Destaques

domingo, novembro 29, 2009

Palmeiras joga bola e vence o Atlético-MG quando já é muito tarde para pensar em título

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Na penúltima rodada, quando a hipótese de título havia sido perdida por sucessivas derrotas na reta final, o Palmeiras voltou a vencer. Contra o Atlético-MG, no Palestra Itália, fez 3 a 1, com direito a um golaço de Diego Souza do meio de campo, de primeira, em uma rebatida de dividida.

Para a última rodada, o Palmeiras precisa pelo menos empatar para se classificar para a Libertadores. Mas o Botafogo precisaria vencer para se livrar do rebaixamento, além de torcer para que o Coritiba ou o Fluminense tropecem. É que o Atlético-PR venceu a Estrela Solitária, se livrou do risco de queda e deixou o rival em situação complicada.



O jogo
Com Diego Souza de volta ao ataque, agora ao lado de Vagner Love, a situação foi melhor. O time conseguiu superar as ausências de Maurício e Obina, demitidos, e Pierre e Armero (suspensos). Cleiton Xavier, de volta, ajudou.

Aliás, foi do camisa 10 o primeiro gol, a um minuto de jogo. O empate veio com Diego Tardelli, aos 12. Apenas quatro minutos depois, Vagner Love dividiu com o goleiro Carini na entrada da área. A bola foi isolada para o alto e caiu no meio do campo, nos pés de Diego Souza que emendou de primeira. O esférico viajou, viajou, viajou e foi dormir nas redes. Um lance que não acontece todos os dias. Vagner Love daria números finais ao jogo ainda no primeiro tempo.

O Galo criou chances, deu trabalho a Marcos. A segunda etapa foi mais morna e as atenções estavam no jogo entre São Paulo e Goiás.

Se tivesse tido esse tipo de sorte em rodadas anteriores, o Palmeiras não estaria apenas sonhando com improváveis combinações de resultado e temendo até encontrar problemas para se classificar para a Libertadores. Também facilitaria se tivesse apresentado a vontade e a qualidade que teve hoje.

Bora para a última rodada ver o que vai sair.

E acabou a Série B de 2009

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Acabou neste sábado a Série B de 2009. Na prática, a última rodada definia somente o último dos quatro rebaixados, já que os classificados para a Série A e três dos que foram para a Série C já eram conhecidos. O Juventude, rebaixado para segunda divisão em 2007, perdeu para o Guarani em Campinas por 2 a 1 e vai disputar a Terceirona em 2010 junto com ABC (o lanterna), Campinense e Fortaleza.

O Vasco, campeão da Segundona, mandou quase o time todo reserva para Ipatinga e perdeu para a equipe da casa, que lutava para fugir do rebaixamento. O Guarani ultrapassou o Ceará e ficou com o vice, com o Atlético-GO na quarta posição. Os goianos vão disputar a primeira divisão 23 anos depois de sua última participação na Série A.

A política do cerrado e o "time de aluguel" de Campinas


O Atlético-GO é um desses casos curiosos de ascensão meteórica. Depois de quase ter seu estádio demolido para a construção de um shopping em 2001, conseguiu vencer a segunda divisão estadual em 2005 e no ano seguinte já disputava a final do campeonato goiano, ficando com o título em 2007. Em 2008, foi campeão da Série C e agora chega à elite do futebol brasileiro.

A turbulência para o Dragão do cerrado se manter na Série A pode vir de fora das quatro linhas. O presidente do clube, Valdivino de Oliveira, é também secretário de Fazenda do governo do Distrito Federal, que está lidando com um rotundo escândalo que pode resultar no impeachment de José Roberto Arruda. O cenário pode complicar ainda mais nos próximos dias e Juca Kfouri já cantou a bola.

Outro clube que conseguiu um acesso duplo foi o Guarani. Curioso que, no meio dos acessos para a Série B e a A, o Bugre caiu para a segunda divisão do Paulista. Nada mais exemplar do cenário caótico do futebol daqui. Do time que caiu na partida contra o Bragantino, apenas um jogador, o reserva Dairo, participou também do jogo contra o Bahia, que decretou a volta do Guarani à Série A. Uma equipe totalmente reformulada, com a batuta do técnico Vadão, que recomendou a contratação de muitos atletas que disputaram o Paulista em equipes que disputariam a Série C e D no segundo semestre.

Como vai disputar a segunda divisão do Paulista, as chances de manter os atletas é quase zero. Segundo as palavras do próprio Vadão, "atualmente o Guarani é um time de aluguel. Contratamos para esta temporada cerca de 27 atletas que, na sua maioria, pertencem a empresários ou empresas, interessados em lucrar no final do ano. Então, com a bela campanha nesta Série B, dificilmente eles ficarão aqui em 2010", afirmou à ESPN Brasil. Ou seja, o Bugre vai montar uma equipe para o primeiro semestre do ano que vem e outra, substancialmente distinta, para o segundo semestre. E pobre do treinador que tem que lidar com isso...

A volta de PC Gusmão


Já o Ceará, o popular Vozão ou Vovô, comemora o acesso e também o rebaixamento do rival. E se tem alguém com crédito na campanha é PC Gusmão. Ele assumiu a equipe na quarta rodada, no lugar de Zé Teodoro, com a equipe na zona do rebaixamento. Ficou três partidas sem vencer, chegou à lanterna e daí começou a reação que levou o Ceará ao G-4 ainda no primeiro turno. Agora, o treinador já é cotado como provável substituto de Dorival Junior em São Januário.

Quanto ao Vasco, a campanha foi razoavelmente tranqüila. Embora o time tenha terminado com nove pontos a menos que o Corinthians, campeão do ano passado, pode-se dizer que o campeonato de 2009 foi mais equilibrado, já que não tinha uma “baba” como o CRB, que terminou na lanterna com 24 pontos, 11 a menos que o ABC, lanterna dessa edição. O Barueri, com a pontuação de 2008 também não se garantiria no G-4 de 2009.

Como já é hábito entre os times grandes que caem, a torcida foi um diferencial na trajetória vascaína. A média foi de 25.730 por partida, maior que a do Timão do ano passado, mas menor que a do Santa Cruz em 2007 e que a do Atlético-MG em 2006. A média de público desse ano, sem contar o da última rodada, foi maior que a de 2008: 6.571 contra 6.291.

O público vexatório do Duque de Caxias


A média poderia até ter sido maior se não fossem Bragantino (725 pagantes por mando de jogo), Ipatinga (1.024), São Caetano (1.310) e do Duque de Caxias (1.683). No caso do time carioca, dois fatos a destacar: a média só não é a pior da Série B por conta do jogo contra o Vasco, realizado no Maracanã. No resto do campeonato, pelo estádio onde costuma mandar as partidas não ter a capacidade mínima exigida pela CBF, foi mandante em Mesquita e em Volta Redonda. Todos os jogos com públicos pífios.

Na sexta-feira, entretanto, uma verdadeira façanha do Duque em Volta Redonda, na vitória por 4 a 1 contra a Ponte Preta: cinco pagantes assistiram à partida. Isso mesmo, cinco testemunhas, o pior público da história da Série B. Se o regulamento permitisse alguma flexibilidade na questão da capacidade mínima, a equipe poderia ter jogado em casa e ter uma média um pouco melhor do que teve. Mas pedir racionalidade pra cartola às vezes é difícil...

Leia mais sobre a Série B no Série Brasil.

sábado, novembro 28, 2009

Nojo

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Imagine alguém assinar um artigo, texto, seja que nome isso tem, dizendo que ouviu Otávio Frias Filho, o dono da Folha de S.Paulo, numa mesa de bar dizer que teve relações homossexuais na USP quando estudante ou que gostasse de cheirar cocaína em fechamento do jornal...

Alguém publicaria uma escrotice dessas? A Folha publicaria? Seria ouvido o personagem para que se defendesse?

Agora imagine receber um "artigo" de alguém que diz ter ouvido que o presidente da República, quando preso pela ditadura, tentou estuprar um companheiro de cela. Você publicaria sem consultar o acusado? Você publicaria sem checar isso com pessoas que estavam na mesma cela? Com pessoas que participaram do almoço em que o presidente teria dito isso?

Pois a Folha de S.Paulo, jornal que tenho vergonha de um dia ter assinado e lido por mais de uma década, publicou texto de César Benjamim dizendo isso, sem checar com ninguém.

Aqui não vale a desculpa de que o texto é de responsabilidade de quem escreveu. Como jornalista, já tive a oportunidade de mandar textos para a seção de debates do jornal. Eles leem cada linha e, quando não concordam com algo escrito, pedem para mudar.

Não tenha dúvida de que uma decisão dessas, de publicar algo pessoal em relação ao presidente da República, é tomada pelo próprio dono.

Torpe, sei lá que adjetivo usar. O que ficou claro é que caiu de vez a máscara da Folha e de seu diretor, se é que alguém ainda tivesse dúvida sobre seu caráter.

Piora muito o ato de pôr uma informação dessas na assinatura de um colaborador. É covardia, publica e diz que não tem nada a ver com aquilo. E bota isso de contrabando em três páginas de texto sobre o filme recém-lançado com a biografia do presidente.

