Destaques

quinta-feira, abril 15, 2010

Terceira invasão do site do PT bota fogo em campanha virtual

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Pela terceira vez o site do PT foi invadido por hackers que, desta vez, postaram mensagens de apoio ao pré-candidato a presidência pelo PSDB, José Serra. A ação dá uma dimensão da guerra virtual que está instalada e o futuro, nada amistoso, das relações entre militantes do PT e do PSDB. Além disso, o fato também mostra até onde podem ir as práticas obscuras no desenrolar destas eleições.

Futepoca eleições 2010O ataque ocorreu no final da tarde de ontem, quando no portal petista foi postada uma imagem de Serra, com os dizeres “Vote 45”. A mensagem também trazia o slogan da campanha tucana “O Brasil Pode Mais” seguido de “PSDB Hackers". Depois disso, os usuários que acessavam o site eram redirecionados para a página oficial do partido tucano.

A primeira invasão ocorreu em novembro de 2009, quando o portal foi atacado por defacers (especialistas em invadir sites e alterar suas páginas principais com mensagens de protesto) que trocaram a página principal por uma mensagem ao presidente Lula que dizia "Lula você é o cara, mas apenas um no país não vai resolver milhões de problemas. Armas não fazem o destino de um homem, mas pode por em risco toda a humanidade". A invasão foi filmada e pode ser vista aqui. Na última segunda-feira, 12 o site ficou fora do ar por mais de 24 horas após uma nova invasão.

Mídia e guerra virtual

A invasão virou notícia nos jornalões do país. A Folha de S.Paulo publicou matéria nada tendenciosa com o seguinte titulo “Site do PT é invadido, e partido insinua que a culpa é da oposição”. Se o site tucano fosse invadido por pessoas se intitulando petistas, certamente o tratamento seria o mesmo... Já O Globo deu a nota “Pirataria Virtual invade site do PT”, enquanto O Estado de S.Paulo publicou a melhor matéria sobre o assunto, intitulada “Partidário de petista e de tucano se digladiam na web”, a matéria dá dimenssão da guerra virtual que está acontecendo e chama atenção para ação de hackers que andam realizando o “google bombing”, para associar o termo de busca “mentiroso” a Lula. Fora isso, existe o tal dossiê virtual que circula por e-mails contra a petista Dilma Rousseff, atribuindo a ela crimes como formação de quadrinha na época da ditadura.

Por fim, o Correio Braziliense não deu uma linha sobre o assunto, mas antecipou que a página virtual da ex-ministra do governo Lula, será lançada na próxima segunda-feira. Segundo a matéria “Mais uma frente virtual”, o site tem como proposta “tornar o endereço uma fonte direta de interação entre militantes e simpatizantes de sua figura”. O lançamento acontecerá uma semana após Dilma ter aderido ao microblogue Twitter e chegar, após cinco dias do lançamento, a quase 25 mil seguidores.A candidata Dilma Rousseff em sua sua estréia no twitter. O uso do navegador "Internet Explorer" para a tuitagem foi alvo de polêmica e criticas da comunidade Software Livre. Foto: Roberto Stuckert Filho/Flick

Já do lado dos tucanos, nem só de ataques apócrifos está se estruturando a campanha. José Serra, que tem mais de 200 mil seguidores no Twitter, lançou sua candidatura no último sabado em Brasília e além da “militancia cheirosa” se utilizou da web para fazer barulho. Foram mais de 20 computadores conectados à internet, para apresentação de espaços da militância tucana em mídias sociais como Twitter, Orkut, Facebook e YouTube e a utilização de um telão de LED, que exibia a página no ex-governador no Twitter, com as postagens mais recentes, e a transmissão ao vivo da cerimônia. A mesma tática foi usada pelo PT, em seu Congresso de 25 anos, onde postagens com a tag #congressopt eram selecionadas e projetadas em um telão, além da transmissão do lançamento da candidatura de Dilma.

Butecos nada aprazíveis

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Se o presidente Lula bebe ou não, isso não me diz respeito e não influencia em absolutamente nada em seu excelente governo e em sua ótima avaliação, minha e de 76% da população brasileira. Mas penso que o companheiro poderia prestar mais atenção nos butecos que costuma frequentar...

Ora, bolas!

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Leio hoje sobre a entrega do polêmico troféu Copa Brasil (foto), ou "taça das bolinhas", para o São Paulo. Já escrevi sobre o que penso aqui e aqui, não vou me estender mais sobre o mérito da questão. Mas a decisão da CBF acabou causando ainda mais confusão. Afinal, o São Paulo conquistou seu quinto título brasileiro há quase dois anos e meio e, na época, a entidade até ameaçou entregar a taça ao clube, mas voltou atrás e calou-se. E a entrega para o time paulista só acontece agora, como possível represália de seu presidente, Ricardo Teixeira, contra o Flamengo, que votou a favor de Fábio Koff na eleição do presidente do Clube dos 13, há três dias. Kléber Leite, o candidato de Teixeira, foi derrotado por 4 votos. Curioso é que o São Paulo também votou contra o candidato da CBF, o que levanta a hipótese de picuinha de foro carioca ou, como preferem outros teóricos da conspiração, mais um episódio da novela "Morumbi na Copa", pois a Fifa insinuou novamente que a participação do estádio não está garantida. Disposta a apoiar a construção de um novo estádio na capital paulista, a CBF estaria dando a "taça das bolinhas" como "prêmio de consolação". Não creio. Acho que foi pancada no Flamengo, mesmo.

Buenas, confusões à parte e apesar de ser sãopaulino, fico chateado com o desfecho desta saga. Sim, porque dou valor à história do futebol brasileiro e objetos como esse troféu deveriam servir como chancela de tradição e continuidade, como acontece com a taça da Copa Libertadores. Acho que o grande erro foi a determinação de que a Copa Brasil fosse entregue ao clube que primeiro conquistasse cinco títulos, ao contrário da Libertadores, cuja posse é transitória e nunca será de ninguém. Porque a Copa Brasil tem sua história, estava lá no Maracanã quando o Atlético-MG derrotou o Botafogo, em 1971, passou pelas mãos dos gloriosos bicampeões do Palmeiras e do Inter-RS, nos anos seguintes, presenciou a batalha do Mineirão, em 1977, premiou o Flamengo de Zico, o Grêmio de Baltazar, o Fluminense de Washington e Assis. O mesmo objeto, em todas essas decisões. Deveria estar em disputa até hoje. E agora leva a pecha jocosa de "taça das bolinhas" e vai empoeirar numa sala qualquer do Morumbi, como pivô de intrigas das quais não tem absolutamente nada a ver.

Triste isso, mas puro reflexo da bagunça que era o futebol brasileiro antes da era dos pontos corridos. Ainda temos inúmeros problemas no torneio nacional, privilégios de certos clubes, manobras de bastidores, arbitragens polêmicas, prioridade do poder econômico, injustiças etc etc. Mas antes era muito pior. A lambança de 1987, centro das discussões sobre a "taça das bolinhas", é um exemplo. O torneio foi organizado pelo Clube dos 13, excluindo times como o Guarani, vice-campeão de 1986. Daí, entregraram o comando para a CBF, que mudou o regulamento no meio do campeonato. Ridículo, absurdo, estapafúrdio. Os times deveriam ter paralisado a competição. Mas se calaram e, no ano seguinte, voltaram alegres e contentes para os braços da CBF. É por isso que eu comemoro a era dos pontos corridos, apesar de tantos problemas. E é sintomático que essa democracia (quem faz mais pontos é campeão e quem faz menos é rebaixado, ponto final) tenha sido estabelecida a partir do primeiro ano de mandato do presidente Lula. Quer saber? Deem a taça para ele!

Classificação garantida

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O Corinthians está oficialmente classificado para as oitavas de final da Libertadores. Com 13 pontos conquistados em 15 disputados, invicto, o Timão não pode mais ser ultrapassado por nenhum de seus fracos concorrentes.

Cair num grupo que se mostrou fraco pode dar ainda ao Timão a vantagem de sair com a melhor campanha da primeira fase, o que dá certos privilégios no resto da competição. Nada que decida, mas dizem que era importante.

Muito bem, mas e o futebol? Bom, esse aparece de vez em quando. No jogo desta quarta, contra o Racing, no Uruguai, tivemos um primeiro tempo muito seguro, com toque de bola tranquilo, algumas chances nossas (numa delas o gol de Dentinho) e poucas do adversário.



O segundo começou melhor ainda, com marcação na saída de bola dos caras, boas tabelas e pressão total. Mas, depois de uns 10 minutos, o time recuou inteiro e levou calor do fraco Racing – que naõ chegou a ter nenhuma chance clara de gol, que eu me lembre, mas ficou aquela bendita bola rodando a área, esperando a zica bater. Mas dessa vez um contra-ataque bem encaixado levou ao gol de Elias, de cabeça, fazendo 2 a 0 e batendo o prego no caixão.

Dentinho jogou muito, fez um gol e algumas jogadas bem legais. Devia ir mais pra cima dos adversários, tentar mais o drible. Mas foi o destaque alvinegro. Cresceu bastante sem as obrigações de marcar o lateral, fechar o meio e outras que o esquema do ano passado reservava ao camarada.

Nessas eu entendo e apóio o 4-4-2 que o Mano está tentando botar pra funcionar. Mas ainda acho que o time precisa de um meia de verdade na direita, pra aproximar mais do ataque. Elias rende alguns bons passes na meia, faz gols e tal, mas vai melhor vindo de trás como volante. Quem na meia? Se o multi-homem Jorge Henrique encarar, é dele. Mas eu apostaria em Defederico – se ele não for para o River, como diz nessa notícia do Lance...


Mas o fato é que, quando decide pressionar, parece que o time funciona. Talvez o que falte mesmo seja Ronaldo voltar a jogar bola. Ou o treinador parar com essa mania de recuar tanto quando em vantagem. Vamos ver contra adversários mais fortes como a coisa anda - o que ainda não vai ser o caso contra o Independiente de Medellin, dia 22, no Pacaembu, último jogo da primeira fase.

