar que os desfalques do Arsenal pesaram muito. Esse time sem Arshavin, Gallas, Song, van Persie e principalmente Fabregas não é de verdade. É um arremedo. Mas, putaquepariu, esse argentino filho da mãe fez QUATRO. O primeiro gol foi um presente, em todos os outros ele estava sozinho. Queria poder culpar a defesa, mas ele estava sozinho pra pensar na intermediária porque ele sabe o que faz, não (apenas) porque o meu time deu mole.
Tática? Dá pro Messi que ele resolve. O Barcelona também estava desfalcado. Teve várias chances de gol, todas desperdiçadas pelos coadjuvantes do argentino. O jogo foi Messi contra a rapa.
Tá, mentira. Me impressionou a fome de bola do time catalão em todos os momentos. Todo mundo subia para abafar o Arsenal no campo de defesa, os ingleses não tinham tempo de pensar.
Não tem mais o que falar. Desde o final do primeiro tempo nossa única torcida era que alguém desse um chega pra lá no Messi pra tirar ele da Copa. Não me olhem com essa cara, daqui dois meses vocês também estarão torcendo contra ele!
Quanto à Champions League... bom, se não der Barcelona alguma coisa estranha vai ter acontecido no meio do caminho. Talvez alguém consiga dar um chega pra lá no Messi...
E agora eu vou tomar mais uma, que é o que resta.
Ah, o próximo jogo é Inter de Milão x Barcelona. A outra semi... oras, quem se importa?

Levantar e voltar a beber é necessário

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Dando uma espiada na matéria da revista Época sobre um estudo que comprova que as amizades influenciam o quanto bebemos (meio óbvio isso, mas penso que tudo é desculpa pra beber), acabei chegando ao link de outra reportagem, publicada em setembro, que me parece muito mais importante: "Álcool pode ajudar recuperação de traumatismo craniano". Foi então que, finalmente, entendi a letra daquela música que virou hino de bebum - "Vamo simbora pro bar/ Beber, cair, levantar" -, pois, para mim, quando a gente cai de bêbado é porque é melhor ficar ali e dormir, mesmo. Mas o risco de um traumatismo craniano realmente exige do manguaça o esforço hercúleo de levantar. E voltar para o bar, em busca do etanol que protege o cérebro.