Não sei mais o que escrever. Só sinto nojo.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Forte pra cachorro

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Agora ouvi conversa: a cervejaria escocesa BrewDog criou o que considera ser "a cerveja mais forte do mundo", a Tactical Nuclear Penguin, com 32% de teor alcoólico - resultado de um processo de produção de 16 meses. No blog da cervejaria, o diretor James Watt alerta que a bebida deve ser consumida em pequenas quantidades, como o uísque. O anúncio de lançamento indica que apenas 500 garrafas de 330 ml foram produzidas (metade será vendida por 35 libras e as demais custarão 250 libras, com direito a uma participação na empresa). Curioso é que, em julho, quando a BrewDog lançou no mercado britânico a Tokyo*, com 18,2% de teor alcoólico, e foi duramente criticada por instituições de combate ao alcoolismo, justificou dizendo que essas cervejas mais fortes vão ajudar a combater a cultura do consumo rápido de grandes quantidades de bebida. Definitivamente, eles subestimam a sede e o fígado dos futepoquenses...

Ps.: Aliás, falando em cervejas britânicas, escrevi esse post degustando uma garrafa da inglesa Christmas Ale, da cervejaria Shepherd Neame, a mesma produtora de outras duas marcas já comentadas por mim neste espaço. Não chega ao exagero de álcool da nova bebida escocesa, mas tem 7%, bem mais que as brasileiras. O que posso dizer é que nunca bebi uma cerveja tão amarga. Tem gosto muito forte de chope e coloração de caramelo. O engraçado é que faz tanto frio aqui em Dublin que tirei a cerveja da prateleira, no supermercado, e, quando cheguei em casa, não precisei botar na geladeira. Tava no ponto. Um brinde!

quinta-feira, novembro 26, 2009

Esse é bambi mesmo!

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Depois da polêmica que causou ao provocar os sãopaulinos, o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, gravou uma entrevista para o Arena SporTV, pra botar panos quentes. E comentou, bem humorado:

- Um amigo disse que o filho dele estava triste porque havia sido chamado de bambi na escola. Ué, ele não sabe que o filho dele é bambi? O meu é porco.

Realmente, tem toda razão. O menino ter ficado "tristinho" com provocações dos colegas é um verdadeiro atestado de bambi. Toma vergonha, moleque!

Esqueletos no armário

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O Ministério Público Federal ofereceu hoje denúncia contra o deputado federal Paulo Maluf, do PP (abaixo), e o senador Romeu Tuma, do PTB (ao lado), por ocultação de cadáveres durante a ditadura militar. Além dos dois, foram denunciados o ex-prefeito de São Paulo Miguel Colasuonno, o médico legista e ex-chefe do necrotério do Instituto Médico Legal (IML) local Harry Shibata, e o ex-diretor do Serviço Funerário Municipal Fábio Pereira Bueno. O MPF afirma que desaparecidos políticos foram sepultados nos cemitérios de Perus e Vila Formosa, na capital, de forma "ilegal" e "clandestina", com a participação do IML e da Prefeitura. Segundo a procuradora Eugênia Fávero, Maluf e Tuma contribuíram para que as ossadas permanecessem sem identificação em valas comuns e atestaram falsos motivos de morte a vítimas de tortura. O MPF requer perda de funções públicas e do direito à aposentadoria, além de reparar danos morais coletivos, com indenização de, no mínimo, 10% do patrimônio pessoal de cada um. Por se tratar de ações civis públicas, a iniciativa não ameaça os mandatos dos dois parlamentares, protegidos pela Constituição. A procuradora propôs, então, que as indenizações sejam revertidas em medidas que preservem a memória das vítimas da ditadura (de que forma, não ficou claro). O que acham? Mais um caso pra acabar em pizza?

Glúteos e pés podem gerar eletricidade em estádios

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Deu no Portal Copa 2014. A tal vibração das torcidas em estádios de futebol pode se transformar de fato em energia elétrica. Pelo menos é essa a proposta do escritório de arquitetura londrino Populous, que está desenvolvendo uma alternativa para aproveitar os movimentos dos torcedores para gerar eletricidade nas arenas esportivas.  

O milagre se daria por meio da chamada piezoeletricidade, aproveitando-se cristais que, quando submetidos a uma determinada pressão mecânica, são capazes de gerar correntes elétricas, como esses utilizados em isqueiros e acendedores de fogão. Nos estádios, seriam espalhados em pisos, degraus, assentos e outras áreas milhares dos chamados Piezoelectric Wafer Active Sensors, ou sensores piezoelétricos, em bom português. Assim, a pressão dos passos, pulos, saltos, joelhaços, tombos e também dos glúteos nas cadeiras gerariam eletricidade. 

Para os incrédulos, já há atualmente experiências de locais que utilizam essa forma de energia. O inglês Club4Climate tem hoje 60% da sua energia gerada por uma pista de dança piezoeléctrica, aproveitando os passos de dança de seus alegres e saltitantes frequentadores. Já uma uma estrada na cidade de Haifa, norte de Israel, possui geradores que transformam em eletricidade a força mecânica exercida pela pressão dos pneus dos veículos. Uma faixa de um quilômetro já está fornecendo aos israelenses, segundo testes, 0,5 megawatt por hora, suficiente para iluminar 600 casas durante um mês. Se na estrada passarem mais caminhões ou ônibus, melhor ainda.

A ideia é boa, ecologicamente correta, mas fica a questão: se o jogo for modorrento demais, aquele 0 a 0 de times retrancados e pouco técnicos que não animam ninguém e só produzem bocejos, o estádio vai ficar às escuras?

quarta-feira, novembro 25, 2009

Belluzzo: 'Vamos matar os bambi!'

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Antes mesmo de ter ameaçado dar uns tapas no juiz Carlos Eugênio Simon e ser suspenso pelo STJD, o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzo, já havia demonstrado seu "instinto selvagem". Um vídeo que circula pela internet mostra o dirigente numa festa de uma das torcidas organizadas do alviverde paulistano, em 17 de outubro, gritando ofensas contra o São Paulo:

- Vamos matar os bambi (sic)! Eles já morreram hoje! (veja o vídeo aqui)

Na época, o Palmeiras era líder, com 54 pontos, e o time do Morumbi estava cinco atrás. No dia seguinte, porém, o time de Belluzzo perdeu para o Flamengo por 2 a 0 em pleno Palestra Itália e, depois disso, degringolou. Hoje, ocupa o quarto lugar, três pontos atrás do líder...São Paulo.

Sou contra esse tipo de policiamento, mas que ele morreu pela boca, morreu. Talvez tenha sido empolgação de cachaça, que sempre rola forte nessas festas de torcidas organizadas. Ele até justificou, mas nem precisava. Deixa o homem, pô! Mas curiosa foi a reação parcimoniosa do superintendente de futebol sãopaulino, Marco Aurélio Cunha:

- Se fosse qualquer outra pessoa, todo mundo estaria descendo a lenha, mas o Belluzzo tem crédito. Cometeu este deslize, mas com o tempo vai aprender e não fará mais isso. Comentei com um amigo: é como vinho, para ficar bom tem de envelhecer. No futebol é assim, a experiência vem com o tempo.

Como se Marco Aurélio, com mais de uma década de cartolagem, não dissesse ou fizesse besteiras similares com vexaminosa frequência...

Corinthians, Lula e 2010

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O Corinthians, que perdeu de 3 a 1 do Avaí, jogando mal, e de 3 a 2 para o Náutico, não muito melhor, dificultou minha vida esse final de ano. Ele e o presidente Lula. Explico.

Ao perder a chance de disputar o Brasileiro com chances até o final, o foco no Timão passou a ser a montagem do time para 2010 e minha cabeça não pára de girar tentando imaginar qual será time do ano que vem. O problema é que ainda não há elementos suficientes para essa análise. As negociações só devem ser anunciadas oficialmente depois do fim do campeonato e só depois disso é que o esquema vai começar a se desenhar.

O mesmo acontece na política, onde Lula e o PT anteciparam o debate eleitoral para dar mais visibilidade à ministra Dilma Roussef. Montagem dos palanques estaduais com o PMDB, Ciro Gomes em São Paulo, Aécio e o DEM atacando o Serra, e minha cabeça fritando tentando montar o cenário da disputa eleitoral, mais uma vez sem os elementos necessários. As definições só vão começar a aparecer no começo do ano, segundo análises que li por aí.

No futebol, não pretendo gastar muitos caracteres com os nomes que vêm sendo especulados – alguns interessantes, como Iarley; úteis, como Tcheco e Alex Silva; e de potencial explosivo (para o bem ou para o mal), casos de Roberto Carlos e Riquelme. Quando as situações se definirem a gente comenta.

Dá pra falar sobre as carências do time? Um pouco, já que isso depende do esquema tático. Com certeza, em qualquer cenário, faltam dois laterais esquerdos. Considerando o esquema vencedor do primeiro semestre, o time precisaria também de um meia que jogue centralizado e cadencie o jogo (Riquelme? Tcheco?).

Alguns dirão que também falta um reserva “à altura” para Ronaldo, mas acho que isso não existe. Quer dizer, não existe pelo salário que o Corinthians parece disposto a pagar por um reserva. O Gordo não só é responsável pelos gols, mas também é o cara das jogadas imprevisíveis da equipe. O drible, o chute de fora da área, o passe diferente, tudo vem dele. Quem é o centroavante que faz tudo isso? Acho que Mano Menezes terá que pensar numa forma de jogar sem Ronaldo, ou seja, sem um atacante centralizado, pouco móvel e com essas qualidades.