Oito

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Há coisas que podem acontecer exatamente do jeitinho que esperávamos, sem que nos surpreendam em nenhum instante. E, mesmo assim, sejam mágicas, encantadoras, inesquecíveis.


Foi o que aconteceu nesse Santos 8x1 Guarani recém-terminado pela Copa do Brasil.



De um lado, um Santos que vem arrasando, é semifinalista do Campeonato Paulista e tem enfiado implacáveis goleadas ao longo da temporada. Do outro, um pífio Guarani que sequer conseguiu ficar entre os oito melhores da segunda divisão estadual. Por mais que houvesse o discurso politicamente correto de que "cada jogo é um jogo", "se o time chegou até aqui é porque tem mérito", e por aí vai, esperar uma goleada santista era algo completamente viável. E foi o que aconteceu.

O Santos sufocou o Bugre desde o início. O time, idêntico ao que entrou em campo contra o São Paulo, conseguia preencher todos os espaços do campo e praticamente não deixou o adversário pegar na bola. Wesley, pela direita, e Léo, pela esquerda, foram laterais que souberam dosar com precisão subidas ao ataque e a cobertura da defesa. Paulo Henrique Ganso e Marquinhos, os dois meias avançados, também pressionaram a saída de bola alviverde e colaboraram para que o Santos tivesse a iniciativa do jogo em todos os momentos. E o trio ofensivo Neymar, Robinho e André (substituído no intervalo por Marcel) também soube colaborar para o combate no campo de ataque - além de apresentar seguidos lances marcados pela genialidade.

Deixo Arouca para um capítulo à parte. É impressionante o que o ex-são-paulino vem apresentando. Num Santos marcado pela ofensividade e pela genialidade de garotos formados na própria base, acaba sendo difícil falar de um volante. Mas o que Arouca vem apresentando merece mais respeito. Ele marca, inibe o adversário, sai jogando e volta e meia arrisca alguma jogada de maior ofensividade - assim, inclusive, sofreu o pênalti que acabou originando o primeiro gol do Santos. Tá cedo para falar, o ano está em seu início, mas Arouca dá significativos passos para se tornar o principal jogador de sua posição atuando no futebol brasileiro.

quarta-feira, abril 14, 2010

Santos, 98 anos. Em três links

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Já comemoramos aqui aniversários do Santos, literalmente minha razão de existir. Agora, três links que valem a pena ser lidos para celebrar mais um hoje. Parabéns ao Alvinegro!

- Fatos Etc - E assim começava, há 98 anos, a gloriosa história do time de Araken Patusca (campeão paulista em 1935); de Zito, Ramiro e Formiga Vasconcelos (idem, 1955); de Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe, entre outros (como o goleiro Gilmar, os zagueiros Mauro Ramos de Oliveira, Ramos Delgado...); do grande goleiro argentino Agustín Mario Cejas (meu ídolo na infância) nos anos 70 - (mais aqui)

-Mauro Beting - “O time que ficou 45 minutos sem tocar os pés no chão”, na célebre definição da imprensa portuguesa para o esquadrão que goleou o Benfica, em 1962, no Estádio da Luz. A melhor imagem do maior time do mundo então. Quem sabe o melhor de todos os tempos e campos… Mas, se não for, e daí? Comparar tamanhos é questão menor. Se achar o tal é se perder como tal. - (mais aqui)

- Santista Roxo - uma palavra é suficiente para o ex-jogador definir o atual time santista. "Brilhante", elogia Pepe, que no entanto teve problemas para acompanhar a equipe do jeito que ela merece. "Comprei até uma TV de 42 polegadas para ver um Santos maior, pois com este futebol que está jogando, não dá pra assistir em qualquer TV", brincou o ídolo. (mais aqui)

Tempos idos

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Foto com dedicatória para o atual técnico da seleção sul-africana, de 18 de julho de 1971, data em que Pelé se despediu definitivamente da seleção brasileira, no empate de 2 a 2 com a Iugoslávia, no Maracanã. Será que o (jovem) Emerson Leão, à direita, estava achando alguma coisa "desagradável"? Talvez os paletós nos cabides pendurados pelas janelinhas do avião...

terça-feira, abril 13, 2010

A Tragédia no Rio de Janeiro e o jornalismo aquático

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O fato me lembrou o bordão de Glauber Rocha, "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça", mas não à toa. Afinal o “grupo de praticantes de esportes radicais e circenses que usam suas habilidades para desafiar o cotidiano e distorcer a realidade da urbana”, o Rizoma, botou a câmera na mão e um guarda-chuva na cabeça, para desbravar as ruas alagadas do Rio de Janeiro. Só que sobre um bote inflável.

O resultado está no vídeo de quase dez minutos, gravado na madrugada do dia 6 de abril, onde somos telespectadores de pessoas ilhadas e capazes de reunir uma quantidade de xingamentos impensáveis em tão poucos minutos. Já as cenas de carros e mais carros submersos ou boiando, não perde em nada para aquelas mega produções cinematográficas que falam sobre o fim do mundo ou de enormes catástrofes naturais, ou as duas coisas juntas.

A produção do coletivo Rizoma é tão completa que mostra até a épica intervenção sonora de um policial tentando coagir o grupo a parar de filmar, além, obviamente, do momento heróico do grupo, resgatando sete pessoas.

Quanto às cenas que seguem abaixo, apenas uma ressalva.... Atenção manguaças de plantão, não tentem realizar nada parecido. Se beber, nada de dirigir ou navegar!



Brincadeira à parte, para debatermos as crises nas cidades, a responsabilização das vítimas em tragédias como a do Rio de Janeiro e o modelo de desenvolvimento, vale uma passadinha pelo blogue da Raquel Rolnik, urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e relatora especial da Organização das Nações Unidas para o direito à moradia adequada e ler a entrevista concedida à revista Fórum do mês de janeiro deste ano.

Você decide

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Perdendo a chance de ficar quieto

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Essa eu decidi postar só para o deleite e as considerações do Glauco:

- "Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. O São Paulo levou dois gols, e na volta para o segundo tempo eu vi o Hernanes cobrando um colega. Foi uma atitude de quem tem experiência e eu não sei se o Santos, caso leve um gol do São Paulo [na partida de volta], vai conseguir segurar a bronca", disse Vanderlei Luxemburgo, técnico do Atlético-MG.

- "Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão, aguenta", reforçou o treinador, confundindo o capitão santista [na verdade é Robinho].

segunda-feira, abril 12, 2010

José Serra copiou slogan da diretoria do Santos

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Muito bem observado pelo Diego Sartorato que o slogan de campanha sugerido por José Serra (PSDB) na semana passada, "o Brasil pode mais", foi chupinhado da campanha que levou Luis Alvaro Ribeiro à presidência do Santos:


No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia lamentado a "falta de inteligência" da oposição ao copiar, com ligeira alteração, a frase de Barack Obama, "We can" ("Nós podemos"). Daí aproveito o título de um filme brasileiro para elocubrar que talvez, no futuro, o PSDB será conhecido como "o partido que copiava".

Atualizado dia 16 de abril: O Cloaca News viu a semelhança antes.

Ganhar jogando mal (visão peixeira do clássico)

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O futebol que o Santos vem mostrando neste 2010 tem despertado muitas paixões - no sentido mais amplo da palavra, aquele que define paixão não somente pelo "gostar muito", mas sim pelo "ter um sentimento forte". Ou se admira muito o que o Santos faz, ou se ataca o time com rótulos que começam com "firuleiro" e terminam em palavras impublicáveis.

Já escrevi, aqui mesmo no Futepoca, que o que o Santos mostra não é fruto de uma "opção pela arte", e sim resultado de uma maneira de jogar criada pelo técnico Dorival Júnior. Nada de muito complexo. Ele tem em suas mãos Robinho, Neymar, André, Ganso e cia., e acha que com eles é melhor montar o time dessa maneira. Com outros jogadores, sua estratégia seria outra. Ele faz nada mais do que identificar como pode extrair o melhor dos seus atletas.

Aí vem o jogo desse domingo. Um jogo em que o Santos faz 3x2 sobre o São Paulo em pleno Morumbi, e assim dá um baita passo para chegar à final do Paulistão - pode até mesmo perder por um gol de diferença domingo que vem, na Vila, que ainda assim fica com a vaga. E a gente fica sem saber como analisar o que fez o Peixe.


Por que o Santos de hoje foi tudo, menos "encantador". Mesmo no primeiro tempo, quando fez 2x0 e sugeriu que teria condições de fazer mais, o time não jogou o futebol mostrado em tantas ocasiões nesse primeiro semestre. No segundo, então, quando viu um Tricolor com um jogador a menos dar uma baita canseira, o time nem de longe lembrou a máquina de jogar bola sugerida em outras ocasiões.

Mas fez o 3x2. Ganhou. Ou seja: atuou de maneira diametralmente inversa à que se espera que esse time faça. Ao invés de "dar show e ainda assim perder", não deu show e ganhou.

Acredito que isso sugere uma maturidade no grupo. E dá confiança para que o Santos continua desenvolvendo e aprimorando seu jogo nas próximas ocasiões. Time que quer ser campeão precisa deixar o campo com os três pontos ainda que não dê show. E foi o que o Santos fez hoje.



A montagem do time para hoje era um desafio para Dorival Júnior. O 4-3-3 com Neymar, Robinho e André na frente parecia incompatível com um meio-campo ofensivo como o que vinha sendo escalado nas partidas anteriores. E, individualmente, os atletas da região central estavam gastado a bola: Wesley, Marquinhos, Arouca e Ganso. Dá pra tirar alguém desse para que os três da frente joguem?

Não, não dá. Tanto que Dorival não tirou. Mandou Wesley para a lateral-direita, se beneficiando de uma carência que o Santos tem naquele setor do campo - Maranhão aparentemente não deu certo e George Lucas tem um físico incrivelmente frágil.

Esperava-se que Wesley na lateral seria uma saída para que o meio-campo santista tivesse mais liberdade para criar - já que os laterais não desceriam tanto ao ataque quanto fazem habitualmente. Mas não foi o que ocorreu. O Santos acabou por recuar sua marcação, com os atacantes dando combate só quando os atletas tricolores já dominavam a bola próximos ao meio-campo. Assim, a posse de bola acabou ficando mais são-paulina do que o desejado pela torcida do Santos.

Com isso, o meio ofensivo e a linha de ataque mágica acabaram não se sentindo tão à vontade para trabalhar - e Arouca, o mais recuado dos seis da frente, acabou sendo o principal destaque alvinegro na partida (assina o cheque, Luiz Álvaro, compra o cara!).

No segundo tempo, quando o São Paulo foi incrivelmente melhor, o Santos acabou dando certo apenas quando Dorival Júnior mexeu o time e deu mais força ao meio-campo. Com a posse de bola, foi mais fácil diminuir a supremacia que o São Paulo impunha e, consequentemente, armar jogadas.

A vantagem não pode desmotivar Dorival Júnior a arrumar de vez essa equipe. Hoje, os problemas se fizeram presentes. O Santos deixou o campo com a vitória e muito próximo da classificação, mas mais uma vez deixou mostras que não é um time perfeito.

domingo, abril 11, 2010

Para jornalista, encontro do PSDB tem massa cheirosa

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Quando vi o vídeo da jornalista Eliane Cantanhêde, falando sobre o encontro do PSDB, que oficializou a candidatura do ex-governador de São Paulo, José Serra ao Planalto, desacreditei. Fui até o portal da “empresa jornalistica” para checar se era ou não uma montagem. E para surpresa, não era...

Cantanhêde, toda eufórica e serelepe, realmente anunciava que o Congresso do PSDB estava “diferente”, com muita “gente", "muita bagunça", "muita confusão" e, citando um off qualquer, disse que até parecia que o PSDB "estava virando um partido popular, de massa". Só que com aquela diferença... “Partido de massa, mas uma massa cheirosa".
Taí, depois o pessoal reclama que a “patrulha da lama” tá perseguindo...

Vale a pena assistir!

sábado, abril 10, 2010

Argentina garante Copa do Mundo na sala de aula

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Deu na Reuters. As escolas públicas argentinas vão garantir o direito humano de assitir aos jogos da Copa do Mundo de futebol de 2010. Os estudantes da rede vão acompanhar a participação da seleção comandada por Diego Armando Maradona, com direito a material didático preparado especialmente para o restante do dia.

Foto: Presidencia de la Nación Arg,
Segundo o ministro da Educação, Alberto Sileoni, os conteúdos para discussão de aspectos sociológicos, históricos e geográficos a partir do mundial foram discutidos com a Associação de Futebol Argentino (AFA).

"Tem um grande efeito pedagógico vê-lo (o jogo) na escola", declarou em entrevista à rádio Continental. "É uma festa que é preciso compartilhar com os amigos... Ver a partida na escola significa investir duas horas de aula, não ir (à escola) significa perder seis horas", calculou. Ele afirmou considerar que seria "contracultural" tratar o futebol como algo velado, escondido.

Então, para los pibes que esperavam matar o dia todo de aula, a má notícia é que, antes e depois, não vão poder ficar para casa. Para os professores, a notícia é que não vão poder ir ao bar – ou, se for em Buenos Aires e se você for turista, a um café. A boa notícia é que o dia vai se converter numa verdadeira mesa redonda de futebol.

Detalhe, a estreia argetina é sábado (os outros jogos são quinta e terça-feira). O que ele tem de esclarecer é se em pleno final de semana alguém espera reunir os maradoninhas no estabelecimento de ensino?


Futebol como direito humano
Em 2009, a presidente argentina Cristina Kirchner encampou uma briga boa com os grandes meios de comunicação do país. Mudou a lei de rádiodifusão e retomou o controle público sobre os direitos de transmissão de partidas do ludopédio. Antes, tudo ficava com as TVs a cabo e nada nas redes abertas. Para promover a felicidade geral do povo, caso a detentora dos direitos de transmissão se recusar a pôr o jogo no ar de graça, outras emissoras podem fazê-lo, desde que arquem com os custos estabelecidos pelas entidades esportivas.


Torcida canarinho
No Brasil, o Portal do Professor do Ministério da Educação traz um plano de aula para aproveitar o gancho, mas recomenda a leitura da revista Placar em vez de lincar, por exemplo, o Futepoca. E para por aí.

Em 2009, sem explicar bem por que, o site do MEC sugere que as trasmissões da Copa deste ano terão obrigatoriamente de contar com legendas para pessoas surdas – closed caption. Um decreto (5.296) de 2004 estabelece normas de acessibilidade e, por algum motivo que não é explicado na nota, isso vai valer para a Copa. Pelo menos a acessibilidade para esse público está garantida.

sexta-feira, abril 09, 2010

Uma greve mais do que justa

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Quando morei na Irlanda, uma das cervejas que eu mais apreciava era a dinamarquesa Carlsberg. Pois hoje leio que centenas de funcionários de sua fábrica, em Copenhague (na foto, a fachada), entraram em greve por causa da proibição de beber cerveja na hora do trabalho. Nada mais justo! A direção da empresa restringiu a cerveja apenas para a hora do almoço (a piada pronta é que as novas regras entraram em vigor no dia 1º de abril). Antes dessa medida arbitrária, existiam várias geladeiras com garrafas de cerveja espalhadas pela fábrica e os manguaças podiam se fartar à vontade - com a única condição de que não ficassem bêbados.

"Cabia a cada um ser responsável", observou Jens Bekke, porta-voz da Carlsberg. Novamente, nada mais justo! De acordo com o porta-voz, 800 funcionários não trabalharam na quarta-feira e 250 na quinta-feira. Os motoristas da Carlsberg aderiram à greve em apoio aos funcionários da fábrica, ainda que, pelas novas regras, continuem a ter direito a retirar diariamente três garrafas de cerveja da cantina (segundo o porta-voz, há um cadeado na ignição dos caminhões que impede que os motoristas dirijam embriagados). Quero dizer duas coisas: 1) os grevistas estão corretíssimos, pois, se aceitarem beber cerveja só na hora do almoço, daqui a pouco, nem isso; 2) alguém sabe onde dão aulas de dinamarquês aqui em São Paulo e se, por algum acaso, a Carlsberg está precisando de assessor de imprensa?

Melhor ficar em casa

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Já há algum tempo venho destacando aqui o movimento silencioso que, aos poucos, vai cercando, vigiando, policiando, proibindo e destruindo o nosso fórum mais adequado: o bar. Aqui em São Paulo, além de não poder mais fumar em paz nas mesas dos butecos, estamos ameaçados de ter que pagar 20% de caixinha para o garçom e de ir embora pra casa à meia noite. É incongruente. A gente sai de casa exatamente para beber, fumar e voltar bem tarde - e, de preferência, gastando pouco. E agora vem outra ação anti-manguaça: acabar com o bate papo. Isso mesmo, querem extinguir qualquer som ambiente nos butecos. Já tem lugar onde, se você quer dançar ou curtir uma música, tem que ouvir num fone. Imagine um monte de gente dançando, cada um num ritmo, e o bar em completo silêncio. "É meio ridículo, olhando de fora", resumiu Vinicius Ferreira à Folha de S.Paulo. E o pior é que, com os ouvidos ocupados, fica impossível conversar. Pois é, já não podemos fumar, conversar ou esticar além da meia noite. Repito: só falta proibir a venda de bebida alcoólica no bar. Ou, como diria o De Massad, "não dá ideia".

quinta-feira, abril 08, 2010

Por candidatura, Ciro Gomes apela ao futebol e às metáforas

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Preocupado com a movimentação de lideranças do PSB para por freio sua pré-candidatura à Presidência da República, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) lançou mão do futebol para convencer seus pares. Em artigo publicado em seu site, na quarta-feira, 7, ele defende seu plano de concorrer ao Planalto, contrariando as intenções do PT e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Lula, aliás, Ciro é só elogios. Tanto que aderiu às metáforas com a vida e com o ludopédio. "É o grande momento também para o PSB pensar grande e disputar um lugar entre os quatro principais partidos do país", avisa.

Ciro Gomes/Flickr
 Ciro nos bastidores do programa "Falando Francamente", produzido
pela representação do governador do Paraná em Brasília

Às comparações.

Com as fases da vida:
Como um adolescente que está se tornando adulto, é a hora de decidir se quer ser gente grande ou continuar pequeno, dependente de outros partidos, que, por mais aliados que sejam, não são o PSB.

É a hora em que se separam os homens dos meninos, as mocinhas das moças feitas. E o melhor é essa percepção de que o diferente não é igual.

Com uma multidão:
[É hora de] decidir se nos mostramos ao Brasil como uma força nova, coesa, com discurso afinado e gente decente disposta a melhorar o Brasil, ou se seremos apenas mais um dos partidos que se acotovelam em alianças pautadas pela mera distribuição de cargos e favores.

A afirmação vai ao encontro das críticas à aliança com "frouxidão moral" entre PT e PMDB e a estratégia de dois candidatos da base governista. Nada de novo no conteúdo, só na forma.

Com futebol:
A tese que defendo é que time que não joga não forma torcida. Mesmo que tome de goleada. Está aí o exemplo no futebol. Equipes hoje grandes tiveram inícios medonhos. Times hoje consagrados tiveram fases terríveis, como Corinthians e Botafogo, que levaram 21 anos sem títulos, mas vendo a torcida crescer apaixonadamente. Já pensaram se o Corinthians em vez de insistir tivesse resolvido virar o time B do Palmeiras?
Já pensou? Nem pensar. Em tempo: o jejum de títulos do Corinthians durou de 1954 a 1977, 23 anos, portanto. O do Botafogo foi de 1968 a 1989, de Zagallo a Zagallo. E o Palmeiras B só foi criado em 2000. Sobre os inícios medonhos de times hoje grandes, é curioso que não haja exemplo. Ciro correria sérios riscos de danos eleitorais se apontasse os casos. O país assistiria ao surgimento de uma corrente de torcedores contra Ciro.