Das esfarrapadas

Diante da falta do que falar sobre o Corinthians, o pessoal anda engolindo qualquer historinha. Aproveitando o espaço, os sãopaulinos estão jogando no ventilador esse papo de que o Coritnhians iria entregar o jogo contra o Flamengo para prejudicar o Tricolor. Ora, vamos falar sério. O Corinthians não tem mais nada o que fazer no Brasileirão faz pelo menos um mês. Por mim, tinha mais é que botar os reservas pra treinar e avaliar o time pro ano que vem. Esse Brasileirão, minha gente, já acabou.

É nessa situação que o Timão enfrenta um Flamengo embaladíssimo e disputando título. É apenas razoável supor que o time carioca vai vir com a faca entre os dentes e os paulistas não. Se isso podia ser dito um mês atrás, o que dá pra falar agora, depois do time perder para Avaí e para o provável rebaixado Náutico, esse último no Pacaembu? Estranho seria se o Corinthians desse o sangue contra o Flamengo, não o contrário.

Essa é a realidade dos fatos. O resto é desculpa antecipada dos sãopaulinos, temendo deixar de ganhar esse título que todos os times parecem fazer questão que eles levem. Se não é o juiz, é o STJD; se não é o tribunal, é corpo mole do Timão. Deviam ficar mais tranquilos e preparar o lugar pro caneco. Ah, sim: e ganhar seus dois jogos, já que é o único time que só depende das próprias pernas.

Como entender as respostas escatológicas de Gabeira e Juca Ferreira

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Na terça-feira, 24, a Folha de S.Paulo publicou denúncia de que deputados envolvidos em campanhas eleitorais (como candidatos ou articuladores) teriam usado a verba indenizatória da Câmara dos Deputados para custear a ação política pessoal visando ao pleito.

Foto: Morrison Cavalcante/Agência Câmara
Foram citados na matéria sete parlamentares, entre os quais Fernando Gabeira (PV-RJ), candidato a prefeitura do Rio de Janeiro. Ele teria alugado um carro para seu próprio transporte durante a campanha. O motivo?

– O meu carro, se me permite a expressão, não há cu de peruano que aguente. Os caras andavam comigo em um Gol, não dava para colocar quatro pessoas

A menção às terminações do sistema digestivo do país governado por Alan Garcia parece ser mais comum no Rio de Janeiro do que em São Paulo. Mas mesmo assim, não consigo entender a relação com um carro pequeno de cinco lugares ocupado por quatro pessoas. Como assim?

Foto: Divulgação Ministério da Cultura
Eis que outro integrante do PV, o ministro da Cultura Juca Ferreira, apostou em outra resposta que beira a escatologia.

Deputados da oposição tentaram transformar uma audiência sobre o Vale-Cultura (análogo ao vale-refeição que dá acesso a teatro, cinema, livros etc.) em um palanque de críticas ao governo. Tudo por causa de um folder com os nomes dos parlamentares que apoiam a iniciativa do Ministério.

Juca acusou a imprensa e a oposição de mentirosos:

– Meu pinto, meu estômago, meu coração e meu cérebro são uma linha só. Não são fragmentados. Fui desrespeitado pela imprensa que reverberou sem investigar e por dois ou três deputados – disparou. – Não acredito em pessoas que não têm capacidade de se indignar. Vocês (jornalistas) recebem (dinheiro) para escrever mentira – acusou.

Embora eu não consiga (nem tente) entender bem como usar todos os órgãos em uma mesma linha – a não ser, talvez, numa parrilla argentina – até posso vislumbrar a indignação do ministro da Cultura por ver um momento crucial da tramitação do Vale Cultura na Câmara se diluir em um debate paralelo (ou uma lambança, dependendo do ponto de vista).

Em 1989, o então candidato a Presidência da República, Fernando Collor de Mello, mencionou, em um comício, que tinha "aquilo roxo", afirmando sua própria masculinidade em alguma relação obscura e que é melhor não imaginar entre as duas coisas.

Houve caso recente de bate-boca entre parlamentares com citações a "merda" (ou "de merda", para ser preciso).

Mas como explicar a sequência de escatologias no mundo da política?

Mais uma vez, Urubu e Galo ganham na torcida

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De acordo com o site Globo Esporte, a média de público do Campeonato Brasileiro deste ano, a duas rodadas do final, é de 17.541 torcedores pagantes por partida - a melhor dos últimos 22 anos. E quem tem contribuído mais para isso são as torcidas do Atlético-MG e do Flamengo. O número total de torcedores no Mineirão foi de 730.691, o que dá uma média de 40.594. Já o Flamengo, que teve as melhores médias nas duas edições anteriores, está em segundo, com 682.038 no Maracanã (média de 37.891). Nas dez partidas com maior público no campeonato, o Urubu aparece seis vezes e o Galo, cinco - sendo que uma delas foi um dos confrontos entre as duas equipes:

1) Flamengo 0x0 Goiás (78.639 pagantes)
2) Flamengo 2x0 Fluminense (78.409)
3) Flamengo 1x0 Santos (77.063)
4) Flamengo 2x1 Atlético-PR (68.217)
5) Fluminense 1x0 Palmeiras (64.194)
6) Atlético-MG 1x3 Flamengo (63.385)
7) Atlético-MG 1x0 Vitória (57.901)
8) Flamengo 2x1 São Paulo (57.210)
9) Atlético-MG 2x1 Fluminense (55.713)
10) Atlético-MG 2x0 São Paulo (54.184)


No histórico do Campeonato Brasileiro, a média de público só ultrapassou a marca de 20 mil pessoas por jogo em 1971, 1980 e 1983. Não por acaso, edições em que o título ficou com o Atlético-MG ou o Flamengo. Confira:

1) 1983 (Flamengo campeão) - 22.953 pagantes/jogo
2) 1987 (Flamengo) - 20.877
3) 1980 (Flamengo) - 20.792
4) 1971 (Atlético-MG) - 20.360
5) 1982 (Flamengo) - 19.808
6) 1984 (Fluminense) - 18.523
7) 1972 (Palmeiras) - 17.591
8) 1981 (Grêmio) - 17.545
9) 2007 (São Paulo) - 17.461
10) 1976 (Internacional) - 17.010

terça-feira, novembro 24, 2009

Por que será, hein?

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Consequência daquilo que comentei no post de ontem:

Cúpula do PSDB planeja 'esconder' FHC na campanha
A cúpula do PSDB vai "esconder" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na campanha presidencial de 2010. Assim como ocorreu na última eleição municipal, em que candidatos tucanos como o prefeito de Curitiba, Beto Richa, até "dispensaram" a participação de FHC no programa eleitoral de televisão, dirigentes do PSDB e do DEM dizem que ele não é candidato e o PT não vai transformá-lo em personagem na eleição.
(O Estado de S. Paulo, 24/11/2009 - Foto: Agência Estado)

Flamengo é a base da seleção do Brasileirão

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Flamengo e Palmeiras são os dois times com mais atletas indicados à Seleção do Brasileirão anunciada nesta terça-feira, 24, em São Paulo.

O rubro negro tem oito indicações entre os melhores incluindo o técnico Andrade, enquanto o alviverde tem seis. Apesar de liderar o campeonato, o São Paulo tem três nomes, igual ao Internacional.

Conca (Fluminense), Hernanes (São Paulo) e Petkovic (Flamengo) concorrem a "craque da galera. Nada de estrelas como Ronaldo, Adriano e Fred – nem Diego Souza – apesar de todos esses citados estarem listados em suas posições. As revelações foram Fernandinho (Barueri), Giuliano (Inter) e Paulo Henrique Ganso (Santos).

A nomeação foi feita por um grupo definido e não divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Jornalistas, jogadores e treinadores integraram o colegiado.

Em 2008, o campeão São Paulo tinha cinco indicados, o Palmeiras oito, o Flamengo cinco e o Inter três. No ano anterior, o tricolor paulista tinha 13, e o Verdão sete e o Flamengo cinco.

Apesar de oscilarem tanto, é curioso o Palmeiras e o Flamengo aparecerem sempre bem na foto nos últimos três anos. Resultado que é bom...

À lista:

Goleiros

Bruno (Flamengo)
Marcos (Palmeiras)
Victor (Grêmio)

Lateral direito

Jonathan (Cruzeiro)
Leo Moura (Flamengo)
Vitor (Goiás)

Zagueiro pela direita

Andre Dias (São Paulo)
Chicão (Corinthians)
Danilo (Palmeiras)

Zagueiro pela esquerda

Miranda (São Paulo)
Réver (Grêmio)
Ronaldo Angelim (Flamengo)

Lateral esquerdo

Armero (Palmeiras)
Júlio César (Goiás)
Kléber (Inter)

Volante pela direita

Hernanes (São Paulo)
Pierre (Palmeiras)
Williams (Flamengo)

Volante pela esquerda

Guinazu (Inter)
Maldonado (Flamengo)
Sandro (Inter)

Meia pela direita

Cleiton Xavier (Palmeiras)
Diego Souza (Palmeiras)
Souza (Grêmio)

Meia pela esquerda

Conca (Fluminense)
Marcelinho Paraíba (Coritiba)
Petkovic (Flamengo)

Primeiro atacante

Diego Tardelli (Atlético-MG)
Fernandinho (Barueri)
Fred (Fluminense)

Segundo atacante

Ronaldo (Corinthians)
Adriano (Flamengo)
Iarley (Goiás)

Técnico

Andrade (Flamengo)
Celso Roth (Atlético-MG)
Silas (Avaí)

Revelação

Fernandinho (Barueri)
Giuliano (Inter)
Paulo Henrique Ganso (Santos)

Árbitro

Heber Roberto Lopes
Paulo Cesar de Oliveira
Leonardo Gaciba

Craque da Galera

Conca (Fluminense)
Hernanes (São Paulo)
Petkovic (Flamengo)

Quem faltou? Quem foi o injustiçado? Por que Hernanes aparece como volante? Como um candidato a rebaixamento pode ter o craque da galera?

Grupo de Marcelo Teixeira usa bairrismo como arma eleitoral

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O panfleto acima (clique na imagem para ver melhor) foi distribuído em frente ao Memorial do Santos na Vila Belmiro no último fim de semana. Assinado por uma dita Torcida Unida Santista, o material é um exemplo acabado do bairrismo defendido e levado ao extremo do preconceito por parte da atual gestão do clube, capitaneada por Marcelo Eterno Teixeira.

Na verdade, é quase um ato de desespero. Ao contrário dos últimos pleitos, desta vez a oposição tem chances reais de vitória contra o mandatário que está há nove anos na Vila Belmiro. O adversário é Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, pela chapa "Santos Pode Mais" que, de acordo com pesquisas feitas pelo grupo, teria  40% das intenções de voto. A chapa da situação, "Rumo Certo", contaria com 22% e restariam 38% de indecisos.


Teixeira tenta, com o tal panfleto, apelar para um sentimento bastante forte entre santistas da Baixada (posso falar com tranquilidade porque sou de lá). O provincianismo foi um dos fatores fundamentais das vitórias anteriores de Teixeira, já que alguns santistas locais nutrem relativa repulsa aos "forasteiros" de São Paulo. Gente que não entende que o Santos não pertence apenas à cidade, mas sim ao mundo e tentam apequenar o time, deixando-o do tamanho das suas ambições.

Esse bairrismo, aliás, não é exclusividade da família Teixeira. Lembro das eleições municipais de 1996, quando o grande e saudoso David Capistrano (foto) foi candidato a prefeito pelo PT. Ex-secretário de Saúde da administração Telma de Souza, pioneiro na elaboração de políticas públicas de prevenção e combate à Aids e criador das policlínicas, a área coordenada por ele era o principal trunfo político da prefeita, que contava com quase 90% de aprovação. Ou seja, era difícil atacá-lo por sua competência.

Qual a saída? Chamá-lo de "forasteiro", dizer que era um "gringo" que não conhecia a cidade etc e tal. Assim, um dos seus adversários, Oswaldo Justo (PMDB), tinha no seu jingle um trecho que afirmava: "Ele [Justo] nasceu nessa cidade/É santista de verdade", criando o conceito de "santista de mentira". Um apresentador esportivo da TV Santa Cecília (do grupo de Marcelo Teixeira), em campanha desavergonhada a favor de Vicente Cascione (que viria a ser depois diretor jurídico da primeira gestão Teixeira) disse que "tem candidato a prefeito que se largar no Macuco não consegue chegar na praia".

Naquela ocasião, o apelo ao bairrismo não funcionou e Capistrano se elegeu prefeito. Talvez a história se repita agora.

Querem mais motivos para achar ruim?

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Por Moriti Neto

Foi ruim, sim. A derrota do São Paulo para o Botafogo, no Engenhão, pelo placar de 3 x 2, é daquelas duras de engolir e de descrever também (por isso, a demora para a saída deste post).

O Tricolor, com seis desfalques, entrou em campo desfigurado, saiu perdendo, virou o placar, mas tomou dois gols que normalmente não leva. Tudo bem, a defesa estava desmantelada. Sem André Dias na cobertura e Jean combatendo à frente da zaga, o setor, que é o esteio do time, mostrou muita vulnerabilidade. Renato Silva, por exemplo, que sempre é carregado nas costas pelos parceiros, desfilou toda a grossura no Rio de Janeiro. Ofensivamente, Dagoberto fez muita falta. Embora Marlos tenha atuado bem, a experiência do atacante titular provavelmente pesaria em certos momentos.

Consideradas as ausências, contudo, avalio a derrota como fruto da afobação, que deveria ser do rabaixável adversário e não são-paulina. Os paulistas se atrapalharam de todas as maneiras. Esqueceram de jogar nos 20 minutos iniciais, bateram cabeça na defesa e erraram finalizações por falta de inteligência.

O jogo dos afobados: um tinha motivo, o outro não

O Botafogo, lutando para fugir da degola, começou a peleja apertando o São Paulo e o golaço de Jobson, de fora da área, no ângulo de Rogério Ceni, aos 14, foi absolutamente justo. O Tricolor era apático e só depois do susto resolveu sair da letargia. Após o tento botafoguense, Marlos criou boa chance, Miranda mandou bola na trave e Washington, aos 49, de cabeça, empatou.

No segundo tempo, o confronto foi pautado pela imprevisibilidade. Washington, aos 10, fez o pivô e Jorge Vagner estufou as redes do Glorioso. Era a virada e a alegria, mas ambas duraram pouco, pois Jobson – que estava infernal – foi à linha de fundo, o sistema defensivo são-paulino deu bobeira e Renato estabeleceu nova igualdade, aos 15.

Aos 25, Richarlyson, para variar, costumeiramente afobado, foi expulso corretamente ao tomar o segundo amarelo depois de falta em Vitor Simões. Com um a mais, o Botafogo partiu para o tudo ou nada e o Tricolor teve as melhores chances. Hernanes mandou uma paulada no travessão e Marlos, num contra-ataque, tentou o gol ao invés de passar para Washington, que tinha melhores condições de marcar.

Aos 38, Juninho foi excluído e o jogo ficou 10 contra 10. Aos 44, quando o empate parecia definido, Jobson driblou Miranda e fez outro golaço. Em seguida, foi expulso por tirar a camisa na comemoração. E o resultado acabou 3 x 2, ainda que o Fogão tenha ficado com oito, já que Rodrigo Dantas também tomou o vermelho.

Depois de terminada a partida Flamengo 0 x 0 Goiás, que realmente frustrou o Maracanã lotado, ouvi muitos são-paulinos dizerem que o resultado do Tricolor acabou não sendo mau. Apesar do risco de dizer uma obviedade, derrota nunca é boa. Pior ainda em situação como a de domingo, em que a equipe foi atabalhoada e tomou três gols de um time pressionado, abalado psicologicamente pela fraca campanha no certame e com as notícias vindas de Recife, que mostravam o Fluminense goleando o Sport.

Além disso, o São Paulo, fora de casa, com os desfalques já ressaltados e um calor de derreter, chegou a inverter um placar desfavorável. Um pouquinho mais de calma não custava nada e poderia ter deixado o título nas mãos. Alguém quer mais motivos para achar ruim?


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

Medida preventiva

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Hoje perguntei ao meu professor por que raio de motivo os banheiros aqui na Irlanda não têm tomada nem interruptor de luz (sempre ficam do lado de fora). Ele disse que os bêbados morriam eletrocutados aos montes, daí o governo baixou uma lei (!) proibindo tomadas e interruptores nesses recintos. Meu Deus! Fico imaginando, nesses séculos, quantos desastres os manguaças daqui já provocaram. Agora faz sentido a bandeira de Dublin ter 3 castelos pegando fogo...

segunda-feira, novembro 23, 2009

Contra FHC, qualquer um ganharia para presidente

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O dado mais significativo da pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje não é a diferença de apenas 10 pontos percentuais entre o preferido nas intenções de voto, José Serra, do PSDB (31,8%), para a segunda colocada, Dilma Rousseff, do PT (21,7%). Para mim, o maior aval que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva poderia receber da população é que 49,3% responderam que não votariam de forma alguma em um candidato apoiado pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. Isso significa simplesmente que qualquer um, mas QUALQUER UM mesmo, até o bonecão inflável do posto de gasolina, ganharia em primeiro turno contra um candidato de FHC. Impressionante! Conhecendo o mau gênio do governador de São Paulo, eu temeria pela minha vida se fosse o Fernando Henrique...

Mas o folclórico presidente que falava francês continua dando motivos e mais motivos para amealhar a antipatia popular. Senão, vejamos:

Não fumou e não gostou, mas defende
Incomodado com a popularidade de Lula (segundo a mesma pesquisa CNT/Sensus, 51,7% dos entrevistados votariam ou poderiam votar em candidato apoiado pelo presidente da República, ao mesmo tempo que sua aprovação pessoal subiu para 78,9%), FHC arrumou mais um factóide para voltar à mídia. Como forma de rivalizar com a polêmica criada pelo filme "Lula, o filho do Brasil", que será visto pelo protagonista em São Bernardo do Campo, Cardoso resolveu tocar em um ponto melindroso de sua carreira (ops), a maconha. Mesmo jurando que não fumou e não gostou, o tucano aparece no documentário "Rompendo o silêncio", do xará Fernando Grostein Andrade, defendendo a descriminalização da Canabis sativa, como integrante da Comissão Latino Americana de Drogas e Democracia. Pois é, a democracia permite a circulação de drogas. Prova disso é o próprio FHC, que circula livre por aí.