Com o PSDB:
Para quem acha isso [o crescimento do PSB] impossível, basta comparar o que era o PSDB quando elegeu Fernando Henrique Cardoso, em 1994, o que era o PT quando elegeu Lula em 2002 e o que é o PSB hoje. Vocês podem não acreditar, mas a experiência administrativa do PSB hoje é maior ou equivalente do que era a do PSDB em 1994 e do que a do PT em 2002. Hoje, o PSB tem quatro governadores de estado, 333 prefeitos - sendo dois de capitais importantes como Belo Horizonte e Curitiba, e dois ministros de Estado. O PT, em 2002, tinha quatro governadores, 187 prefeitos e nenhum ministro. O PSDB em 1994 tinha apenas um governador de estado, que por coincidência era eu, e 998 prefeitos.

Detalhe: Ciro Gomes renunciou ao cargo de governador em 1994 para substituir Rubes Ricupero, depois do episódio do "que é bom a gente mostra". Então, nem isso os tucanos tinham.

Com Lula:
Não acho que seja correto com o povo brasileiro reduzir o debate eleitoral a uma disputa entre a turma do Lula - na qual me incluo - e a turma do FHC. Os problemas do Brasil são muito maiores e mais profundos do que um simples duelo entre PT e PSDB. Se eles não quiserem debater o Brasil, o PSB o fará, apresentando um projeto de desenvolvimento para o pais. Acredito nos que insistem e isso me aproxima muito do Presidente Lula, um exemplo vivo e atual de que a persistência no final vence.

Ah, os exemplos vivos.

Com o Lula de novo:
Na minha opinião, mesmo que o Presidente Lula apoie abertamente essa grande brasileira que é a Dilma Rousseff, ninguém, nem mesmo ele do alto de sua justa popularidade, pode substituir o poder de escolha, que pertence ao povo brasileiro. E para que nosso povo possa escolher bem, é preciso que haja opções. Até porque, assim, o eleitor poderá até descobrir que existe alguém mais parecido com o próprio Lula do que a candidata que o Lula diz que é.

A referência é, modestamente, estendida também a Marina Silva (PV-AC), além do próprio Ciro. No caso da neoverde, é com a história de vida. Na do socialista, à persistência e a felicidade trazida "a meus conterrâneos" quando foi prefeito de Fortaleza e governador do Ceará.

O Paulista além do G-4

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Definidas as semifinais do Paulista. O Santos, que venceu com seu time B o Sertãozinho por 4 a 2, pega o São Paulo, que derrotou o Santo André por 3 a 1. Já o Ramalhão vai pegar o Grêmio Prudente, invicto há nove jogos.

Agora seguirão as seções de prognósticos, falações e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá até chegarem os jogos, programados para o fim de semana. Bom, pelo menos agora não teremos que ouvir o presidente do São Paulo Juvenal Juvêncio reclamar de "conspiração" para que sua equipe não chegasse ao G-4 (e olha que tem jornal que dá isso no alto da página de edição de domingo...). Ainda mais depois de o Tricolor ter tido um gol em impedimento validado e o Santo André ter tido outro legal anulado na partida de ontem.

Com apenas dois times grandes que se enfrentarão nas semifinais, a atenção também se voltou para quem ficou de fora. O Corinthians, mesmo goleando o Rio Claro por 5 a 1, não contou com a ajuda do São Caetano, que foi derrotado pela equipe prudentina. Além da pressão óbvia que aumenta para a disputa da Libertadores, o time perde espaço importante de exposição e, depois da bacia de contratações feita no início do ano, complicado dizer que não era uma meta estar no G-4.

Se é consolo para os corintianos, o Palmeiras, como já dito aqui, teve um fim ainda mais melancólico. E se existia alguma coisa a ser decidida na partida contra o Paulista era a tabela de 2010. Como cada clube joga 19 partidas no campeonato, o fato de não ter ficado entre os dez primeiros faz com que o time jogue mais fora de casa do que dentro do Palestra em 2011. Não é nada, não é nada... é quase nada.

Mas a rodada terminou com um fato histórico. Pela primeira vez, todos os quatro clubes que subiram para a primeira divisão caíram no ano seguinte à sua promoção. Monte Azul, Rio Claro, Rio Branco e Sertãozinho mal tiveram o gostinho de jogar a Série A-1 e já retornam para a segunda. Já o campeonato de consolação, também chamado Torneio do Interior, terá Botafogo e Ponte Preta em uma semifinal, e São Caetano e Oeste na outra. A propósito, Botafogo e Oeste também conquistaram vaga na Série D do Brasileiro.

Outro fato curioso da noite foi a vitória do Ituano sobre a Lusa no Canindé (foto acima, do site da Portuguesa). Vencendo por 2 a 0, os resultados da rodada certamente desmotivaram a equipe da casa, que tomou a virada com dois gols de pentacampeões. Juninho Paulista, presidente e jogador, marcou o primeiro na sua despedida oficial da pelota, e Roque Júnior, tal qual um atacante, fez o terceiro e salvou a equipe de Itu do rebaixamento.  

quarta-feira, abril 07, 2010

Fim melancólico para o Palmeiras

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Contra o Paulista de Jundiaí, o Palmeiras se despediu de forma melancólica do campeonato estadual. Foi uma derrota por 3 a 1, em uma atuação fraca, em que a defesa continua a mostrar fragilidade. O Galo do Japi escapou do rebaixamento com dois gols de Felipe Azevedo e um de Samuel. Lincoln fez o de honra.

Depois de empatar com Mirassol e com Oeste por 1 a 1 e 0 a 0, foi hora de perder para se despedir e ficar lá na décima-primeira posição. Lá no meião, atrás do Oeste, da Ponte Preta, do São Caetano...

Não tem mais nada pra escrever, só reclamar. Então, deixa pra lá.

Mais um acidente nas obras da Linha 4 do Metrô

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Mais um acidente nas obras da bendita Linha 4 do metrô de São Paulo. Um guindaste de cerca de trinta metros de altura tombou na tarde de terça-feira, 6, e atingiu a calçada da Avenida Francisco Morato, na altura do nº 2.600, zona oeste da capital paulista. O acidente ocorreu no canteiro de obras da futura estação Morumbi do Metrô. Dessa vez, pelo menos, ninguém ficou ferido.

De acordo com matéria do Estadão, o guindaste, montado sobre um caminhão, içava materiais do fundo de um dos poços da estação quando adernou, segundo a assessoria do Metrô. “A força da queda foi suficiente para elevar o caminhão, que ficou perpendicular ao solo. A ponta do guindaste destruiu o muro da obra e avançou três metros sobre a calçada. O operador do guindaste quebrou o vidro traseiro da cabine e escapou sem nenhum ferimento.”

Esse é um dos vários acidentes ocorridos nas obras da Linha 4. O mais grave deles sem dúvida foi "o desabamento em um dos canteiros da futura Via Amarela do metrô, na Marginal Pinheiros, que matou sete pessoas e resultou na interdição de 55 imóveis nas imediações da cratera e na demolição de cinco deles", como relembrou este Futepoca aqui.

Antes dele, outras duas ocorrências vitimaram operários em obras da linha amarela, além de um vazamento de gás nas imediações da futura estação Pinheiros. E mais recentemente, em dezembro de 2009, outro trabalhador morreu em obras da estação Vila Prudente, na linha 2-Verde. Não é pouca coisa.

O caso atual é infinitamente menos grave que todos os outros. Mas produziu uma imagem interessante (crédito para Matheus de Oliveira Trigo/VC no G1). Não é todo dia que se vê um caminhão no ar. Curiosa também a pressa da matéria do Estadão em informar que “o acidente não atrasa o cronograma de obras da futura estação Morumbi, segundo o Metrô”. Bom, atrasado já está, apesar de o governador e candidato a presidente José Serra dizer que “meta não é promessa”. Aliás, alguém já ouviu o que o digníssimo mandatário tem a dizer sobre algum destes acidentes? Pois é, nem eu.

Esse mundo é uma piada pronta

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Entre uma caipirinha e outra antes da tradicional feijoada de quarta-feira, o amigo João comentava que um conhecido dele respondeu a uma provocação dizendo "- No cu alofa!". Antes que conseguisse rebater, mandando-o alofar o da mãe ou coisa do gênero, o conhecido tratou de explicar que havia dito, simplesmente, o nome da capital de Tonga (foto), uma das Ilhas Amigáveis da Polinésia. Pior é que é verdade. Daí, espírito de porco que sou, procurei o significado de Nuku'alofa. Em português nada encontrei, mas, no Tonga Faqs, em inglês, descobri que, em tonganês, o exótico nome quer dizer algo como Abode of love. Tradução aproximada: Residência do amor...

Por que eles não descansam?

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Que o Santos mandaria um time reserva para o duelo contra o Sertãozinho, na última rodada da primeira fase do Paulistão, isso todo mundo sabia. Aí começaram a aparecer as notícias com a confirmação do fato, e um aspecto me chamou a atenção: "Dorival define Santos com apenas um titular contra Sertãozinho". Só de bater o olho no título da matéria já dava para saber quem era esse "um titular". Quem é? O goleiro Felipe, obviamente.

Não é "privilégio" nem característica única de Dorival Júnior, muito menos do Santos. O fato é que, invariavelmente, quando um clube escala sua equipe reserva (ou "mista") em uma partida, o goleiro titular permanece para o jogo. Costuma ser o único.


Pergunto: por que goleiro não descansa?

Volta e meia se fala coisas como "goleiro tem que jogar". De acordo. E o coitado do reserva, não merece jogar? Goleiro é a posição com menor rotatividade no futebol. Diferentemente do que ocorre com os atacantes, ninguém troca um goleiro por outro aos 30 do segundo tempo para "dar um novo gás na partida". Também é raro ver um goleiro sendo substituído para receber os aplausos da galera, como convencionalmente acontece com os jogadores de linha.

Até mesmo a troca de um goleiro em má fase é algo delicado, complexo, feito com muito mais melindres do que a alteração de um jogador de linha.