Um pé na cozinha, outro na cozinheira
Há 15 anos, quando venceu as eleições para presidente da República, o sociólogo Fernando Henrique se enrolou ao responder questões sobre a miscigenação brasileira por afirmar que também tinha "um pé na cozinha" - o que ele tentou negar depois, mas a Falha de S.Paulo garantiu ter a frase gravada. Porém, só agora é que a afirmação ganha sentido, pois, segundo o nefasto Cláudio Humberto, o ex-presidente estaria para reconhecer mais um filho, Leonardo, de 20 anos, que teve fora do casamento, dessa vez com sua ex-cozinheira Maria Helena Pereira. Consta que a mulher teria ameaçado fazer teste de DNA no Programa do Ratinho (mais povão que isso, nem o Lula conseguiria ser!). Neste ano, FHC já havia decidido reconhecer Tomás, de 18 anos, fruto de outra pulada de cerca, com a jornalista da Globo Miriam Dutra (foto). Os reconhecimentos são um gesto nobre, mas pegam mal por acontecerem só agora, após a morte da esposa oficial do tucano, Ruth Cardoso. E pensar que Lula foi avacalhado pela mídia em 1989 por causa de sua filha Lurian...

Pois então: FHC é ou não é um mito? Bota ele na campanha já, Serra!

Síntese sobre Santos e Coritiba

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Pra não repetir muitos dos argumentos já citados aqui anteriormente, um trecho de post de José Roberto Torero, indicado pelo companheiro Olavo, que sintetiza a goleada peixeira contra o time paranaense por 4 a 0:

Luxemburgo: Que idéia brilhante ele teve ao colocar Mádson e Neymar como titulares! Genial! Como ninguém pensou nisso antes?! Só ele mesmo para ter uma idéia dessas! Realmente é um técnico diferenciado.


O original está aqui.

Arthur Virgílio convoca o Cacique Cobra Coral para debater o 'apagão' elétrico em comissão do Senado

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E tem gente que ainda acha exagero classificar nosso Senado como um circo: depois que o Eduardo Suplicy (PT) vestiu uma cueca vermelha, agora foi a vez de Arthur Virgílio (PSDB) convocar Adelaide Scritori, presidente da Fundação Cacique Cobra Coral (FCCC), no último dia 18, para "debater as questões atinentes ao “apagão” elétrico" na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática - confira o Item 2 da pauta aqui. A médium diz incorporar o espírito de um índio (à esquerda) que também foi de Galileu e Lincoln. Em 3 de agosto de 2001, ela teria enviado um e-mail à Casa Branca prevendo tragédias em Nova York e Washington. Dizem que o também tucano José Serra e o DEMoníaco prefeito de São Paulo Gilberto Kassab são seus clientes, tendo fumado no cachimbo da cobra para tentar evitar os seguidos alagamentos na capital paulista. Pelo jeito, sem sucesso...

Falta competência para o título

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Tá certo, os posts sobre futebol rarearam no Futepoca por esses últimos dias. Sou um dos responsáveis, confesso. Não tenho nenhum motivo para querer escrever, mas vamos lá...


Todos os times que disputam o título para valer estão titubeando. Antes dizia que ninguém queria o título, mas acho que, na verdade, ninguém está demonstrando competência para ganhar. O título ficará para quem amarelar menos.

Fora meu Galo, que há três rodadas abriu mão do Brasileirão, por deficiências próprias e por perder em casa para times melhores, como Flamengo e Inter. Ontem, o Inter fez um a zero em mais uma falha da defesa, aos 15 minutos do primeiro tempo. Depois foi jogo de defesa contra ataque no final do primeiro tempo e em todo o segundo. Mas pressão não adianta, o Inter se defendeu muito bem e o Galo foi incompetente para fazer pelo menos um gol.

Mas, na rodada, o principal amarelão foi o Flamengo. Não vi o jogo, já que estava ocupado em outra partida, mas quem empata com um Goiás sem nenhuma pretensão em pleno Maracanã lotado não merece também ser campeão.

O São Paulo conseguiu perder para um Botafogo desesperado e, no final, com dois jogadores a menos. Também vem falhando em momentos-chave. Está na liderança muito mais por incompetência dos adversários que por mérito.

O Palmeiras, depois de ter empatado com o Sport em casa, conseguiu perder para o Grêmio com briga e expulsão de dois jogadores palestrinos. Sem comentários. Palmeiras e Galo são as maiores decepções deste segundo turno. Decidem, em confronto direto, no próximo domingo quem ficará fora da Libertadores.

O Inter, sempre citado pela maioria como melhor elenco do Brasileirão, decepcionou muito até a metade do segundo turno. Pela incompetência geral de quem está na frente, ainda pode ficar com o título, já que tem adversários frágeis nas rodadas finais.

Obina acaciano

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Questionado pelo site Globo Esporte sobre quem tem mais chance de ganhar o Campeonato Brasileiro, o atacante Obina (foto), recém-dispensado pelo Palmeiras após confusão com o zagueiro Maurício, respondeu de maneira extremamente clara, direta e objetiva:

- Quem vencer as últimas rodadas vai ser o campeão.

Alguém discorda?

domingo, novembro 22, 2009

Errei

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Com o surpreendente empate sem gols entre Flamengo e Goiás no Maracanã, decidi apagar o post que havia feito sobre o título carioca como favas contadas. Agradeço os comentários, que infelizmente foram apagados no processo. E tomara que o Goiás também não apronte para cima do São Paulo.

A fama de um manguaça

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Há momentos em que a gente se dá conta de que está com a imagem de bêbado na família, no trabalho e entre amigos. Não é o caso dos fóruns em que os membros do Futepoca se encontram, já que ninguém aqui toma os outros por ébrios – tomam cachaça, alguém vai dizer.

Cito três episódios que aconteceram com a minha pessoa.

Almoço de terça-feira, saladinha farta, refeição equilibrada, mas zero álcool. Entre folhas de agrião e rodelas de tomate, fico pensando que eu precisava mesmo era de um copo de cerveja. Mas não vai ser hoje. Toca o celular com uma mensagem de texto de uma parente:

– Oi. Vou comprar 1 cxa de cerveja p almoço em q vamos receber 10 pessoas no sábado. Pfavor, dê dicas d marcas boas p eu comprar no mercado hj.

Fico pensando por que será que fui eu o escolhido para a consultoria. Aí me lembrei de outro episódio.

Era um outro evento familiar, mas eu não queria levar goró. Queimaria meu filme, eu pensava. Como suco e refrigerante são proibidos pela minha religião resolvi, diante do tipo de convescote, que só caberia levar um doce. Decidi-me por uma torta qualquer. Na hora da sobremesa, entre os elogios educados, alguém assoprou:

– E tem uma bebidinha no recheio.

Sem tempo para palavras medidas, algum cunhado emendou:

– O que você esperava de um doce feito por ele?

Sem moral.

Só não foi pior do que receber, no trabalho, uma amostra grátis de gel pós-barba de uma marca chamada "Antídoto", de aroma "Tangerina, Rum & Mel".

Como a última vez em que eu fiz a barba foi há quatro anos, acho que o recado foi outro.

Agora, por que "Antídoto"?

sábado, novembro 21, 2009

Morre Pitta. Versão brasileira: Herbert Richers

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Mais morto pra gente beber: Celso Pitta (à esquerda), 63 anos, ex-prefeito de São Paulo, morreu ontem de câncer; no mesmo dia, o produtor de cinema Herbert Richers (abaixo), 86 anos, famoso proprietário da empresa responsável pelas dublagens de quase todos os enlatados estrangeiros no Brasil, de filmes a desenhos animados, também bateu as botas, por problemas renais. O mais curioso nesses necrológios é que descobri que Richers não era estadunidense - nasceu em Araraquara, a 100 quilômetros da minha cidade. Aliás, eu sempre pensei, desde criança, que se tratasse de uma entidade imaginária, tipo David Benner, Peter Parker ou Clark Kent. Richers, paulista, foi velado e cremado no cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro, enquanto Pitta, carioca, vestiu o pijama de madeira no cemitério Getsêmani, na cidade de São Paulo. Enfim, são informações que não vão alterar em nada o curso da sua vida mas que, no frigir das velas, dão motivo para derrubar uns goles em favor dos ilustres defuntos. Bebamos, pois.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Crise? Que crise?

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o Brasil encerrará o ano com 1 milhão e trezentos mil novos empregos formais. O número é maior que o estimado nesta semana pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi (foto), para quem o país criaria entre 1 milhão e 1,1 milhão de vagas. Para o ano que vem, sua previsão é de 2 milhões. Fala mal, tucanada!

Em tempo

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Ontem, Dia da Bandeira no Brasil, foram completos 40 anos do milésimo gol do Rei Pelé, contra o Vasco da Gama, no Maracanã. Pelo caráter simbólico do que representam Edson Arantes do Nascimento e a hegemonia brasileira no futebol mundial, vale o registro deese momento histórico aqui no Futepoca.

Médico manguaça passa mal e é internado após beber amostra de cachaça envenenada

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Essa foi noticiada pelo jornal O Povo, de Fortaleza, onde já trabalhei: o médico da cidade de Acopiara Francisco Vilmar Félix Martins (foto), 56 anos, foi internado ontem na capital cearense após beber uma amostra de cachaça de fabricação caseira suspeita de ter envenenado duas vítimas há 15 dias. Candidato a prefeito nas últimas eleições e ex-vice-prefeito do município interiorano, o cachaceiro passa bem.

Há duas semanas, Vilmar Félix soube do caso das pessoas que teriam se sentido mal após tomar a cachaça. "Um amigo comum me procurou, dizendo que me entregaria uma porção da cachaça pra eu mandar fazer uma análise", recorda. Na segunda-feira, o amigo lhe entregou a "encomenda". "Veio numa garrafinha tipo celular e eu pus dentro da pasta, mas não lembrei mais da história dele (de que a cachaça fazia mal)", conta o manguaça.