Os coitados dos goleiros reservas só entram em campo quando os titulares são expulsos ou sofrem contusões daquelas inapeláveis. Pelo que se vê, nem oportunidade de jogar eles têm quando o time titular inteiro vai para a folga.

Mais uma vez, questiono: goleiro titular não merece descanso? E goleiro reserva não merece "ritmo de jogo"?

A mesa de bar ideal

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Sexta-feira da Paixão, 11 e meia da noite, lua cheia e céu estrelado na praia de Canoa Quebrada, em Aracati, litoral cearense. Além da porção caprichada de camarões (dos grandes) no alho e óleo e da cerveja gelada por R$ 3 a unidade, ainda tinha de graça o ir e vir do mar morno banhando meus pés sob a mesa. E tem como pedir a saideira?

(Foto: Maria do Socorro Nogueira de Paula)

terça-feira, abril 06, 2010

Messi c#$%#$#@ fdp pqp!!!

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Cheguei no pub para ver Barcelona x Arsenal. O jogo tinha acabado de começar, eu estava encostada no balcão comprando cerveja e uma amiga catalã me acha. Trabalhamos juntas e ela não sabia que eu era Arsenal. Ela ensaia uma reclamação, mas eu logo digo: eu sou Arsenal, mas hoje não tenho esperança, dá Barça.
É claro que eu sabia. Antes disso, logo depois do empate em 2 a 2 em Londres eu disse pro companheiro: Tô com medo de levarmos uma goleada histórica na volta.
Mas não vou negar. O gol do Bendtner aos 18 do primeiro tempo deu aquela esperança. Há tempos não gritava tão loucamente por um gol (mais que os ingleses do pub. Torcida safada...). Eu não sou maluca pelo Arsenal, mas sair ganhando do Barcelona, fora de casa, numa situação dessas... eu não esperava mesmo, nem nos meus melhores prognósticos.
Foi por pouco tempo, porém.

Em torcendo contra - o que não é normal, pois tenho simpatia pelo Barcelona - não é mole admitir que o Messi destruiu. É mais fácil pensar que os desfalques do Arsenal pesaram muito. Esse time sem Arshavin, Gallas, Song, van Persie e principalmente Fabregas não é de verdade. É um arremedo. Mas, putaquepariu, esse argentino filho da mãe fez QUATRO. O primeiro gol foi um presente, em todos os outros ele estava sozinho. Queria poder culpar a defesa, mas ele estava sozinho pra pensar na intermediária porque ele sabe o que faz, não (apenas) porque o meu time deu mole.
Tática? Dá pro Messi que ele resolve. O Barcelona também estava desfalcado. Teve várias chances de gol, todas desperdiçadas pelos coadjuvantes do argentino. O jogo foi Messi contra a rapa.
Tá, mentira. Me impressionou a fome de bola do time catalão em todos os momentos. Todo mundo subia para abafar o Arsenal no campo de defesa, os ingleses não tinham tempo de pensar.
Não tem mais o que falar. Desde o final do primeiro tempo nossa única torcida era que alguém desse um chega pra lá no Messi pra tirar ele da Copa. Não me olhem com essa cara, daqui dois meses vocês também estarão torcendo contra ele!
Quanto à Champions League... bom, se não der Barcelona alguma coisa estranha vai ter acontecido no meio do caminho. Talvez alguém consiga dar um chega pra lá no Messi...
E agora eu vou tomar mais uma, que é o que resta.
Ah, o próximo jogo é Inter de Milão x Barcelona. A outra semi... oras, quem se importa?

Levantar e voltar a beber é necessário

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Dando uma espiada na matéria da revista Época sobre um estudo que comprova que as amizades influenciam o quanto bebemos (meio óbvio isso, mas penso que tudo é desculpa pra beber), acabei chegando ao link de outra reportagem, publicada em setembro, que me parece muito mais importante: "Álcool pode ajudar recuperação de traumatismo craniano". Foi então que, finalmente, entendi a letra daquela música que virou hino de bebum - "Vamo simbora pro bar/ Beber, cair, levantar" -, pois, para mim, quando a gente cai de bêbado é porque é melhor ficar ali e dormir, mesmo. Mas o risco de um traumatismo craniano realmente exige do manguaça o esforço hercúleo de levantar. E voltar para o bar, em busca do etanol que protege o cérebro.

Subindo e descendo ladeiras

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Como faz mais de 15 dias que o Futepoca falou pela última vez sobre as divisões inferiores do futebol paulista, segue aí um apanhado do que vem rolando nas Séries A2 e A3.


Série A2
O segundo nível do futebol bandeirante está em sua fase semifinal. Agora, são oito times divididos em dois grupos. As equipes jogam entre si dentro das chaves, em turno e returno, e primeiro e segundo de cada grupo irá à A1 em 2011.

No Grupo 2 estão São José, Guaratinguetá, Noroeste e União São João; o 3 tem Pão de Açúcar, São Bernardo, Linense e União Barbarense (antes que alguém pergunte "e o grupo 1?", esclareço que "grupo 1" foi o nome dado ao conjunto de todas as equipes na primeira fase).

O favoritismo ao acesso, em tese, vai para União São João, Linense, Pão de Açúcar e Noroeste, os quatro melhores colocados na primeira fase. Mas é difícil prever. O União mostrou fama de cavalo paraguaio em anos anteriores, quando também arrebentou no início e pipocou na hora de subir de divisão.

As semifinais terminam em 2 de maio.

Na ponta de baixo da tabela, o Guarani escapou. O alviverde campineiro, que jogará a elite do Brasileirão, finalizou sua participação na A2 em 14º lugar, com 23 pontos, seis acima da zona do rebaixamento. Caíram Osvaldo Cruz, Taquaritinga, Flamengo de Guarulhos e Grêmio Osasco. Duro golpe no futebol metropolitano.

Série A3
Lembram da Portuguesa Santista, que até 2006 estava na primeira divisão do Campeonato Paulista, incomodando os times grandes? Pois é. A Briosa está virtualmente rebaixada para a quarta divisão estadual (chamada de "Segunda Divisão" pela FPF).

Falta uma rodada para o término da primeira fase da A3. Para a Santista escapar do rebaixamento, precisa vencer, em casa, o Força e torcer para que dois entre Batatais, Itapirense e Sport Barueri percam. É pauleira.

Falando em Barueri, o time novo da cidade de Rubens Furlan pode iniciar sua história já com uma queda. Entre os três a quem a Portuguesa Santista precisa secar, o Barueri é quem tem o duelo mais difícil - contra a Francana, fora de casa.

Olímpia e o folclórico Bandeirante de Birigui já estão rebaixados.

Em contrapartida, falando de quem quer ter maiores horizontes a partir do ano que vem: Red Bull, Comercial, Ferroviária, XV de Jaú, Palmeiras B e XV de Piracicaba já estão classificados para as semifinais (que terão formato igual às da A2).

Toda essa cambada de times tem chance de ficar entre os oito e, portanto, ainda sonhar com o acesso: Penapolense, Lemense, Juventus, Atlético Araçatuba, Francana e Taubaté.

92% dos jornalistas aprovam governo Lula. Será?

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Depois da pesquisa suspeita da Datafolha, que distanciou Dilma Rousseff quase dez pontos do José Serra (curiosamente, às vésperas do tucano deixar o governo de São Paulo para disputar a presidência da República), outro resultado nos surpreende agora, no início de abril. Segundo pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), realizada durante três semanas no mês de janeiro, 92% dos profissionais de imprensa do país aprovam o governo Lula. O estudo, intitulado "A cabeça do jornalista: opiniões e valores políticos dos jornalistas no Brasil", ouviu 212 jornalistas de 70 veículos, distribuídos em 42 municípios de 22 estados, mais o Distrito Federal.

A iniciativa dos pesquisadores Daniel Marcelino, Lúcio Rennó, Ricardo Mendes e Wladimir Gramacho apontou que 44% dos jornalistas consideram o governo Lula regular, 40% bom, 8% muito bom, 4% ruim e 3% muito ruim (o 1% que fica faltando deduz-se que seja dos que não sabem ou não quiseram responder). Entre os 212 profissionais ouvidos, a cobertura jornalística do governo tem sido adequadamente crítica para 46%, muito crítica para 35% e pouco crítica para 19%. A distribuição dos veículos de imprensa por setor foi: 69,3% de jornais impressos, 10,4% de TVs, 9,9% de rádio, 6,6% de internet e 3,8% de revistas.

Relevante é a conclusão dos pesquisadores de que "essa avaliação revela que prevalece uma visão pouco crítica por parte dos jornalistas sobre a atuação dos meios de comunicação no Brasil, principalmente sobre vieses ideológicos e erros nas coberturas". E pondera ainda que "o único senão é a visão preponderante de que o processo de influência sobre o conteúdo da cobertura é excessivamente centralizado em donos de empresas e diretores e editores de redação, reduzindo o número dos que participam no processo decisório sobre a pauta e conteúdo das reportagens".

"Também é interessante perceber que há uma ampla visão de que anunciantes e políticos são muito influentes nas decisões internas dos meios de comunicação", assinala o trabalho acadêmico. Sobre o posicionamento ideológico dos jornalistas entrevistados, 52% deles se declaram de esquerda ou centro-esquerda. Apenas 12% se dizem de direita, e 23% se posicionam como de centro. Dos entrevistados, 13% não conseguiram ou preferiram não se posicionar. Devem ser os tucanos enrustidos.

Edison Lobão relata pré-sal à lá Didi Mocó

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O ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA) renunciou ao cargo na semana passada. Parte do lote de demissões de olho no prazo limite da desincompatibilização de mandatos de primeito escalão do Executivo, o maranhanse reassumiu seu posto no Senado. Aliás, é para lá que ele pretende ser reconduzido pelo eleitorado em outubro.

Foto: José Cruz/ABr

Quando era ministro, além de ser protagonista das explicações sobre o blecaute (apagão) de 10 de novembro, ele também teve participação na formulação do marco regulatório do pré-sal. Eram quatro projetos de lei entregues ao Congresso Nacional. Aprovados na Câmara, os textos rumaram com alterações – poucas segundo alguns, erradas para outros – para o Senado.

Chegando lá, um dos projetos, o do Fundo Social, encontra quem para a função de relator? Edison Lobão, sempre ele. Garibaldi Alves (PMDB-RN) é sacado da vaga para a entrada do ex-ministro.

Ele ajudou a redigir o texto do Executivo e agora relata a matéria em uma das casas do Legislativo. É bem verdade que, depois da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde Lobão pega a criança (no mais metafórico e bom sentido que o leitor puder encontrar), o texto vai para outras comissões.

É como se ele tivesse lançado a bola em profundidade para a Câmara dos Deputados que, não se sabe se com ou sem intenção, devolveu bola, a meia altura, pronta para o sem-pulo, de primeira.

Comentando a comparação com o também jornalista João Peres, ele foi bem mais preciso na analogia. Seguindo os passos de Didi Mocó, ele bateu o escanteio, correu para a área e cabeceou para marcar.



Em Os Trapalhões e o Rei do Futebol, Didi interpreta Cardeal, roupeiro do Independência Futebol Clube. Por conta de umas questões paralelas, ele é escalado para jogar no time. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, vive o jogador Nascimento, e está debaixo das traves no momento do gol antológico para a história do cinema brasileiro.

O detalhe é que, após bater o escanteio, a regra da Board, órgão da Fifa que define as regras do jogo, Didi não poderia tocar novamente na bola. Mas a licença poética do filme deve ser respeitada.

No caso de Lobão, nenhum impedimento consta no regimento do Senado, mas é questionável a opção. Mas foi inevitável para mim a comparação.

Seu Bilão e o caixão cravejado de tampinhas de cerveja

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A sugestão foi da leitura Neide.

Deu no obtuário da Folha de S.Paulo, no Cosmo e em outras páginas. a história de Abílio Dias dos Santos, o Bilão, de Mogi Guaçu, a 166 km da capital paulista. Ele ficou conhecido por ter fabricado um caixão de tampinhas de cerveja consumidas gole a gole, a custa de noites mal dormidas por 21 anos e, é claro, da deterioração de seu fígado, este órgão bendito.

Foto: Reprodução

Na véspera do dia 1º de abril, depois de 13 dias internado na Santa Casa da cidade, o feirante aposentado, ex-industriário e membro da guarda civil de Mogi não resistiu. Corintiano fanático, o ébrio contumaz pôde estreiar definitivamente seu leito eterno cravejado de 2,5 mil tampinhas. Antes, ele treinava e passeava com o caixão pela cidade.

A morte foi provocada por complicações de uma cirrose hepática. No velório, mil pessoas compareceram para conferir o caixão. Segundo um dos três filhos do aposentado, Salustiano Dias dos Santos, o Salú, de 27 anos, depois de 15 anos de acúmulo de tampinhas é que foi revelada a intenção de seu Bilão.

Foto: Reprodução
Ele dizia que era promessa e que teria de ser as cervejas bebidas por ele sozinho, sem ajuda de ninguém. Tarefa inglória, que ele realizou ardorosamente e sem pestanejar. Quando tomava com os amigos, não entrava para a lista. E nem é preciso dizer que o fermentado de cevada e cereais não-maltados não era a única opção etílica enfrentada pelo fígado de seu Bilão. No mínimo, ele também tomava Cinar, como revela a foto.

Para se certificar de que não teria sua vontade desrespeitada por incompreensão, registrou o desejo em cartório pagando uma fortuna de R$ 1.600 em 1994. “A cirrose foi gerada pela bebida e até neste aspecto foi cumprida a vontade do meu pai, que, direta ou indiretamente, morreu de tanto beber”, analisa o filho.

"Respeitamos a vontade dele o tempo todo, embora muitas vezes tenhamos achado tudo aquilo muito esquisito. Mas fazer o quê? Ele se sentia feliz", destaca Salú. Há quem diga que seu último desejo, porém, não tenha sido atendido pelos familiares. A encomenda era de uma churrascada com cerveja. Mas a família sabe que fez o que lhe cabia.

segunda-feira, abril 05, 2010

Goleada dá esperança, mas Ceni vacila de novo

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Por Moriti Neto



Não vi o jogo todo. Só acompanhei lances de São Paulo e Botafogo de Ribeirão Preto, disputado ontem, no Morumbi, pelo Paulista. Porém, pude reparar em alguns detalhes que merecem destaque.

São cinco os itens que me permito ressaltar. O espírito mais coletivo, em comparação à média mostrada em 2010, dos jogadores são-paulinos, especialmente no segundo tempo. A maior agressividade de Hernanes, que chegou à frente com mais constância e fez dois belos gols, aliás, coisa que o meio campista ainda não havia conseguido com a camisa do Tricolor. Leveza e bom toque de bola no setor de criação, com a entrada de Marlos, que realizou ótima partida, marcando o tento de abertura, puxando contra-ataques e dando ótimas assistências. E, finalmente, uma goleada, o melhor placar conquistado pela equipe no ano. Cinco chances anotadas e outras tantas criadas (lembrando que o Botinha deu trabalho para a maioria dos adversários na competição, empatando com Corinthians e Palmeiras e ganhando da Lusa, por exemplo).

Dá pra sair comemorando e dizendo que o time encontrou o caminho, que o bom futebol deu o ar da graça no Morumbi? Não. Contudo, considerando a escassez de gols e o baixo nível nas apresentações recentes, é possível respirar um pouco de esperança que, quem sabe, se torne confiança. Isso, a depender do desempenho nos próximos jogos. Bem, mas e o quinto item? Situação à parte. Tratamento idem.

Sequência de vacilos

Não dá pra deixar passar mais uma vacilada recente de Rogério Ceni. E, desta vez, não foi embaixo das traves. Aos 13 minutos, Dagoberto sofreu pênalti. Como de costume, o goleiro se apresentou para cobrar. Ele chutou e perdeu a décima primeira penalidade da carreira. Até aí, normal para alguém que é titular do São Paulo há 14 anos e marcou 89 vezes. O problema é que o arqueiro utilizou a paradinha, expediente que tanto criticou quando tomou o gol de Neymar, no clássico entre São Paulo e Santos. Enfim, Capitão, cadê a coerência?

'Vamos à praia tomar 20 caipirinhas cada um'

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Não sei qual emissora de televisão ou programa era esse, mas deve ter acontecido há mais ou menos 12 anos, logo após o acidente de ultraleve que o ex-piloto Emerson Fittipaldi sofreu no interior de São Paulo, junto com o filho mais novo Luca, com os dois escapando milagrosamente. O grande amigo George Harrison, padrinho de seu filho Jason, aparece fazendo uma paródia de "Here comes the sun", um dos sucessos do guitarrista no tempo dos Beatles. Harrison trata Fittipaldi pelo apelido Emmo, deseja melhoras e diz que todos da família estão com saudades do brasileiro. E, manguaça que era, convida: "So let's go to the beach, drink twenty 'caiparinas' each", algo como "Então vamos para a praia, beber vinte caipirinhas cada um". E prometia: "Da próxima vez que sairmos de férias, vamos tomar um monte de caipirinhas e nos divertir muito". De fato, nosso produto nacional conquistou um beatle.

Timão vence, mas classificação depende do ABC Paulista

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Em um jogo mais sofrido do que necessário, o Corinthians venceu o Ituano por 2 a 0 e manteve as esperanças de conquistar uma vaga para as semifinais do Paulistão 2010. Agora, o Timão precisa vencer o Rio Claro no Pacaembu, o que é obrigação, e torcer para que São Paulo ou Grêmio Prudente não vença seu adversário na rodada final – respectivamente, Santo André e São Caetano.

O Corinthians começou meio devagar e deu boas chances aos donos da casa, defendidas pelo golerio Rafael. Depois disso, controlou o jogo praticamente o tempo todo e teve boas chances de abrir o placar bem antes do gol de Jucilei, já no fim. Jorge Henrique, Moacir, Chicão e Ronaldo perderam gol, seja pelas boas defesas do goleiro do time de Itu.

Durante a segunda etapa, Moacir se machucou e Mano mudou o jeito da equipe, colocando Iarley, Defederico e Tcheco em campo e deslocando Jucilei para a lateral. Jorge Henrique recuou para ajudar a armação. A pressão funcionou e saíram os dois gols, um de Jucilei com passe de cabeça de Iarley e outro de Ronaldo, em presentaço dado por Tcheco.



A volta do argentino me fez imaginar um time com ele na meia direita, Danilo na esquerda, Dentinho como segundo atacante mais perto de Ronaldo, e Elias de volta como segundo volante. Talvez tivesse mais proximidade do meio com o ataque, o que me parece ser um dos problemas do time. Mas sei lá se funcionaria.

O destaque do time novamente foi Roberto Carlos. Está jogando muito. Quatro chutaços de fora da área levaram a belas defesa do inspirado Éder.

Agora, resta ao Corinthians fazer sua parte e ganhar do Rio Claro. Mas, sinceramente, acho difícil que São Paulo e Prudente deixem escapar a vaga frente aos dois times do ABC paulista. O Tricolor pega o Santo André classificado e pouco interessado – sem contar o fator camisa, que pesa muito em decisões. E o Prudente joga em casa com o Azulão, que só faz figuração, estando tão longe do rebaixamento quanto da classificação.

Planejamento...

O presidente do Corinthians Andres Sanches deu delcarações após o jogo falando do planejamento do time, que segundo ele, visa só até depois da Libertadores. Terminado o torneio continental, o mandatário acha difícil manter o elenco e crê que o time deve perder "de dois a quatro jogadores", sendo os mais assediados Dentinho, Elias, Jucilei e Ralph, e que a diretoria já estaria buscando peças de reposição.

Bom, há várias formas de se avaliar a declaração. Primeiro, podemos questionar o tal do planejamento em si. Estaremos então fadados a desempenhos medíocres no Brasileirão? Faz sentido vender jogadores já adaptados e contratar outro mais caros? Não parece ser a melhor opção - avaliação feita sem olhar as contas do clube, claro.