Ao chegar em casa, na hora do jantar, Félix mandou pra goela cerca de 20 mililitros da bebida. "Quando bebi, até disse: -Que cachaça ruim, passou rasgando tudo aqui-. Aquilo devia ter metanol diluído em cachaça ou em água", faz o (tardio) diagnóstico. Não muito tempo depois, o pingão passou a sentir os efeitos de sua trapalhada. "Comecei a suar a camisa, foi uma loucura. Teve um momento que eu não mexia mais os braços nem as pernas", lembra. Na madrugada de ontem, o médico veio de helicóptero para Fortaleza. De acordo com a médica da unidade, Sandra Belém, Félix apresentou sintomas como visão borrada, diarreia, suor frio e fraqueza geral no corpo.

A família do bebum levou a amostra a um laboratório para que seja feita análise (e eu não duvido que outro manguaça, no local, resolva experimentar mais um pouco da dita cuja). "Deve ser daquelas cachaças adulteradas, artesanais, que se fazem em fundo de quintal. É preciso tomar cuidado", alerta Vilmar Félix. "Não devemos ingerir qualquer tipo de bebida em qualquer lugar", arremata o sábio conselheiro. Você faria uma consulta com ele?

quinta-feira, novembro 19, 2009

Lançamento de Tricolor Celeste hoje em São Paulo

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Provavelmente muitos são-paulinos estavam assistindo ao jogo Uruguai e Costa Rica ontem, que decidiu o último classificado para a Copa do Mundo de 2010. Muitos torcendo pela Celeste por uma única razão: Diego Lugano, o "zagueiro do presidente" que se tornou um dos maiores ídolos da torcida tricolor e conquistou o Mundial de 2005 pelo clube do Morumbi.

Os mais velhos, porém, vão lembrar de outros motivos para torcer pelo Uruguai. Pablo Forlán, Pedro Rocha e Darío Pereira também marcaram época e conquistaram a admiração até mesmo de torcedores rivais. E é a história desses quatro ídolos que Luís Augusto Símon, o Menon, conta no livro Tricolor Celeste. Ali é possível saber quem ensinou Lugano a arregalar os olhos e porque Darío Pereyra demorou a se adaptar no Brasil. O lançamento acontece hoje, em São Paulo, no Bar Boleiros, às 19 horas. Fica na rua Mourato Coelho, 1194, na Vila Madalena. Vale a pena pra todo fã de futebol, não apenas os tricolores.    

Falou e disse

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Na polêmica que se avizinha sobre o Corinthians facilitar ou não uma vitória do Flamengo para prejudicar o São Paulo na reta final do Campeonato Brasileiro, o atacante Washington, do tricolor paulista, bateu no ponto principal:

- Se fizermos nosso serviço, o Corinthians pode até perder de dez que seremos campeões, disse o centroavante, que terá toda a responsabilidade de estufar as redes nas próximas duas rodadas, pois Borges e Dagoberto foram suspensos pelo STJD.

O detalhe é que, em 2004, Washington quase foi campeão brasileiro pelo Atlético-PR, mas perdeu a taça para o Santos nas últimas rodadas. O que decidiu a disputa foi uma derrota para o Vasco no Rio de Janeiro. E agora o São Paulo vai até o estado vizinho para enfrentar o Botafogo...

Em queda livre, Palmeiras perde mais uma e dá adeus ao título

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Foi por 2 a 0 a nova derrota do Palmeiras na reta final do Brasileirão. No estádio Olímpico, a partida foi bem diferente no primeiro tempo, antes do primeiro gol do Grêmio, em relação ao que aconteceu na segunda etapa.

A derrota para o Grêmio mostrou que a vizinhança são-paulina estava muito mais confiante no Palmeiras do que eu, tamanha fanfarra provocada por cada tento marcado pelos gaúchos. Teve até fogos de artifício no fim da partida. Não era para tanto.

O resultado mostra também um Palmeiras em queda livre, trabalhando para não se classificar para a Libertadores. O futebol apresentado novamente não seria suficiente para pleitear o título e pode nem ser suficiente para garantir classificação para o torneio continental de mais tradição.

Analisar o futebol apresentado pelo alviverde não resolve, porque a partida foi para lá de peculiar. Mas se o Grêmio tivesse motivo e interesse, poderia ter imposto pressão e emplacado uma goleada sem grande dificuldade.

Na primeira etapa, o jogo não teve grandes desequilíbrios, embora os mandantes tenham criado mais chances. Tudo até os 45 minutos, quando o Grêmio fez um a zero com direito a passo de capoeira do argentino Max Lopes. Ele levantou o pé até a quase dois metros de altura, mostrando toda sua elasticidade. Como o zagueiro Danilo estava longe, o árbitro Heber Roberto Lopes preferiu não marcar. Seria um lance mais polêmico se a infração fosse assinalada.

Aí veio o intervalo. Obina e Maurício discutiram, trombaram, e ameaçaram se estapear. Ameaçaram porque erraram a pontaria. Na volta para a etapa final, o homem do apito mandou ambos para o chuveiro mais cedo.

No sábado, André Dias e Hugo se desentenderam, mas levaram apenas o amarelo diante do Vitória. Wagner Mancini chegou a questionar na entrevista coletiva: "Se fossem dois jogadores do Vitória, será que seria só o amarelo?" Se fosse o Palmeiras, seria o vermelho, respondeu Heber Roberto Lopes na noite desta quarta-feira. E mais errado não está Leandro Pedro Vuaden que apitou a outra partida.

Não é por causa da arbitragem que o Palmeiras está fora da disputa pelo título, mas porque seu futebol se esvaiu pelo ralo durante a competição. No segundo tempo da partida do Olímpico, com dois a menos, mostrou aplicação na marcação e controle emocional que foi mais eficiente pela falta de disposição gremista do que pela eficácia da ação verde. É que com Marcão na defesa a emoção é garantida.

Mas tivesse mostrado esse nível de disposição em partidas como a contra o Fluminense, no primeiro tempo contra o Sport ou diversos outros jogos, a história poderia ser diferente.

Mas não foi.

A raiva das últimas rodadas já virou só tristeza.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Odeio muito tudo isso

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Dentro do ônibus aqui em Dublin, vindo do Centro para a região do Phoenix Park, vi uma propaganda que me chamou a atenção. Uma conhecida cadeia estadunidense de fast food (não é a do palhaço Ronald nem a da cabana de pizza) anuncia um sanduíche com fritas mais refrigerante por 3,95 euros - cerca de 9 reais - com o seguinte slogan:

Make like a bandit! You'll feel like robbered us.
(Faça como um bandido! Você vai se sentir como tendo nos assaltado.)


Vem cá, eu posso ser chato (e sou), mas, levando em conta que as crianças são as principais vítimas dessas propagandas apelativas (e dessas porcarias fast food), isso aí não é glamourização do crime, não? Me parece a mesma lógica canalha do "levar vantagem". Seja ladrão, seja "esperto". Exagero meu?

A cerveja na faculdade e a hipocrisia

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Estou aqui em Londres fazendo um mestrado em Planejamento Urbano na London School of Economics. Antes disso, entre 2001 e 2006, estudei jornalismo na USP. Nas duas faculdades, como é evidente, a busca por uma cerveja pós-aula é imediata, praticamente universal.

Só que enquanto na USP a gente contava com as cervejadas organizadas pelo Centro Acadêmico e pela Atlética uma vez por semana - nao-autorizadas mas toleradas pela direção da unidade, a ECA - e pela venda ilegal de mé na lanchonete (a latinha vinha escondida num saquinho de papel), na LSE as coisas são um tantinho mais fáceis.

Basta sair do prédio e escolher entre o The Three Tuns, bar que financia o CA daqui, ou o George IV, pub que faz parte da lista oficial de lanchonetes e restaurantes da Universidade. Sim, a LSE tem um pub oficial e, olha só, lá os alunos podem tomar cerveja! Isso num país em que o controle à venda de álcool é coisa muito séria. Um dia, eu, do alto dos meus 27 anos, fui comprar whisky pra levar para o Brasil no mercado e não consegui, porque eu não estava com nenhum documento que comprovasse que eu tinha mais de 21 (ódio mortal ao mercado, eternamente).

Por que o consumo de álcool nas universidades - pelo menos em São Paulo, não sei como funciona em outros lugares - não pode ser tratado de maneira um pouquinho mais adulta? Por que quando queríamos organizar festas en USP, coisa que nunca deixamos de fazer, tínhamos que ouvir argumentos do tipo "universidade não é lugar de cerveja".

Sim, universidade é lugar de cerveja. É onde muitos adolescentes se educam para o álcool. Aprendem, num ambiente amigável e familiar (menos na Uniban), quais são os limites para a manguaça, se acostumam ao papel socializador do mé e ainda podem desenvolver suas idéias com mais, digamos assim, liberdade.

Tem como incluir no Manguaça Cidadão o direito sagrado à cerveja depois da aula?

Paulistânia é lançada em São Paulo

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A cerveja Paulistânia chegou ao mercado na terça-feira, 17, licenciada pela Bier & Wein, importadora e distribuidora de bebidas. A Pale Lager, do grupo das pielsen, foi apresentada à imprensa na segunda-feira, 16, em uma coletiva no Terraço Itália, da qual participou o Futepoca.