Por outro lado, podemos até dizer que é interessante o presidente adiantar o tal do planejamento para a torcida já se preparar, podemos chamar isso de transparência. Mas, como disse o companheiro Edu Maretti, do Fatos etc, era esse o momento para essas declarações? Pode afetar o desempenho dos caras e, com certeza, diminui o entusiasmo da torcida. Enfim, preferia Sanches quieto nessa.

Da maconha para o high society

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Triste fim de Policarpo Quaresma

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Hilário, pra dizer o mínimo, o texto de Dora Kramer no Estadão de hoje. Depois que o jornal deu um passa-moleque em José Serra, chamando-o de "candidato clandestino" em pleno editorial, a "jornalista" faz hoje um "desagravo" ao coitadinho do Fernando Henrique Cardoso, que foi proibido de aparecer no lançamento da candidatura presidencial do PSDB. Sob o título "Gente insolente" (sério, ela escreveu isso mesmo!), Dora reclama que "o tucanatinho acha que ele não fica bem na fotografia do vigoroso partido onde vicejam próceres cuja capacidade de distinguir credibilidade de popularidade é nenhuma". E prossegue, indignada: "Sabe o cunhado que vive dando vexame? Pois é. Os tucanos agora resolveram tratar Fernando Henrique nessa base. Segundo eles, 'pesquisas internas' indicam que FH não é benquisto pelo eleitorado. Atrapalha quando fala" (a mais pura verdade). Injuriada com o tratamento que o sociólogo recebe hoje, Dora Kramer chega a xingar no melhor estilo "bobo, feio e cara de mamão": "Esse pessoal lê umas pesquisas, ou vê um boboca de um analista, se assusta com os arreganhos de meia dúzia de adversários e acha que is só os autoriza a jogar no lixo o respeito devido a quem permitiu que o partido iniciasse sua trajetória de vida pela rampa do Palácio do Planalto". E ainda faz uma comparação absurda com o PT, que nunca quis esconder o Lula (mas por que catzo deveria???), e dá outro puxão de orelha no ex-governador paulista. "Se é sobre esse tipo de caráter que o candidato José Serra falou quando se referiu a brio, índole e solidariedade em seu discurso de despedida do governo de São Paulo, há incoerência no conceito".

Mas o curioso é que, no mesmo dia em que Dora nos empurra esse amontoado de patacoadas, Emir Sader publica na Carta Maior o artigo "O Farol acha que você não tem memória". E vai direto ao assunto: "Triste figura a do FHC. Rejeitado por seus correligionários, considerado como alavanca para a oposição pela rejeição que sofre do povo brasileiro, funciona como clown, como personagem folclórica, lembrança de um passado que o governo luta para terminar de superar e a oposição para tentar esquecer e apagar da recordação dos brasileiros. Escondido pelos seus, repudiado pelos seus adversários, enterrado em vida pelos seus, tomado como anti-exemplo por seus adversários". Não contente, Sader faz questão de dar um recado às "viúvas" como Dora e de jogar a pá de cal no ex-presidente tucano: "Agora FHC tenta novo brilhareco, contra a opinião dos seus correligionários (nas palavras de uma de suas tantas viúvas nas imprensa, tratado como genro que a família quer esconder, porque só comete gafes, que favorecem o inimigo), francamente na onda anticomunista. Já tinha apelado para o 'sub-peronismo', para a denúncia do papel dos sindicatos no governo, agora ataca o desenvolvimento da China. Prefere seu neoliberalismo dos Jardins, aquele que quebrou o país três vezes no seu governo, que levou a taxa de juros – que seu candidato considera que hoje é alta, – a 48%, sem que este tenha protestado. Que fez o Brasil entrar em uma profunda e prolongada crise, de que só saiu no governo Lula". E ponto final. De fato, triste esse fim de Fernando Henrique, o neobobo de Higienópolis. E que papelão, hein, Dora Kramer! Faça o favor...

Orelhadas de bar (2)

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Pontal do Maceió, litoral cearense, sábado de aleluia. Na mesa ao lado, cinco mulheres de meia idade bebem (muita) cerveja e conversam animadamente.

- Ela disse que ia fazer um macarrão e que podia levar meus amigos, se quisesse. Eu levei doze pessoas.

- A gente acabou com toda a comida da casa.

- O que eu não gosto de Carnaval é isso, essa gente toda. Tem que ter o espírito da brincadeira, senão vira bagunça.


Desce um menino do morro, correndo, e atrás dele segue uma vaca, chacoalhando o sino no pescoço. A Dona Biteca começa a picar o coentro pra temperar a peixada. O sol bate forte nas pedras do mar.

- Red Bull acaba com a vida de uma mulher. Eu acordei três da manhã, provocando. Quase morri.

- Eu gosto de Campari. Com pedaços de pêssego.

- Ontem eu fiquei bêba que só a peste. E quando fui pegar o mototáxi o homem tava mais bêbo que eu.

- O Ari? Aquilo é um pudim de cana!

- Eu conheço a tia dele. Ela é benzedeira. Você sarou daquela coruba nas costas?

- Sarei na cachaça! Secou tudo!


Chega o prato de camarões e dois caranguejos cozidos. A cerveja esquenta muito rápido. Meus óculos estão cheios de sal. As mulheres dão gargalhadas. São felizes. Ao menos neste momento.

sábado, abril 03, 2010

Tipos de cerveja 47 - As Abbey Tripel

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A expressão Tripel ou Triple refere-se a uma parte do processo de fabricação da cerveja no qual o mestre cervejeiro utiliza, aproximadamente, três vezes mais malte do que uma cerveja trapista "simples". Tradicionalmente, vão do amarelo claro ao dourado, isto é, ligeiramente mais escuras do que uma pilsner. A espuma tende a ser densa e cremosa e o volume de álcool oscila entre 8 e 12%. O aroma e o sabor são complexos, com forte presença de frutos, especiarias e álcool. "Têm um caráter ligeiramente adocicado que lhes é dado não só pelo álcool, como também pela adição de pequenas quantidades de açúcar. Apesar disso, são cervejas muito bem equilibradas devido ao uso criterioso de lúpulo e de fermento", comenta Bruno Aquino, do site português Cervejas do Mundo. "Este é um estilo que aprecio particularmente, até mesmo quando comparado com as Dubbels. Todavia, não nos devemos esquecer que estamos na presença de uma bebida que pode ter 12% de volume alcoólico, pelo que se aconselha alguma moderação", adverte. Para experimentar, Aquino inica a Tripel Karmeliet, a De Dolle Dulle Teve 10º (Mad Bitch) e a St. Feuillien Triple (foto).

sexta-feira, abril 02, 2010

Corinthians perto da classificação na Libertadores

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Está definido o time titular do Corinthians: Felipe; Moacir, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralph, Jucilei, Elias e Danilo; Dentinho e Ronaldo. Foi com essa escalação que ganhamos do São Paulo no domingo e do Cerro Porteño nesta quinta-feira, no Pacaembu.

O time tem suas virtudes. É um meio-campo muito pegador e que sabe tocar bem a bola. Danilo na meia-esquerda cumpre o papel de cadenciar o jogo, Elias se infiltra pelo meio e Jucilei fica de segundo volante, mas com alguma liberdade para atacar.



Ontem, essa característica de pegada foi a que mais se viu. Jogo muito marcado no meio, com o time paraguaio chegando junto. Ganhamos o setor e por ali construímos a vitória. O que falta é criatividade. O jogo é sólido, mas não se veem jogadas ofensivas mais inspiradas. Talvez falte mesmo é Ronaldo jogar alguma coisa – está devendo muito, mesmo com o gol.

Bom, de qualquer jeito, são 10 pontos em 12 disputados na Libertadores. Ganhando do Racing, em Montevidéu, no dia 14, fica garantida a classificação - mas o empate não chega a ser mau resultado. Vencendo também o Independiente de Medellín em São Paulo, dia 22, ficamos também com o primeiro lugar geral da primeira fase, e com as vantagens que isso representa.

'Coluna do meio é opção'

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Mesmo para quem entende de futebol, opinar sobre o possível resultado de Uberaba x Vila Nova é uma coisa complexa...

Som na caixa, manguaça! - Volume 52

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COISAS DA VIDA
(Benito Di Paula)

Benito Di Paula

Olha, que a vida é essa, eu sentado sozinho
E pensando, o que pensa essa gente
Que olha e desolha
É palavra cruzada
Eu decifro, e repasso
E no passo eu já vou

Eu também quero ir, eu também quero ir
Eu também quero ir, ah, eu também

É a feira acabada, é a festa no fim
É o copo, cheirando a bebida
Quem foi que bebeu
Que caiu por aqui
E chorou, e dormiu
E no sono partiu

Eu também quero ir, eu também quero ir
Eu também quero ir, ah, eu também

É o menino que chega na escola chorando
E confessa por quê que apanhou
Na noite passada, ele ouviu dizer "Eu já vou!"
Respondeu, sem saber, respondeu

Eu também quero ir, eu também quero ir
Eu também quero ir, ah, eu também

É o carro do ano, é a nave que acopla
É a crise, o petróleo, a geada, o café
É a viola cansada
É meu samba já todo enfeitado, dizendo "Eu já vou!"

Eu também quero ir, eu também quero ir
Eu também quero ir, ah, eu também

É o livro já lido, futebol consumido
É Pelé, que se foi, ninguém disse "Ele vem"
Essa grana refresca qualquer cuca quente
Eu também vou cantar, é com esse que eu vou!

Eu também quero ir, eu também quero ir
Eu também quero ir, ah, eu também

É o meu paraíso, é Adão enfeitado
É a Eva sorrindo, o desejo, o pecado
Mas nem sempre é azul
A amor que se faz
Quem não fez, não faz mais
Eu não fico pra trás

Eu também quero ir, eu também quero ir
Eu também quero ir, ah, eu também

É o jornal atrasado, é o charuto fumado
É o classificado, é o crucificado
É a prece, é a chama, é a minha oração
Na igreja de portas abertas!