De cor dourada e amargor médio, é suave e agradável (essa parte eu percebi provando). Entre canapés e dois copos de Paulistânia, ficou claro que a aposta não foi por padrões muito marcantes para poder agradar a um público maior que entende pouco de degustar (como eu), mas mesmo assim ela vai muito bem. É difícil imaginar uma comparação da marca com as do último teste cego do Futepoca, mais ou menos suas concorrentes. Mesmo assim, pelo tipo de produto, deve disputar bem.

Foto: Divulgação

Os 12 rótulos sortidos com fotos de São Paulo

Produzida pela Di Conti, a mesma que faz o Contini em Cândido Mota (SP), a Paulistânia não quer ser a cerveja apenas dos bebedores de São Paulo, mas traz 12 modelos de rótulos com fotos colhidas nos arquivos do jornal O Estado de S.Paulo que retratam a capital paulista da década de 30 em diante. Da prova de grande prêmio automobilístico no Jardim América em 1936 ao bonde no Viaduto do Chá, chegando até a avenida Paulista de 1983.

As bolachas (ou porta-copos) trazem informações sobre São Paulo. Na que trouxe para casa (ops, nem sei se eu podia ter trazido), o recado é sobre a travessia de 5,5 quilômetros no Tietê entre a ponte da Vila Maria e das Bandeiras que, segundo a nota, poderia ser tão tradicional quanto a corrida de São Silvestre – isso se o rio ainda fosse um rio.

São oferecidas apenas garrafas de 600 ml com custo estimado em R$ 4,90 para mercados e lojas e R$ 7,90 para quem se aventurar a degustá-la em um bar ou restaurante. Diferentemente de outras marcas que apostam em vários tipos de cerveja, a Paulistânia tem apenas a Pale Lager (ou Lager Premium, como consta no rótulo).

O primeiro lote teve 35 mil garrafas produzidas e, em três meses, se a aceitação for a esperada pela empresa e garantir escoamento da produção, a promessa é lançar o chope para ser distribuído em bares.

São dois tipos de malte e dois tipos de lúpulo – Saaz e Hersbrucker, ainda que eu esteja muito longe de saber identificar o que cada um deles faz exatamente.

Segundo explicou Cilene Saorin, mestre cervejeira e beer sommelier, a combinação de lúpulos traz aromas herbais e cítricos, o que é uma inovação no mercado nacional. A especialista ainda concedeu uma breve aula particular sobre cerveja que vai render um post a parte em outra hora.

Para Tatiana Spogis, Gerente de Marketing e Treinamentos da Bier & Wein, as escolhas que levaram a cerveja oferecida levaram em conta a necessidade de se fomentar educação e cultura cervejeira no país. Já a opção dos rótulos sortidos foi a de tornar as garrafas um meio de comunicação e até dar assunto para a mesa do bar.

Marcelo Stein, diretor da empresa, conta que o lançamento de uma marca própria era um projeto desenhado desde a criação da importadora, há 16 anos, mas realizado apenas agora. A opção foi por uma cerveja que tivesse condições de ganhar mercado entre consumidores brasileiros que começam a se aventurar por cervejas mais elaboradas.

terça-feira, novembro 17, 2009

Cansado da vida, cansado de tudo? Tome uma...

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Vitoria, saudosismo e inversão de papéis

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Por Moriti Neto

O comentário chega atrasado, pois não assisti São Paulo x Vitória no sábado. Convidado para um casamento, passando um calor danado e esperando ansiosamente pela festa (que foi regada a muita cerveja, diga-se de passagem) só consegui ouvir alguns lances e saber do resultado por meio de um MP3, que não permitia transmissão de boa qualidade.

Mas como é bom ter amigo fanático por futebol! Pude ver o jogo completo na noite de domingo, pois um camarada “exacerbadamente tricolor” gravou a peleja em VHS (valeu, Marcelinho!). Óbvio que a emoção não foi a mesma, o resultado era conhecido, mas saudosista que sou, tive a chance de contemplar a partida de maneira que lembrava a época dos VT’s completos, tão comuns em outros tempos.

Quanto ao confronto, com a presença de 55 mil pessoas no Morumbi, o São Paulo passou com tranquilidade pelo Vitória. Os 2 x 0 no placar não ilustram o que foi o jogo. O domínio dos donos da casa foi claro. Rogério quase não trabalhou. Hernanes, e principalmente Washington (ô, meu filho, vivo te defendendo como “homem de área” e tu perdes tantas oportunidades?) desperdiçaram vários gols,

O elenco tricolor pode não ser brilhante, mas é forte e equilibrado. O time não depende de super-craques. O conjunto se notabiliza. Para que se tenha ideia, Ricardo Gomes não tinha Dagoberto, Jean, Borges, Rodrigo e Zé Luís à disposição, além de Richarlysson, que estava meia boca, tanto que começou no banco. Hugo entrou no ataque, Adrian González na lateral-direita e Arouca atuou de primeiro volante.

No primeiro tempo, Hugo deveria jogar mais adiantado, mas insistia em buscar a bola no meio, deixando Washington isolado. A solução foi forçar jogadas ofensivas com os homens de meio e os laterais. Hernanes e Jorge Wagner eram as melhores opções. E com bom volume de jogo, numa sobra de bola, o São Paulo fez o gol com seu camisa 7.

Ainda na etapa inicial, em ato de estupidez cavalar, André Dias e Hugo tomaram cartões por trocarem safanões. Ambos estavam pendurados e ficam fora da próxima rodada. É verdade que saíram abraçados ao final da partida, o que não diminui a irresponsabilidade de desfalcar a equipe na reta final do campeonato.

Veio o segundo tempo e Hernanes, logo no início, criou bela jogada, cruzando na cabeça de Hugo, que definiu o resultado. Depois disso, o Vitória se lançou à frente e os são-paulinos tiveram mais liberdade. André Dias e Miranda puseram o ataque baiano no bolso e o meio campo tocava a bola com eficiência e velocidade. O time até subiu de produção nos 45 finais e só não ampliou pela noite pouco inspirada dos atacantes. Apesar disso, a torcida, que fez festa de dar gosto no Cícero Pompeu de Toledo, apoiou Washington, que saiu de campo aplaudido.

O São Paulo jogou bem, foi convincente. Mais do que isso: parece consciente de que precisa de muita aplicação para ganhar o título, pois Flamengo e Palmeiras estão na cola. O Botafogo, próximo adversário, é sério candidato ao rebaixamento. O Tricolor joga fora de casa e terá desfalques, mas uma equipe que almeja a conquista do sétimo título nacional não pode, nestas alturas, perder pontos para times tão fracos como o Alvinegro da Estrela Solitária.

O mais legal de tudo? O Time da Fé estava mal no começo do certame, chegou até a ficar perto da zona da degola, teve recuperação excelente e só depende das próprias forças para ser campeão, fato que espero ser confirmado pela história no dia 6 de dezembro. E é bom deixar de ser secador e passar a objeto de secação. Desde que as pragas – que são abundantes –, não peguem.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

segunda-feira, novembro 16, 2009

Ana Paula Oliveira reaparece em A Fazenda

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Recém-formada em jornalismo, a assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira volta à mídia em um campo de atuação inédito para ela. Nada de protagonismo feminino no universo machista do futebol, nada de ensaios sensuais, fotos nuas, nem desfiles de moda e muito menos formas dissimuladas de chamar a atenção.

A bandeirinha integra o "elenco" do "programa" de TV da Record A Fazenda. São 14 atletas, cantores, atores ou quase celebridades.

A segunda edição do reality show rural (?!) apresentado por Brito Jr. promete um prêmio de R$ 1 milhão para o vencedor. Para levar a bolada e ficar o maior tempo possível sob holofotes é preciso encarar provas que simulam situações de uma propriedade rural, com direito a futricas, picuínhas e mexericos de toda sorte.

Fernando Scherer, o Xuxa, Sheila Melo, a ex-loira do É o Tchan, e outras figuras mais ou menos conhecidas participam.

Antes de tomar o caminho da roça – ou da fama – a auxiliar de arbitragem lançou um projeto de revista eletrônica esportiva chamada Livresporte. Trata-se, segundo consta, de um trabalho de conclusão de curso (TCC) da faculdade de jornalismo.

Isso quer dizer que o sonho de participar de uma copa do mundo está totalmente abandonado? Segundo ela, não. Em meio à crise por que passa a arbitragem brasileira, uma presepada como essa, que oficialmente remunera quem chama mais atenção do público, pode não ser tão grave. Mas é bem pouco provável que ela volta a bandeirar.

Zebra branquela

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Quando se enfrentam seleções europeias e africanas, a tendência é que a torcida geral caia sobre a representante do "continente negro" (expressão odiosa, mas não encontrei outra melhor). Por conta de todas as dificuldades sócio-econômicas pelas quais passam os africanos, pelo ineditismo de seus triunfos, e por aquele gosto por zebras que todos os amantes do futebol têm (desde que, claro, a vítima da zebra não seja o nosso time).

Fifa
Apesar de tudo isso, foi difícil não celebrar a vitória da Suíça, que ontem venceu a Nigéria por 1x0 e assim se sagrou campeã mundial sub-17.

Em primeiro lugar, pelo fato de que, nas categorias de base, as potências são os times africanos, e não os europeus. O título suíço de ontem foi apenas o terceiro da história da Europa no Sub-17 (os outros foram da URSS em 1987 e da França em 2001). Como comparação, a África tem cinco taças - é o continente mais bem-sucedido do torneio. A Nigéria é tricampeã, o que a faz como a maior força da categoria, ao lado do Brasil (campeão em 1997, 1999 e 2003).