Eu também quero ir, eu também quero ir
Eu também quero ir, ah, eu também

Eu também quero ir, eu também quero ir,
Ah, eu também ...

(Do LP "Benito Di Paula e seus amigos", Copacabana, 1975)

quinta-feira, abril 01, 2010

Esse eu vou contratar para o meu velório!

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Sensacional: um padre bêbado deu um vexame antológico durante um velório em Toulouse, na França. "O padre cambaleava e disseram a ele que não podia trabalhar em tais condições. Então, voltou ao seu automóvel. Como foi impedido de dirigir, saiu correndo e caiu. Um amigo de meu sobrinho quis ajudá-lo a se levantar, e o padre deu um soco na cara dele", afirmou Gerar Tillier, irmão da morta. "Um padre que bate em seus paroquianos é algo nunca visto, e que apareça bêbado, melhor nem falar", emendou Tillier, escandalizado. A família chamou as autoridades, que prenderam o manguaça, de 46 anos, nascido em Burkina Fasso, na África. Pra piorar a emenda e o soneto, o arcebispo de Toulouse, Robert Le Gall, soltou o seguinte "comunicado oficial" nesta quinta-feira: "O padre Bonaventure, apesar de ser respeitado e apreciado nas paróquias de Muret, se apresentou para um funeral em um estado incompatível com esse trabalho. Mais uma vez apresento minhas desculpas à família". Épico, simplesmente épico. Me lembrou um amigo de meu ex-sogro, que também tomou todas antes de ir a um velório lá em Fortaleza e, logo ao chegar, acendeu o cigarro em uma das velas ao lado do morto.

Neocompanheiros de primeira hora

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Duas notícias de fontes bem diferentes desta quinta-feira, 1º de abril, são muito curiosas. Se alguém me contasse sem os links, eu acusaria o dia da mentira na hora. Primeiro:

Foto: Masao Goto Filho/CNI

Do Visão Oeste: “Possibilidade de ser vice de Mercadante nunca existiu”, diz Skaf
A entrevista com Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) ia conforme manda o protocolo. Lá pelas tantas, Leandro Conceição pergunta o que o Brasil – ou pelo menos eu – queria:

Por que o PSB? O senhor se define como um empresário socialista?
Skaf - O PSB é um excelente partido, de pessoas honestas, limpo e um empresário moderno, uma empresa moderna, são um bom exemplo de socialismo. Veja que a preocupação com a educação, a formação profissional, em dar condições de igualdade para as crianças desde muito cedo [no Sesi e no Senai]. Tudo isso tem a ver com a modernidade e uma visão socialista, sem dúvida. Temos que pensar no momento que estamos, não estamos em 1930. (grifos ébrios nossos)
Então a "empresa moderna" é socialista? E ser socialista é bom para o Skaf? é o primeiro neocompanheiro identificado neste 1º de abril.

Foto: Reprodução R7
Do R7, da Record: Mentir em economia se aproxima do crime. A matéria critica o "economês" – chavões e contas que os diplomados em ciências contábeis e economia usam – para formar uma matéria. Se fosse livro do Luis Fernando Veríssimo, o título seria "Mentiras que os economistas contam". Mas a coisa melhora.

Um infográfico refresca a memória das mentiras em questão.

Bernardo Maddof, acusado por fraudes de US$ 500 bilhões, o Caso Enron e o Plano Collor eram previsíveis em qualquer lista do gênero. Mas de repente:

Grandes mentiras da economia
  • Autorregulamentação do mercado
    Conceito que tem sua base na ideia de um "equilíbrio natural" dos mercados; para isso, seria preciso reduzir a interferência do governo a um mínimo e deixar que o mercado, e as próprias instituições financeiras, zelem por seu funcionamento.
  • Pontocom
    (...) Uma febre apareceu: multiplicaram-se as empresas de tecnologia. Ninguém sabia, no entanto, se dariam lucro. A farra durou até 2001, quando a "bolha" estourou.
  • "Desta vez é diferente"
    Lema de quem se deixa levar porprocessos de especulação, conhecido também como "movimento de manada", quando quem tem dinheiro para investir segue a maioria (...) A cada vez que uma bolha surge, esse lema ocupa a mente dos investidores, que acreditam nas avaliações positivas dos analistas e ficam cegos para o risco de perder tudo.
  • Consenso de Washington
    Conceito surgido nos anos 80, entre o FMI, o Banco Mundial e o governo dos EUA, abseado em três pilares: redução de gastos públicos (que costuma afetar duramente programas sociais); privatização (venda de empresas públicas, para reduzir o tamanho do governo); e liberalização (ou desregulamentação) de mercado (...). Essa receita caiu em descrédito depois, por exemplo, de seu fracasso na Argentina – que chegou a ser conhecida como "aluna modelo" do FMI.
  • Classificação de Risco
    Nota de risco – ou "rating" – é uam avaliação feita por agências de classificação de risco, que analisam a capacidade de uma empresa ou país honrarem seus compromissos (...). As agências que fazem essa análise, segundo os críticos, falharam em avaliar corretametne o risco de aplicações financeiras que jogaram a economia mundial na crise.

Recapitulando: Autorregulamentação do mercado, Consenso de Washington, Classificação de Risco e a possibilidade de o capitalismo não ter crises profundas de tempos em tempos são, todas, mentiras. O material não é editorializado, mas assinado por Vinicius Albuquerque. Uma análise assim não é comumente vista em outros veículos de um grupo de mídia grande. Caberia em publicações alternativas, de esquerda e tal.

Assim, ao ver o infográfico, identifiquei outro neocompanheiro neste 1º de abril: os empresários da Record e, por extensão, a Igreja Universal do Reino de Deus. Tudo bem que boa parte da bancada evangélica integra a base do governo no Congresso Nacional, mas jamais de modo tão programático.

Empresário companheiro e companheiro pastor. Aprendi mais essa.

O cerco é por etapas. Mas constante

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Depois da proibição do cigarro no bar e da possibilidade de sermos obrigados a desembolsar 20% do valor da conta para o garçom, mais uma medida anti-manguaça na cidade de São Paulo: a Câmara Municipal começou a debater um projeto que reduz de 1h para meia-noite o limite para o fechamento dos bares sem isolamento acústico. "Quero fechar os botecos que ficam com mesas nas calçadas e atrapalham os moradores vizinhos", brada o autor do projeto, vereador Jooji Hato (PMDB). "A noite foi feita para dormir", acrescenta o político. Pô, se é assim, proibam os caminhões de lixo e as britadeiras da Comgás de me atrapalharem o sono de madrugada!

Pelo menos, dessa vez, alguém levantou a voz contra mais esse ataque moralista. Percival Maricato, diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), resumiu bem o cenário: "A sociedade está em um momento conservador (...) E alguns políticos aproveitam esse filão conservador, no embalo do anti-tabagismo e da lei seca, para tentar ganhar atenção com projetos contra os bares". Falou e disse. Quanto a nós, manguaças (ou "inconvenientes"), só nos resta a desobediência civil. Ou o anarquismo, como sugere o colega jornalista Paulo Gilani (na foto, à direita). "Temos que ter ações consistentes", comanda, sem revelar o que tem em mente. Alguém tem alguma outra estrategia para a resistência manguaça?

Quase definidas as oitavas da Copa do Brasil 2010

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A rodada desta quarta-feira, 31, da Copa do Brasil definiu quase todos os confrontos das oitavas de final da edição 2010 da competição. Todas as partidas foram precedidas por um minuto de silêncio em homenagem a Armando Nogueira.





Faltam apenas quatro times. O invicto Grêmio deve confirmar o favoritismo diante do Votoraty, já que venceu a partida de ida por 1 a 0. O Botafogo está na mesma condição ante o Santa Cruz. Enquanto o Atlético-PR só precisa de uma vitória simples sobre o Sampaio Correia-MA em Curitiba, o homônimo de Minas Gerais precisa reverter a derrota para o Chapecó, em Belo Horizonte.

Os destaques do dia foram o Goiás de Rafael Quatro-gols Moura e Jorginho, que bateu o São José-AP por 7 a 0, e o Vitória, que passou por 4 a 0 sobre o Náutico. As equipes goleadoras enfrentam-se na próxima fase.

O Coritiba, em preparação para disputar a série B, foi desclassificado pelo Avaí, em casa, por 1 a 0. E teve pênalti perdido.

O maior calor da rodada foi imposto pelo Asa de Arapiraca sobre o Vasco. Depois de empatar na partida de ida, a equipe cruzmaltina abriu o placar, sofreu a igualdade, mas depois conseguiu vencer por 3 a 1.

Outro aperto foi o da Portuguesa, que empatava com a Ponte Preta por 1 a 1 até os 46 minutos do segundo tempo. O uruguaio Gustavo Biscayzacu fez 2 a 1 e levou a Lusa para a próxima fase, quando enfrenta o Fluminense.

Além do tricolor carioca, apenas o Santos conseguiu eliminar a partida de volta. Enquanto o time das Laranjeiras passou pelo Uberaba por 2 a 0, o Peixe bateu o Remo por 4 a 0. Como a partir das oitavas acaba essa chance de classificação na primeira partida caso o visitante vença por mais de dois gols de diferença, poucos times vão sentir falta do recurso.

Outros classificados foram Ceará, Atlético-GO, Sport e Palmeiras.

Oitavas de final da Copa do Brasil 2010
Na distribuição dos jogos, está respeitada a ordem das chaves e atualizado com os mandos dos primeiros jogos (o time da coluna 2 decide em casa).

Corinthians-PR x Vasco
Vitória x Goiás

Botafogo ou Santa Cruz x Atlético-GO
Atlético-PR ou Sampaio Corrêa x Palmeiras

Portuguesa x Fluminense
Grêmio ou Votoraty x Avaí

Santos x Guarani
Atlético-MG ou Chapecó x Sport

A ordem dos confrontos deve ser definida por sorteio nesta quinta-feira, 1º, às 14h, antes das partidas que faltam. Passado os jogos que faltam, fica mais fácil de fazer apostas.