O segundo elemento que faz com que a vitória suíça seja ainda mais épica foi o lugar da partida. A Suíça venceu a Nigéria jogando... na Nigéria! Sim, superando torcida e pressão de 60 mil nigerianos que lotaram o estádio de Abuja. Quem é campeão em tais circunstâncias merece aplausos.

E a campanha suíça foi irretocável. Três vitórias na primeira fase - inclusive sobre o Brasil - e, nos mata-matas, triunfos sobre Alemanha, Itália, Colômbia e a favoritíssima Nigéria na decisão.

O Mundial Sub-17 de 2011 acontecerá no México. O Sub-20 também se dará em terras latinas: a a Colômbia será a sede.

Adeus, De Nigris

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Uma notícia das mais surpreendentes marcou o início dessa segunda-feira. Morreu Antonio De Nigris, atacante mexicano que jogou no Santos em 2006 e que atualmente defendia o Larissa, da Grécia.

UOL
De Nigris tinha 31 anos e, a princípio, sua causa mortis foi uma parada cardíaca. É surpreendente ver uma pessoa de 31 anos (que não tenha nenhuma doença crônica) falecendo; mais ainda quando se trata de um atleta.

Falando dentro de campo, a passagem de De Nigris pelo Santos foi, no mínimo, folclórica. No português claro: ele não jogou porcaria nenhuma enquanto esteve na Vila. Entrou em campo poucas vezes e fez um gol - daqueles que, como diria Mauro Beting, "até minha vó fazia".


Reza uma lenda que sua contratação foi um equívoco. O Santos, na verdade, tinha como intenção adquirir seu irmão, Aldo de Nigris, que vivia melhor momento na carreira. Acabou trazendo Antonio e o que se viu foi uma piada.

De qualquer modo, força à família de De Nigris - ele deixou esposa e filha. E fica a dúvida de como o Santos repercutirá o falecimento. Será que teremos um minuto de silêncio na partida contra o Coritiba, no próximo domingo?

A hora dos "quase"

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Claro que começo pelo meu time. O Galo já abriu mão do título e está "quase" fora da Libertadores. Na realidade, em quinto, decide a sorte ou o azar contra o Inter no domingo no Mineirão. Depois pega o Palmeiras, no Parque, provavelmente para saber quem perdeu mais chances este ano e disputará apenas a Copa do Brasil e a Sul-americana. Para o título a disputa agora parece ser entre São Paulo e Flamengo.


Do jogo de sábado, contra o Coxa, pouco a falar. Foi uma partida equilibrada, até bonita, com dois times correndo e jogando bola. O Galo tomou o primeiro gol para variar numa falha da defesa, que deixou o Coxa fazer uma linha de passe e achar o atacante Rômulo livre para marcar. Empatou e o jogo foi pau a pau até Benitez fazer um pênalti bizarro e ser expulso. Pontos para o Coxa, que mereceu.

Nada a lamentar. Um time que era cotado pela maioria para o rebaixamento chegou a sonhar com o título, se conseguir uma classificação para a Libertadores pode comemorar. Se nem isso, ficará o estigma de quase de Celso Roth. Quase campeão por dois anos. O técnico mais "quase" dos últimos tempos. Só falta deixar essa vaga para o Cruzeiro. Pelo menos vai me render uma garrafa de uísque, já que alguém apostou comigo que o Galo ficaria atrás do Santos neste campeonato, o que não pode mais acontecer. A diferença de onze pontos não pode mais ser tirada nas três rodadas que faltam.

Outro "quase" é o Palmeiras. Time que mais liderou o campeonato, mas que na reta final amarelou (ou ficou cor verde-limão-siciliano). Quem não consegue ganhar de um rebaixado Sport em casa não merece mesmo...

Agora, o problema é que dos dois com mais chances não torcerei para ninguém. Tenho "quase" ódio do Fla, por conta da roubalheira e os favorecimentos que sempre teve da arbitragem, além de ser péssimo exemplo em matéria de gestão. E tenho uma "quase" torcida para que o São Paulo não monopolize o título nesta década. Triste fim de campeonato.

Do lado dos rebaixados, já foram Sport, Náutico e Santo André. Resta uma disputa enorme entre Flu, Bota e Atlético-PR pela última vaga.

domingo, novembro 15, 2009

Internacional 3 X 1 Santos - Uma derrota que reflete a aposta errada

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O Santos fez um jogo com o Internacional que não surpreendeu nada quem vem acompanhando o time no Brasileiro. O visitante mostrou mais uma vez ser uma equipe desentrosada, sem esquema tático definido, um bando correndo em campo. Luxemburgo não conseguiu dar qualquer padrão ao time, passou o campeonato jogando com formações diferentes, ora com três, ora com dois volantes; com um atacante só, com dois, com três... E isso fica ainda mais evidente quando o adversário tem um padrão mínimo e um elenco com mais qualidade.

Portanto, o fato do Alvinegro ter saído da primeira etapa perdendo por 2 a 0 não foi algo inesperado. Poderia até ter sido uma diferença maior, caso o goleiro Felipe não tivesse feito três defesas difíceis. Antes do intervalo, um dado que revela bem o desarranjo peixeiro. O Internacional fez 17 faltas, enquanto o Santos cometeu apenas duas.

Uma análise apressada pode fazer com que o torcedor entenda que isso é corpo mole ou algo do gênero, impressão que sempre fica reforçada em caso de derrota, como se futebol dependesse apenas de “vontade”. Não foi o que aconteceu. Os alvinegros até correram, se esforçaram, mas quando não tinham a bola dominada sequer viam a cor da redonda. Na partida do primeiro turno entre os dois, aliás, em vários momentos o Peixe foi “colocado na roda” em plena Vila Belmiro e por pouco não saiu derrotado. Desta vez, não conseguiu fazer os gols porque o Colorado marcou em cima os homens mais criativos do Santos, que arriscavam em jogadas individuais e sofriam inúmeras faltas. Ganso quase não conseguiu respirar com Guiñazu na sua cola e Neymar e Madson corriam, invertiam posições, mas também penavam com a marcação adversária.

No começo do segundo tempo, o Santos assustou com uma bela jogada entre Kléber Pereira, Neymar e Ganso, que finalizou mal. O Inter respondeu com uma bola na trave logo no minuto seguinte e outra aos 8 minutos. Ainda assim, o Alvinegro conseguiu criar graças à postura do Inter, que recuou e passou a esperar em seu campo, abandonando a marcação pressão da etapa inicial.

O jogo seguia equilibrado quando aos 18 Luxemburgo colocou Jean no lugar de Pereira e Felipe Azevedo no lugar de Madson. E foi Felipe Azevedo quem tramou a jogada para Neymar fazer o gol aos 19, para assustar o Inter. Alecsandro teve a chance de matar a partida dois minutos depois, e perdeu.

Mas, como se fosse castigo por marcar o gol peixeiro, Neymar foi substituído por André aos 27 e o time voltou a jogar com dois atacantes pelos lados e um mais fixo na área. O resultado é que a equipe passou a render bem menos, criando muito pouco, e o Inter começou a restabelecer um relativo domínio, esfriando o Peixe.

D’Alessandro definiu aos 39, finalizando livre de marcação dentro da área. Exemplo de desorganização: sete jogadores santistas dentro da área e o meia colorado chutou sem problemas. Ainda houve tempo para Jean fazer o que sempre fez em sua carreira, perdendo uma chance incrível frente a Lauro.

No fim, quem jogou melhor a maior parte do tempo venceu. Mas os lampejos de Neymar, Madson e Ganso mostram o tamanho da aposta errada de Marcelo Teixeira no treinador mais caro do Brasil. Mais caro, diga-se, porque só o Santos pagaria o que paga por ele, senão provavelmente estaria desempregado ou recebendo bem menos em outro time. Um técnico que trabalhasse melhor com garotos e que armasse minimamente a equipe faria uma campanha bem melhor, dado que rivais que estão à frente do Santos não têm equipes tão melhores (ou nada melhores em alguns casos) que a de Luxemburgo. Perda de tempo, de dinheiro, apostas erradas e desperdício de talentos. Até quando vamos continuar assim?

sexta-feira, novembro 13, 2009

Cerveja torrada

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Você pagaria cerca de 14 mil reais (5 mil euros) por uma garrafa de cerveja que não poderia beber? Pois este será o lance mínimo, em leilão neste sábado, por uma long neck da cerveja alemã Lowenbrau de 72 anos (foto), recuperada quase intacta dos destroços do dirigível Hindenburg, que pegou fogo em Nova Jersey, Estados Unidos, em maio de 1937. "Ninguém vai querer beber isso. É bem provável que o gosto esteja bastante podre", alertou o auditor Andrew Aldridge - que subestima a sede e as ideias de bêbado de certos futepoquenses. Mas o mais legal é a saga da garrafa: ela foi encontrada por um dos bombeiros que ajudaram a apagar os restos do Hindenburg, que matou 38 pessoas e feriu outras 60 após uma explosão causada pelo hidrogênio que o fazia flutuar. O manguaça Leroy Smith achou seis garrafas no meio dos destroços e decidiu enterrá-las. Depois, presenteou cinco amigos e guardou uma consigo. Em 1966, passou o seu exemplar para uma sobrinha, esse mesmo que agora vai a leilão. Uma parte da cerveja evaporou e o rótulo está queimado, mas a marca ainda é visível. Outra garrafa, de um dos amigos de Smith, está hoje em exposição na fábrica da Lowenbrau, em Munique.